– N-navegadora-san e cozinheiro-san ... Acho que vocês estão em uma pequena encrenca agora ... – disse Robin baixinho .

– Oe , Sanji !!!!! – gritou Zoro , encarando o loiro à sua frente com fúria . – Posso saber o que é que está acontecendo aqui ?!?

– ...

Capítulo 7

– Estou fazendo uma pergunta! – gritou Zoro, com raiva evidente nos olhos.

– N-não é nada do que está pensando, Zoro... Nós só estáv– sussurrou Nami, enquanto olhava para o mesmo, cobrindo seu corpo com o de Sanji.

– Não estou perguntando pra você, Nami! – rosnou Zoro, nervoso. – Anda ero-cook! Não tenho a noite toda. O que acha que está fazendo?

– Pra começar marimo, não saia gritando de forma selvagem com belas damas como a Nami-san. Ela não fez nada pra merecer tal desrespeito. E além disso, exatamente como ela disse, não é nada do que está pensando. Não saia tirando conclusões precipitadas, idiota. – disse Sanji, encarando Zoro de forma diferente das quais estava acostumado. Havia mais do que raiva no olhar do cozinheiro. E Robin percebera isso. Tanto que teria de conversar com o cozinheiro depois. – Vamos, Nami-san. Vamos para um local mais tranquilo. Não há como conversar civilizadamente com este ser bruto.

– Como é? Quem você está chamando de bruto, ero-cook? – rosnou Zoro, impedindo a passagem dos dois, e a indignação e raiva crescente na voz. – ''Não é nada do que estou pensando’’? Têm certeza disso? Afinal, eu saio pra buscar ajuda pra você, que ''supostamente’’ estava com a mão machucada, e quando volto, me deparo com esta cena de agarramento! – disse o espadachim, de forma irônica . - Agora me diz, quem é o bruto da história, seu maldito?!?

– Você é o bruto da história sim, marimo! – rosnou Sanji, agarrando Zoro pelas vestes, com a mão que não estava machucada, e encarando o nakama/rival enquanto falava verdades para ele. - Nesta noite, foi lhe dada uma pequena tarefa: fazer COMPANHIA para minha ''NAMORADA’’ Nami-san, enquanto eu estivesse ausente. APENAS FAZER COMPANHIA!!! – Sanji dissera, dando ênfase na palavra companhia. - Mas quando chego para dispensar sua companhia, o que eu vejo? Você, marimo! Agarrando a Nami-san pela cintura, e beijando seus cabelos! Como você pôde? Foi um ato muito ousado de sua parte, diga-se de passagem. Mesmo sabendo que ela é minha ''NAMORADA’’, você foi bem corajoso. – disse o loiro, com certa indiferença na última frase, deixando Zoro sem fala, pela total verdade em suas palavras.

Mas não havia motivo para tal alvoroço da parte de Sanji, já que só estava confortando sua nakama, não é? Quer dizer, além do fato dela ser ''namorada’’ do loiro. Confortar alguém que está tendo pesadelos, especialmente se for uma conhecida, é considerado como algo errado? Zoro não entendia. Mesmo sendo uma pessoa temida pela maioria das pessoas, tinha um ''lado gentil’’ escondido dentro de si também. Então... Por que diabos o ero-cook ligaria para uma coisa tão banal? Bem, sendo o idiota como ele é, improvável que uma má interpretação como esta, não ocorresse.

– Sanji-kun... Zoro... – manifestou-se Nami novamente, sendo ignorada pelos dois que estavam em conflito. Os demais se limitavam apenas a olhar, pois não cabia à nenhum deles se intrometerem em um assunto delicado como aquele. Apenas eles poderiam resolver aquilo. Ou não.

– Está sem palavras agora, marimo? Fale alguma coisa, maldito! Ou peça desculpas à Nami-san pelo menos! – gritou Sanji, empurrando-o para o chão. – Afinal, tudo isso ocorreu por culpa sua. Se você não fosse tão idiota, nada disso teria acontecido!

– Por culpa minha? Maldito! Se você não demorasse tanto pra tomar um simples banho, nada daquilo teria acontecido! Você demorou tanto, que a Nami se cansou. E além disso, eu não fiz nada demais. Afinal, eu não estava me aproveitando da situação nem nada, eu apenas estava a reconfortando. – disse o espadachim, se erguendo e ainda encarando o cozinheiro com raiva.

– Reconfortando? A Nami-san, você diz? Ótima piada! – disse o cozinheiro, rindo do nakama. - E desde quando ela é uma mulher que precisa desse tipo de coisa? Ainda mais vindo de você, que vive a importunando? – disse Sanji, jogando mais uma verdade pra cima de Zoro. Exatamente, a navegadora era uma mulher forte, que sofreu e cresceu de maneira difícil, não necessitando de coisas assim.

– Importunando? Não somente o Zoro-san, como você também né, cook-san? – disse Robin, de forma irônica, manifestando-se pela primeira vez. – Aliás, acho que todos nós a importunamos.

