Contos Para Espantar Pesadelos escrita por Srta Lilian Tiff, thata_tenshi


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Lilian Tiff: Sei que tenho um monte de fics atrasadas, sei que tenho um monte de comentários pra responder e sei que tenho duas fics que fiz de presente de aniversário e ainda não terminei (cry)
E umas dessas fics de aniversário é uma Stony para minha Steve Rogers e amor da minha vida, Thata Tenshi. Mas eu não consigo termina-la de jeito nenhum e como forma de me desculpar peguei uma fic que fizemos juntas e que estava guardada a tempos, editei e aqui está *--*
É bem boba e fofa. Mas esperamos, do fundo de nossos corações, que vocês gostem muito dela. Boa leitura!

"Porque ela é meu Steve Rogers e eu sou o Tony Stark dela" ♥



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Steve estava morrendo de saudades do namorado e decidiu aparecer de surpresa em seu escritório na Torre Stark. Levava um bolo que ele mesmo havia preparado e entrou empolgado na sala do moreno o chamando cheio de felicidade.



– Tony?


– O que é, Steve? – Tony nem se quer o olhou e respondeu com a voz carregada de desprezo. O loiro ficou assustado com seu tom de voz e ficou surpreso pelo outro saber que era ele ali, ainda mais depois de todo o trabalho que teve para subir sem ser anunciado.


– Não é nada, apenas senti sua falta e lhe fiz um bolo. – Disse triste, mas logo voltou a sorrir. – Como não ficou surpreso com minha presença? Fiquei espantado por dizer meu nome sem olhar e...


– Se você não percebeu Rogers, eu tenho um prédio altamente equipado com o melhor sistema de segurança que já existiu e JARVIS nunca deixou absolutamente nada passar sem que eu seja avisado. Então o que te leva a pensar que hoje seria diferente? – Enfim o olhou com seus olhos castanhos e carregados por um desprezo que Steve jamais sentiu. Seu tom de voz era áspero, venenoso e seu corpo respondia com o mesmo desinteresse quando apoiou seu queixo sobre suas mãos entrelaçadas uma na outra e o encarou.


Steve, por sua vez, tentou segurar o choro, pois uma dor absurda se formou em seu peito, uma também que ele jamais sentiu antes. – Sim Tony, realmente eu me descuidei perante a isso. Isso não irá mais de repetir. Com sua licença. – Deixou o bolo que havia preparado com muito carinho sobre a mesa dele e virou as costas.


– Espere Steve, me perdoe. – Levantou-se rápido e seguia até o possível ex namorado. – Eu estou meio nervoso e não queria descontar em você. – O moreno segurou-o pelo pulso, num ato desesperado de conte-lo, mas isso fez com Steve puxasse seu braço com força e voltasse para ele com seus olhos azuis cheios de lagrimas.


– Te perdoar? Mais uma vez não é? – Seu corpo estava carregado de cólera e andou em direção a Tony como se quisesse machucá-lo. – Você sempre faz isso. Sempre está nervoso e me usa como saco de pancadas, me chateando com suas grosserias e eu? Eu sempre te perdoou e cuido de você. Mas agora será diferente, Sr Stark! – Disse o nome do moreno como se lhe jogasse uma pedra e novamente voltou a andar para a porta.


– Amor, me desculpe? – Se arriscou em segui-lo, mas ele nem ao menos lhe deu alguma atenção. Então Tony o chamou quando ele ia sair pela porta e ambos pararam. – Eu sei que erro, mas todos os dias eu tentou mudar por amar você. E se você não me perdoar eu serei obrigado a tomar medidas drásticas!


– E o que você vai fazer? – Cruzou os braço e arqueou uma sobrancelha, preocupado com qual atitude ele iria usar para tentar contorna-lo.


Tony caminhou devagar e com os braços cruzados atrás de si, parou em frente a uma das janelas de sua sala e encarou a noite. – Primeiro preciso saber se você está certo de que não vai me perdoar.


– Já tomei minha decisão, Stark! – Rosnou irritado com a insistência dele e ameaçou ir embora.


– Então eu também tomei a minha. – Tony abriu a janela e ficou bem próximo ao parapeito dela, respirando o ar frio daquela noite escura.


– Tony, o que você está fazendo? – Steve tentou correr até ele quando percebeu que ele já havia colocado uma de suas pernas para fora da sala.


– Mais um passo e eu pulo! – Friamente ele olhou de canto para o loiro e depois prosseguiu. – Eu já cansei de machucar as pessoas a minha volta e percebi que não mereço seu perdão.


– Tony, não! Merece sim, eu perdoou você. Agora por favor, se afaste dessa janela! – Entrou em desespero e ao mesmo tempo estava com medo de se aproximar e causar uma tragédia.


