O Garoto Da Casa Ao Lado escrita por purple kitten


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Não ia postar hoje, porém, já tava pronto mesmo...
Boa leitura ♥



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"Durante todo esse tempo que morara ali, Trevor foi o primeiro cara aparentemente normal que ela viu naquele apartamento, e que ela poderia ter ao menos essa vez, um vizinho que não fosse tão estranho. Bom, era isso que ela pensava."

[...]

Mai acordou num susto. Que droga é essa? Uma música relativamente alta tocava. Levantou-se irritada e foi até a pequena sacada. Dali podia ver; a porta da varanda do seu vizinho estava aberta, iluminando todo o local.

Trevor andava pra lá e pra cá no seu apartamento com uma vassoura. Mas ele não estava varrendo, e sim dançando. Agarrado à vassoura, cantava a música que era desconhecida aos ouvidos da garota.

- Trevor! – Chamou, mas o rapaz não escutou. Continuava com sua dancinha, que era muito bizarra na opinião de Mai. – TREVOR! – Gritou inutilmente.

O garoto parou de costas para ela, usando um controle como microfone. Mai entrou no quarto, pegou um sapato velho, e voltou à sacada rapidamente.

Mirou no vizinho, e jogou o objeto na cabeça do mesmo, que se virou assustado. Desligou a música com o controle, e foi até a varanda com o sapato nas mãos.

– Porque fez isso sua doida? – Perguntou irritado. Doida? Ele me chamou de doida?! – Pensou.

– Eu não sou doida! – Disse apontando o dedo pra ele. – Você tem alguma mania idiota de ficar acordando os outros de madrugada? – Esbravejou.

– O que? São seis da manhã! – Ele disse olhando-a incrédulo.

– Exatamente! – Ela respondeu quase gritando.

– Você é maluca. – Trevor falou calmamente entrando de volta no apartamento deixando uma morena irritada pra trás.

Ela não parecia uma doida ontem. – Trevor pensou voltando a ligar a música alta. Escutou um grito da garota e sorriu. Isso vai ser divertido.


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Inferno. Era pra onde Trevor deveria ir segundo Mai. Passou-se três semanas desde o incidente do bar, e o garoto tinha o péssimo hábito de acordar às cinco horas da manhã todos os dias com música alta. E aquele dia não fora diferente.

Era segunda-feira, e quando deram cinco horas em ponto, uma maldita música começou a tocar. Mai levantou-se furiosa, seguindo para a sacada sem se preocupar com o pijama de elefantes coloridos que usava.

- Qual o seu problema?! – Berrou chamando a atenção do garoto.

- Nenhum. – Respondeu simplesmente enquanto tinha um sorriso sádico no rosto.

Ah, como eu odeio esse sorriso.

- Argh! – Bufou. – Idiota! – Gritou voltando para seu apartamento.

Já que estava acordada foi para o banheiro, afinal, iria trabalhar dali à uma hora. Depois do banho e sua higiene matinal, tomou o café da manhã de sempre, torradas sequinhas, suco e alguma fruta.

Tenho que ficar em forma né? Hehe

Voltou ao quarto, para se arrumar para mais um dia exaustivo de trabalho. Vestiu um vestido azul escuro acima do joelho, por baixo uma meia-calça fio 40 preta, pra finalizar, o sobretudo num tom um pouco mais escuro que o vestido, e um salto alto preto.

Saiu do prédio e sentiu a brisa fria. Começara o inverno, e não demoraria muito para nevar. Andou lentamente e parou chamando um táxi. Precisava comprar um carro urgentemente.

Minutos depois, chegou à empresa. Olhou para o grande prédio e suspirou. Lá vamos nós. – Pensou.

[...]

Trevor estava frustrado. Havia se mudado à apenas três semanas, e já se via encantado pela morena esquentadinha do prédio ao lado.

– Ela com certeza deve achar que eu a odeio. – Murmurou para si mesmo.

O que Mai não sabia era que Trevor só fazia aquilo, acordá-la daquela maneira, por um simples motivo: Adorava ver a garota bufando de raiva. Segurava-se para não rir sempre que ela aparecia. Ela nem se importa em sair com aqueles pijamas esquisitos e... fofos? – Pensou.

Sentado à mesa da cozinha, Trevor procurava no jornal por um anúncio de emprego. Suspirou cansadamente, fazia meia hora que olhava para aquele maldito jornal, e não achava nada que fosse de seu proveito.

