Lágrimas de Sangue escrita por nathalie_foster


Capítulo 2
Capítulo O1: Discovering;


Notas iniciais do capítulo

bom, aí vai o primeiro capítulo, espero que gostem *-*



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Capítulo O1: Discovering;




 


Era véspera de meu aniversário, minha mãe estava extremamente ansiosa, me jurara que não faria uma festa, mas pelo que há conheço, já deve ter todos os convidados confirmados e o salão pronto. Eu amava a maluca da Renée.


Charlie veio de Forks para meu aniversário, a pedido de Renée. Eu ainda não acredito que a minha mãe o fez vir aqui por uma festa que eu deixei claro ser cem por cento contra. Mas Renée nunca vai mudar.


Ah, quem sou eu? Isabella Marie Swan, ao seu dispor. Ou não.


Eu estava andando pelas ruas de Phoenix, já estava à noite. Tinha ido ao shopping com minha prima, Angela, e nós não vimos o tempo passar. Ela fora embora antes, e eu fiquei para ver mais uns livros. Estava perto da meia-noite, tudo estava escuro demais e eu comecei a me sentir estranha.


Meu pescoço começou a coçar, então, distraidamente, cocei. Mas quanto mais eu coçava, mais vontade dava de coçar, e era em um ponto específico: bem em cima de minha marca de nascença. Parece mais uma tatuagem, pois é como uma gota, mais não daquelas branquinhas, e sim vermelha. Vermelho-sangue.


Quando vi, minhas unhas arranhavam a pele daquele local a ponto de sair sangue, mais eu não me importava. Porque a coceira não para? Eu comecei a me sentir quente, muito quente. Não de um jeito pervertido, de um jeito... Estranho.


Era como se um fogo estivesse passando pelas veias do meu pescoço, indo para meu peito e se alastrando á todo lugar. No começo foi muito incômodo, mas daí começou a dor. Demasiadamente.


Eu estava tentando agüentar o máximo que podia, ao menos até chegar a casa, mas eu estava ficando fraca demais, e o fogo se tornava mais forte a cada segundo que se passava. Eram como chamas, labaredas que comiam meu corpo de dentro para fora. Olhei para meus braços e vi que estavam normais. Tudo estava normal. Então porque doía tanto.


De repente, foi como se alguma coisa explodisse em mim. Meu coração começou a bater muito forte e muito rápido, e a dor se tornou mil vezes pior. Senti meus joelhos cedendo e caí no chão. Comecei a me contorcer de dor, gritava por ajuda, mas ninguém me escutava. Ninguém vinha para me ajudar.


A dor chegou a um ponto que eu comecei a implorar para que me matassem, mas era como se só existisse eu e a dor neste mundo. Eu gritava, esperneava, precisava fazer a dor passar. Daí eu comecei a me sentir como se estivesse saído do lugar, como se o chão tivesse mudando.


Não sei quanto tempo passou, e nem quero saber. Eu só tinha consciência da dor que estava sentindo. A dor continuava a mesma: excruciante, até que meu coração bateu ainda mais forte e rápido, e a dor foi se concentrando no meu coração. Ele batia furiosamente, amortecendo a dor em outros lugares.


Ela foi se dissipando lentamente, começou pela ponta dos dedos. Após o que parecia uma eternidade, ela se concentrou fortemente em meu coração. Ficou um longo tempo com meu coração aumentando a velocidade a cada batida, abafadas pelos meus gritos de dor. De repente, ela parou. Simplesmente sumiu.


Eu me sentia estranha. Muito estranha. Como se tudo em mim tivesse mudado. Eu não escutava meu coração, e nem sentia a necessidade de respirar, mas era desconfortável, então puxei uma grande quantidade de ar para meus pulmões. Eu conseguia escutar bem. Muito melhor do que antes.


Eu estava com muito medo do que aconteceu comigo, mas, lentamente, abri meus olhos. Eu via um grande céu azul, e galhos de árvores, cheios de musgos e um continha um ninho de passarinho. Mas eu não estava aqui, eu estava na cidade. Tentei me lembrar do lugar onde estava, mas era muito difícil.


Era como se houvesse um grosso véu opaco, deixando tudo incrivelmente borrado. Lembrava-me vagamente de minha mãe, e alguma coisa sobre um aniversário. Será que seria o meu? As memórias de meu pai eram ainda mais complicadas de se lembrar, e eu simplesmente não conseguia me lembrar de minha infância.


Era como se pegassem meu cérebro e o trocassem por um novo, deixando apenas alguns vestígios do velho. Levantei-me lentamente, e percebi que eu via tudo. Eu estava no meio de uma floresta, com arvores grandes e grossas. Havia leves flocos de neve, bem pequeninos, mas perceptíveis a meus olhos.