– Adeus, Steve Rogers! – Dito isso ele abriu os braço e se lançou para fora do prédio, sumindo da vista de Steve que correu numa velocidade espantosa até a janela.


– TONY? – Gritou para o nada enquanto tentava ver algo em meio a escuridão. Olhava para baixo buscando-o, esperando vê-lo rindo por mais uma de suas piadas bem sucedidas, mas tudo o que via era o escuro e ouvia o silencio. Sua vista ficou turva e uma ânsia de vomito tomou seu estomago. – Não... – Sussurrou sentindo seu corpo pesar para fora da janela e logo ele também estava caindo, se perdendo um uma escuridão assustadora e em um abismo que parecia não ter mais fim. Tentou gritar, tentava e tentava, mas nada saia por seus lábios já pálidos. Então puxou o ultimo ar que restava naquela atmosfera negra e gritou com todas as suas forças. – TONY!



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– Steve, Steve! – Tony o chamava assustado enquanto o segurava pelos ombros. – Steve, acorde querido.


– T-tony? – Sussurrou quando abriu os olhos pesademante sentindo seu peito doer e o ar faltar.


– Você estava tendo um pesadelo. Horrível por sinal. – Tony acariciou o rosto dele e parou na testa, tentando sentir a temperatura.


– Oh graças a Deus foi um pesadelo! – Steve sentou-se rápido e se agarrou ao pescoço de Tony, fazendo ele perder um pouco do equilíbrio. – Foi tão real. Eu fiquei com tanto medo e...


– Acalme-se querido. Eu estou aqui com você e está tudo no seu devido lugar. – Limpou as lágrimas que escorriam pela face rubra e o abraçou de volta. – Irei pegar água com açúcar pra você.


– Não! – O abraçou mais forte, prendendo-o a si. – Apenas fique aqui comigo... – As lembranças do pesadelo ainda invadiam seus sentidos e por isso não iria permitir que Tony se afasta-se.


– Tudo bem, tudo bem. Eu fico aqui, mas fique calmo e não me aperte tanto, por favor! – O beijou no alto da cabeça e não perdeu a oportunidade de se divertir. – Que feio. Um homem grande tremendo por causa de um pesadelo?


Respirou fundo e ofegante, se acalmando ao poucos. - Você também sentiria se fosse com você...

– Xiii... quer me falar o que foi que aconteceu nesse pesadelo? – Sussurrou com mais carinho e apoiou o queixo no alto da cabeça do loiro, lutando contra o cansaço.


– Eu... sonhei com você e você estava... – Sentiu um nó na garganta e as palavras começaram a se embaralhar, dando sinal de que ele iria chorar mais uma vez.


– Não Steve, não fica assim. Já passou. – Tony o segurou pelas laterais do rosto e o beijou nos lábios trêmulos, roçando sua barba de leve por eles. – Faremos assim: Primeiro eu te acalmo e depois você me conta sem medo, ok?


– Ok. – Engoliu o choro e se atentou a ele.


Tony o soltou e engatinhou preguiçosamente pela cama, ajeitou alguns travesseiros por ela e deitou para que Steve deitasse entre suas pernas e apóia-se a cabeça em seu peito. – Acompanhe a minha respiração. – Respirou fundo enquanto cobria ambos com uma enorme coberta felpuda. Depois passou a sussurrar. – Agora ouça o som do meu coração.


– Está bem. – Sussurrou no mesmo tom que ele e prestou atenção ao som diferenciado que vinha de peito do moreno.


– Está ouvindo? – Olhou para baixo e prosseguiu quando recebeu um sinal positivo do outro. – Ok, respire fundo mais uma vez e me diga três coisas que está sentindo agora!


Steve sorriu com a seriedade que Tony usava para aplicar seu estranho método. – Sinto paz, carinho e um pouco de receio.


– Muito bem, agora me explique cada um deles.


O loiro se viu confuso, pensou o pouco e disse as primeiras coisas que lhe vieram em mente. – Paz por tê-lo aqui comigo. Carinho por sentir seu toques. – Fez uma pausa antes de suspirar e continuar. – E receio, pois temo que você vá embora algum dia.


Tony se surpreendeu com a ultima resposta dada, mas não se abalou para não deixa-lo mais nervoso. Então olhou para baixo mais uma vez. – Perfeito, agora quero que me olhe nos olhos.Steve o olhou com o belo par de olhos azuis e se perdeu no rosto perfeito e iluminado pela luz do reator. – Você é a pessoa mais linda e maravilhosa que já tive e tenho em minha vida miserável, ok?


Rogers corou com aquilo e sentiu que seus olhos iriam transbordar novamente. – Eu amo você Tony. Promete mesmo que jamais irá embora?


– Prometo, até porque eu nunca iria embora da minha própria casa. – Brincou e se deliciou com o sorriso animado do outro.