– Eeeeu, Robin-chwan? Mas.. Eu apenas quero o bem de vocês, belas damas! Além disso-

– Sei, sei. Já entendi. – disse a arqueóloga, querendo encerrar a discussão, por ora. - Acho que já chega por hoje, não é rapazes? Já está meio tarde, e o doctor-san têm de cuidar do ferimento do cook-san , e a navegadora-san, voltar à vigília. Acho que vocês podem continuar com isso em um outro dia, não é mesmo Zoro-san? Vamos, que amanhã será um novo dia. – disse a morena, arrastando o espadachim consigo.

– Isso não vai ficar assim, marimo. Terminaremos esta conversa depois. – disse Sanji.

– Pode ter certeza, ero-cook. Terminaremos depois, pois isto não ficará assim.. – respondeu Zoro, saindo do local acompanhado de Robin . Os demais saíram de fininho, deixando Sanji, Nami e Chopper na sala.

– Vou cuidar do ferimento do Sanji e depois vou pra ver se precisa de algo, Zoro! – disse Chopper.

– Não precisa, Chopper! Pode ficar e cuidar do ero-cook bebezão! – gritou Zoro, desaparendo pelo corredor junto da arqueóloga e recebendo um tapa da mesma, uma atitude repreensiva devido à última fala do espadachim.

– Tsc. Marimo maldito. Você me paga. – disse Sanji, enquanto recebia os curativos na mão machucada, e segurava, com a outra mão, a de Nami. – Desculpe por isso, Nami-san.

– Vocês são dois idiotas mesmo! – gritou Nami, dando um tapa leve no braço de Sanji. – Amanhã mesmo resolveremos isso. Não quero mais brigas idiotas como esta outra vez, entendeu?

– Não entendo o motivo de estar brava, Nami-san... – disse o loiro, confuso. - Foi o marimo quem começou e-

– Não me interessa quem começou, Sanji-kun! Ambos estão errados e resolveremos isso, antes que aconteça algo pior. Entendido?

– Mas-

– Sanji-kun, eu perguntei se você entendeu o que eu disse.

– Eu entendi, mas-

– Pela última vez, Sanji-kun. Você entendeu, sim ou não?

– Sim...

– Ótimo. Então amanhã, nós três iremos resolver isso.

– Já terminei seu curativo, Sanji. Dentro de alguns dias você estará melhor. Irei preparar alguns remédios que poderão aliviar sua dor, caso sinta mais tarde.

– Tudo bem, obrigado Chopper.

– De nada. Até depois. E... Comportem-se viu? – disse o médico, se afastando e deixando-os à sós.

– Obrigada, Chopper! Até daqui a pouco. – disse Nami, observando o pequeno sair da sala.

– Tá... Mas... Nami-san...

– O quê?

– Eu queria mais um beijinho seu... Minha mão está doendo tanto... – sussurrou o loiro, acariciando o rosto da navegadora, que ruborizara de imediato.

– N-não diga idiotices, Sanji-kun. Se você seguir corretamente as instruções do Chopper, sua dor passará rapidamente e você estará melhor em um instante. – disse Nami, afastando-se do cozinheiro, e à um passo de alcançar a porta destruída por Zoro.

– Espere, Nami-san!

– O que é agora, Sanji-kun?

– Estou falando sério... Me dê mais um beijo por hoje...? Por favor? Somos ''namorados’’ não somos? – questionou Sanji, puxando-a para dentro da sala novamente.

– Somos, mas... Isso é abuso da sua parte...

– Pois então... Não há problemas em um beijinho, certo? E além disso, eu sei que você também gostou... – disse Sanji, agarrando-a pela cintura e encostando-a na parede.

– S-Sanji-kun... Eu...

– Não diga nada, Nami-san... É apenas um beijo... – disse o cozinheiro, colando seus lábios aos da navegadora, enquanto as mãos passeavam pelo corpo da mesma.

Rapidamente, Sanji e Nami estavam envolvidos em um beijo quente e feroz, fazendo a temperatura da sala subir novamente, além de não perceberem que estavam sendo ‘’observados’’ por alguém.

– Hummm... Interessante. Esta aposta fica interessante a cada minuto...

– O quê? O que aconteceu? É o ero-cook de novo? O que aquele maldito pensa que está-

– Deixe de ser curioso Kenshi-san. Veja, já é hora de dormir. – disse Robin, dando um beijo em Zoro, percebendo no mesmo instante, que o mesmo ficara corado. Já se afastando do mesmo, e seguindo em direção ao seu quarto, desejou boa noite e deixou-o com suas reflexões.

– B-boa noite... – disse Zoro, com a mão nos lábios, local onde a arqueóloga depositara um beijo, e que foram ''testemunhados’’ por Franky e Usopp.

– V-você viu isso, Franky?

– Suuupeeer vi!!! E prevejo que essa história de aposta ainda renderá uma suuupeeer confusão...

– Vocês têm razão... Muitas suupeer confusões os aguardam... – concluiu Chopper, juntando-se à dupla.