Reckless - Divergente escrita por Morgana Le Faye, Andiie


Capítulo 16
Fim


Notas iniciais do capítulo

Heey ^^ Caboooou.
Bem...se vocês perceberem esse cap marca o fim do livro Divergente...eu disse que iria acompanhar o livro... Agora só postarei referente á Insurgente ahsua ^^
Depois desse cap vai vir um cap bônus sobre...~tanananãaa~James.
Ele será escrito pela nova co-autora que vocês descobriram amanhã ^^
Espero que gostem e perdões pelo drama kkk
Hey...tem uma nova leitora, patricia~alguns numeros que n lembro~e vc favoritou e n ta mandando review?! ç-ç quer matar a "tia Le"
E...Andiie...pare com esse apelido e com essa vontade bizarra de querer ser a Jeanine -.-'.
Carol Munarooo minha quase, quase, quase, mt quase vizinha kkk e BeCaldas >< A reação de vcs quanto ao ultimo cap foi hilária kkk "Mas que merda ela fez?!" "Doeu meu coração" ♥ amo vcs duas.
IBruu me abandonando... Red tbm... Mas ainda amo vcs ç-ç E VC LEITOR INVISIVEL QUE NÃO FAVORITA NEM MANDA REVIEW...n te amo u-u
Vamos ao cap^^



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/411801/chapter/16

A cadeira é macia, mas ficar olhando Beatrice Prior pela tela do computador é incomodo. Ainda mais quando ela esta sangrando por minha causa e desmaiada em um tanque. A enfermeira da Audácia olhou meus ferimentos. Ela disse que foi muita sorte a bala ter pegado um músculo que não compromete muito. Ela retirou a bala. E me deu um remédio que fez a dor se transformar em um pulsar maçante.

A lâmpada é azul e fraca quando ilumina. Vejo as paredes de um tanque em torno dela. A sala é pequena com paredes de concreto e sem janelas, e ela esta sozinha nela.

Ela aperta a testa no vidro e sorri. Essa é a pior coisa que eu posso imaginar. Seu riso se transforma em um soluço.

Se ela se recusar a desistir agora, vai parecer corajoso para a Audácia, mas às vezes não é lutar que te faz ser corajosa, mas encarar a morte que você sabe que está chegando. A morte, a morte vem sem perdão. Vem na calada do teu espírito. Vem sem piedade e te leva. É uma ida que não tem volta, sem perdão… Ela soluça dentro dos vidros. Invejo-a por poder chorar. Engoli tantas lágrimas que acabei me afogando por dentro. Minhas lágrimas parecem que secaram.

Ela começa a gritar e se bater contra o vidro. Escorre água para dentro do fundo do tanque. Estou aqui á ordens de Jeanine. Estudando suas reações e escrevendo-as. Sua realidade não corresponde ás da sua simulação – que eu vi vídeos. – Ela parece mais covarde, por que ela acha que é real.

Mas isso não passa de outra simulação. Ouço passos atrás de mim e me viro para encarar Drezza.

— Tudo bem? – pergunto.

— Vicky... — ela começa a falar, mas para e olha para a tela assustada. Acompanho seu olhar e vejo a mãe de Beatrice e Caleb Prior. A mulher que realizou meu teste. Ela quebra a simulação. Levanto-me da cadeira rápido. Pego a arma que esta em cima da mesa. Empurro a câmara da arma a abrindo e olho dentro. Vendo quantas balas ainda tem. 7. Em seguida, pego algumas balas no bolso e recarrego. Coloco-a em minhas costas, presa á calça preta que peguei no velho apartamento da minha família. Estamos na Audácia e Beatrice na Abnegação, em um porão da Abnegação, mas tenho certeza que ela virá para cá.

Corro com Drezza até a próxima sala de controle. Alguns membros estão olhando para câmeras diferentes. A que mais me chama atenção é a da rua. Aproximo dela. Beatrice e sua mãe. Elas falam algo e Beatrice corre por um beco. Sua mãe levanta a arma acima da cabeça e dá três tiros no ar.

Os soldados da Audácia se aproximam. Entre eles vejo minha mãe. Ela esta sendo controlada. Não consigo chorar. Não mais.

Minha mãe e outros membros da Audácia atiram contra a mãe de Tris. A única coisa que vejo são os corpos caídos... Minha mãe... Seu corpo endurece e ela recebe uma bala na coxa. Ela atira duas vezes contra a mãe de Tris antes de cair no chão. Seu cabelo escuro contra o asfalto cinza. Pisco, e violentas manchas vermelhas estão dentro das minhas pálpebras. A mãe de Tris atira contra seu peito e ela larga a arma. É como se eu estivesse morta, mas sentindo tudo.

Sem respiração. Sem vida. Aperto a palma da mão contra minha boca e grito. Sentindo lágrimas brotarem em meus olhos. Seco as lágrimas com a palma da mão antes de me virar para Drezza.

— Precisamos fugir daqui. — ela me encara sem entender.

— Para onde?! – ela fala baixo. – Não sei se você percebe, mas não temos muitas opções.

Penso em D, James, Josh e Caleb... Olho para tela. O corpo de sua mãe esta caído ao lado do da minha. Sua irmã já não é vista mais.