– Você me entendeu!


Roçaram seus narizes e Tony o encheu de pequenos beijos pelo rosto. – Como está se sentindo?


– Bem melhor, obrigada. – Retribuiu os beijos e se aconchegou nos braços dele.


– Então irei até a cozinha preparar um leite quente para você e logo irá pegar no sono de novo. – Tony estava muito cansado, mas não iria dormir até fazer o outro se acalmar 100%.


– Não será necessário, só quero que fique comigo. – O enlaçou pela cintura com um pouco de força.


– Então irei ficar quietinho ate você pegar no sono...


– Eu iria preferir se continuasse falando. Sua voz me acalma.


Tony suspirou cansado. – Ah essas crianças, mas eu já não tenho mais assunto... – Pensou melhor quando viu a cara triste que Steve fez. – Ok, você venceu. Quer que eu conte uma historia?


– E perder uma oportunidade dessa? – Riu divertido e bocejou aos mesmo tempo – Pode contar.


– Então irei contar a fantástica historia de Cabelinhos Dourados e o Lobo mau. Ok?


Steve conteve o riso. – Claro, parece legal.


Tony respirou fundo e fez todo um drama com a voz para começar a tal historia. - Então...


“Era uma vez um jovem muito belo e forte, portador de um maravilhoso par de olhos azuis e de lindos curtos cabelos dourados. Seu nome era Cabelinhos Dourados e ele sempre passeava cantando e brincando com os animais pela floresta. Ele morava com sua avó adotiva, a velha Senhora Nicketa Fury. Uma velha com jeito maligno, grande, corcunda e com um tapa olho cobrindo um de seus olhos. Ela era horrível e sempre obrigava o pobre Cabelinhos Dourados a cumprir suas ordens.”


Tony contava sério e usava de toda uma pose para isso. Já Steve segurava o riso ao ouvir o tal nome “Nicketa”, imaginando Nick Fury vestido de mulher, mas se conteve com um sorriso infantil dos lábios.



“Em um belo dia, Cabelinhos Dourados estava se divertindo com alguns gibis quando sua malvada avó gritou:

– Cabelinhos! Eu quero que leve Shawarma para minha irmã que vive na Floresta Obscura...”


Tony fez uma voz de velha e caretas para representar a personagem má e depois uma voz doce para representar o rapaz.


“- Mas vovó Nicketa.. - Choramingou o jovem. - Eu não sei andar por essa floresta!”



Steve não conseguiu mais conter o riso, mas logo parou. – E Cabelinhos Dourados teve que ir mesmo assim?


– Calma Steve...


“- Ora, menino idiota. Eu irei com você então! – Resmungou a velha e deu a cesta pesada para Cabelinhos. Ela seguiu tropeçando em frente e o sofrido rapaz a seguiu. Era uma bela manhã ensolarada e coelhinhos fofinhos saltavam atrás dele. Porém logo entraram na parte escura da floresta, onde arvores enormes e assustadoras tapavam o sol e tudo ficou um silencio horrível, nem mesmo os coelhinhos se atreveram a entrar nessa parte. Já Nicketa levou o neto adotivo até o centro dessa floresta, parando em seguida. – Eu tenho que correr até em casa, pois esqueci uma torta que fiz para minha irmã. Continuei em frente, sempre em linha reta que irei assim que puder. – Disse a velha cheia de maldade no coração.


– Mas vovó... – Disse em vão, pois quando se deu conta a velha já havia sumido e o abandonado em meio aquela floresta escura sem que ele saiba como voltar.”


O soldado tinha se interessado de um jeito que não esperava pela historia. – E o que será dele agora?


Tony nada disse e prosseguiu:


“O coitadinho chorou sem saber o que fazer, mas lembrou-se do conselho. – Seguir em linha reta! – Exclamou para si mesmo pegando a cesta na mão e seguindo pelo caminho a frente, pois não havia percebido a maldade da velha. E então ele andou e andou, deixando pedacinhos de Sharwarma pelo caminho, para o caso de se perder. A floresta ia ficando mais densa e assustadora, mas o jovem Cabelinhos era inocente demais para perceber o quanto estava encrencado. Mas o que ele realmente não contava era que os pedaços de Shawarma atrairiam um alguém...”


Tony abandonou o abraço para abrir seus braços e fingir que seus dedos eram garras afiadas. Já Steve o olhou assustado. – E atraiu quem?


– O LOBO MAU! – O moreno arregalou os olhos e rosnou no fim da frase.


O outro se encolheu em baixo das cobertas, rindo enquanto fingia-se de assustado. – Oh meu Deus! E o que aconteceu?


“- Olá meu jovem.” Tony fez uma voz sedutora para esse. “ Disse uma voz grave que vinha de trás de alguns arbustos.


