POV´s Percy

Era realmente chato estar lá. Segunda vez em um dia que eu estava na sala de espera de um hospital.

Silena estava apreensiva, com medo. Thalia não sabia como reagir, já que a um dia atrás ela tinha sofrido um acidente grave e perdido a memória, e agora o garoto que era seu namorado fora encontrado praticamente morto no quintal de sua casa.

Sim, Nico não estava morto, mas estava muito ferido, tinha levado um surra das feias, como se estivesse totalmente desprotegido.

Thalia tinha explicado que ele aparecera em sua casa no meio da noite e a chamou para conversou, contou em detalhes o que estava acontecendo, sobre Rachel e tudo mais, depois a levou para casa e foi embora.

Quem teria feito isso? Não precisamos nem perguntar isso. Rachel e Luke.

Estávamos todos com medo, estava ficando tudo mais frequente e mais rápido.

E era claro que sabíamos quem seria a última vítima.

– Você sabe né? – Pergunto a Silena que estava do meu lado.

– Sim, eu sei, sou a próxima. – Responde ela.

– É o mais provável, Annie, Thalia, agora Nico. – Falo eu. – Você era mais próxima de nós que ainda não sofreu nada.

– Eu sei, eu sei Percy! Acha que não estou nervosa? Sei que tudo se encaixa.

– Olha, acho que você tem que fazer um coisa.

– O que?

– Ir embora, por um tempo, você e Beckendorf, até conseguirmos achar ela.

– Mas ir para onde?

– Não sei, qualquer lugar está bom, desde que fiquem longe de tudo isso.

– Depois pensamos nisso, Percy.

Ela realmente parece nervosa, sem saber o que fazer. Mas por que isso?

Um médico diferente vem dizer que Nico seria liberado em pouco tempo, mas que precisava de muito repouso, além de não ter quebrado nenhum osso estava bem machucado.

Enquanto isso fico pensando no que Lee disse.

Silena poderia ser a espiã? Por que ela estava tão nervosa?

E Lee? Eu ligava para ele, mas nada.

Começava a desconfiar dele, era bem estranho seu comportamento.

Minha cabeça girava e eu não sabia nem o que pensar, era tantas armações, tantas confusões.

Nico finalmente é liberado, parecia com bastante dor, estava com curativos por toda parte e tinha um corte feio no rosto.

Thalia o abraça e ele sorri de leve.

– Chega de confusão certo Di Angelo? – Falo eu.

– Claro que não, confusão é o nosso nome.

– Não se lembra quem o atacou? – Pergunta Silena.

– Sinceramente não, só senti alguma coisa me acertando e depois não lembro de mais nada, mas não tinha chegado em casa ainda.

– Isso é alguma coisa, quem o atacou estava nas redondezas. – Fala Thalia.

– Sim, mas será que foi Luke que fez isso? – Pergunta Silena nervosa. O que estava acontecendo? O que ela estava escondendo de nós?

– Rachel não conseguiria fazer isso sozinha. – Falo eu.

– Sim, mas vamos indo, Nico precisa de descanso. – Fala Thalia.

Deixamos Nico em sua casa e Thalia também fica lá para ajudar ele.

Eu precisa achar Lee, mas antes tinha que saber o que Silena estava escondendo.

Paro o carro em frente à sua casa, mas ela não desce, estava nervosa, como se quisesse contar algo, mas não pudesse.

– Pode ir falando.

– O que? – Pergunta nervosa olhando para suas mãos, como se não quisesse me encarar.

– O que está escondendo?

– Nada. – Ela respira fundo e olha para frente. – Depois nós conversamos, tenho que contar o que aconteceu para Beckendorf.

– E sobre o que falei, de você passarem um tempo longe?

– Vou pensar nisso, eu prometo, depois te aviso.

Ela sai do carro e entra em casa apressada.

Não penso muito nisso, vou direto para casa de Lee.

Mas aparentemente está vazia.

Sem saber o que fazer passo na casa de Atena para saber se tinha alguma coisa nova vindo da polícia e contar o que aconteceu com Nico.

– Olá Percy. – Ela atende com um sorriso fraco. – Entre.

Ela pede a Lucy, a governanta para trazer algo para bebermos.

– Alguma notícia? – Pergunto eu.

– Nada, fui ontem na polícia, mas nada de novo. – Fala Atena desanimada. – Mas e você alguma coisa?

– Já deve saber que Thalia sofreu um acidente.

– Sim, Zeus me contou.

– Agora Nico foi encontrado no quintal de casa quase morto, estava todo ensanguentado.

– Nossa! E foi Rachel?

– Desconfiamos que foi Luke.

– Luke?

Bem, Atena não sabia que Luke Castellan estava metido nisso tudo?

– Sim, a senhora não sabe de nada que possa ajudar?

– Luke Castellan certo? – Confirma ela.

– Sim.

– Sempre achei ele muito estranho. – Comenta Atena. – Vivia sozinho em São Francisco, sempre me perguntei onde estaria sua família.

– Isso já ajuda, quer dizer que ele do tipo misterioso?

– Sim, sempre que eu visitava Annabeth ele evitava falar comigo, perguntava sobre sua família, mas ele sempre respondia que preferia morar sozinho.

Não posso falar mais nada, pois meu celular começa a tocar.

Número desconhecido, era isso que marcava no visor.

E era assim que as coisas sempre podiam piorar.

Respiro fundo e atendo.

– Olá Sr. Jackson. – Fala a voz abusada que tive que aguentar por anos. – Shiu! Apenas me ouça, podemos nos falar direito quando tudo isso acabar querido. – Ela para por um segundo e recomeça. – Annabeth, Thalia e Nico já foram, acho que já sabem quem é o próximo, mas esquecem de uma pessoa. Essa pessoa não pode ficar de fora da brincadeira. Mas saiba que daqui a uma semana tudo já terá acabado. Aguarde minhas ordens Percy.

Ela desliga rapidamente e posso ouvir a apenas o pipipi...

– Era ela? – Pergunta Atena.

Respondo com um aceno de cabeça.

– Tenho que ir. – Falo eu apressado.

– Mas...

– Desculpe é urgente, mais tarde eu ligo.

– Tudo bem.

Dirijo-me a porta e saio sem rumo.

Eu precisava falar com ele a todo custo.

Ligo mais uma vez e ele finalmente atende.

– Percy?

– Preciso falar com você, é sobre Rachel.

– Ok.

– Já estou na frente de sua casa.

Ele aparece na porta da casa.

– O que foi Jackson?

Percebo que ele usava botas do tipo de caminhada que estavam sujas de lama, além disso um casaco como se estivesse em um lugar onde seria frio.

Explico para ele sobre Nico e o telefonema de Rachel.

– Bem, isso é estranho, mas quer dizer que tudo está acabando.

– Acha que a próxima vítima pode ser você?

Ele pensa um pouco e responde.

– Talvez.

– Então é melhor você ficar de olhos abertos.

– Eu sempre faço isso.

Ele se levanta da poltrona onde estava e noto que na parte de trás de sua cabeça tem ferimento que parecia recente.

– Onde estava Lee? – Pergunto.

– Como?

– Liguei para você, vim aqui, mas nada, pelo jeito passou a noite longe.

– Tive que resolver uns problemas.

– Que tipo de problemas?

– Não é da sua conta Percy, fique longe disso.

– Se prefere assim.

Levanto-me e vou em direção da porta.

– Quando tiver mais informações falo com você.

– Estou aguardando. – Responde ele.

Volto para casa pensando no que estava por vir.

O final de toda essa confusão estava próximo?

E quem estaria vivo quando isso acabasse?