As Estrelas Da Esperança escrita por Vaskevicius


Capítulo 13
Capitulo 13 - Times Separados




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Passagens do Santuário

Alguns espectros de cargo mais baixo caem com seus corpos completamente perfurados por diversas flechas e lanças antigas, ao caírem, seu sangue ainda quente espalha-se pelo chão e paredes com a pressão sanguínea extinguindo-se aos pouco, logo atrás deles os antigos cavaleiros de Athena movem-se calmamente num caminhar tranquilo.

– Ao menos estes seres insignificantes servem para algo – Disse o Lagarto Negro em tom de deboche enquanto caminhava entre os corpos caídos.

– Eu não esperava que todas estas armadilhas estivessem ativas – Disse o cavaleiro de Bússola Negro – Tem alguma coisa muito errada no Santuário.

– “Talvez eles...” – pensou Vela Negra quando fora interrompida pela ativação de mais uma armadilha.

Todos se preparam para o que estava por vir, quando um estrondo vindo da parte anterior da passagem chama a atenção dos cavaleiros, o som era de algo muito grande que se movia rapidamente pela passagem de onde eles acabaram de passar, ainda imóveis esperando o que poderia ser a origem do barulho, quando uma enorme esfera de metal aproxima-se rapidamente dos que agora viravam-se para a única saída, todos começam a correr na direção oposta da grande esfera negra seguidos de diversos espectros que eram massacrados pela mesma já que não conseguiam acompanhar a velocidade dos cavaleiros renegados, ele todos então chegam à uma grande galeria cúbica com uma passagem à esquerda, eles sabiam que era ali que a esfera pararia, e com um ar de alivio todos avançam, mas ao pisarem no solo que estava alguns centímetro mais baixo do que a passagem um estranho ruído levara sua atenção ao teto cheio de estalactites gigantescas que caíam junto ao teto em uma velocidade surpreendente, a saída ainda estava muito longe para alcançarem naquele pequeno período de tempo e na passagem anterior a esfera negra de metal obstruía o caminho com ferocidade indo em direção ao grupo de espectros e cavaleiros renegados.

Casa de Touro

Ao ver que o que fora lançado em sua direção era um corpo de um espectro Grou durante a corrida salta com os braços rente ao corpo girando em seu próprio eixo e depois dando um mortal chegando a alguns metros dentro da casa de Touro, Carlos sem diminuir a velocidade dobra os joelhos e inclina-se para trás também evitando o corpo e com a fricção de sua armadura com o chão acaba parando pouco centímetros após a entrada do segundo templo zodiacal, Grou após ver que seu parceiro de batalha estava bem volta seu rosto para frente, onde estava o cavaleiro furioso segurando o que sobrara de um antebraço coberto por uma armadura negra e ensanguentada, o cavaleiro solta o antebraço e vira-se para Grou que ainda estava no ar sendo incapacitado de mover-se em outra direção, o cavaleiro aproxima rapidamente sua mão coberta por sangue carmesim enquanto seu cosmos queimava intensamente, ao perceber que não poderia desviar do que parecia ser um poderoso ataque do raivoso cavaleiro, Vaskes apenas leva os braço em posição defensiva na frente do peito e do pescoço, que parecia ser o provável alvo, Carlos corre para auxiliá-lo mas parece inútil naquele momento, no ar, o que sobrara de suas vestes negras pairavam.

Sala do Grande Mestre

As portas se batem e os passos ecoam no local, passos incessantes e relativamente rápidos, a mulher de cabelos dourados e vestes brancas seguem em direção à porta da saída do grande salão enquanto caminhava sobre um carpete vermelho cheio de detalhes dourados nas bordas, apenas as chamas das tochas acesas podem ser vistas entre o espaçamento de uma pilastra branca e outra, realmente parece estar vazio, com uma feição preocupada e intensa a mulher continua seu caminhar, ela então chega próximo à porta de saída e parece aliviada, ao puxar a maçaneta a porta se abre revelando um homem ajoelhado à sua frente, ele então levanta a cabeça para a linda mulher, o vento sopra e os cabelos azuis cobriam parte de seu olho esquerdo e o elmo prateado que defendia o cavaleiro fiel ao Grande Mestre.

– Por favor Senhorita Athena, seja paciente – Suplicou o jovem guerreiro ainda ajoelhado – Ainda não é o momento de sua entrada na batalha.

– Saia da minha frente Yuki, eu vou lá chutar a bunda desses espectros nojentos e trazer a cabeça de Hades antes que aquele moleque perceba!

– Você não se refere à mim não é Stephanie?! – Perguntou o homem que saia de trás do trono do Grande Mestre por entre os panos vermelhos e dourados que ficavam fixos no teto revelando uma outra sala de onde ele vinha.

– Claro que eu me referia à você! – Disse Athena um pouco envergonhada por ter sido pega, porém ainda determinada a sair – Eu vou lá agora!

– Você não confia nos seus cavaleiros? É isso?

– Claro que confio, em cada um deles, mas – seu olhar abaixou assim como sua imponente determinação de sair do salão – Eu não posso simplesmente ficar aqui sentada enquanto eles lutam.

– E você acha mesmo que nas condições em que está agora conseguirá fazer tudo sozinha? – O Grande Mestre aproxima-se de Athena olha em seus olhos e segura suas mãos – Você precisa ter um pouco mais de fé naqueles que juraram protege-la – Ele então levanta o manto que cobria os braços da Deusa e revela ataduras brancas na extensão do antebraço dela – Tenha fé em absolutamente todos eles!

