Suiren Destiny escrita por NKIDDO


Capítulo 1
//Uma música adequada//


Notas iniciais do capítulo

Aqui vamos nós de novo. para quem não sabe, eu andei pelo Nyah escrevendo uns clichês ( e uns nem tanto ) como: ICEGIRL, fire with fire e You are a pirate, que são as fics que eu vou manter.

ESSA FANFIC É TESTE! Caso você goste e queira que eu continue, comente, caso contrario...

BEM, APROVEITEM ATÉ O FINAL!



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“Suiren, tem uma promessa que eu fiz quando eu era jovem. A promessa de que você se casaria com o neto da pessoa que eu mais amei no mundo. Para a vovó, você pode fazer isso?”

Ainda recordo-me deste dia. Minha amada avó estava em um leito de hospital me contando sobre promessas feitas. Mesmo sentindo sua vida se esvair aos poucos, ela teimava em me dar todas as cartas e fotos que eu precisaria para manter a promessa.

Porque eu a manteria.

Porque eu amava a minha avó.

Ela e a minha família tiveram uma vida um tanto miserável. Sempre devendo, nunca podendo fazer coisas divertidas. Contudo, minha avó me mostrava todas as pequenas coisas boas da vida, mantendo a minha infância cheia de memorias felizes.

Então cinco anos atrás, quando ela começou a adoecer, eu prometi que faria de tudo para que ela nunca se arrependesse de estar vida. Jolie – minha avó – faleceu com 78 anos, cinco meses atrás em um hospital medíocre que pouco teve capacidade de fazer para salva-la.

E então, cinco meses atrás eu fiquei ciente de que eu deveria falar com a pessoa que foi muito amada pela minha avó.

[***]

O caminho até a mansão do estilista mais assediado de new York – qual é, o cara sabia desenhar! – consistia em passar por belas casas e uma estrada úmida. Não que eu achasse feio ou coisa assim, - minha avó costumava sentar comigo na varanda nos dias de chuva, para então sentirmos o cheiro – a verdade era que eu só pensei que talvez o dia estivesse feio porque ele não seria legal.

– Relaxe, Suiren – Disse Sophia, minha melhor amiga no mundo, que agora me dava uma carona. – O cara é bonito, pelo menos. E rico!

Suspiro longamente e coloco uma música no rádio do carro. Não recordo o nome da música, mas sei o nome da banda, Decayed Fire.

– Você sabe, eu sou apaixonada pelo meu chefe da biblioteca – lanço um olhar adiante, mirando a chuva no vidro da frente. – Não me importa se é rico ou não.

– Não vou começar um novo debate sobre você recusar esse último desejo de sua avó. Sei que é importante para você. – Ela vira em mais uma esquina, passando por casas maiores ainda, todas bonitas e diferentes. – Entretanto... você me falou que o avô dele era beeem legal, então?

– Sim, ele é um doce. E me olha com muita ternura, inclusive – Dou de ombros. Eu sei que sou parecida com a minha avó quando jovem. – Mas não vou me casar com ele, infelizmente!

Ela me dá uma cotovelada no meu ombro e nós duas caímos na gargalhada. Sophie possuía 19 anos e olhos estranhamente amarelados. Sério, eles eram tipo um amarelo queimado. Os cabelos dela eram longos e castanho-claros – E frequentemente eu dizia que o cabelo dela tinha cor de cocô de bebê. Alta e esguia, era o tipo de pessoa que me deixava desfocada na escola. Mas quem se importa? Éramos perfeitas uma para a outra, se fosse um homem, casar-me-ia com ela!

Começo a rir sozinha, e ela indaga o motivo, e eu apenas digo que a amo.

– Sua louca. – Ela estaciona o carro e me dá um abraço apertado e graças a deus, longo. – Chegamos. – Sophie me solta, e por mania tira o cinto para mim – Te desejo toda a sorte do mundo! Afinal, estamos falando de casamento aqui! UOU que loucura!

Ela sacode a cabeça como se fosse um cachorro expelindo a água de si, bate a cabeça de leve no volante e por fim me fita com melancolia. Coisa que Sophia Maybelle nunca fazia. Era líder de torcida, líder de turma, e muito popular!

– Vai ficar tudo bem Sôh, qualquer coisa eu ligo para você – Eu a tranquilizo abrindo a porta do carro – Daí você me salva dos ricos malucos!

Sophia não disse nada mais. Apenas forçou um sorriso, tentando esconde sua preocupação e assim que eu saí do carro ela foi embora.

Posso imaginar como ela se sente. No lugar dela, eu também não ia querer que ela fizesse uma coisa dessas, para ser sincera. E éramos grandes amigas, tipo, desde sempre! Contudo, deveria ser feito, eu prometi.

Finalmente olho para a mansão a minha frente com atenção. A entrada era um portão de ferro negro, e aparentemente não era possível ver a casa sem entrar porque havia um jardim espetacular. De onde eu estava, só podia ver arbustos, arvores e um roseiral. Tudo junto e misturado!

Um homem vestido com um terno preto aparece. Ele aparenta ter uns 35 anos e tem estatura média, sorria como se estivesse vendo algo que sempre ouvira falar e finalmente teve a chance de ver. O que provavelmente era verdade mesmo.

– Olá? – Digo, na esperança que ele diga alguma coisa. Me forço a olha-lo nos olhos e sorrir, coisa que eu mesma me obrigo a fazer com todos que eu não conheço. Não queria que ninguém se sentisse odiado.

– Senhorita Suiren Mathieu Fay! – Ele guarda discretamente alguma coisa em seu bolso. Posso ver os olhos esverdeados dele seguindo os meus e olhando para seu próprio bolso, que era aonde eu olhava – não ligue para isso, é somente uma foto.

