Clarity escrita por Mafê


Capítulo 8
There's ups and downs in this love


Notas iniciais do capítulo

Oie! gente, eu sei que demorei, mas é que tenho feito tanta coisa esses dias! Eu tô relendo Os Legados De Lorien (a coleção do Eu Sou o Número Quatro - a qual eu recomendo pra qualquer pessoa sã e demente) e meu aniversário é nesse domingo agora, dia 15 (agora que eu avisei quero os parabéns) então eu tô resolvendo umas coisas da festa.
Esse capítulo é todinho dedicado à maravilhosa Rebecca DiAngelo a primeira a recomendar a fic! Linda, te amo!
E também pra Myrra que me deu inspiração pra escrever essa fic



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“Ladies all across the world

Listen up

We're looking for recruits

If you're with me

Let me see your hands

Stand up and salute”

–Salute, Little Mix

–Meninas, só pra relembrar: a Cahill Konkurrens só termina quando um dos times, que esse ano vai ser o nosso sem dúvidas, acha o medalhão de Olivia Cahill (http://1.bp.blogspot.com/-JNDD4KmZxEw/T6HU6govmrI/AAAAAAAAGSw/WaGwg3eAHsM/s1600/tcs02.png), que foi escondido pelos Madrigal, assim que foram avisados da nova Cahill Konkurrens. Pode estar em qualquer lugar de Madagascar. É como se fosse uma mini Busca As Pistas...

–Amy, a gente já sabe! – gritaram todas em um coro. Estávamos novamente na piscina, o lugar onde provavelmente passaríamos a maior parte do tempo daqui em diante, até mês que vem no verão (férias escolares Uhuul) quando começaria a Cahill Konkurrens; eu ficava preocupada porque já existiram muitas competições em que não se teve fim, porque o medalhão nunca foi encontrado, e eu com certeza não queria perder os primeiros deias de aula.

–Gente! Silêncio! – gritei, para que todas calassem a boca. Realmente falar com oito mulheres que estão discutindo como os homens são não era nada fácil. Mas eu com meu incrível poder consegui fazer todas pararem de falar e olharem para mim, questionadoras – Rach liga as câmeras, por favor, acho que eu escutei passos.

Ela assentiu e foi em direção aos monitores, ligando todas as nossas câmeras que tínhamos na casa, que só mandavam imagens para a nossa base. Na imagem que reproduzia meu quarto, consegui distinguir as figuras de oito homens procurando alguma coisa dentre as minhas coisas.

Eu fiquei pensando o que eles estariam fazendo ali, quando o rosto de Ian tomou conta da câmera toda. Ele achou o ursinho pensei. Na época achei uma boa ideia colocar a câmera no olho de um ursinho, clássico! Eu achei que ele não tinha reparado nisso quando virou o rosto para trás e deixei escapar um suspiro; mas cantei vitória cedo demais porque escutei a voz de meu namorado:

–Ih, ó lá! Elas têm uma câmera no ursinho! Que coisa clássica, Amy! Sei que vocês estão nos vendo, dá um oi pessoal! – ele falou e todos gritaram oi. Perdi a paciência e resolvi falar logo. Peguei o megafone que tínhamos e gritei para o alto falante que saia na boca do ursinho:

–SAIAM DO MEU QUARTO AGORA!

–Calma criatura! – falou quem pensei ser Bariel – Estávamos procurando vocês para entregar a folha, já preenchemos! E achamos que poderiam estar na base, e eu tenho um leve pressentimento que é aqui.

–E eu tinha o leve pressentimento que você seria bonito quando me falaram de você; tinha; nem sempre os pressentimentos estão certos... – escutei um “OUTCH” vindo dos meninos e das meninas e não pude deixar de rir junto, mas vi que Mary bufou e disse mais baixo:

–Você está afim dele!

–N-não estou não! – ela respondeu.

–Eu conheço bem essa gagueira porque eu tinha isso. VOCÊ ESTÁ SUPER AFIM DO BARIEL!

–Amy... – começou uma voz masculina que reconheci com a de Ian – Você deixou o alto falante ligado...

