Goddess of Sea escrita por Gaby Karol


Capítulo 1
Capítulo 1: Dilúvio


Notas iniciais do capítulo

Hey, eu não estava gostando do rumo que a fic tinha tomado, então eu decidi refazê-la. Estará quase tudo como estava, alguns acontecimentos serão parecidos, mas um pouco mais maduro e... novidade, maiores! Espero que gostem *-*



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Parte 1

Transformação

Então, consigo ver seus olhos,

Sentir sua energia vibrando,

O grito ecoando meu nome pelas luzes e sombras,

Braços estendidos, e bandeiras pintadas,

Tudo não passa de um segundo,

Mas posso sentir que se passou uma eternidade,

Contudo, logo se acaba, numa questão de segundos,

Estou só novamente.

O dilúvio começou num piscar de olhos.

Primeiro foram todas as ruas se enchendo com a velocidade da luz, o trânsito completamente caótico se enroscando cada vez mais com a súbita mudança no clima. O céu azul claro se transfigurou em sua silhueta de escuridão, deixando cada vez as pessoas mais preocupadas.

A deusa ouviu o meteorologista no rádio de seu carro explicar como os cidadãos da diminuta cidade deveriam se comportar com a situação. Como se ele soubesse do por que o clima mudava com tanta constância na cidade em que ela morava. Contudo ela poderia explicar muito bem do por que a inesperada mudança climática.

Rose Village nunca mais fora a mesma desde que ela havia chegado. Demorara um tempo até que todos os paparazzi haviam desaparecido, ninguém em sua porta com câmeras Canon enormes e apontando para seu rosto. Nada. As vezes era incrivelmente reconfortante saber que ninguém estaria observando o que você faz ou com quem faz.

Atena freou o carro quando viu o aglomerado de veículos em sua frente, parados por causa do semáforo quebrado e da rua a frente alagada. Ela suspirou. A chuva já tinha queimado boa parte dos semáforos da cidadezinha, o que era terrível, pois ela precisava muito chegar em sua casa antes que alguém a reconhecesse.

Antes, ela achou complicada a ideia de colocar perucas e óculos de sol para que ninguém a distinguisse em meio a cidade, porém agora, ela estava agradecendo muitíssimo a ideia de sua amiga mortal, Lissa. E esperava, fielmente, que ninguém descobrisse a identidade secreta da vizinha sem amigos e vida social.

As gotículas de água da quase tempestade se aglomeraram em torno do para-brisa do antigo carro, muitas pessoas do outro lado do vidro saíram de seus carros e olhavam para o céu. Atena tinha que confessar que o tempo estava realmente apavorante. O que seu pai estaria passando naquele exato momento?

– Não saiam de suas casas, ou permaneçam onde estão a tempestade apenas promete que permanecerá por muito tempo. – esclareceu o homem no rádio, a deusa rolou os olhos.

Ela esperava honestamente que o tempo voltasse ao normal bem depressa, caso contrário, ela teria de aparatar, pela primeira vez em 10 anos, no Olimpo. A casa da qual foi embora, com o planejamento de mudar algo no mundo, porém seus planos não saíram como o planejado.

– Voltaremos com mais notícias mais tarde. – e a previsão do tempo, idiota por sinal, desapareceu dando início a uma música calma e deprimente. Atena desligou o rádio violentamente.

O que estaria acontecendo no Olimpo? Seu pai nunca ficou tão bravo quanto estava parecendo agora. Os raios brilhando violentos no céu, as nuvens em sua negritude e os altos sons dos relâmpagos. Mas então a coisa tomara um rumo completamente diferente.

Ela apenas sentiu.

O chão inteiro tremeu abaixo de si, como a cidade estivesse em cima de uma mesa gigante e alguém tivesse esbarrado de propósito. As pessoas do lado de fora se atirando no chão num ato instintivo de se proteger, tudo estava perdendo o foco quando ela abriu a porta do carro e correu para fora.

Grandes rachaduras apareceram no asfalto, todos os mortais gritavam por suas vidas: uns oravam, outros tentavam se proteger e alguns ainda tentavam correr, mas em vão, logo já permaneciam caídos na pavimentação da pista. A movimentação no chão ainda abalando a deusa quando ela escorregou para frente e caiu em meio a calçada.

Então, tudo parou.

Tão rápido quanto começou, o terremoto enfim cessou.

Atena olhou para o céu, os raios cessando e os relâmpagos não mais soando como antes, apenas alguns estalidos ao longe. As nuvens ainda continuavam lá, mas a chuva já tinha parado. O terremoto a tempestade, tudo se foi, deixando um rastro para mostrar que aquilo não fora um pesadelo. Algo estavam terrivelmente errado.

Quando Atena chegou em sua casa, mal pode acreditar no que havia acabado de acontecer.

Todos os quadros que ela havia colocado semanas atrás agora estavam caídos no chão. Os móveis agora permaneciam desalinhados, a estante de livros da sala estava arruinada, todos os seus preciosos no chão e amassados com o peso do móvel quebrado sobre eles.

