As Estrelas Da Esperança escrita por Vaskevicius


Capítulo 10
Capitulo 10 - A Chegada do Guerreiro Espiritual




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1478 - Continente Desconhecido

Numa manhã de muita ventania marca o nascimento de um bebê que teria um destino muito singular ser comparado aos que estavam ao seu redor, mesmo com o tempo aparentemente não muito propício várias pessoas encontram-se no centro de sua aldeia, todos tinham uma coloração de pele característica das regiões tropicais, o povo estava no que parecia ser uma grande clareira no meio de uma mata virgem formando um círculo, enquanto isso a mãe ainda debilitada pelo trabalho de parto vem dificultosamente para o centro do círculo que se fechou ao recebe-la, nesse instante não era possível ouvir som algum oriundo de animais da floresta, os raios de sol tinham sua luz refratada por entre gotículas da garoa que começara, uma brisa morna carregava algumas folhas verdes parecia acariciar e acalentar o bebê que tinha seu coração pacificado pelos espíritos da floresta. Durante várias semanas a criança apresentava algumas peculiaridades, como a continua interação com o meio natural e compreensão das divindades da Terra, mesmo sem ter aberto os olhos ainda, mesmo que todos na tribo falassem que ele deveria abrir os olhos, sua mãe sempre se voltava e dizia que ele abriria quando estivesse pronto e quando quisesse, e foi assim que em seus primeiros dias de vida ele aprendeu o que é o livre arbítrio. Um dia, sem mais nem menos, a criança abre seus olhos e olha direto para Darlan, nesse momento, mesmo sem saberem de nada o destino dos dois já foram traçados. Dez anos depois era chegada a época em que todos os jovens da tribo deveriam provar seu valor através da caça, eles deveria se aprontar sozinhos com artefatos encontrados na floresta e quem trouxesse dentro de uma semana uma oferenda que seria aceita ou não pelos deuses teria a chance de conhecer o mundo à fora acompanhado pelos mesmos deuses que aceitaram a oferta, porém apenas um de uma dupla que seria formada poderia ir, e o critério era deixado nas mão da dupla de guerreiros da tribo.

Algum tempo depois o dia finalmente chegou, o jovem guerreiro escolhera seu melhor amigo, aquele com quem ele partilhava fortes laços desde que o viu pela primeira vez para partirem juntos em busca da melhor oferta, a ordem fora dada e aqueles que desejavam partir para terras longínquas adentraram a densa mata, cada dupla pareciam já ter um objetivo claro em mente enquanto partiam em direções diferentes.

– Já ganhamos a competição! – Disse o jovem eufórico.

– Não tenha tanta certeza disso, não somos nós meros humanos quem decidirá – Darlan parecia sério e pensativo enquanto caminhava ao lado de seu amigo – Você não achou estranho nos darem um ciclo lunar completo para conseguirmos a oferenda?!

– Você está certo, mas mesmo assim, tenho certeza de que conseguiremos! – O garoto parecia oscilar de humor durante a conversa – E quando eu voltar serei tão forte quanto você!

– Você já é forte o suficiente – Disse Darlan após um riso enquanto tocava a cabeça de seu amigo – Afinal você nasceu sobre um destino de poder, um dia você entenderá.

Durante dias os dois foram atravessando a densa floresta fortalecendo seus laços de afinidade e à procura de uma oferenda aceitável aos deuses da floresta, o pequeno garoto demonstrava diversas habilidades corporais de locomoção, resistência e força durante o processo, tentando se igualar à aquele que ele tanto admirava, porém a sabedoria de Darlan era surpreendente, fazendo com que suas armadilhas para caçar alimentos funcionasse perfeitamente, assim como as habilidades de saírem de situações complicadas em meio aos perigos selvagens da floresta até que chegaram em um rio com uma água límpida, clara com uma coloração verde puríssima, porém com uma correnteza tão poderosa quanto seu encantamento, e perceberam não estar longe do local onde eles moravam, e ainda não haviam encontrado nada para ser oferecido aos espíritos da floresta, nem nada para o pequeno garoto usar como adorno para ser julgado por sua tribo, os vestígios de esperança já estavam se esvaindo e eles já estavam voltando cabisbaixos quando um brilho passando por seus rostos os fazem voltar-se para uma pequena concentração de terra em meio ao rio, logo encima havia o que parecia ser uma grande urna metálica brilhante, o tempo para voltarem estava se esgotando, aparentemente uma tempestade estava a caminho e os garotos pensaram ser algum tipo de chamado, então decidiram tentar chegar à estranha caixa com um brilho intrigante, eles procuraram por grandes troncos e cipós, e conseguiram se amarrar aos troncos e aos cipós com uma certeza firmeza, e confiaram que conseguiriam atravessar, então ambos pularam nas águas agitadas e através de mergulhos por entre a agitação do rio os meninos foram prosseguindo com fortes braçadas com uma resistência e persistência admiradoras, muita água passava fortemente pelas vias aéreas superiores dos jovens os deixando muito inconfortáveis, mas a desistência não era uma opção diante de tanta determinação, até que com muito esforço conseguiram alcançar terra, um monte de areia não muito firme, mas ainda ofegantes com a fúrcula esternal demasiadamente profunda, e dentro as fortes inspirações e expirações eles se olharam e um sorriso mútuo de realização surgira em suas faces cansadas, o sol pairava sobres suas cabeças e os garotos voltam-se para a urna prata com um Canídeo desenhado nela, eles se aproximam e inspecionam o objeto sem descobrirem exatamente o que era, mas decidem voltar para terra firme com a caixa, Darlan retira os cipós que estavam amarrados a ele e envolve a urna prateada e começou a empurrá-la para a beirada do monte de terra.