Ai meu deus... Concerta isso logo. PENSA AMY PENSA! Pra onde a inteligência vai quando precisamos dela? Você é a capitã do time, você levará essas meninas à vitória da Cahill Konkurrens! É isso, Cahill Konkurrens! Homens são burros, não? Suspirei aliviada bem baixinho. Vou conseguir consertar isso.

–Ai meu Deus! – disse rindo muito alto – Vocês caíram! É disso que estou falando, vocês vão perder por sua incompetência! Já ganhamos esse negocio! – disse e Mary respirou aliviada. Parece que foi o suficiente para ela. Mas eu não tinha esquecido aquela bufada não.

Estalei meus dedos para chamar a sua atenção. Ela levantou a cabeça; apontei para sei peito, depois para mim e para baixo. Ela pareceu ter entendido e assentiu. Sorri e falei de novo no megafone:

–Suficiente por hoje, gente! Vazem do meu quarto agora e deixem a lista aí na cama.

–Não vamos sair até que venham falar com a gente pessoalmente. – gritou Dan.

–Ah, meu filho, espere sentado! – ele sorriu e sentou no pufe que tinha colocado no canto do meu quarto. Me virei para as meninas, com o megafone tapado e disse:

–Vamos ficar presas aqui o dia inteiro, porque quando Dan quer ele consegue. Temos um exemplo – disse piscando para Natalie, e todas riram, mas Nat só deu risinho de deboche. – Que tal a gente sair? Eles vão pensar que conseguiram o que queriam: entrar na nossa base. Mas nós temos muita tecnologia de segurança, eles não conseguiram tocar em nada. Até mesmo por que... – disse, pegando um controle pequeno que ficava em cima da bancada e apertando o botão, que fez todas as paredes virarem, escondendo tudo e a mesa desceu e foi quase que engolida pelo chão. –... Não vai ter nada aqui para ver.

Peguei o controle e guardei no decote. Clássico. Ari a porta e fiz uma reverência, como se fosse uma mordoma e deixei todas passarem e fechei a porta da piscina, mas elas me esperaram na escada. Passei por todas e abri a porta de trás da cortina.

Saímos e os meninos ficaram de queixo caído quando viram onde estava a nossa porta. Essa eles conseguiriam passar, mas precisavam ser mulheres para pisar dentro da piscina, mas eles não eram. Mesmo que qualquer outra vadizinha entrasse para eles, não conseguiria nada. Eu tinha o controle.

–Atrás da cortina? Criativo – manifestou-se Ian. Dei um risinho de deboche e fui até Dan. Ele continuava sentado no pufe, mas não estava olhando para a porta e tentando entender, como os outros. Dan estava sorrindo e olhando para Natalie. Ai, Senhor!

– Dan! – disse, estalando meus dedos na cara dela, pra ver se ele acordava – DAN!

–Calma Amy não precisa gritar! – ele disse, olhando para mim. Aquela metidinha tá roubando meu irmão de mim. Tô gostando disso não.

–Filho, se tava quase babando ali enquanto olhava pra sua namoradinha! Se eu não gritasse você nunca prestaria atenção! – agora estavam todos olhando para nós e vi que Natalie estava muito vermelha. – Agora vaza do meu quarto, a gente já desceu. Vai, vai, vai!

–Não quer a folha não? – perguntou Hamilton atrás de mim.

–Brigada, Ham. – disse, retirando a folha de sua mão. Ian e Dan me olharam incrédulos. Ciumentos.

–Porque você brigou comigo e com o Dan, mas tá toda boazinha com o Hamilton, que até ganhou apelido? – perguntou Ian olhando para mim.

–Ele é noivo da minha prima – disse dando de ombros. Vi um sorrisinho se formar na cara dos dois. Droga. –NEM PENSEM NISSO! – gritei com o dedo na cara dos dois – Mais ninguém aqui vai ficar noiva. Já basta um casamento pra organizar, o que não é nada fácil, considerando essa família que a gente tem...

