Clarity escrita por Mafê


Capítulo 22
Maybe We Partied Too Hard


Notas iniciais do capítulo

Gente esse capítulo é um dos meus preferidos, mas em um hentai aí.
Tipo, foi o meu primeiro então não sei se tá muito bom, e eu não quis descrever ou prolongar muito, por que não é o estilo da fic.
Eu to tendo um problema com o 'b' do meu teclado, então desculpa se faltou algum ai kkk
Enjoy!



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“Tell ‘em that is my birthday
When I party like that”

–Birthday, Selena Gomez

A música estava altíssima no meu ouvido, mas os copos de cerveja e algumas coisas que nem sei o nome amenizavam a dor dos meus tímpanos estourando.

Quando entrei na casa, morrendo de medo, o grito de “SURPRESAA”, mas me assustou do que surpreendeu. Nunca dizia para ninguém que era meu aniversário, porque quando se tem algo bom nessa família, geralmente vai embora muito mais rápido do que veio.

Dan foi provavelmente o dedo duro, mas não podia estar mais agradecida. É verdade que não conseguia distinguir quase nenhum rosto na minha frente, especialmente com todos pulando ao som do DJ ali atrás.

Natalie veio trazendo um bolo decorado com neon e, diga-se de passagem, gigante. Era um daqueles, estilo casamento, com várias camadas e... Cores, muitas cores.

–Não é todo dia que se faz vinte anos. Feliz aniversário, cunhadinha.

Todos a minha volta começaram a cantar ‘parabéns pra você’ e eu fiquei parada lá, como se faz quando todos cantam pra você e você não sabe exatamente o que fazer com as mãos, ou mesmo se deve cantar.

Depois disso, todos me jogaram pra pista de dança, mas nem com roupa pra isso estava, e acima de tudo: meu cabelo parecia o bagaço da laranja. Mesmo assim comecei a dançar ao som de umas musicas que nem sabia em qual idioma estavam só tinham uma batida boa de dançar (N/A: é o funk gente kkk).

Vi um garçom passando com doses do que eu esperava ser tequila, porque não é uma festa se não tiver tequila. Tomei uma; duas; cinco. A bandeja do moço se esvaziou tão rápido que ele correu para a cozinha pra pegar mais. E eu, planejava ficar paradinha ali esperando ele chegar de mãos cheias. Ou tão paradinha quanto se possa ficar quando se bebeu cinco shots de tequila.

Mas Natalie me puxou para longe da diversão, me fazendo reclamar como uma criança que não conseguiu o algodão doce. Ela me puxou escada acima (Gente tinha uma escada... Como eu não tinha visto uma escada Esquece... Uh, um unicórnio!) me fazendo dar tapas no seu braço que pouco depois ficou vermelho.

–Vamos, Nat, pra onde está me levando? A festa é lá embaixo, o que a gente ta fazendo aqui? Só tem coisas velhas, bregas e... UOU.

Quando minha cunhadinha virou à esquerda, dei d cara com o vestido mais lindo que já tinha visto na minha vida. Não tem como descrever, eu senti como se aquilo devia estar em um museu da moda... Com vários unicórnios de segurança. Soltei uma risadinha. Unicórnios com roupa de segurança. Essa é uma cena impagável.

Ah o álcool, o que ele fez comigo?

–Isso, cunhadinha – disse ela apontando para o vestido – é o porquê de estarmos aqui em cima. É um presente especial de uma pessoa... Bem, especial também. Vai, veste, fica bem bonitinha que eu vou fazer sua maquiagem.

Ela me empurrou para dentro do quarto e fechou a porta atrás de mim. Fui rapidamente tirando minha roupa, sem conseguir desgrudar os olhos do vestido. Fiquei só de lingerie e comecei a coloca-lo, e Jesus era lindo, mas muito complicado já estava ficando com preguiça.

(N/A: não vou colocar o vestido aqui porque eu meio que o desenhei e também quero ver a imaginação de vocês: se tiverem um vestido em mente coloquem uma foto/o link dele nos comentários).

–Já acabou criatura?

