As Estrelas Da Esperança escrita por Vaskevicius


Capítulo 27
Capitulo 27 - Epílogo Da Destruição




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Escadarias

Cães de caça, Urso e Grou prosseguiam em direção ao Sexto templo zodiacal, eles já haviam percorrido mais metade do caminho, e com um pesar no coração, apesar de estarem relativamente longe, cada um deles conseguia sentir os cosmos desaparecendo um após o outro em meio à um cataclisma de terror. O único que parecia não entender direito o que estava havendo era Carlos, uma vez em que ele não fora treinado por outro cavaleiro, tudo que ele havia aprendido até hoje foi puramente intrínseco.

– O que está havendo?! – Questionava o cavaleiro de prata um pouco confuso com os rápidos acontecimentos.

– Nossos amigos, cavaleiros estão lutando. – Respondeu Grou sem demonstrar nenhuma mudança em sua face.

– Todos estamos lutando pelo mesmo ideal, e em algum momento alguns caem. – Disse Geovanne com um rosto tortuoso e um pouco cabisbaixo. – Apenas isso.

Então os três continuaram subindo as longas escadas que levavam ao próximo templo, o qual já podia ser avistado ao longe, apenas mais alguns poucos minutos e eles já estariam na metade do caminho para o salão do Grande Mestre. Mas algumas forças agiam por conta neste caminho, um cosmo descomunal cobria cada milímetro do sexto templo zodiacal, e apesar de ser um cosmos gentil e temperado, também parecia ser mortal, e mais ao longe, onde nenhum dos cavaleiros podia sentir, um outro cosmo tomava conta de uma pequena área entre as escadas, alguns escombros moviam-se por conta própria, o vento batia e levantava a poeira que se acumulara em séculos, a força do futuro, do destino e da morte atuava lá.

Templo de Gêmeos

O corpo que estava caído no primeiro degrau do templo estava agora deitado em posição fúnebre, idêntico ao da jovem garota que estava ao seu lado e ao de um outro guerreiro, à frente dos três corpos haviam cinco urnas encostadas umas nas outras, acima de uma delas um rapaz passava a mão nos olhos avermelhados a fim de retirar o liquido cristalino que escorria de seus olhos. Passos são ouvidos adentrando o templo, o jovem se levanta rapidamente e se coloca em posição defensiva esperando para ver o que estava acontecendo, mas algo lhe chamou atenção, os sons vinham do lado oposto da entrada, alguém estava descendo os templos, ao se virar ele se depara com duas pessoas, dois jovens de cabelos claros como a neve e se surpreende, os discípulos diretos do Grande Mestre e de Higor de Câncer estavam no Santuário.

– O que fazem aqui?! – Perguntou o rapaz confuso. – Não os vejo muito aqui no Santuário, vocês sabem o que está acontecendo?!

– É a Guerra Santa – Respondeu Hakurei – As previsões do Mestre Wes estavam corretas, não havia exatidão mas estavam corretas.

– E permita-me perguntar, o que você faz aqui Chaffin?! – Perguntou Sage se aproximando um pouco e notando as urnas das armaduras – E essas armaduras...

– Ela voltou, digo, eles voltaram e tudo aconteceu muito rápido eu não estava...

– Sabemos disso. – Interrompeu Hakurei. – É difícil para todos nós, mas esse método baixo e repulsivo não passa de uma brincadeira para Hades.

Os jovens se aproximaram das urnas e um pó reluzente fora jogado em cima de todas fazendo-as reagir com um brilho um pouco ofuscado ainda, por conta das diversas avarias que as armaduras sofreram durante as diversas batalhas.

– Ainda há vida nelas – Disse Sage sorrindo enquanto seu irmão pegava a armadura de Carina nas costas. – Vamos Sage, temos que...

– O que estão fazendo?! – Interrompeu Chaffin – Essa é minha...

Então um forte brilho surgiu, e a armadura que vestia o corpo de sua mestra saíra da urna em que estava guardada. A armadura brilhava, e cada parte dela que tinha sido banhada em sangue reluzia em prata, desfazendo as manchas negras que ela possui enquanto vestira a amazona dos ventos, enquanto isso todos observavam.

– Cada armadura possui uma vida, uma alma – Dizia Hakurei sorrindo como seu irmão – Assim como sentimentos.

– Por isso não são vocês cavaleiros que escolhem a armadura. – Completava Sage – Mas o completo inverso.

Nisso as partes da armadura se soltaram de seu object de Vela e encaixava-se no corpo do discípulo dos ventos, parte da luz da lua alcançava a porção do templo em que os três estavam fazendo assim a armadura, apesar de suas diversas rachaduras, brilhar intensamente, preenchendo o corpo de Chaffin de cosmos, um cosmo sutil, gentil mas também bem volátil e feroz fazendo o mais novo cavaleiro de prata se ajoelhar enquanto as lágrimas escorriam pelo rosto do cavaleiro.

– Mestra – Dizia ele em prantos quando uma luz azulada chamou atenção dos gêmeos, alguém mais estava ali, um toque suave fora sentido no rosto do garoto fazendo-o levantar o olhar.