–Amy... O casamento só vai ser depois da Cahill Konkurrens, temos outras coisas para resolver até lá. –disse Sinead tirando a folha dos meninos da minha mão. – Nossa senhora, vocês podiam ter feito uma letra mais arrumadinha, né? Fica difícil ler assim!

–Sempre tem alguma coisa pra reclamar... – falou Ian, revirando os olhos.

–Não revire os olhos para a minha prima, coisinha importada! – disse, olhando para Ian. Escutei todos atrás de mim rirem e Ian levantar uma sobrancelha. – Qualé, esse apelido ficou o máximo! – eu disse rindo e dando um soco no braço se Ian que não foi suficiente para ele se mover um centímetro.

–Muito engraçado, sim – ele disse, fazendo cosquinha em mim e me abraçando me deixando rindo feito demente de frente pra todo mundo. Quando consegui me controlar disse, recuperando o fôlego:

–Olha as coisas gays! – disse, me soltando dele. Olhando melhor pra todo mundo, vi Nat escorada em Dan, dando as mãos ara ele. Olhando para Nat me lembrei das roupas e que tínhamos que comprar os tecidos para fazer as roupas, porque a pesar de ser daqui um mês, demora pra fazer todas as roupas e temos outras coisas pra fazer. Falei para as meninas:

–Meninas, nós precisamos comprar os tecidos para as roupas! – elas assentiram – Quem de vocês vai e quem dos homens vai levar a gente lá? – todas as meninas ficaram caladas. – Ah, vocês vão me deixar com todo o trabalho? – elas riram fazendo que sim com a cabeça – Muito legal da parte de vocês, é isso que eu chamo de um time unido! Mas quem vai me lavar lá? Dan você é meu irmão!

–Não é nada pessoal não, Amy, mas eu prefiro ficar aqui com a Nat.- ele disse dando um beijo na bochecha da Nat. Eu revirei os olhos.

–Sabia que ela tava te roubando de mim! – eu disse, cruzando os braços e fazendo todos rirem – Aposto que todos os meninos vão querer ficar se pegando aqui né? – levantei uma sobrancelha e os meninos-não-mais-solteiros disseram que sim. – Olha, eu posso pegar um táxi, mas nada de agarração no meu quarto muito menos na minha cama.

–Não acho uma boa ideia você pegar um táxi – disse Ian atrás de mim – Da última vez que pegou um sozinha...

–Meu Deus! Vai me martirizar a vida inteira por isso? Então eu pego o metro! – disse já saindo do quarto, mas parei na porta e voltei a cara para dentro – Todo mundo fora! Não quero ninguém sozinho em um quarto. - Todos saíram resmungando, mas saíram. Menos Ian. Qual o problema desse garoto?

Ter um namorado dá trabalho, pelo visto tenho que ficar de babá e ensinar a sair do quarto... – eu disse indo até ele e pegando na sua mão – É assim, querido... – mas ele não saiu do lugar e me puxou pra ele.

–Você vai comigo. Não quero você andando por ai sozinha – ele disse me roubando um beijo.

–Se a gente ficar tão próximo assim vou cansar de ser sua namorada e vou terminar com você. Pode escolher.

–Eu escolho os dois. – ele disse me dando outro beijo – Vamos logo senão as lojas fecham e pelo visto você precisa de muito tecido.

–Não, não! Eu preciso de um banho! Não tomo um há uns dias, só tomei um banho naquele lugar que prenderam a gente...

–Eca! Que garota fedida! Eu não namoro gente fedida, vai tomar um banho! – ele disse tampando o nariz com a mão e balançando a outra pra afastar o cheiro. Dei um tapinha em seu braço, que na verdade tinha virado uma parede de ferro depois dos últimos anos.

–Você nem sabia! E eu não tô fedendo – eu ri – Mas me encontra na porta em meia hora.

–Tudo isso pra tomar um banho?

–Não enche! – disse e entrei no banheiro trancando a porta.