Senti uma queimação na garganta e estranhei. Aquele pesadelo ainda não havia passado? De longe, vi um cervo passar correndo e um cheiro delicioso veio a mim. Quando vi, eu estava estrategicamente acima do cervo, sugando violentamente seu sangue. Apavorada, me soltei dele, e seu flácido e frio corpo caiu aos meus pés.


Meu Deus, o que eu fiz? Apavorada, saí correndo dali. Não parei, até ouvir o leve borbulhar de uma cachoeira. Percebi que eu havia corrido rápido. Rápido demais para um ser humano. Milhares de perguntas rondavam minha mente, mas uma se destacava: o que eu sou?


Ajoelhei-me em frente ao pequeno riacho com uma cachoeirazinha e joguei água em meu rosto, esperando acordar. Quando abri meus olhos, mal acreditei no que vi refletindo na água. Uma garota de feições conhecidas, olhos grandes e vermelhos e expressivos, boca carnuda, pele extremamente branca, e cabelos... Roxos. Isso mesmo, roxo.


Aquela era eu? Cadê meus cabelos castanhos, meus olhos chocolate e minha pele corada? Cadê a desastrada menina que tropeça em tudo? Que merda esta acontecendo comigo?


Minha cabeça pesava de tantas perguntas sem resposta que surgiam em minha mente. Rapidamente me lembrei da marca em meu pescoço e olhei de novo no lago. E lá estava ela. Era impressão minha ou ela parecia mais... Vermelha? E... Maior? Era só o que faltava mesmo.


Larguei-me na grama, deitando de braços abertos. Eu não sentia a necessidade de dormir, e nem conseguia. Resolvi olhar para o céu e contar estrelas, não sei porque mas gostava de fazer isso. Como reflexo, olhei para a lua. Ela estava inteiramente vermelha.


Vermelha como minha marca.


 


Edward POV:


 


Eu estava em um quarto, deitado, olhando para o teto, extremamente entediado. Carlisle recebeu uma visita de Demitri Volturi uns dias atrás, afirmando que devia entregar uma mensagem para Carlisle, cuja mesma era:


“A lua está mudando. Esta chegando o dia, meu amigo. A garota esta por vir.”


Nem me pergunte o que significa pois eu não entendi nada do que a mensagem quis dizer, porque, minutos depois de Carlisle, meu pai adotivo, pensar em milhões de coisas ao mesmo tempo, fazendo minha cabeça doer, ele decidiu que iríamos para Volterra. Todos.


Quem sou eu? Edward Anthony Masen Cullen, vampiro leitos de mentes.


Embarcamos no mesmo dia, alegando a uma furiosa Alice que compraríamos roupas das melhores grifes no maior shopping de Volterra. Após algumas horas de viajem, fomos recepcionados na entrada de Volterra por Jane, Alec e Demitri Volturi, todos segurando mantos para nos escondermos do sol.


Aro nos recepcionou no castelo Volturi com uma alegria enorme. Ele mal cabia em si vendo toda a propícia família Cullen em seu palácio. Fantasiava toda hora sobre toda a família em sua guarda, Carlisle como o irmão de Aro e eu e Alice como braços direitos dele. Seus pensamentos me deixavam enojados.


Os três Volturis e meu pai convocaram uma reunião urgente, somente de interesse deles. Heidi me mostrou o quarto que eu ficaria, e tentou se insinuar para mim, em vão. Alice viu que eu iria pular em cima dela e destroçá-la em pedacinhos, então chamou Heidi para conversar sobre moda. Ela prontamente aceitou, mas direcionou um pensamento a mim:


“Voce ainda será meu, Cullen!”


Eu devo ter feito algo muito errado quando fui humano, para estar pagando todos os meus pecados nesta vida de morto vivo. Além de ter que agüentar a atirada da Tanya se jogando em cima de mim toda vez que ela vem “ver como as coisas estão”, ainda tenho que agüentar a Heidi. É demais para mim.


E assim se passou a noite, com eu lamentando sobre a minha vida, barulhos estranhos e um tanto incômodos vindos do quarto ao lado, que pertencia a Rosalie e Emmett, Alice me enchendo para ir dar um “tour” com ela pelo castelo e os gritos de Jane com Demitri, algo sobre “voce esta me traindo com aquela vagabunda” e “voce é a única na minha vida, Janezinha” e outras frases um tanto... Impróprias.


Amanheceu o dia e eu resolvi sair para ver como se saiu a reunião de Carlisle. Cheguei à porta do salão dos Volturi e bati. Ouvi a voz de Aro dizer “entre” e entrei.


