Dont Forget escrita por Laura Weiller


Capítulo 1
Don't Forget




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“Tínhamos tudo
Estávamos apenas prestes
A nós apaixonarmos ainda mais”

 

 Lembro-me como se fosse ontem, a nossa primeira troca de olhares. Eu estava sentado debaixo de uma árvore, rabiscando qualquer coisa. Quando você chegou.

Algo havia me acertado, olhei para o meu colo e uma maldita bola de futebol americano amassava o meu desenho. A peguei e olhei para frente um grupo de garotos riam, enquanto você se aproximava devagar.

 - Desculpa. – Olhei para cima e lá estava você. Seus olhos brilhando e um sorriso tímido nos lábios. Nesta hora fui desarmado.

-Tudo bem. – Respondi em um sussurro, jogando minha franja para trás timidamente.

Você pegou a bola de minhas mãos e saiu correndo em direção aos seus amigos. Você sempre olhava em minha direção e sorria, eu não conseguia corresponder. Sentia minha garganta seca, apenas olhava para o papel em meu colo e voltava a rabiscá-lo.

 

- Hey! – Ouvi alguém gritar e não me importei, continuei andando sem olhar para os lados. – Mais você é metido, hein? – Uma pequena mão pousou sobre o meu ombro, obrigando-me a olhar para baixo.

- Como? – Respondi respirando fundo, tentando tirar o seu sorriso maroto de minha mente.

- Eu estava te chamando, não ouviu? – Suas pequenas pernas tentavam alcançar meus passos longos.

- Não ouvi meu nome. – Ajeitei minha mochila nas costas.

- Claro, como que ouviria sendo que eu não sei. – Aquele pequeno ser revirou os olhos, arrancando um sorriso de meus lábios. – Frank, Frank Iero, prazer! – Ele parou na minha frente sorrindo abertamente estendendo a mão para mim.

- Way, Gerard Way. – Ele apertou minha mão e fomos caminhando até o parque.

Você lembra-se aquele foi o primeiro pôr-do-sol que vimos juntos.

 

Eu não vou me esquecer
Eu não vou me esquecer
De nós.”

 

- Gee?      

- Não se mexa Iero! – Respondi rispidamente, deveria fazer umas duas horas que ele estava sentado naquela poltrona.

- Gee, por favor. – Sem tirar os olhos da tela, o ouvi choramingar. Desviei meu olhar em sua direção. Ele olhava-me com um olhar de cão sem dono e fazia um bico. Respirei fundo.

- Não. – Voltei a olhar para o meu desenho. Como que eu poderia retratar um anjo em um simples papel?

- Ahh... Gerard, vai se fude. Cansei! – Ele pulou da poltrona.

- Frank Iero, volte já para aquela poltrona!

- Não. – Ele sorriu ironicamente e foi em direção a geladeira. – Vou te ajudar. – Veio em minha direção tirou o lápis da minha mão e no canto da folha desenhou uma carinha feliz. [A carinha feliz em homenagem a Samanta =)] – Da Vinci ficaria com vergonha de seus desenhos. – Colocou o lápis na boca e olhava risonho para o próprio feito.

- Eu vou te matar! – Gritei, quando o vi já estava em cima do sofá rindo.

Você esqueceu daquela tarde onde fizemos uma guerra de almofadas?

 

“Você se arrependeu
De ter estado ao meu lado?
Você se esqueceu
O que nós sentíamos por dentro?”

 

- Frank! – O chamei. Você veio correndo em minha direção, o seu pequeno corpo suado, seus cabelos colados em seu rosto, o taco de beisebol nos seus ombros.

- Vai diz logo, preciso voltar pro jogo. – Você disse rapidamente.

- Eu tava pensando a gente poderia ir...

- Ir onde? – Me interrompeu, você nem ao menos olhava em meus olhos, sempre virava a cabeça para trás olhando aquele maldito jogo.

- Merda. – O ouviu resmungar baixinho quando marcaram um ponto.

- Deixa pra lá. Vai, volta pro seu jogo. – Você nem ao menos se despediu, voltou correndo e sorrindo para aquele campo. Quantas vezes você já me trocou pelo o seu jogo, seus amigos, por tudo e eu não reclamei?

Dei as costas segurando as lágrimas que formavam em meu rosto. Peguei o desenho que estava em minhas mãos, enrolei e coloquei dentro da sua mochila que estava no chão.

 

“Você se arrependeu
De ter sempre segurado minha mão?”

 

Estávamos no parque, novamente, vendo mais um pôr-do-sol. Estava encostado em uma árvore com você em meu colo. Queria te proteger de todo mal, meu pequeno.

- Gostaria que pudéssemos ficar assim para sempre. – Sussurrei em seu ouvido e dei um beijo em sua testa.

- Não digo que ficaremos aqui para sempre, mais sempre ficarei com você. – Ele se virou me olhando nos olhos.

- Para sempre? – Perguntei. Ele afirmou com a cabeça.

- Para sempre, Way. – Ele roçou seu nariz no meu e seus lábios macios tocaram os meus. Como eu precisava disso, sua boca era meu sustento. Ele era o único com quem eu me sentia completo.

Mais, você se esqueceu de quando disse que seria para sempre?

 

“Nosso amor é como uma canção
Você não pode esquecer isso.”

 

- Eu te amo, muito, muito e para sempre. – Beijei suas costas e senti você chegar ao ápice. Cai deitado do seu lado.