AI, que saudades do meu banheiro! Me despi e fui pro chuveiro. Meu cabelo estava uma zona porque não tinha nem escova de cabelo lá; passei o xampu e o condicionador e depois o são como qualquer pessoa normal. Escovei meus cabelos e saí do chuveiro;

Me sequei e olhei para o meu closet, tentando achar uma roupa boa. Pouca roupa é ruim porque nunca tem o que vestir. Muita roupa é ruim porque você nunca sabe o que vestir. Acabei escolhendo um crop top vermelho do Mickey e uma saia de couro preta que tinha ganhado de aniversário (http://www.polyvore.com/cgi/set?id=106524011&.locale=pt-br). Coloquei um salto, porque o Ian é alto e fico estranha tão minúscula com meus poucos centímetros perto dele. Esse salto me deixa uns vinte centímetros mais alta. Coloquei um chapéu para dar estilo, uma bolsa pra levar o dinheiro, meus brincos de diabinho (*_*) uma pulseira e maquiagem. E claro, o perfume.

Quando saí de meu closet dei um grito de susto.

–Ian! Que susto! – disse com a mão no peito – Eu falei para você me esperar lá na escada; qual seu problema, garoto?

–Calma Amy! Eu vim aqui te dar um presente, mas se você não quiser... – ele se levantou e se virou em direção à porta.

–Espera! – gritei e ele voltou, sorrindo – Presente?

–Vira. – ele disse e eu me virei. Senti sua mão em meu pescoço e me arrepiei todinha. Depois senti uma corrente gelada envolvendo meu pescoço e Ian acabou de fechar o fecho (N/A: Não, imagina, fechar o fecho quem faria isso???) e me virou para si; ele segurava um espelhinho e pude ver o colar direito.

Era uma corrente simples com um pingente de âncora no canto. Era de prata mais brilhava feito um diamante. Lindo.

–Pelo sorriso você gostou – ele disse, sorrindo ainda mais.

–Adorável – disse abrindo um sorriso para implicar com ele. Adoro roubar a fala das pessoas.

–Pera, eu que falo isso!

–Agora sou eu que falo – disse dando um selinho nele e pegando em sua mão – Vamos, as lojas vão fechar!

–Fui eu que falei isso também – ele resmungou e eu dei uma gargalhada.

Saí correndo pela sala e passamos por todo mundo, mas ele parou no meio da sala. Tentei puxar sua mão, mas com todos os meus primos olhando pra mim eu ficava com vergonha, e nunca seria mais forte que Ian.

–Vamos, Ian! A loja vai fechar! – eu tentava a todo custo puxar ele, mas o metido a fortinho continuava lá, paradinho.

–Só se você – ele fez uma cara de pensativo – Só se você disser que me ama.

Por essa eu não esperava. Eu percebi que todos que estavam rindo na cozinha e na sala pararam e ficaram esperando minha reação. Pode parecer fácil, mas falar isso com toda a sua família do seu lado é muita pressão. Falo ou não falo? Falo ou não falo? Pra falar a verdade, eu não tenho ideia do que eu sinto, parece que amo mais amar é uma coisa tão grande que não sei se meu sentimento é desse tamanho. Ele está jogando comigo; entrar no jogo também é o único jeito. Soltei a mão dele e fui andando até a porta.

–Tá bom, então eu vou pegar um táxi sozinha, se é o único jeito... – e corri para fora de casa. Escutei passos vindo atrás de mim e ouvi a voz de Ian:

–Não vai não! – ele me alcançou em pouco tempo e segurou meu pulso, me puxando para o lado em que estava o seu carro. Eu fui rindo e sentei no Audi A1 conversível do Ian. – Você ainda não escapou do meu desafio; vai acabar falando mais cedo ou mais tarde.

O pior era que eu sabia que iria acabar falando; sabia que um dia acabaria me rendendo e dizendo mesmo que o amava. O pior é que agora eu entendo aquela expressão em inglês que diz: “falling in love” porque parece que você está caindo de um penhasco e você não sabe se o fundo é seguro ou se vai se quebrar quando desse de cara com o chão. E o pior mesmo: lá no fundo, eu sabia que estava apaixonada por ele.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Mereço mais uma recomendação?
"Nunca deixe ninguém te dizer que não pode fazer alguma coisa". Xoxo



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