Stephanie então sorri para Wes que solta suas mão e se afasta de sua Deusa da paz e da justiça na Terra, e segue em direção ao seu trono, no caminho ele levanta a mão e acena, sabendo do que se tratava, o cavaleiro na porta levanta-se e ao tocar a maçaneta da grande porta percebe que estava sendo observado, ao virar-se vê a face de Athena, ele sorri e acena com a cabeça concordando com as palavras daquele que controlava o Santuário, após isso ele abaixa a cabeça mostrando seus cabelos azulados dançarem com o vento do lado de fora do salão enquanto fechava a porta, o cavaleiro prateado então dirige-se a um ponto onde havia alguns degraus, ele se senta, cruza as pernas se acomodando no local abaixando os braços e apoiando-se em um deles, e olha para o céu estrelado, ele da uma longo suspiro e esboça um leve sorriso, sua mão aproxima-se de uma flor vermelha, o cavaleiro a colhe e sente seu perfume.

– Uma só não fará falta neste jardim – Disse o cavaleiro segurando a Rosa vermelha perto de seu rosto enquanto estava sentado rodeado por rosas igualmente belas, e não só ao seu redor, toda a escadaria estava coberta por estas rosas.

Proximidades do Santuário

O cavaleiro seguia lado a lado de sua companheira de combate, seus ataques de fogo, queimava tudo ao seu redor, soldado a soldado caiam gemendo de dor enquanto eram transformados em uma grande massa que carne negra, o cheiro era terrível e muito característico, porém os dois pareciam não se importar com o odor fétido de morte entre suas brasas ardentes, os inimigos não paravam de aparecer, e isso fazia com que eles ficassem mais determinados à chegar ao seu objetivo.

– Parece que eles não percebem minha grandiosidade! – Disse Gutto que passava por entre as chamas – Eles jamais me vencerão e ainda assim continuam atacando.

– Não se preocupe Gutto, eles são incapazes de entender essa grandeza – Disse Adélia em um tom sarcástico imperceptível enquanto mais chamas eram produzidas por seus rápidos ataques com o punho.

Após um tempo os corpos ainda estavam em combustão, e os cavaleiros prosseguiam pelo caminho onde antes das chamas incessantes era ocupado por uma grande horda de espectros, por isso eles perceberam que algo realmente estranho estava acontecendo onde não poderia haver ninguém, após passarem por irregularidades rochosas pelo caminho que eles mesmo criavam pois a única trilha que havia por lá era a trilha de cinzas dos corpos e armaduras dos soldados de Hades, o local era escondido até mesmo dos cavaleiros, uma vez em que era proibida a passagem sem que o Santuário estivesse em estado de emergência, os dois conseguem finalmente chegar ao ponto próximo ao que eles haviam sentindo uma perturbação cósmica, à sua frente uma grande fresta na montanha que ostentava os Templos Zodiacais, o Templo de Athena assim como sua Sagrada Estátua e o Salão do Grande Mestre, intrigados com o que poderia ter acontecido naquele local e curiosos sobre o motivo dos espectros estarem guardando a entrada os dois cavaleiros seguem pela escura entrada.

Entrada Lateral do Santuário

Um homem robusto desfiava os músculos ainda vivos em suas mãos com um sorriso no rosto, ao chão diversos soldados de Athena e Espectros caídos ao chão.

– “Cheguei tarde neste local” – Pensou o guerreiro, quando um dos espectros, tão alto como ele levantou-se e foi em direção ao guerreiro.

O homem deixa o pedaço de seu inimigo cair no chão sem se importar com o restante, pois estavam todos aparentemente mortos, ele então abaixa a cabeça e sem que percebesse um ar gélido cobrira o local e uma imensa sombra negra estava prestes a subjuga-lo, quando fora parada em pleno ataque, o cavaleiro então vira-se e encontra o corpo de um dos espectros que havia derrotado anteriormente de pé, e congelado.

– O que está acontecendo Lobo? – Disse o homem que estava apenas a alguns metros de distância do cavaleiro - Foi você quem me ensinou sobre não baixar a guarda em uma batalha – Continuou o homem enquanto se aproximava do cavaleiro de Lobo – Parece que sua vinda ao Santuário fez você perder o jeito!

Céu das Proximidades da Polônia

No céu uma grande carruagem era puxada por dois pares de criaturas negras aladas e gigantescas, eles possuíam um corpo semelhante ao de uma enorme felino e cabeça de pássaro, eles eram guiados por uma figura de manto negro como a própria carruagem, a velocidade de movimento era impressionante. Dentro da carruagem uma belíssima mulher em vestes negras com babados brancos revelava sua pálida pele da perna ao sentar-se cruzando as pernas enquanto segurava uma taça com um liquido vermelho intenso, o tilintar da taça de cristal ao toque e sua mão coberta por um anel negro como o resto de suas proteções em forma de serpente espalhadas por seu corpo, fazendo com que seu busto mais acentuado, ainda mais por sua pele estar à mostra contrastando com suas vestes e proteções, a garota estava levemente tremula enquanto levava a taça aos seus lábios vermelhos sangue, então ela deixa uma pequena lágrima escorrer em se belo rosto enquanto fechava os olhos para saborear a bebida.

– Estas bem Senhorita Pandora? – Questionou um dos dois homens que a acompanhava dentro da carruagem.

– Sim, estou apenas muito feliz por ter um papel importante como este nos planos de meu querido irmão – Agora a garota enxuga a lágrima com a mão esquerda que era a que ela não estava segurando a taça – E vocês são partes importantes dessa etapa, Ito e – ela volta-se para o outro homem em vestes de peles escuras de animais – Kazys...

– Sim – Disse o homem desfrutando do mesmo vinho que Pandora, ele toma um gole e ao tirar a taça da boca lambe os lábios carmesim suavemente antes de continuar sua frase– Sou grato por servi-los. – Completou com seu olhar penetrante direto para os olhos negros de Pandora enquanto expressava um charmoso sorriso.


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