Entrada da terceira casa do zodíaco

O lenço negro envolve o espectro rapidamente destruindo sua armadura com certa facilidade, e sem que ele notasse fora gravemente ferido por um único golpe, o cavaleiro de prata havia afundado sua caixa torácica quase transpassando seu corpo com um único chute, e ainda com a perna praticamente dentro do corpo do soldado de Hades Grou prepara um novo ataque quando um outro espectro aparecera de seu ponto cego, ao virar-se puxando seu cachecol viu-se impossibilitado de atacar pois o espectro segundos antes de sua vida esvair-se ele segurara o lenço do cavaleiro, mas o espectro atacante fora surpreendido por uma grande mão que o puxou pelo braço e com um movimento o espectro tivera seu corpo arrastado pelas escadas causando um dano aos degraus e um dano maior ainda ao seu corpo, e sendo lançado contra a parede lateral da escadaria caindo já inanimado, os cavaleiros se entreolham.

– Obrigado, Urso. – Disse Grou enquanto com sua psicocinese retirava o cachecol do corpo do espectro que ia caindo morto no chão – Você me parece muito bem já.

– Por nada! – Respondeu o guerreiro – Eu te disse que não é a falta de um pouquinho de sangue que vai me derrubar!

– “Bom, não foi assim tão pouquinho” – Pensou Grou enquanto desviava levemente o olhar para o outro cavaleiro de prata subindo as escadas indo em sua direção.

– Já terminei com os outros ali – Disse Carlos apontando para os espectros caídos com seus corpos contorcidos nas escadas – Mas o que aconteceu aqui antes de chegarmos?

– Nem imagino, tem alguma coisa muito estranha acontecendo aqui – Respondeu Vaskes.

– Bom, é inútil pensar nisso agora – Disse Urso quando Carlos chegou bem perto dele e de Grou, então ele vira-se para o edifício onde haviam dois anjos esculpidos e continua – Precisamos prosseguir.

Os dois cavaleiros balançam a cabeça consentindo com as palavras de Geovanne e então todos seguem em direção ao próximo templo zodiacal que já não estava longe, ao chegarem na entrada do templo se depararam com duas placas indicando duas diferentes direções para dentro da casa, em uma delas estava escrito “Céu” e na outra “Inferno” e um espaço entre elas, neste espaço apenas uma grande parede branca, os três cavaleiros param e na frente das placas ficam por um tempo pensando.

Dentro da Casa de Gêmeos

O grande grupo de espectros corriam incansavelmente pela escadaria circular enquanto a imensa escuridão ai cobrindo degrau por degrau se aproximando cada vez mais do grupo de espectros, conforme a sombra ia chegando mais perto, sons de pessoas agonizando ia aumentando também, a imagem de seu companheiro implorando por ajuda enquanto seu corpo desprovido de pele era misteriosamente contorcido nas escadas não saia de suas mentes, o temor do desconhecido era imenso, apesar de imortal, o exército de Hades é vulnerável à dor, e este pode ser o seu maior ponto fraco, todos seguiam seu comandante, aquele que conseguira acender o lendário relógio de fogo, dando início ao grande ataque contra Athena, enquanto corriam por entre os degraus rumo à lugar nenhum um imenso cosmos cobre todo o ambiente e todo o campo ao seu redor transforma-se em um universo estrelado, com alguns pequenos meteoritos também, uma onda cósmica ainda maior do que a anterior comprime rapidamente os corpos dos espectros fazendo-o caírem dobre a escada e seu líder orgulhoso apenas se ajoelha sentindo-se humilhado por ter sido subjugado tão facilmente, uma risada fora ouvida.

– Crossworld Mirage! – Então todos os espectros se encontram paralisados e os pequenos meteoritos brilham transformando-se em uma espécie de corpo celeste capaz de produzir imagens, os que ainda conseguiam levantar a cabeça se viam sendo mortos de várias maneiras diferentes – Vejam, o futuro de vocês acabada aqui, e não há nada que possam fazer para mudar seu destino!

– Com quem pensa que está falando seu miserável covarde?!

– Hahahaha! Tenho certeza de que estou falando com um fracassado que abandonou seus amigos apenas para conseguir um poder ainda mais insignificante do que o que já possuía. – O espectro cerra os dentes se vendo impotente diante daquela situação – E parece que até seu miserável exército perdeu a fé na vitória – O guerreiro negro observa sua tropa, eles se encontravam em um estado deplorável, a visão de suas faces era assustadoramente anormais, eles estavam beirando à completa insanidade, alguns se jogavam para fora da escadaria sendo engolidos pela escuridão que se aproximava gradativamente. – Agora deixarei vocês sofrerem até implorarem pela morte.

Após alguns segundos gritando furiosamente sem êxito em chamar a atenção da voz que antes ecoava por todos os lados o comandante da tropa do submundo para e solta a tensão muscular que estava sentindo, ele respira fundo e uma outra voz chega até ele.

– Parece que Rapha, o grande cavaleiro de Lince está com problemas – A voz soou ironicamente.

– Tudo bem, desta vez sou obrigado a ceder – Disse o antigo cavaleiro passando por cima de seu orgulho – Ajude-me por favor, Matheus de Lótus.