– Quem está ai? – Cabelinhos disse assustado, mas tentou manter a calma.


– Ora essa, sou o Lobo da floresta obscura. – Falou o lobo saindo de seu esconderijo e caminhando em pé sobre as patas traseiras. Ele era galante no jeito de andar e usava apenas uma calça vermelha, muito surrada e um lenço da mesma cor no pescoço. – Posso saber o que um rapaz tão belo faz em meu território?”


– E o que ele quer Tony? – Steve perguntou curioso.


– Você quer mesmo saber? – O moreno perguntou com um tom sombrio na voz e recebeu um sinal positivo do outro.


“- Estou indo para a casa de minha tia-avó. – Confessou inocente. – Mas estou perdido.


O lobo sorriu e passou a rodeá-lo enquanto o cheirava.” Tony começou a cheirar o outro para simular a cena. “- Apenas perdido? Posso te mostrar o caminho. Pena que estou faminto e fraco.


– E em que posso ajuda-lo, senhor Lobo? – Cabelinhos Dourados estava ficando apavorado, mas não podia demonstrar.


– Pode me dar algo para comer! – E o lobo porou bruscamente em frente a ele, balançando sua calda peluda de uma lado para o outro.”


Tony jogou a coberta felpuda sobre seu corpo e sentou-se de frente para Steve.


– E ele deu Shawarma para o lobo? – Perguntou ficando sentado também, interessado pelo conto de fadas e o moreno ficou satisfeito pelo resultado que obtia, mas percebeu que ele não iria dormir tão fácil agora.


“- Desculpe senhor Lobo, mas o que tenho nessa cesta não me pertence, - Cabelinhos se afastou com a cesta, pois percebeu que tinha mais medo da avó do que o lobo. Por sua vez o lobo ficou indignado, é claro, mas não podia deixar isso transparecer.


– Oh, que pena. Sinto que não posso ajuda-lo, pois estou fraco e faminto... – Ele fez drama para amolecer o coração já molenga do rapaz.


– Ok senhor Lobo, faremos um trato então: Lhe dou metade de uma Shawarma agora e a outra metade quando chegarmos ao meu destino. Tudo bem para o senhor?


– Esplendido garoto, esplendido! – O Lobo achou aquilo um absurdo, mas sorriu com malicia. Pegou primeira metade, a comendo com pressa e depois correu até os arbusto para pegar algo. – Vista isso! – Ordenou quando voltou e lhe entregou um manto vermelho, colocando-o sobre a cabeça e ombros de Cabelinhos.


Stark puxou o lençol da cama e colocou sobre Steve, amarrando em volta de seu pescoço.


Ele apenas sorria curioso com o que o outro fazia. – E o lobo o levou até a casa da avó dele?


– Tia-avó! – Voltou a sentar na cama. – Continuando...


“- O que é isso? – Cabelinhos Dourados perguntou.


– Isso é uma capa que irá lhe proteger dos maus fluidos dessa floresta, sem contar que caiu bem em você.” Tony apontou para o loiro, tirando uma com a cara dele. “- E peço que me perdoe se eu me perder em devaneios, ainda tenho fome e pretendo cumprir com nosso acordo. Agora siga-me!


– Mas senhor Lobo. – Interrompeu o jovem. – Minha avó disse para sempre seguir em linha reta e...


– Sua avó mente, meu jovem. Eu sou o lobo da floresta e sei de atalhos que irão nos levar em ‘extrema’ segurança.


E os dois andaram por um caminho que realmente parecia mais seguro, isso apenas para o Lobo que tinha garras e dentes afiados para se proteger.”


Tony ficou de pé sobre a cama, deixando a coberta cair e exibir o corpo firme coberto com apenas uma boxer preta. Ele fazia cara de monstro e brincava com Steve. Mas ele ficou tenso, encarando o loiro que não resistiu em perguntar.


– E o que aconteceu, Anthony? – Mostrou impaciência.


O moreno se aproximou sorrateiramente até ele, encarando os olhos azuis com firmeza. – BUUUU!!! – Gritou bem alto e caiu em risos ao ver o susto que o Capitão levou.

– Droga Tony! – Seu coração estava acelerado e ele escondeu a o rosto com o cobertor, tímido por ter se assustado tão fácil.


– Hei, não desarrume sua capa! – Arrumou o cobertor sobre Steve e continuou com o conto de fadas.


“O lobo parou de repente e Cabelinhos Dourados trombou contra as suas costas.


– Aconteceu alguma coisa, Senhor Lobo? – Perguntou preocupado.


– Garoto... – Lobo estava com a voz mais agrave. – Eu ainda sinto fome...”


Steve se agarrou a “capa”. – E então?


“O lobo parecia rosnar baixo e se virou para o rapaz, mostrando seus olhos vermelhos, os dentes brilhantes e as garras afiadas.


