Love As Sick escrita por Serena Connors
Notas iniciais do capítulo
Bom, queria lembrar que essa é minha primeira fanfic, então não esperem nada "INCRIVEL", ok? Mas mesmo assim espero que tenha ficado bom... Aproveitem!
– Com licença... - Esme bateu na porta e entrou em seguida, indo direto para as cortinas e abrindo-as - Como está se sentindo hoje querida?
– O mesmo de sempre... - respondi e suspirei sem ânimo.
– Hora meu bem, anime-se! Está um dia lindo lá fora!
Eu puxei os cobertores até minha cabeça e cobri-a.
– Vou trazer o seu café, levante-se dessa cama e arrume-se! - ela ordenou e saiu do quarto.
Eu bufei e girei o corpo para sair da cama, fui até o banheiro para lavar o rosto e pentear o cabelo...
– Essa é você! - disse para o reflexo e soltei o cabelo que penteava - Uma garota com um cabelo liso comum...
– Bella? - Esme chamou ao entrar no quarto e eu saí do banheiro.
– Já disse que meu nome é Isabella... - reclamei.
– Mas eu gosto de te chamar assim... - ela pausou e estendeu a bandeja na minha direção - Seu café da manhã...
Eu encarei a bandeja: suco, um sanduíche e uma maçã.
– Obrigada, vou comer... - eu peguei a bandeja das mãos dela e coloquei sob a cama.
– Você precisa comer tudo! - ela avisou antes fechar a porta.
Eu encarei a bandeja e meu ânimo sumiu, levei algum tempo para me forçar a comer; afinal, como Esme dizia: "Se você não comer não poderá sair!", e pior do que comer é ficar trancada no quarto...
Deixei a bandeja vazia sob a cama e sai do quarto; os corredores eram de piso e as paredes de ladrilho, tudo branco e cheirando álcool, um visual comum a qualquer hospital.
Por onde eu passava as pessoas reparavam em mim, talvez o fato de estar usando pijama anunciava a todos que eu fazia parte desse universo branco; apressei o passo e quando percebi estava na ala de isolamento do hospital, as paredes reforçadas e havia alguns vidros que serviam para a observação dos pacientes...
Eu continuei andando pelos corredores e encontrei uma porta entreaberta, segurei a maçaneta e empurrei a porta lentamente, abrindo o suficiente para que eu pudesse ver dentro do quarto.
Havia um lençol pendurado ao teto e uma cadeira sob aquele ponto, olhei ao redor e vi alguém escrevendo algo num canto perto da escrivaninha, ele deixou um envelope sob a escrivaninha e atravessou a sala indo em direção a cadeira, para depois subir nela, enquanto ele mexia no lençol eu pude observa-lo melhor.
Ele tinha cabelos escuros - cor de bronze - em um tom brilhante, era alto - as não um gigante, alto natural -, tinha um porte elegante e num milésimo de segundo pude ver seus olhos, eram verdes...
– Espero que me perdoe Carlisle... - ele disse.
Só então percebi que ele havia amarrado o lençol no pescoço, não pensei duas vezes antes de empurrar a porta e gritar:
– O que pensa que está fazendo?!
***
– Querida vou sentir tanto a sua falta! - minha mãe me abraçou com os olhos marejados.
– Será por pouco tempo... - meu pai pôs a mão sob o ombro dela e completou - Seu tio cuidara bem de você...
Ele nos uniu num abraço coletivo e depois acenou pra mim enquanto amparava minha mãe, eu entrei no carro.
– Você nunca fala? - foi a primeira coisa que ele disse.
Acenei com a cabeça.
– Nem pra se despedir de seus pais?
Repeti o gesto.
– Está com medo?
Dei de ombros, 'de que adiantaria meu medo?'
– Não se preocupe, sua tia e eu cuidaremos de você...
O resto da viagem veio acompanhada de total silêncio, quando chegamos ai hospital minha tia veio nos receber.
– Renesmee querida! - ela correu na minha direção e me abraçou - Me conte como estão seus pais? Sua mãe está bem? Como foi a viagem?...
Ela continuou a perguntando até que meu tio interferisse.
– Esme, meu bem? - ela chamou e ela me soltou - Ela não gosta de falar...
Minha tia olhou pra mim com pena, como se eu tivesse uma doença terminal ou algo do tipo; meu tio apenas sorriu como se dissesse: "Dê tempo a ela..."
– Doutor Carlisle, por favor ir à ala psiquiátrica; quarto 235! - a voz mecânica de uma mulher ecoou pelo hospital.
– Tenho que ir... - ele avisou, beijou a bochecha da minha tia e depois a minha e sussurrou - Ela logo irá se acostumar...