Uma grande fissura se forma na frente no ex-cavaleiro, o campo ao redor da fissura vai se distorcendo e se abrindo revelando o cavaleiro de Lótus vestindo uma armadura com o mesmo tom negro da atual armadura de Lince então um grande exército apareceu da dimensão alternativa, a insanidade dos poucos soldados que sobraram vivos da tropa de Lince havia passado, os antigos cavaleiros se entreolharam e Rapha sorri.

– Se eu disser que foi difícil conseguir burlar esta ilusão, ainda assim é um eufemismo caro colega – A imagem do universo começa a se desfazer aos poucos – Você vai me dever por essa Lince.

– Eu sei disso, mas agora é que a verdadeira batalha vai começar.

Frente do Terceiro Templo Zodiacal

Ainda na frente do terceiro templo eles percebem que há uma grande oscilação de diversos cosmos oriundos da casa de Gêmeos, algo muito importante estava acontecendo ali, eles precisavam se decidir logo.

– Até eu que estou aqui neste continente por pouco tempo sei qual o caminho a ser tomado, muito óbvio! – Disse Carlos enquanto pegava o caminho da direita, onde havia a escritura de “Céu”

– Isso é uma forma de trapacear – Disse Geovanne puxando o cavaleiro de prata em direção à outra passagem – Não seja tão ingênuo, ninguém colocaria estas placas sabendo que a escolha óbvia seria a que você estava tomando.

Carlos parece estar confuso mas aceita a opinião de seu colega e os dois começam a adentrar o templo.

– Esperem! – Gritou Vaskes – Vocês não acham isso um pouco estranho? – Os cavaleiros pararam e continuaram a pensar sobre os caminhos, eles então se aproximam da parede e ainda um pouco confusos com a situação acabam se encostando na parede, e percebem que há algo muito estranho, um cosmos fortíssimo emanava da casa inteira, este cosmos penetrava cada milímetro da estrutura física – Não é pode ser algo tão simples assim... - continuou o cavaleiro de prata – Venham comigo!

O cavaleiro de Grou pega Carlos e Geovanne pelo punho e se atira junto com eles em direção à parede, um pouco impressionados com o ato do cavaleiro, eles demoraram um pouco para acreditar que haviam simplesmente transpassado a parede e caído dentro do terceiro templo, à alguns metros via-se a saída, os cavaleiros sentiam um cosmos pesando no ar e fazendo-os terem dificuldades para respirar, mas ainda assim prosseguiam cautelosamente até o lado de fora, mas antes que pudessem chegar, o som de passos fora ouvido pelos três, e junto com o passos um som rítmico que se repetia a cada um segundo e meio aproximadamente, ao se virarem encontram um homem saindo do que parecia ser um portal para um local muito estranho e distorcido, era uma hiperdimensão, o homem batia palmas e se posicionava a frente dos guerreiros de Athena.

– Parabéns bravos guerreiros! – Disse o homem em uma armadura dourada que cobria praticamente seu corpo todo – Finalmente alguém viu através da ilusão.

– Você é... – Disse Geovanne antes de ser interrompido.

– Vitor, o cavaleiro de Ouro de Gêmeos – Disse o cavaleiro parado no centro do templo que protegia – Me parece que vocês tem algo muito importante a ser feito.

– Sim nós temos que... – Disse Vaskes antes de ser interrompido também.

–Não motivo para perderem tempo aqui, apenas prossigam cavaleiros! – Vitor virava de costas para os demais cavaleiros – Tenho que entreter meus convidados queixosos.

Sem questionar os três cavaleiros prosseguiram subindo por mais uma escadaria em direção ao próximo templo zodiacal, ao olharem para o relógio de fogo, a próxima chama ser apagada começava a se curvar diante do tempo perdido, ela estava um pouco menor do que as que ainda estavam acesas, então eles aumentaram sua velocidade.

Um Templo Zodiacal

A única luz que se via era da lua refletindo no liso piso do grande salão vazio, três pessoas conversavam, duas delas se vestiam de forma idêntica, com diversos panos, era claro que eles eram de uma outra origem, o vento batia e levantava as pontas soltas dos diversos panos brancos que compunham as vestes dos dois jovens garotos de cabelos brancos e feições sérias, uma capa branca também se movia de acordo com a brisa que a tocava suavemente, a capa estava presa à ombreiras douradas, onde haviam diversas pontas, assim como no elmo do homem.

– Mas, tens certeza de que é uma boa ideia fazer isso? – questionou um dos meninos aflito.

– Você está me questionando? – Disse o homem sorrindo – Não confia mais em seu mestre garoto? Eu ficarei bem!

– Mas, isso é muito imprudente – Complementou o outro garoto de voz idêntica ao primeiro – Você pode acabar... – Mas fora interrompido.

– Eu sei o que estou fazendo, o vocês dois tem coisas a serem feitas também – O rosto do homem ficou um pouco mais séria – As batalhas já começaram e aquilo que foi deixado para trás é de suma importância para complementar as informações do Wes, agora Vão!

Os dois garotos balançaram a cabeça e saíram do templo correndo, e começaram a descer as escadas com feições realmente muito sérias, naquele momento, eles prometeram pra si mesmo que no final se encontrariam novamente com seu mestre, e diriam que conseguiram cumprir suas missões diante da face da guerra.