– Você atravessa e puxa a caixa do outro lado, em seguida mande os cipós de volta que eu nadarei para o outro lado também.

O outro garoto assentiu com a cabeça e atravessou o rio com ainda mais determinação e uma certa confiança no olhar, ele chega ao outro lado e acena para Darlan, que mimetiza os movimentos e começa a empurrar a urna enquanto o garoto puxava do outro lado, pouco esforço era feito da parte de cada um, porém ao chegar perto da água o pequeno monte de terra cede levando a urna e aquele que estava junto para dentro do rio que estava mais agitado do que anteriormente pois a tempestade havia chegado e estava se instalando sobre o local, sem pensar duas vezes o pequeno garoto que estava a salvo pulou para dentro das águas turbulentas e foi em direção ao seu amigo, que tentava desesperadamente permanecer na superfície do rio, mas sem muito sucesso, até que ao afundar alguém o segura pelo braço, até que a correnteza fica extremamente mais poderosa do que qualquer correnteza que eles já haviam presenciado, gotas de chuva caem sobre a ira do rio formando pequenos círculos que se dissipavam rapidamente entre o forte movimento centrífugo do rio, Darlan é puxado para cima mas ambos os garotos estavam submersos, a urna se desprende dos cipós, assim como o pequeno garoto já que a força dos cipós tornava-se nulo diante da correnteza que carregava tudo na direção do mar, e ao ver a vida de seu amado amigo se esvaindo pelas ultimas bolhas de ar o garoto se descontrola e deixa suas emoções tomarem conta de seu corpo fazendo com que todos seus músculos se contraíssem, e com os olhos fechados e ainda sendo carregado uma energia poderosa toma conta do corpo do menino que com extrema força explode sua energia fazendo com que por um instante o fluxo do rio se acalmasse e um manto de água subisse aos céus assim como algumas rochas ao seu redor e sem que percebesse eles já estavam à margem do rio sob as gotas da chuva que havia se instalado, Darlan com muita dificuldade de respirar e abrindo de pouco a pouco os olhos observa o garoto vestindo um traje prateado e tépido, lágrimas escorrem por entre as gotas de chuva que caiam no rosto dos dois que soluçavam.

– Perdoe-me Carlos, eu não consegui te ajudar a alcançar seu objetivo, eu só queria poder ter passado um pouco mais de tempo com você – E entre as palavras água com resquícios de sangue era expelido – Viva, você será meu legado vivo, meus sonhos e minha honra, eles são seus agora

– Eu sou, seu legado vivo – Disse o garoto

– Afinal de contas... eu... sempre... te a....

E sem completar a frase seus olhos se fecham, sua respiração para, seus movimentos sessam e uma feição de tranquilidade toma conta do rosto de Darlan, e nesse instante foi possível ouvir Carlos urrando pela dor em seu peito. Algum tempo depois quando o tempo estava para acabar, em meio à chuva que agora ia se amenizando, todos se atentam na direção de onde sons metálicas eram emitidos em meio das grandes folhas, e passando pela folhagem densa o garoto ainda trajando suas novas vestes prateadas carregando seu amado amigo nos braços atravessa a aldeia sem emitir som algum assim como qualquer outro integrante da tribo e quando chega ao centro do local, cuidadosamente, deixa o corpo de Darlan na terra, as nuvem iam se desfazendo com o vento, todos os moradores se aproximavam em silencio, um raio de sol ilumina o corpo e misteriosamente flores das mais variadas cores o envolvem, deixando todos estupefatos com o acontecimento, até que um senhor demasiadamente idoso se aproxima.

– Os espíritos da floresta aceitaram sua oferenda, agora és digno de partir em busca de seu verdadeiro destino.

