Reckless - Divergente escrita por Morgana Le Faye, Andiie


Capítulo 14
Volta


Notas iniciais do capítulo

A ação ainda não começou...ahusha Esse cap é uma introdução...hoje a tarde eu posto outro.
Aqui Andiie, estou postando essa hr só pk você pediu -.-'
Espero que gostem amores.
Hey, uma pergunta...estou pensando em fazer um cap bonus com a visão de um outro personagem... Qual entre eles vocês gostariam de ler um bonus?

Drezza
D.
James
Josh
Caleb
Algum outro



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O trem passa muito rapidamente por esse setor. Indo direto para a sede da Audácia. Levanto minha cabeça. Meu pescoço dói. Estive curvada contra a parede por pelo menos meia hora, escutando as rajadas de vento e vendo a cidade passar por mim. Inclino-me para frente. O trem diminuiu sua velocidade nos últimos minutos

A ideia de pular para fora de um trem em movimento para um telhado, sabendo que existe um abismo entre a borda do telhado e o limite dos trilhos, faz com que eu queira vomitar de ansiedade. Estou voltando para casa.

– Vamos – digo.

– Temos que pular? – ela pergunta temerosa. Levanto a sobrancelha. – Eu simplesmente… não conseguirei pular a não ser que alguém me arraste junto. – Eu seguro a mão dela e nos posicionamos na beirada do vagão. Enquanto ele passa pelo telhado, eu conto.

– Um... Dois... Três!

Um momento sem peso, em que eu me sinto suspensa no ar, e então meus pés atingem o chão firme e uma dor como espinhos atravessa meus calcanhares. A aterrissagem brusca me derruba sobre o telhado, cascalho sob minha bochecha. Solto a mão de Drezza.

Ela me puxou para baixo. Ela esta segurando seu tornozelo.

– Você esta bem? – pergunto preocupada.

– Você tinha que fazer isso todos os dias? – ela pergunta se levantando e me dando a mão para me levantar. Ela manca um pouco. Aposto que machucou o pé com a aterrisagem.

– Todos. Agora vamos. Essa é a parte mais legal. – digo indo até a beira do telhado como se ele fosse uma calçada. Casa. Isso é tão comum e normal para mim que eu poderia rir... Se não fosse pela guerra á frente.

O vento chicoteia através das minhas roupas. O prédio em que estou forma um dos lados de um quadrado formado por outros três prédios. No centro do quadrado tem um grande buraco no concreto. Não consigo ver o que tem no fundo dele, mas sei exatamente oque me encontra lá em baixo.

Drezza esta ao meu lado ela esta boquiaberta. Não sei por que ela ainda se impressiona.

– Você quer que... Pulemos do telhado em direção á isso? – ela aponta. – Sempre soube que os da Audácia pareciam viver de baixo da terra, mas não que esta era a entrada.

– Sim. – estou me divertindo com a expressão de medo em sua cara. Nada demais irá nos acontecer.

– Tem água lá em baixo ou algo do tipo?

– Quem sabe?! – levanto minhas sobrancelhas e rio da cara dela. Ela me empurra em direção ao buraco. Isso me assusta de inicio.

Escuto sua voz ecoar

– Então vai você primeiro.

O vento sopra em meus ouvidos à medida que o chão surge a minha frente, crescendo e se expandindo ou eu avanço em direção ao chão, meu coração batendo tão forte que machuca, cada músculo em meu corpo tensionado à medida que a sensação da queda aperta o meu estômago. O buraco me cerca e eu caio dentro da escuridão.

Atinjo alguma coisa dura. Está logo abaixo de mim e envolve meu corpo. O impacto tira o ar dos meus pulmões, luto para respirar novamente. Meus braços e pernas ardem.

Uma rede. Tem uma rede no fundo do buraco. Olho para cima do prédio e começo a rir. Vou para o lado dando espaço para Drezza. Seus gritos o seguem até embaixo.

Quando ela cai ao meu lado ela sorri.

– Esperto. – antes de ela conseguir respirar eu já estou fora da rede. Respiro profundamente. Essa pode ser a ultima vez que me encontro aqui no complexo.

As paredes são feitas de pedra e o teto é um declive, então eu sinto como se estivesse descendo para o centro da terra. Há longos intervalos entre as áreas iluminadas do túnel, então, nas áreas escuras entre a luz fraca de uma lâmpada e outra, eu temo estar perdida até que um ombro se choca contra o meu. Nos círculos de luz eu me sinto segura novamente.