– Eu não sei mais se quero apenas metade de uma Shawarma! – A fera se aproximava de Cabelinhos que dava alguns passos para trás.


– Senhor Lobo, se esta com fome eu lhe dou toda a comida, mas por favor não me faça mal... – O pobrezinho estava tão apavorado que se tremia todo e tentava pegar algo dentro da cesta para dar para o outro comer.”


Tony de abaixou de frente para o atento loiro que ouvia a historia e engatinhou sorrateiro até ele enquanto ainda contava.


“- Tarde demais, garoto! – E o lobo deu um bote sobre Cabelinhos Dourados que caiu no chão e o lobo sentou-se sobre ele, segurando-o pelos pulsos no chão forrado de folhas mortas.”


O moreno pulou sobre Steve, fazendo o mesmo que o lobo de sua historia. Esse ficou surpreso com a atitude de Tony. – E o lobo comeu o menino? – Disse com inocência.


Shhh... – Tony pediu silencio e continuou a historia em outro tom, perdendo a fantasia por um momento. – Ele tentou pegar apenas mais um pedaço de Shawarma bem quente e suculento... – Se abaixou até o loiro, cobrindo os lábios rosados com os seus o tomando para um beijo demorado enquanto suas mãos percorriam o abdômen do outro abaixo de si. – Ele teve que lutar contra a teimosia de Dourados até conseguir saciar a sua fome com a comida, assim que conseguiu o soltou. – Tony saiu de cima dele e voltou para seu lugar, deixando o outro atônito com essa atitude. Logo voltou com sua ‘novela’.


“- Me perdoe jovem dos cabelos de ouro. Eu não consegui me controlar, pois minha fome já vem de dias sem comer algo. Estou muito envergonhado pelo que fiz. – Lobo dizia falsamente enquanto ajudava o rapaz a se levantar.


– Mas precisava dessa violência?Pensei que iria me devorar. – O coitado tremia muito e se assustou ainda mais quando deu de caro com um sorriso perverso da fera.


– De forma alguma meu bom rapaz. Vamos andando pois essa floresta fica muito mais perigosa a noite e não temos tempo para firulas.”


– Nossa! E o lobo fez mais o que com ele? – Steve ainda estava corado devido a provocação anterior.


– Não provoque minha criatividade Steve e mantenha o foco na historia!


“Então os dois continuaram caminhando pela densa floresta. Estavam calados e frios. Mas isso até aparecer uma luz de sol mais a frente.


– Pronto rapaz, chagamos a única casa que tem aqui e onde mora uma velha senhora.


– Então é melhor tomar cuidado. – Disse o lobo já indo embora.


– O-onde o Senhor vai? – Perguntou desesperado.


– Embora, ora essa. Eu sou o Lobo da Floresta Obscura e minha maldição é ficar preso aqui, então me recuso a sair na luz do dia. Adeus jovem, lhe garanto que nos veremos futuramente. – E o lobo sumiu pelas árvores, deixando um riso e um conselho assustador pelo ar. – E se precisar uive feito um lobo...”



– E Cabelinhos Dourados vai ficar amigo do Lobo? – Parecia realmente se importar com aquilo.


– Acho que o Lobo não gosta de amigos, Steve. – Disse sério.


– Mas o Lobo nem é tão mal assim. Eles ainda poderiam ser amigos. – Sorria como uma criança inocente, ainda mais por não se lembrar do pesadelo.


Tony revirou os olhos. – Quer que eles sejam amigos?


– Sim.


– Então me deixe terminar!


“Cabelinhos Dourados achou estranho, mas respirou fundo e foi para a luz, tendo sua vista ofuscada e uma grande dificuldade para enxergar.”


– E você não adivinha o que ele encontrou Steve?


– O que? – Arregalou os olhos claros, todo animado para saber o que o personagem havia encontrado.


– UMA CASA FEITA DE DOCES! – Tony abriu os braços e fez todo um show para anunciar a tal casa.


– Sério? – Steve torceu o nariz desanimado com a reposta. – Tony, essa historia existe mesmo ou você está inventando?


– Calado...


“Cabelinhos Dourados não acreditava naquilo que via e correu até a porta, todo animado e feliz por ter chego na casa da tia-avó. Bateu na porta feita de biscoitos recheados e aguardou alguém atende-lo.


– Que é? – Uma voz fraca de senhora soou pelas paredes de cocada.


– Sou seu sobrinho, Cabelinhos Dourados. Vim a mando de minha avó Nicketa, sua irmã.


– Ooh querido, entre por favor. – A porta rangeu e se abriu sozinha.”


– E como ela e a casa eram? – Perguntou, interrompendo Tony novamente.


O moreno bufou. – Ele não viu Steve, estava tudo escuro... e deixe-me terminar, sim?