- Eu te amo, pequeno. – Suas pequenas mãos percorriam minha barriga numa carícia, você pousou sua cabeça sobre meu peitoral. – Meu pequeno.

- Mais o pequeno aqui e você. – Sua risada se misturou com a minha enchendo aquele quarto.

- Só na altura. – Seus lábios beijaram meu queixo. – Meu pequeno. – Logo sua boca já estava unida a minha novamente. Se não fossemos reles mortais e nos cansássemos, poderíamos ficar o resto de nossas vidas nos amando.

 Você se esqueceu? Você me chamou de pequeno e disse que me protegeria!

 

“Você se esqueceu

Tudo o que tínhamos?”

 

- Quando a gente morre, para onde vamos? – Estávamos mais uma vez sentados no telhado de casa. Você soltou à fumaça que estava presa em seus pulmões e me estendeu o cigarro.

- Eu não sei. – Respondi deixando aquela fumaça tomar posse de meus pulmões.

- Será que depois da morte, vamos continuar juntos? – Olhei para trás, ele olhava para as estrelas com seus olhos brilhando.

- Eu não sei. – Abracei minhas pernas. Como eu gostaria de ter resposta para as suas perguntas.

- Sabe, eu também não sei. – Ele se levantou e me abraçou por trás. Colando seu rosto no meu. – Eu só sei que te amo e vou ficar sempre com você. – Virei um pouco para trás para encontrar o seu olhar. O brilho de seus olhos me fazia esquecer de tudo, só senti os seus lábios quentes sobre os meus. Suas pequeninas mãos percorriam minha face, me fazendo arrepiar com cada toque seu.

 

“Nunca mais,
Por favor, não esqueça,
Não se esqueça.”

 

- Frank, eu estou cansado! – Gritei com você.

- Cansado de que, Gerard? Já estamos juntos o que mais você quer? – Você me respondeu no mesmo tom de voz que eu.

- Você. Você, caramba. – Deixei meu corpo cansado cair sobre o sofá. – Mais quando estamos juntos você é uma pessoa, na frente dos outros você muda. Explica-me, porque você age assim? Tem vergonha de mim, tem vergonha da gente? Eu sinto que não te tenho por inteiro, tenho só metade de você. – As lágrimas já rolavam pelo meu rosto, vi os seus olhos ficarem vermelhos.

- Eu te amo, Way. – Você respondeu virando de costas pra mim. – Só que eu não sei. Eu acho que a gente, devia dar um tempo. – Não consegui te olhar nesse momento, as lágrimas embaçavam minha visão. Só ouvi os seus passos indo até a porta, você a fechou com cuidado e não voltou.

Eu não conseguia reagir, fiquei parado lá com as lágrimas caindo de meus olhos. Minhas mãos tremulas. Você, havia ido embora. A única pessoa que eu havia amado com todas as minhas forças, se foi.

 

“Tínhamos tudo
Estávamos apenas prestes
A nós apaixonarmos ainda mais
Então seguimos em frente”

 

- Gerard! – Ouvi você gritar. Eu estava no parque, aquele parque, o nosso parque. Lembra-se, era nele que passávamos horas juntos, trocando juras de amor. Ou você se esqueceu? Levantei meu olhar, você sentou-se na minha frente sorrindo. Aquele sorriso tão perfeito.

- Me desculpa. – Você pediu, seus braços rodearam meu pescoço. Não reagi. – Eu sinto a sua falta, eu te amo tanto meu pequeno. – Sua mão deslizou pelo meu rosto.

- Eu também. – Consegui responder, tentando segurar as lágrimas.

- Olha, olha o que eu achei. – De dentro da sua mochila, você tirou o meu desenho. Aquele que eu fiz, quando completamos seis meses de namoro e você me trocou por um jogo idiota. – Esse tempo todo que ficamos afastados, eu vi o quanto você me faz falta. – Seu sorriso era enorme, peguei o desenho. O tanto que trabalhei naquele desenho, foram dias decorando cada centímetro de seu rosto perfeito. – Diz algo, Gee.

- Desculpa. – Pedi entregando o desenho. Você o pegou e colocou diante do seu peito. Cheguei perto de você, e selei seus lábios aos meus. – Eu te amo muito, mais cansei de te esperar. – Peguei minha mochila e joguei sobre os meus ombros. Você permaneceu ajoelhado na grama com o desenho colado em seu peito e uma mão sobre os lábios.

Eu pensei que iria doer mais, não doeu. Pensei que iria sofrer mais, não sofri. Pensei que lágrimas iriam escorrer pela minha face, não escorreu. Todo esse tempo longe de você, serviu para eu te ver com outros olhos. E vi que eu te amo muito, mais não o amo o suficiente para ficar o resto de minha vida sofrendo por você.

 

Tudo começou naquele parque e naquele parque terminou!

 

Mas em algum lugar nós erramos
Nosso amor é como uma canção
Mas você não vai mais cantar junto
Você se esqueceu
De nós
Não se esqueça”


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Notas finais do capítulo

Está song vai ser dedicada a três lindas pessoas. Érica, Andressa e Samanta. Kinha e Dré, obrigada por ser minhas amigas, esse é o meu presente pro E.L.A. espero que gostem, roubei umas coisinhas suas e coloquei aqui. Samanta; minha maninha; dedico essa fic pra você, foi a primeira a ler, quando comecei na escola e ficou opinando. Viu, eu te disse que fic's gays são lindas e Frerard é amor e meu vício. Amo vocês, feiosas. b29;_b29;