Sua mãe morreu e ele sabe disso? Tenho o privilegio de saber o que houve com a minha, mas o que será que esta acontecendo na sede da Erudição agora? Eu sei por que as vi nas câmeras. Eles estão bem. Seguros. Todos estão cientes da guerra, mas ninguém liga.

Pego mais uma arma. Desta vez peguei emprestado de um soldado controlado da Audácia. Ele nem percebeu. Drezza fez o mesmo. Eu e Drezza corremos. Carregando armas ate o telhado. Vamos pegar o trem e fugir. Mas não sei para onde. Apenas fugir.

Pulamos juntas quando ele se aproxima. Caio quando pulo. A dor se alastrando pelo meu corpo. Olho para a ferida coberta com gaze. Ela retornou a sangrar. Drezza consegue pular bem. Ela pegou rápido.

Sentamos uma de frente para a outra. Ela segura minhas mãos.

—Suas mãos estão frias. – ela murmura

— Quem dera fosse só as mãos. - digo. Ela olha para baixo e se aproxima de mim e me abraça.

De inicio não retribuo. Estou congelada. Lagrimas brotam de meus olhos e eu não consigo enxergar mais nada.

— Se você tiver que chorar, chore como as crianças. Você já foi criança um dia, e uma das primeiras coisas que aprendeu em sua vida foi chorar; porque faz parte da vida. Jamais esqueça que você é livre, e que demonstrar emoções não é vergonha. – ela sussurra.

Não quero mais enxergar nada. Pisco e deixo-as rolarem.

Chorei.

Chorei porque aparentemente não havia uma solução; porque eu poderia ter feito alguma coisa, mas não fiz. Chorei porque eu estava com tanta saudade que não sabia onde eu estava. Chorei porque nenhum porre desse mundo poderia me impedir de chorar. Chorei por todas as coisas que tive de abrir mão, por todas as pessoas que abriram mão de mim. Chorei porque era tudo que eu poderia fazer. Chorar como uma criança desesperada. Chorei pelo cansaço, pelas dores nas costas, pela falta de alimento no estômago. Porque acreditava em tudo, e hoje já não havia mais nada para acreditar. Porque eu estava em todos os lugares, mas, nenhum deles era o meu lar.

E Drezza permaneceu me abraçando. Esperando eu parar, mas eu chorei um oceano naquele momento. Precisava esvaziar.

Às vezes a gente ouve tantas vozes. Algumas nos dizem pra desistir, enquanto outras nos fazer acreditar que ainda vale a pena insistir. O problema é que a gente quase nunca sabe qual voz seguir.

— Acho... Acho que eu deveria pegar essa arma e simplesmente atirar contra meu crânio. – digo por fim. Ela me olha nos olhos. Sinto que ela vai me bater, mas ela não o faz. Ela me sacode enquanto praticamente grita.

— Você não pode desistir, não agora! Não me fez largar uma possível vida feliz na Erudição, atirar em pessoas para querer se matar! – Havia me esquecido disso. Tinha sido egoísta. Drezza veio comigo, mas não perguntei se ela estava bem.

Pergunto-me como deve estar se sentindo Andrew...

Ele sempre soube que ela era diferente, mas ele sempre foi um pouco diferente também. Talvez eles pudessem ser diferentes juntos. Ela largou a vida perfeita da Erudição. Casar-se com Andrew e ser jornalista. Ela largou isso para vir comigo. Preciso organizar as coisas na minha mente.

Preciso salvar o que resta da minha família. Preciso fugir de Jeanine. Preciso me manter viva.

A raiva vem quando penso em viver. Jeanine. Por sua culpa minha mãe esta morta. Irei adicionar mais um ponto em minha lista mental. Destruir a facção que contribuiu em controlar as mentes de inocentes para matar outros. Destruir minha facção. Destruir a Erudição.

— Você esta bem? – perguntei por educação. Sabia que ela não estava. Ela o queria, precisava dele agora mais do que nunca, mais do que qualquer outra coisa, mais do que tudo. Queria poder entender isso. Como se ama alguém dessa forma.

— Todo mundo passa dificuldades na vida, não temos poderes para mudar as coisas quando bem entendemos. Ser humano é se sentir mal, é se sentir furioso, é se sentir com medo e não ser capaz de fazer nada até não se sentir mais assim, até que consiga ver um jeito de se sair dessa.

O trem vira e eu vejo a cidade atrás de nós. Ela vai ficando cada vez menor até que vemos onde os trilhos terminam

— Acho melhor irmos para a Amizade por um tempo. Até as coisas se acalmarem. – digo olhando para fora. Começa a escurecer.

A gentileza da Amizade irá nos confortar por um tempo, mas não poderemos ficar lá para sempre. O trem se dirige para terras escuras e incertas.

— E quanto aos outros? – pergunta Drezza. – Como deve estar a Abnegação? E a Audácia?

— A Abnegação e a Audácia estão destruídas, seus membros dispersos. Nós somos como as pessoas sem facção agora. Eles também são. Eu não sei como a vida será daqui para frente, sem facção—parece algo solto, como uma folha separada de uma árvore que lhe dava sustentação. Nós somos criaturas perdidas, nós deixamos tudo para trás. Não temos casa, não temos um caminho certo pelo qual seguir.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero Reviews



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Reckless - Divergente" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.