– Viva! – Disse a voz feminina – Abrace seus sonhos, se você quer ser um herói, você precisa ter um sonho. – Chaffin olhava nos olhos da garoto que aparecera para ele, então ela passa a mão em seus cabelos e toca seu novo elmo. – Estes são os meus sonhos, meus desejos, minhas memórias, é um fardo bem grande, mas eles são seus agora... Então Viva! Viva e Lute! – Então uma lágrima escorre pelo rosto da garota e toca ao chão esvaindo-se assim como Casty.

Entrada do Santuário

Tudo estava em ruinas, todas as localidades ao redor, apenas o gigantesco muro estava de pé, apenas a porção onde havia o grande portão sagrado estava destruído, haviam escombros por toda partes, o sangue ainda estava fresco, ele escorria pelos ossos expostos do que sobrara do abominável golpe do corvo negro, o mesmo que mostrava um discreto sorriso, diferente de sua mestra, a garota de face pálida e lábios vermelhos como uma pétala de rosa, mostrava um sorriso largo, mostrando vários dentes, seus olhos no conjunto formada uma face psicótica, tornando-a sedutora e amedrontadora ao mesmo tempo, uma contradição em carne e osso, ela brandia seu belo florete e o apontava para o cavaleiro que estava à sua frente sem se importar com os demais espectadores que acabaram de chegar, foi quando Alexander, seu outro pássaro negro notou uma sutil diferença em sua mestra, a madeixa frontal à direita do cabelo negro de Pandora tinha sido tingida em rubro.

– Não faz diferença nenhuma quantos insetos apareçam, todos serão igualmente esmagados. – Dizia confiante. – Só me pouparam o trabalho de procurá-los.

– Então acha que pode vencer a todos nós sozinha?! - Questionou o cavaleiro de postura imponente – Mais que falta de modéstia de sua parte.

– Seus amigos ali – Disse a garota apontando com o indicador esquerdo para os dois cavaleiros caídos – Discordariam de você!

Furioso o cavaleiro partiu para cima da mulher que demonstrava ainda mais imponência do que ele, as vozes de seus companheiros ecoavam em sua mente, mas não passavam de simples barulhos, simples ruídos, ele não conseguia se controlar após ter visto seus companheiros de armas derrotados, subjugados por uma pessoa que mal conhecia mal já achava desprezível e incrivelmente perversa e sádica. Quando já estava próximo dela estacas de gelo perfuraram o chão o impedindo de prosseguir.

– Não deve ser tão precipitado cavaleiro – Disse uma voz feminina, que se mostrou saindo da escuridão junto a mais três cavaleiros. – Pandora.

– Você me conhece?! – Pandora observou a amazona. – Então você deve ser aquela que possui o poder de ver o futuro, Sarah de Taça, estou correta?! Junto aos que podem parar meus soldados... o Centauro e o Pavão... Que grupinho mais deplorável de vocês, apenas tentando evitar o inevitável.

– Nós somos humanos, apesar do destino estar escrito, somos nós que decidimos como escrevê-lo, e podemos simplesmente apaga-lo e reescrever de acordo com nossa vontade. Este é o poder do milagre dos humanos.

– Besteira! – O som desnorteou a todos os cavaleiros, um pouco mais distante o espectro se levantava – Apenas com poder podemos conseguir o que queremos, e vocês, não tem este poder!

Um cosmo realmente muito grande começou a tomar conta do ambiente, se uniu ao de Pandora que crescia gradativamente e Ito se juntou aos dois assim que se levantou, os três caminharam até entrarem numa formação em triângulo, Pandora sacou sua arma de sua cinta, destravou a arma majestosa e movimentou-se até atingir a posição de esgrimista, o ar começou a ficar muito gelado e então um círculo de fogo negro acendeu-se assim que Alexander moveu as asas de sua Sapuris, Ito cruzava os braços e um forte vento fazia seus cabelos negros balançarem, como as asas de seus adorados corvos que das sombras surgiam e rodeavam os três.

Passagens Do Santuário

Um grupo de soldados caminhavam pela escuridão, logo uma fresta de luz aparecera ao longe, então todos começaram a prosseguir mais rapidamente, o grupo era regido por um antigo cavaleiro de Athena, o homem que carregava com si uma rosa negra, negra como sua armadura e sua capa, eles prosseguiram e avistaram o lado de fora das passagens, já podiam ver a lua ascendendo aos céus. O vento batia no rosto deles, com todas as armadilhas e as perdas, o percurso pareceu realmente muito longo, muito mais longo do que imaginavam, algumas pilastras típicas da arquitetura local estavam caídas, e outras apenas muito tortas, sentado acima de uma destas estava um homem com armadura prateada parecendo aguardar por algo, ou alguém, então ele olha diretamente para o grupo, que parecia ser grande e salta do topo da pilastra caindo no chão de pé.

– Finalmente chegaram – Disse o rapaz – Estava a sua espera Leonardo, apesar de que – uma breve pausa seguiu – Não achei que fossem conseguir sobreviver da queda que lhes proporcionei.

– A verdadeira beleza está no poder. – Respondeu o homem rodando a rosa negra entre os dedos e finalizando apontando-a para o rapaz que viera recebe-lo – E o poder, é eterno!

– É o que veremos amigo réptil – Faíscas roxas de eletricidade corriam pelos braços do homem que ia em direção ao cavaleiro renegado. –Seu poder é falho, e você cairá!


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