 Aro, Marcus e Caius estavam sentados em suas respectivas cadeiras, Carlisle, Esme, Rosalie, Emmett, Jasper e Alice estavam de pé em frente a mesa. Ao lado da cadeira de Aro se encontrava Jane e Alec, cada um de um lado. Atrás dela, Demitri e Felix. Chelsea, Renata e Heidi estavam encostadas em uma parede ao meu lado.


- Venha a minha frente, Edward. -- Falou Aro. Imediatamente me posicionei em frente a Aro, colocando minhas mãos na mesa extensa de madeira que se encontrava ao nosso meio. Todos os pensamentos estavam confusos, pensando sobre uma profecia e uma garota, de extrema importância, como dizia os pensamentos de Aro.


- Vou lhe mostrar uma coisa, Edward. Uma lembrança. Foque-se me minha mente, por favor. -- Foquei-me na mente de Aro e imediatamente mergulhei em uma das lembranças de Aro.


 


“Eu estava em uma sala circular, onde havia várias cadeiras de ferro e um pequeno palco no meio, com um homem preso a milhares de correntes e em uma cadeira feita de metal e prata. Ele se batia e rosnava, tentando sair dali.


- Basta! – Gritou Caius, sentado ao meu lado. Estava-se nas lembranças de Aro, eu era, em parte, Aro.


Caius se levantou e foi em direção ao homem, segurando uma tocha com fogo. O homem estava coberto por um líquido distinto. Cheirava a álcool. Caius jogou na ponta do palco e o fogo começou a se alastrar, as chamas comendo todo o homem. Risadas ecoavam pelo salão, muitas irreconhecíveis.


De súbito, vi Carlisle ao meu lado esquerdo, com uma expressão horrorizada. Perguntei a ele o que havia de errado e ele me respondeu:


- Voce cometeu um terrível erro, Aro.


Virei-me para o palco e me levantei rapidamente. Uma estranha luz emanava do centro do fogo, e de repente, aquela luz se tornou uma espécie de espectro do homem do meio, que descobri que se chamava Hector. Uma voz grave começou a recitar estranhas palavras... Como uma profecia.


 


“O dia chegará,


Os Volturis cairão,


Sua raiva e seu rancor dominará,


Nada a impedirá,


Ela é invencível.


 


Neste mesmo dia,


E nesta mesma hora,


No ano de 2009,


A escolhida sofrerá,


E assim se tornará,


A vampira que não fora mordida,


Por três dias,


Vermelha a lua ficará,


E a menina conseguirá chorar,


E ela chorará,


Lágrimas de Sangue.”


 


O homem sumiu, e a imagem de um bebe recém nascido apareceu, com uma marca estranha no pescoço.


Uma lágrima. Vermelha como sangue.”


 


Me vi mergulhado em uma nova lembrança, uma lembrança mais recente.


 


“Estava olhando para uma menina pequena, com cabelos loiros e olhos azuis, e ela me olhava. Seus olhos mudaram de cor, e ficaram vermelhos.


- Me diga, qual é a anti-profecia?


Eu procurava a resposta para impedir de que a garota destruísse os Volturi, e, de alguma forma, eu sabia que aquela menina tinha as respostas para meus problemas.


 


“Para a profecia impedir,


O escolhido deverá


Desistir de tudo e todos,


Mergulhar no mar de seus olhos vermelhos,


Enxugar com amor,


E somente amor,


Suas rubras lágrimas,


Amá-la como se só houvesse ela no mundo.


 


Pois somente o amor é capaz de anular o ódio que em nela existirá.”


 


Agradeci a pequena menina, e voei para meu castelo a contar a novidade para meus irmãos.”


 


De supetão, me vi na sala principal dos Volturi, olhando atônito para Aro. Virei minha cabeça para olhar minha família e eles tinham olhares de ódio e surpresa. Estavam se lamentando pela vida destruída da pequena menina.


- Quando começa a transformação da menina? Talvez possamos impedi-la! – Falou Emmett, com ódio na voz. Não queria condenar uma inocente a este mundo, principalmente uma que sofreria tudo sozinha e acordaria sozinha.


- Já é tarde demais, caro Emmett. A transformação da menina já começou. – E, dizendo isto, Marcus apontou para a extensa janela atrás deles e eu vi a lua. Mas ela não estava nem um pouco normal. Suas bordas estavam estranhas.


Estavam vermelhas. Como sangue.


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Notas finais do capítulo

e aí foi. gostaram? tá bom? tá ruim? tá péssimo? um lixo?

REVIEWS õ/

bjins :*



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