Drezza também sente o mesmo. Mas eu gosto de estar perdida, principalmente se for aqui à minha casa.

– Vamos até a caverna. – digo correndo.

– Caverna?– ela pergunta correndo atrás de mim. Abro um conjunto de portas duplas e nós entramos no lugar.

É uma caverna subterrânea tão grande que eu não consigo ver o outro lado de onde eu estou no fundo. Paredes de rochas desniveladas erguem– se vários andares acima da minha cabeça. Construídos dentro da rocha estão lugares para comida, roupas, suprimentos e atividades de lazer. Caminhos estreitos e degraus talhados nas rochas os conectam. Não existem barreiras nos lados para evitar que as pessoas caiam.

Um ângulo de luz laranja se alonga por uma das paredes de pedra. Formando o teto da Caverna estão painéis de vidro e, sobre eles, um edifício que deixa a luz do dia entrar. O edifício deve ter parecido exatamente como qualquer outro prédio da cidade quando nós passamos por ele no trem.

Lanternas azuis balançam em intervalos casuais sobre os caminhos de pedras, parecidas com as lanternas que iluminam a sala da cerimônia de escolha. Elas brilham mais forte à medida que a luz do sol some.

– Uou...belo nome. – ela diz sorrindo. Sinto-me triste. Aqui geralmente é lotado de pessoas. Rindo, falando. É estranho ver isso em completo silencio.

Caminho até o lado direito da Caverna, que é visivelmente escuro. Eu entrecerro os olhos e vejo que o chão onde eu estou em pé agora acaba em uma barreira de ferro. Enquanto nos aproximamos da grade, eu ouço um rugido de água, se movendo rapidamente, chocando-se contra a rocha.

Eu olho para a beira. O chão cai em um ângulo agudo e vários andares abaixo de nós tem um rio. Água corrente bate contra a parede debaixo de mim e rocha acima. Na minha esquerda a água esta mais calma, mas na minha direita, ela é branca, disputando com a rocha.

– O abismo nos lembra de que existe uma tênue linha entre a bravura e a idiotice – digo á Drezza – Um pulo audacioso dessa saliência irá acabar com sua vida. Isso aconteceu antes e vai acontecer novamente.

– Incrível. – ela murmura.

Vejo algo que não tinha antes na Caverna. Uma longa mesa com armas. Eles podem estar sonâmbulos, mas estão armados. Corro até lá. Fecho os olhos. Lembro-me de quando eu era uma criança e corria por aqui. Eu queria ser uma instrutora para os novatos e olhe para mim agora...

Pego uma arma, um coldre e um cinto. Visto-as com facilidade. Uma vez armada ajudo Drezza.

A arma pesa em minhas mãos, mas corremos até a saída. Chegamos ao telhado pela escada.

O silencio da sede agora faz confusão com o caos da Audácia em minhas lembranças. Um trem esta parado em frente ao telhado. A Guerra começou.

A Erudição não é tão tola a ponto de deixar o trem fazendo outra rota sem ser o “ Audácia para Abnegação”. Apenas a Audácia o usa e não á motivos para ele ter outra rota por que todos estão sendo controlados.

Ele esta parado, mas não vazio. Tem alguns membros. Esses são mais novos. Crianças. Elas seguram armas. Estão organizadas em filas. Com os olhos desfocados.

Olho para a figura maior. Max. Ele esta acordado. Ele olha para mim questionavelmente.

– O que faz aqui?! – ele grita. Assim que nos esprememos entre as crianças. Certifico-me se Drezza esta atrás de mim. O trem começa a se mexer. Agora não posso fazer nada errado se não Max me jogaria para fora deste trem.

– Jeanine. Ela mandou-me por que fui da Audácia. Ela viu meus relatórios e declarou que eu poderia participar dessa guerra contra os Abnegados. – tento soar o mais prepotente possível. Max olha para meu rosto e depois para a arma que estou segurando.

– E ela? – ele pergunta olhando para Drezza.

– Preciso de um escudo certo? – digo rindo. O tipo de humor negro que temos na Audácia. O tipo de humor negro que não me faz bem sendo usado contra Drezza. Ele sorri sarcasticamente e acena com a cabeça. Consegui. O enganei.

Aproximamo-nos novamente da Abnegação. Escuto os barulhos e agora sim parece uma guerra para mim. Gritos. Tiros. Choros. O som do fim do mundo.


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