Será que não tem uma vaga naquela empresa, perto de onde Mai trabalha? Talvez pudesse perguntar pra ela, quem sabe... – Suspirou novamente. – Que droga! Porque ela sempre entra nos meus pensamentos? Talvez seja só atração física, afinal, já vi que a mesma é muito bonita.

Trevor estava realmente frustrado. Disse a si mesmo que não se apaixonaria novamente tão cedo. Não depois do que aconteceu.

Há cinco anos, quando se mudou para o Canadá, conheceu Abbie Stonkovick, pela qual se apaixonou tão rápido quanto pode se lembrar. Depois de um ano morando lá, ele finalmente teve coragem para confessar seus sentimentos, e ficou muito feliz ao descobrir que a garota também era apaixonada por ele.

Depois disso, começaram a namorar, achava que estava tudo perfeito, até descobrir que a garota brincara friamente com seus sentimentos, traindo-o com um cara qualquer.

Tinha esse problema, se apegava muito rápido a alguém. Decidiu então, voltar para NY e não ter relacionamentos sérios.

Ignorando esses pensamentos, Trevor tomou um banho rápido, disposto a sair por aí, e procurar um emprego. Pretendia voltar antes das sete da noite, pois seus antigos amigos iriam para seu apartamento comemorar a volta do loiro.


[...]


Naquela noite, Mai chegou às oito horas, como normal. Mas um barulho incomum vinha do apartamento de, ninguém mais ninguém menos, quem? Exatamente, Trevor Stone.

Ah, aquele garoto tirava-lhe do sério. Sentia que podia explodir a qualquer momento. “Ele faz de propósito? Que saco.” – Pensava.

Porém, não podia deixar de negar que adorava quando ele lhe lançava um sorriso sincero. Sempre amou isso nas pessoas, sorrisos verdadeiros. Sentia-se até atraída por ele, “mas nããão, ele tinha que ser tão irritante.”

Entrou no seu apartamento, jogando a bolsa no chão. Estava exausta. Havia uma música vindo do lado de fora, mas não tão alto. Tomou um banho demorado, e depois de se vestir um de seus queridos pijamas, deitou na cama pronta para dormir.

Estava quase dormindo, já se sentia até quase parte do colchão, porém de repente, a música ficou mais alta, e até alguns gritos de comemoração vinham do prédio ao lado.

Maldito! – Pensava enquanto descia as escadas do próprio prédio. Saiu marchando até o apartamento do outro. Passou tão rápido pela portaria que não teve tempo nem de ser impedida, sem se importar com seu pijama de passarinhos amarelos fofinhos.

- Oi, boa noit... –

- Não me venha com boa noite! – Disse ríspida a um garoto desconhecido que abriu a porta. – Onde está aquele idiota? – Entrou no apartamento resmungando.

Andava com passos pesados procurando pelo loiro, e vários olhares curiosos caíram sobre a garota, primeiro porque aquele lugar estava parcialmente lotado, e segundo porque ela parecia uma maluca de pijama.

Quando chegou a cozinha, avistou Trevor, que estava quase beijando uma garota loira. Teve uma idéia instantaneamente. Se tivesse naqueles desenhos animados, provavelmente teria uma lâmpada acima de sua cabeça.

Te achei. HAHAHA, Okey, sem risadas malignas agora Mai. – Pensou indo até ele.

- Você! Como pôde? Nunca pensei que me trairia. – Mai agora fingia um choro, enquanto apontava para os dois.

Ele soltou-se rapidamente da loira, só então percebendo que NÃO namorava com aquela maluca.

- Você tem namorada? – A tal garota olhou os dois. – Cafajeste! – Deu um tapa em Trevor e saiu do cômodo.

- Qual o seu problema? – Trevor olhava incrédulo, ainda processando o que havia acontecido.

- V-você é muito otário. – Mai disse já não agüentando segurar a risada. – Quem mandou não me deixar dormir. – Falou dando um sorriso vitorioso.

- Nossa, você tem quantos anos? Dez? – Mai mostrou a língua, fazendo-o revirar os olhos. - Isso não vai ficar assim. – Trevor disse e segundos depois abriu um sorriso sádico de dar arrepios.

- Ótimo. – Disse rapidamente e virando-se, correu até a porta pela qual entrou. Já de volta ao seu apartamento, foi para o quarto e jogou-se na cama.


Se é guerra que ele quer, guerra ele terá. – Pensou.


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Notas finais do capítulo

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Beijos :3



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