“- Olá. Onde a senhora esta? – Perguntou colocando a cesta em cima de alguma coisa plana que encontrou.


– Estou aqui de cama. Estou muito doente. Venha até aqui para que possa acender uma vela. – E o rapaz foi tocando as paredes até chegar a ela e conseguir apanhar um fósforo que logo fez questão de acender e...”


– AAAAAAAAAH! – Tony berrou mais uma vez.


– TONY! – O loiro tomou outro grande susto e ficou irritado. – Se me assustar de novo eu juro que bato em você.


O moreno nem deu atenção e continuou a contar de maneira intensa, sem pausa e usando um tom assustador.


“Sua tia-avó na verdade não era sua tia-avó. Era um bruxa horrenda, careca, com dentes afiados, verrugas nojentas pela pele que era verde. Ela segurou Cabelinhos pelo pescoço e deu uma paulada na cabeça dele...” Tony pulou nas costas de Steve, o derrubando de bruços sobre a cama e continuou falando sem pausa. “Ele desmaiou e foi trancado em uma jaula cheia de ossos de outros rapazes. Então a bruxa acendeu o fogo para aquecer a caldeirão para cozinhar o pobrezinho adormecido para o jantar.” ­


– E ela tinha uma convidada, Steve. QUEM ERA ELA? – Tony fazia o maior drama e escândalo da historia para chamar a atenção do loiro. Ainda mais.


Steve ficou pensativo. – Não sei... o Lobo?


– NÃÃÃOOOO.... – Colocou as mãos em sua cabeça, simulando desespero e continuou sobre o namorado. – A velha Nicketa! – Depois disso apoiou as mãos no alto dos ombros do outro. – Ela na verdade é uma bruxa que cuidou de Cabelinhos desde neném para que a irmã e ela o comessem com batatas podres em um ritual de imortalidade.


– O que? – Simulou medo. – Que malvada! E o que vai ser do pobre Cabelinhos Dourados?


– Ele foi devorado e fim da historia. – O moreno tentou permanecer sério, mas não segurou o riso.


– Não brinca? Aah não Anthony Edward Stark, isso não é conto de fadas que se conte. Exijo outro final! – O olhou bravo por cima dos ombros.


– Ok estraga prazeres!


“Cabelinhos Dourados acordou e se viu dentro da jaula. Ficou desesperado e se agarrou a grade.


– Me tirem daqui! – Gritou e se assustou quando viu sua avó lá.


– Cale a boca, moleque idiota! – Lambeu os beiços faminta. – Há anos que venho esperando você chegar a idade de moço para poder devorar a melhor carne de humano que existe... a carne de um jovem virgem inocente e que nós dará vida eterna!


– O QUE! – Começou a chorar assustado. – Como a senhora pode? – Mas ele foi ignorado pelas bruxas que terminavam de preparar os ingredientes.


Ele tentou pensar, mas o desespero não permitia. E a sopa fedorenta estava quase pronta, apenas faltava o ingrediente principal. Lutar seria em vão, pois as duas possuíam forte magia. Corre também não iria adiantar, pois elas o encontrariam pela floresta rapidamente com suas vassouras voadoras.


– O que eu faço? – Sussurrou ainda chorando. – E seu eu... – Um fio de esperança brotou em seus olhos e ele se lembrou do lobo.”


– Auuuuuuu... – O grande gênio começou a uivar como um lobo, ainda sobre as costas de Steve.


“- Mande esse moleque calar a boca! – Gritou a bruxa Nicketa.


– Hei imbecil, se não ficar quieto eu irei te cozinhar no fogo baixo! – A bruxa chamada Colsonet também gritou.


Ele continuou uivando cada vez mais alto.


– Já chega! – As duas bruxas gritaram e apanharam seus facões, partindo pra cima do rapaz e estavam prontas para mata-lo. Mas de repente uma criatura veloz e de olhos vermelhos atravessou uivando pela janela e correu para cima das velhas. A vela se apagou com o vento que entrou junto com a fera. Bruxaria e sangue voavam pelo cômodo escuro. Só que a criatura era muito rápida e desviava de qualquer coisa que era lançada. Cachinhos ainda usava a capa e não foi atingido por nenhuma bruxaria. As garras da fera brilhavam como raios na escuridão e tudo o que se ouvia eram gritos horríveis e rosnados altos e raivosos. E depois de mais alguns gritos e um uivo doloroso, veio-se o silencio.”


Tony acompanhou esse silencio e fez com que Steve tentasse olha-lo por cima dos ombros novamente.


– E o que aconteceu, Tony? – Perguntou angustiado.


“Cabelinhos Dourados encontrou uma falha nas grades e com um chute no local a quebrou. Ele saiu procurando a porta e saiu da casa quando a encontrou. Porém ficou muito preocupado com o Lobo.