Carlos abaixa a cabeça e deixa uma lágrima escorrer pelo lado direito de seus rosto enquanto volta-se na direção do mar, e partiu sem que mais ninguém percebesse que estava acompanhado daquele que o amara durante a vida, e agora durante a pós vida também.

Santuário, Casa de Áries – Época atual

Enquanto Vaskes prosseguia pela aparente casa vazia ele era vigiado de perto, ao sentir as intenções dos inimigos ele se volta e vê-se cercado por espectros, então ele eleva seu cosmo pronto para o ataque inimigo.

– Droga, eu detesto confrontos, mas eu preciso prosseguir – sussurrou Grou

Quando a terra estremeceu e o cavaleiro pressentindo um ataque saltou e viu pilares de terra atingindo os espectros que eram jogados para cima enquanto uma voz ao fundo interpelava o nome da técnica.

– Presa de Pedra! - E enquanto estavam no ar sem saber o que exatamente havia acontecido se desesperam por serem da mais baixa classe dentre os espectros, Grou volta ao chão e esboça um sorriso lateral para o lado direito enquanto voltava-se para a saída da casa de Áries erguendo seu cachecol – Canino Assombroso! – E num piscar de olhos todos haviam sido derrotados, as Súrplices estavam em pedaços ainda caindo ao chão quando a alguns metros de Vaskes.

– Não se preocupe companheiro prateado, eu vou dar cobertura!

Os laços que travessam as eras eram inquebráveis, e mesmo sem se conhecer ambos os cavaleiros prosseguiam pela saída em direção a uma grande escadaria em direção ao segundo templo. Enquanto isso Sarah sentia-se aliviada por ter finalmente acabado com a imensa horda de espectros que estavam ao seu redor, ela volta-se para a entrada da casa de Áries e caminha suavemente quando o som dos estilhaços das armaduras negras fazem com que ela se atentasse aos corpos, que já não estavam mais caídos e sim segurando suas foices negras quebradas e outras armas que eram todas apontadas para a amazona, e em conjunto todos atacaram a guerreira que ainda se sentia fadigada pela batalha anterior.

Passagens Internas dos Templos

Os guerreiros renegados prosseguiam pelo único caminho no subsolo dos templos zodiacais, a visibilidade era mínima, contendo apenas alguns pouquíssimos raios solares do crepúsculo que adentravam por pequenas frestas, o caminho parecia nunca acabar, o barulho dos passos ecoavam aparentemente por uma longa distância até que chegaram em uma grande galeria rochosa onde o caminho se dividia em inúmeros túneis à frente, agora a galeria era iluminada por algumas tochas, todos estranharam e logo o responsável se apresentou entre diversas mariposas um homem vestindo uma armadura com a mesma tonalidade das armaduras dos renegados, ele sorri e se aproxima sem parecer temer nenhum dos que estavam a sua frente.

– Tive que vestir minha antiga armadura para dar um “Norte” a vocês

– Então você também está conosco – Afirmou Casty ainda um pouco surpresa – Bom, a partir daqui você é o guia.

Todos estavam voltados para o novo integrante da pequena armada dos cavaleiros que se voltaram contra Athena enquanto ele se abaixava e tocava o chão fechando os olhos, uma certa energia cósmica era emitida dele.

Proximidades do Coliseu

Uma nova explosão de chamas com pedaços de um metal negro sobe pelos ares, uma amazona estava em meio as chamas, realizando um rolamento no chão, ela bate a mão esquerda no chão com uma concentração de cosmos fazendo com que seu corpo fosse jogado para cima e com a mão direita fechada ela realizou um outro ataque de chamas queimando o resto de seus adversários e ela volta pro chão enquanto um homem cai de um salto em alguns restos de construções gregas clássicas dobrando os joelhos e voltando-se para uma posição ereta, ele ri da situação.

– Você deveria prestar mais atenção ao seu redor, se não fosse eu o melhor guerreiro de todos o que seria de você pequena leoa ?!

– Acho que a confiança exacerbada foi herdado por mim devido ao convívio com você não é Cérbero?! – A amazona volta-se para seu colega de combate e de casa – O Santuário está sendo invadido por todos os lado e fomos mandados para fora da casa de Leão, o que será que está acontecendo de fato?

– Não importa o que está acontecendo, eu mesmo acabarei com cada um deles!

A amazona leva a mão à sua máscara enquanto movia a cabeça para os lados, então ouve-se uma risada que ia se multiplicando, ambos voltaram-se para as chamas e os corpos daqueles que eles haviam acabado de derrotar estavam se levantando novamente, os guerreiros colocaram-se em posição de combate.

“-Mas o que está acontecendo aqui?!” – Questionou a amazona a si mesma.

– Vamos mostrar à eles as verdadeiras chamas dos Quadrúpedes Ferozes!


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