Reverse Mirrors escrita por Ling


Capítulo 3
Punição Merecida


Notas iniciais do capítulo

Olá!

Hum... o próximo capítulo será mais longo....

E mesmo não tendo "pressa" para escrever este, bem... vou tentar me atualizar um pouco mais antes de escrever o próximo.

É um pouco curto e introduz a situação precedente... é mais sobre o P.o.v da Edo-Juvia.

Boa leitura.

Espero que gostem.



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Um sorriso travesso fez caminho por seus lábios, que se partiram ligeiramente e se alastraram a ponto de enrugar suas bochechas. Com cautela, ela saltou da cama e tomou passos na direção do guarda roupa.

Ergueu a mão e espiou por cima do ombro para ver se sua cúmplice havia se feito desperta. Para seu deleite, a maga dormia murmurando uma série de afirmações inaudíveis, sem aparente intenção de acordar tão cedo.

A Juvia dessa dimensão parecia seu perfeito oposto em todos os aspectos. Tanto no comportamento, na vestimenta, quanto na preguiça.

Não poderia se queixa disso, é claro; já esse seria justamente seu passe para a liberdade. O acordo poderia ainda não ter sido devidamente determinado e as condições não definidas, mas, honestamente, ela não se importava.

Voltou a encarar a porta do móvel e agarrou sua maçaneta, arrastando-a lentamente para o lado, temendo causar qualquer ruído. A porta rangeu brevemente, mas não demorou a revelar a imensidão de roupas ali presente.

Seu sorriso logo se desfez na simples visão do caos.

A visão da guerrilheira foi preenchida por meias que supôs irem até o joelho, chapéus com ponta quadrada, e vestidos... que julgou tão longos quanto os da avó que nunca conhecera.

Recuou alguns passos para trás e voltou a fitar a mulher, incrédula. Seu olhar revezou entre a pervertida ainda adormecida e o guarda roupa entreaberto — o mesmo que agora temia abrir.

Essa versão de si era tão brega que, não fosse por tamanha reprovação, talvez até mesmo fosse capaz de sentir pena.

Balançou a cabeça e retraiu o impulso que teve de acordá-la e auferir alguma punição aleatória por ter um estilo que julgava tão degradado. Ao invés disso, com igual cuidado, foi a até um pequeno móvel com gavetas e buscou pelo objeto que acreditara ser sua salvação.

Infelizmente, o máximo que encontrou foi uma tesourinha de unhas.

Aproveitou e agarrou o resto da caixa de costuras, voltando-se para os cabides a avaliando a peça que melhor poderia aproveitar.

Avistou um vestido de saia azul escuro, com uma camada extra de tecido azul e branco recobrindo-a, enquanto a blusa era de um azul vívido bem semelhante ao da saia, com uma gola branca até metade do pescoço, que para ela estragou completamente o potencial que a peça poderia ter.

Mas ao vasculhar novamente o armário, deduziu que entre todas, aquele era o vestido com melhores chances de reparo. Pegou-o e se pôs ao lado de uma estante de livros, sentando-se e amaldiçoando mentalmente a maga de alga por fazê-la ter tanto trabalho.

Arrancou o a gola branca e costurou o decote de forma que a deixasse devidamente coberta, sendo assim poderia se livrar do resto do tecido esbranquiçado. Com a saia fez o mesmo; descartou a camada extra e deixou apenas a parte azul ­— que se conteve em diminuir, afinal, não tinha tanto tempo.

Riu baixinho ao ter a visualização de sua obra. Apesar da saia demasiadamente longa, parecia simplesmente perfeito sem todo o tecido extra. A julgar pelas luvas dentro de uma gaveta e botas próximas a cama,ambos faziam parte do conjunto.

O estilo de Juvia era ainda pior do que imaginava.

Para sua sorte, encontrou um par de luvas azuis, das quais cortou considerável parte dos braços e as pontas dos dedos. Se sentiu satisfeita ao descobrir que a mulher tinha, ao menos, bom gosto para calçados, enquanto capturava uma bota negra e calçava-a para logo depois deslizar o vestido recém reparado sob o torso.

Fechou as janelas e trancou-as com a chave, assim como planejava fazer coma porta num futuro não tão distante. Após reunir a quantidade de dinheiro necessária e pentear ao cabelo assim como a outra mulher o fazia, olhou-a porta uma última vez antes de girar a chave na fechadura.

—Até mais tarde... a Juvia espera que não se incomode com o empréstimo — sorriu maliciosamente e fez seu caminho pelas ruas de Magnólia.

Agora apenas lhe restava saber a localização de sua guilda.

Mas, independentemente do trabalho árduo e das situações absurdas que passara e ainda estava por passar, uma idéia martelava sua mente sem dar descanso.

Gray, com ou sem roupas, sofreria durante sua estadia.

Afinal, Juvia, louca ou não, ainda era uma versão dela mesma; e a aparente maneira como o exibicionista a tratava não poderia irritá-la mais — ainda que parecesse, não era tão semelhante à maneira como tratava seu Gray.

Sim, estava decidido.

Gray Fullbuster seria sua próxima vítima.



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Notas finais do capítulo

Então...

Comentários, sugestões, opiniões ou críticas serão bem-vindas.

Bem... tentarei não demorar para atualizar (e fico feliz em ter conseguido quatro leitores).

Até a próxima o/