– Senhor Lobo? O senhor está bem? – Ele percebeu uma sombra que se aproximava e se preparou para correr, mas se acalmou quando viu quem era. Foi então que ele reparou, agora na luz, em como o pelo amendoado dele era bonito e brilhante, assim como seus olhos eram castanhos claros.


– Estou bem garoto. – Mentira, pois ele mancava e tinha um ferimento profundo na costela esquerda. – E você está bem? Te machucaram? – Caiu de joelhos quando chegou perto do jovem.


– Lobo? – Cabelinhos deixou a cortesia de lado e o dei apoio em seus ombros. Pois mesmo sendo inocente ele era alto, forte com seus olhos azuis marcantes e muito prestativo.”


– O que é obvio! – Tony acrescentou e esperou Steve girar embaixo dele até ficar de barriga para cima com ele ainda sobre sua cintura.


“- Eu estou bem, já disse! – Começou a tossir, estava fraco e perdia muito sangue. – Preste atenção. Você vai me deixar aqui, pois sei me virar sozinho. Volte pela floresta onde um corvo, conhecido meu, estará te esperando e vai leva-lo de volta para casa. E não se preocupe com os perigos, eles morreram junto com as bruxas.


– Mas não posso deixa-lo e nem posso viver nesse mundo sozinho. Você salvou minha vida e eu quero retribuir isso. – Cabelinhos estava com os olhos marejados e o lobo riu.


– Sentimentos? É rapaz, eu já fui humano e sentia como você. Tive riquezas, palácios, mulheres e escravos. Até que um dia eu tentei aprisionar essas bruxas, achando que eram escravas. Foi ai que elas me amaldiçoaram nesse ‘saco de pulgas’. E eu não podia sair no sol até conhecer você e sentir uma coisa boa. – Riu de si mesmo. – Eu tive que aprender a viver sozinho desse jeito. Então você, jovem e bonito, vai conseguir se virar.”


– Mas o Lobo não pode ficar sozinho... – Steve o olhou preocupado. – E Cabelinhos não pode deixar.


– Ai meu pai! Quer me fazer um favor de deixar eu terminar?


– Oh sim, me desculpe.


– Desculpado...


“- Mas Sr Lobo...


– Por favor meu caro amigo, me chame de Anthony.


Cabelinhos engoliu em seco para não chorar. – Sim Anthony, eu não irei deixa-lo aqui para virar comida de abutres. – Tentou estancar o sangue com a capa vermelha que havia ganhado.


– Será a única forma de eu me livrar dessa maldição, Dourados. E posso morrer feliz, já que enfrentei a mim mesmo saindo dessa floresta e salvando o único humano pelo qual guardo algo bom. – O lobo sorriu e seu corpo ficou mais pesado. – Se cuida garoto. E obrigada por permitir que minha ultima lembrança seja o azul maravilhoso de seus olhos. – Ele tocou o rosto do rapaz com umas das patas, bem de leve para limpar suas lágrimas. E depois essa mesma pata ficou gelada e caiu sobre seu colo.


– Não Anthony, por favor. E-eu irei s-salva-lo. – Cabelinhos o segurou com força para pega-lo no colo. Mas não conseguiu levanta-lo pois o lobo era grande e o corpo já sem vida não facilitava. – Não... – Sussurrou e o deixou deitado em seu colo, ficou acariciando o pelo macio enquanto chorava com todas as suas forças. Agarrou-se ao pescoço dele e ficou ali por longos minutos aos prantos, tentando procurar sinal de vida. Demorou para aceitar que qualquer esforço seria em vão. Então com muita dor em seu coração, ele resolveu que deveria partir, mas antes deitou sua cabeça no peito da criatura e sussurrou próximo ao coração. – Eu jamais o deixaria sozinho de novo, meu único amigo!

Sua declaração soou alto pelo ar e Cabelinhos se assustou com o eco. De repente um brilho forte saiu de dentro da casa de doces, onde as bruxas mortas estavam, e invadiu o corpo sem vida do lobo que começou a levitar e brilhar como se varias estrelas o rodeassem.”


– Oh igual a Bela e a Fera? – Os olhos se Steve brilhavam com muita vitalidade ao se sentir como uma criança.


– Eu estava pensando na Princesa e o Sapo, mas esse serve. – Tony sorriu.


“Cabelinhos Dourados parou de chorar no mesmo momento e sorriu com um ultimo uivo que soou do corpo do grande lobo. Logo toda a luz que flutuava se extinguiu e o corpo de um homem caiu no chão. – Anthony? – Correu até ele o cobriu com a capa vermelha.


– O-o q- que aconteceu? – Anthony olhou para o loiro que ficou admirado com tamanha beleza. O Lobo havia se transformado em um homem com cabelos e olhos castanhos, pele branca levemente bronzeada, barba desenhada e lindos lábios.”