– Está bem. – Tranquilizo-o – Ah, eu, tipo, como eu entro?

– Você, tipo, eu abro senhorita. – Ele pisca para mim e ri, vendo minha expressão. Eu ainda era uma adolescente, tá? – Um segundo.

O homem se afasta e outro objeto é tirado de seu bolso, o controle para abrir o portão. Assim que ele começa a se mover, eu já vou entrando, antes mesmo de terminar de abrir, e assim que estou dentro o porteiro o fecha.

– Me chamo Abel, estou aqui para recebe-la e guia-la até o senhor Theodor. – Abel faz uma reverencia elegante e sorri.

– Prazer em conhece-lo Abel, espero que possamos nos entender. – Entrego minha mão para um cumprimento camarada, mas no lugar disso recebo um beijo. AH MEU DEUS.

Entramos em um carro preto que parecia ser uma mini-limusine e enquanto ele dirigia até a casa eu observo as pequenas maravilhas daquele jardim.

Mais longe, consigo ver uma quadra esportiva e do outro lado – o que Abel estava – uma piscina cheia em um formato circular com quiosque e uma ponte, tudo em um estilo que parecia ser antigo mas não era.

Finalmente chegamos à casa. Grande, provavelmente com três andares no estilo renascentista. Uma fonte bem à frente da casa era adornado com um anjo que segurava uma vasilha, que era por onde saia a água.

Descemos do carro e sem cerimonias subimos a pequena escadaria até a porta. Logo na entrada, outros serventes insistiram para ficar com o meu casaco, alegando que os colocaria no meu futuro quarto onde meus pertences se encontravam. Uma escadaria a minha frente e uma esquerda e direita para escolher.

Abel escolhe a direita.

Diversas mil portas depois, entramos em uma sala vermelho-vinho com uma lareira, mesa, estantes com livros, sofá e quadros. Lá estava ele. Theodor.

Um cachimbo com cheiro gostoso parecia fumegar em sua boca. Ao me ver, pude ver um sorriso se formar e seus olhos brilharem. Pensei que ele poderia chorar.

– Como és parecida com Jolie. Talvez tão bonita quanto. – Eu sorrio com a comparação. Minha vó era realmente bonita e ainda era modelo quando mais nova.

Assim como ela, eu era ruiva e com estatura média. Pele clara e algumas sardinhas no ombro e duas pintas salpicadas na bochecha esquerda. Infelizmente, eu nasci com uma anomalia nos olhos, heterocromia, e então eu possuía um olho azul claro e o outro um verde oliva.

– Fico grata – Sento-me em um dos sofás avermelhados confortáveis – O senhor também é muito elegante, Theodor.

– Pode me chamar somente de Theodor – Ele diz atenciosamente, depois volta-se para Abel – Mande chamar Klaus.

Abel saí da sala e me deixa a sós com Theodor.

Ele primeiramente me agradece profundamente por eu ter aceitado cumprir a promessa, que está feliz por uma pessoa que parece tanto com a minha vó estar tão próximo a ele. Ele diz que ama muito a esposa dele, e que eles tem uma ótima relação, mas que Jolie era a alma gêmea dele.

Finalmente me vejo na liberdade de entregar a carta de minha avó para ele, e então presencio a felicidade de um homem sem nem mesmo conhecê-lo. Em pouco tempo, ele derrubava mais e mais lágrimas.

– Peço desculpas, contudo, não pude conter-me.

– Está tudo bem – sorrio – Minha avó é boa com as palavras. Uma mulher realmente incrível.

– Conc- Theodor é interrompido pela porta, que abre sem hesitação alguma. – Oh, Klaus, que bom que veio. Esta é a sua noiva, Suiren.

Eu não podia vê-lo, estava de costas para a porta, então vire-me lentamente, com o coração na boca. Encostado preguiçosamente na porta, parecendo entediado ou simplesmente cansado estava um homem alto, cabelos negros como a noite, um pouco menos claro que eu e os olhos violeta mais incríveis que eu já vi. Era bonito, com aquele estilo desleixado e simples, os cabelos longos até o pescoço e lisos.

No momento exato em que o vi, ouvi uma música tocar em minha cabeça. Uma música que me fazia pensar em destino, uma trilha de estrada bela e natural.

– Pensei que ela ia ser bonita como a sua velha, vô – Diz rudemente – Posso voltar a pintar agora?

Pude ver suas mãos com algumas cores de tinta, seu mal humor por estar ali era mais claro que a água.

– Ora, não seja indelicado Klaus. – Theodor diz firmemente – Mostre-a o seu novo quarto, onde os pertences dela estão. O jantar de hoje será especial para que todos na casa a conheçam.

– Está bem.

Ele saí sem fechar a porta e vejo que Theodor faz uma cara de “desculpe por isso”. Sem dizer mais nada, corro até o corredor, onde ainda posso ver Klaus indo em direção a escadaria da entrada. Me adiando a ficar ao seu lado.

Subimos a escada juntos em silêncio, pegamos a esquerda e novamente um corredor cheio de lindas pinturas e castiçais. Paramos no final do corredor, onde havia uma janela do chão até um pouco antes do teto, em casa lado do corredor havia uma porta.

– Este é o seu quarto, e esse é o meu. – Ele abre a porta do próprio quarto – Se divirta.

E foi assim que eu conheci meu noivo, Klaus. Ele não disse “se divirta” com um tom que sugeria isso, o tom dele sugeria “tropece em algo e morra”.

Vou ter um longo ano pela frente...


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Notas finais do capítulo

NOVAMENTE!
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