Eu observei enquanto ele se afastava, parecia ser o único que não me cobraria nada; meu pai tinha razão ao dizer que gostaria dele...
– Vamos querida! - minha tia segurou minha mão - Vou mostrar seu quarto!
Ela me guiou pelos corredores e passamos por vários quartos, aparentemente meu problema me dava direito a uma estadia na ala psiquiátrica do hospital, mas logo de cara tive dúvidas de que iria gostar desse lugar; um belo exemplo eram os próprios internos. Alguns deles eram totalmente silenciosos, como um loiro que estava num canto do próprio quarto - minha tia disse que ele era bipolar e que podia mudar de humor com facilidade -, mas outros pareciam ter problemas até com as coisas mais simples; uma garota de cabelos curtos, por exemplo, quase me fez pular de tanto susto.
– Vocês são malucos! - ela gritou - Como podem faltar tantas cores em um espaço tão pequeno?!
Só então percebi que ela estava falando do quarto, eu concordava com o fato de que tanto bege era ruim; mas achava um exagero tanto drama por causa disso! Ela foi até o armário e abriu, logo apontando para as próprias roupas e dizendo como deveria ser o quarto.
– Ela sofre de um complexo que a faz querer controlar tudo... - tia Esme sussurrou pra mim - Nunca foi culpa dela, mas não podemos controla-la...
Nós andamos por mais alguns corredores antes de chegar ao meu quarto, ele era bege e sem vida como os outros; minha tia me disse para ficar a vontade e assim que ela saiu comecei a desfazer as malas, quando terminei fui até a janela para admirar a vista. Dali eu podia ver uma floresta que parecia ficar dentro dos terrenos do hospital, talvez eu a explorasse mais tarde, quem sabe?
Sai do quarto para tentar dar uma volta no hospital e conhecer o mundo albino para o qual eu acabara de entrar, andei por alguns corredores antes de ouvir uma enfermeira gritar.
– Segurem ele! Segurem! - eu a vi despontar no corredor carregando uma bandeja.
Então percebi que ela pedia para segurarem um garoto que mais parecia um gigante, todo o resto se passou em câmera lenta:
O gigante correndo na minha direção, as pessoas desviando de seu caminho, eu tentando me encostar contra a parede sem que meus pés me obedecessem, e por fim o choque entre nos dois; senti-o segurar meus cotovelos e me levantar do chão, mas minha visão ficou turva e eu apenas senti as pernas bambearem antes de tudo ficar escuro...
– Foi um acidente! Eu não queria machucar ninguém! Mas aquela enfermeira queria me dar alguma coisa e eu simplesmente sai correndo! - uma voz rouca parecia estar falando perto de mim, quando abri os olhos meu tio estava sentado ao meu lado e eu estava sob uma cama.
Minha cabeça doeu e quando fui toca-la percebi que estava enfaixada.
– Você bateu a cabeça com força e eu tive que enfaixa-la. - meu tio explicou.
Eu assenti, o que foi uma péssima ideia porque eu senti tudo chacoalhar.
– Com licença? - alguém pigarreou.
Era o gigante que me encarava com o rosto aflito, eu observei suas feições por alguns segundos; pele avermelhada, cabelos escuros e um tanto bagunçados e olhos profundos como os do meu pai, então ele falou e eu percebi que ele era o dono da voz rouca que eu tinha ouvido um pouco antes.
– Desculpe por te derrubar... - ele disse.
Quando eu o encarei senti algo esquisito, seus olhos transmitiam algo para os meus; parecia que podíamos conversar sem palavras, minha única forma de conversa durante anos...
– Meu nome é Jacob! - ele sorriu.
Olhei para meu que pareceu entender o que eu queria que ele fizesse.
– O dela é Renesmee. - meu tio lhe disse - Ela não gosta de falar...
Meu tio me encarou e sorriu e Jacob fez o mesmo, logo percebendo que eu estava com esse "problema" por escolha própria.
– E ela ira para o quarto e ficara de repouso até que eu diga o contrário! - só então percebi que minha tia estava conosco.
Ela caminhou até mim e me ajudou a levantar para me levar até o meu quarto.
– Tchau... - eu ouvi Jacob sussurrar atrás de mim.
Me virei e vi meu tio se sentar, deveria ser seu consultório no final das contas; olhei para Jacob e nós dois sorrimos e então ele desapareceu do meu campo de visão...
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
No próximo capítulo:
"Ele me encarou surpreso e depois de algum tempo seu rosto adquiriu um ar de superioridade que me fez encolher e encarar o chão.
— Não é óbvio? - zombou - Eu vou me matar!"