Atena suspirou.

Aquela tempestade seguida pelo terremoto só poderia significar uma coisa. Zeus e Poseidon. Outro suspiro passou por seus lábios. O que eles estariam aprontando agora? Eles estavam indo muito bem nos últimos anos, por que a tentativa de assassinato começara? Ok, que eles sempre tentavam se matar de vez em quando, mas já era à hora deles pararem de agir como bebês e se tornarem adultos. Por que até aquele momento não passavam de duas criancinhas letais com poderes para destruir o mundo mortal inteiro.

Ela jogou a peruca fora e desatou o elástico que prendia seus cabelos e o jogou longe. Como era bom ser apenas ela novamente. Respirar livre e não ter que se preocupar em alguém a reconhecer.

A deusa pegou um dos quadros e o levantou. O grande disco platinado brilhando e refletindo seu rosto. Fora incrivelmente reconfortante e extraordinário tê-lo ganhado, naquele dia, ela quase não pegara no sono de tanta felicidade.

Respirando fundo ela olhou o para o resto da sala. Uma terrível bagunça. Parecia que uma manada inteira de búfalos gigantes havia pisoteado sua casa e levado a arrumação impecável com eles.

– Atena – uma voz a chama, seu nome original soando – Ou melhor, Sophie Gray? – a deusa suspira logo reconhecendo a voz que a chama.

Ela gira sobre os calcanhares para encarar o rapaz que está parado encostado aos umbrais da porta que leva a cozinha.

Fazia tanto tempo que ela não o via, poderia até confessar que estava feliz em vê-lo em sua casa. O cabelo loiro caindo sobre seus olhos, os olhos verdes claros e o sorriso arrogante comum. Ela poderia até admitir, entretanto faria isso internamente, nada que fosse aumentar o orgulho gigantesco de seu irmão soberbo.

A tempestade e o terremoto não eram bons sinais, então o que será que ele tinha a lhe falar? Não seria uma boa coisa. Seria?

– O que estás a fazer em minha casa, Hermes? – a deusa pergunta, não esquecendo-se de seu modo formal.

– Nada de formalidades, irmãzinha. – ele permanece parado à porta enquanto fala – Faz quando tempo que não nos vemos? Dez anos? E é deste jeito formal que você fala quando me vê? Realmente magoou, Atena. Pensei que você houvesse sentido minha falta.

Ela tinha. Apenas Hermes tinha o dom de fazê-la sorrir enquanto estava terrivelmente zangada ou triste. Mas ele também ele era inexplicavelmente presunçoso o que a irritava muitas vezes.

– Ainda não explicastes o que estás a fazer aqui. – a deusa sorriu de modo sarcástico fazendo Hermes cruzar os braços e a olhar apenas de soslaio – Anda logo, Hermes, fale.

– Não vai falar um “Que bom te ver, irmão, eu senti tantas saudades suas” ou quem sabe “Como é bom te ver, deus mais sensacional do Olimpo”. – comentou o deus a fazendo rir.

– Está passando muito tempo com o Apolo, senhor sensacional. – comentou Atena rindo da careta que seu irmão fez ao compará-lo com Apolo – Talvez devesse passar um tempo com o Hefesto.

– Ok, minha cara Atena. – Hermes desatou os braços e riu – Quando eu estiver montando coisas na hora do café da manhã com as mãos todas cheias de graça a culpa será exclusivamente sua, minha irmãzinha querida. – ele parou de rir ligeiramente como se tivesse acabado de lembrar-se de algo terrivelmente ruim.

– Hermes? – chamou Atena.

O deus cruzou a sala em direção a estante caída sobre os livros e a levantou com apenas uma mão. A estante quebrada pendeu para frente.

– Quer minha ajuda? – perguntou ele girando para encará-la – Sua casa está meio… – ele olhou em volta. Tudo estava um caos apavorante, nenhuma coisa havia ficado no lugar depois do terremoto -… Bagunçada.

– Não, obrigada, Hermes. – respondeu a deusa colocando o quadro com o disco no chão e observando seu irmão – O que veio fazer aqui?

– Papai quer que você apareça muito rápido na Sala de Reuniões. – Hermes explicou, pegando velozmente um dos livros que caíram com o terremoto – Ele e o Poseidon, estão lá faz um bom tempo. Acho que tentaram se matar mais uma vez, uma pena que você não estava lá para interferir pela... milésima vez.

– Acho que os números já ultrapassam... os mil, irmão. – a deusa tapou a boca com a mão para evitar o riso que, mesmo assim, escapou por seus lábios – Eles já tentaram se matar bem mais que mil vezes.

Eles riram juntos, mas o riso foi interrompido por um trovão acima de suas cabeças.

– Acho melhor você ir logo ver o que os “Senhores”… - disse Hermes com desprezo –… Querem.


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Notas finais do capítulo

Alterei algumas coisas, mas o enredo é o mesmo viu pessoinhas? Verão mais com o decorrer da fic.

Amo vocês *-*



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