Tony fez posse sobre Steve, servindo de modelo para seu personagem.


“- Você está vivo Senhor Anthony, vivo e humano! – Repondeu feliz e os olhos se ambos brilhavam. O moreno levantou-se com a ajuda do outro, cambaleando por não estar acostumado com pernas humanas.


– Então você quebrou o encanto!”



– O lobo é lindo mesmo... – Sorriu admirando o outro com um sorriso malicioso.


– Não me interrompa! – Reclamou, mas sorria satisfeito com o elogio.


“- Encanto? Mas não era maldição?


– Na verdade era os dois e eu não me lembrava mais disso. A única maneira de me libertar da maldição era matando as bruxas e eu aprender o que era um sentimento bom. – Ambos se olharam, atraídos um pelo outro. – E eu aprendi isso, estou livre e tenho você. Posso voltar para meu palácio que estava assombrado até então. – Estava tão feliz que pegou o outro pelas mãos e o trouxe para mais perto. – E você pode ir comigo, já que não quer ficar sozinho. – Cabelinhos sorriu tímido e aceitou na hora, o que fez Anthony sorrir muito. – Mas seu nome... é Cabelinhos Dourados mesmo?


Ele ficou envergonhado e respondeu triste. – Não sei, aquela bruxa nunca me chamou por outro nome.



– Eu posso escolher um outro nome para você? – Encostou sua testa na do mais novo e ficou encantando com o tom rubro que tomou-lhe a face.


– Mas é claro, Sir Anthony.


A ex fera observou o outro por alguns minutos, sentindo o poder que emanava daqueles olhos terrivelmente azuis. Logo foi tomado por um forte nome e o disse em voz alta. – Steve, Steve Rogers. Cavaleiro e nobre aprendiz. O que achou?


– Perfeito! – Eles se olharam de um jeito mágico, como nenhum sofrimento tivesse existido em suas vidas.


– Vamos para casa? –Anthony o puxou pela mão para um outro caminho em meio a floresta.


– Sim, para nossa casa! – Steve respondeu e algum brilho invisível aos olhos apaixonados fez com que eles dessem as mãos com mais firmeza e entrassem sem medo pela Floresta Obscura.


E no fundo já se amavam por varias vidas, mas ainda iriam descobrir isso. No futuro muito próximo eles seriam dois reis unidos pelo verdadeiro amor e iriam reconstruir todo o reino que a maldade destruiu. Tudo isso juntos, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença...” Blábláblá até que a morte os separem! E viveram felizes para sempre! – Tony gritou.


– Isso foi muito lindo meu amor... – Steve puxou Tony para um beijo apaixonado.


– Gostou mesmo? Achei que ficou muito melosa. – Disse correspondendo ao beijo.


– Estava perfeita. Do jeito que inventa historias nossos filhos nunca ficaram entediados. – Brincou.


– Sei disso! – Cruzou os braços convencido. Porém estava caindo de sono e já eram mais de três horas da manhã. – Steve?


– O que foi? – Perguntou sorrindo e encantado com ele.


– Eu estou morreeendo de sono... – Disse isso ao deixar seu corpo cair sobre o de Steve.


O loiro o acolheu em seus braços e acariciou seu rosto – A culpa é minha que atrapalhei seu sono de beleza.


– Não atrapalhou não. – Tony sorriu a puxou as cobertas para cima deles. – Eu só queria te ver sorrindo... e consegui. – Bocejou em seguida.


– Eu sempre vou sorrir com você, não importando o que aconteça. – Bocejou junto e o beijou de leve.


– Eu também, meu Cabelinhos Dourados. – Tony disse perdendo a voz, pois estava quase pegando no sono com os carinhos que recebia.


– Tenha bons sonhos, meu Lobo Mau.


– Rawr... – Rosnou baixo e em questão de segundos já estava sereno e quieto, dormindo com a cara de bravo que sempre fazia. Steve sorriu e ficou o observando quase a noite toda, pois não conseguia pegar no sono. Não tinha mais medo de perde-lo, apenas temia por ele como toda pessoa que ama. E demorou para pegar no sono, como já foi dito, mas dessa vez nenhum outro pesadelo iria atormenta-lo, pois estava satisfeito e certo de que poderiam viver felizes para sempre.


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Notas finais do capítulo

Thata Tenshi: Aqui estou eu com outra Stony que não é somente minha, dessa vez minha linda Stark decidiu postar uma brincadeira nossa de uns tempos atrás (lê-se muito tempo mesmo rsrs), mas ela é linda e muito especial assim como todas a que fazemos juntas, bom espero que tenham gostado de ler assim como gostamos de fazer. Obrigado pela atenção *-*