Fecho o zíper do vestido na lateral e me olho o espelho, tentando arrumar o ninho de passarinho que substituiu o meu cabelo enquanto Nat entra com uma bolsa, que presumo que carregue todas as suas maquiagens básicas.

–Nossa você está linda.

–Agora você vai me dizer quem me deu esse vestido? – ela balançou a cabeça negativamente – Qual é Nat, por favor, eu já concordei em colocar, vai que foi um serial killer que vai vim me matar daqui a pouco? Você está me dando medo já.

–Mas não foi um serial killer Amy. Eu sei quem foi e você está completamente segura.

–Não confio em você.

Ela me sentou em uma penteadeira, da qual eu quase caí, e começou seu trabalho. Base, corretivo, blush e iluminador. Camadas e camadas de maquiagem foram aplicadas à minha face até que chegamos ao resultado final.

Não ouvi muito bem o que ela disse a seguir, mas saí do quarto mesmo ouvindo uns gritos atrás de mim e coisas como “desobediente” e “nunca escuta”. Desci as escadas e todos pararam para me ver descer, o que me deixou com muita vergonha. Como se anda mesmo?

A música continuou a tocar e todos voltaram a dançar numa pista que parecia pequena para a quantidade de pessoas que dançavam e se esfregavam tentando arranjar um espaço.

Sentei em um pufe no canto e roubei a bandeja de um garçom que passava por lá. Mas que merda é essa? Ah: é suco de laranja. Blé. Fiquei lá com meus cinco copos de suco de laranja vendo os outros se divertirem, até escutar uma voz do meu lado.

–Uau, não sabia que iria ficar tão om em você. Deixou até os manequins com inveja agora, Amy – Ian sentou do meu lado com um copo de uísque e pegou na minha mão – Tá tudo bem?

–Agora tá.

Deitei minha cabeça em seu ombro e balancei no ritmo da música, até que Ian se levantou deixando o copo de lado e me puxou para dançar. Levantei contra a minha vontade e puxei o copo de bebida meio cheio e tomei tudo num gole só.

Fiquei logo animada de novo e fui dançar com meu noivo.

Encontrei e cumprimentei umas pessoas na pista, e ficamos dançando até o DJ desligar a musica, porque tinha que tocar em outra festa. Quando ele foi embora, achamos uma caixinha de som beem potente e ligamos o Iphone de Nat, que começou a tocar aquelas músicas dançantes e em outra língua de novo.

Não tinha parado para observar o lugar até aquele momento. Era uma casa até arrumadinha, bem bonita para uma casa no meio do nada. Era branca por dentro, com detalhes em madeira, coisa bem rústica, como diria a minha revista. Tinha um barzinho em cantos opostos do salão principal, uma grande área vazia onde fora instalada a pista de dança e uma área com sofás mais pro canto, onde umas pessoas se pegavam hard core.

Não tinha visto muito no andar de cima, mas parecia ter uns mil quartos, todos eram suítes.

Eu me virei para Ian e comecei a observar seu rosto, e desejar cada parte dele. Os olhos cor de âmbar, o cabelo bagunçado, mas arrumadinho de um jeito dele, as bochecha delineada, tudo numa cor indescritível. Puxei seu rosto e dei-lhe um beijo, primeiro calmo e apaixonado, que foi virando urgente e selvagem.

Rapidamente minhas mãos estavam no seu cabelo e as dele no meu quadril, descendo cada vez mais. Puxei seu corpo mais pra perto de mim, acabando com qualquer espaço que havia restado entre nós.

Nos separamos pela falta de ar e Ian me olhou e depois para a escada, como se indicando para que subíssemos. Fiz que sim e o puxei pela escada, abrindo a porta do quarto onde havia colocado o vestido mais cedo.

Ignorando todo o meu trabalho para trocar de roupa, Ian praticamente rasgou meu vestido e me puxou de lá, me deixando só de lingerie pela segunda vez na noite. Desabotoei sua blusa botão por botão, para depois jogá-la no outro lado do quarto. Tirei o cinto de Ian e ele mesmo jogou suas calças fora com um gesto rápido.

E lá estávamos, só eu e ele, e aquele momento parecia eterno. Cortando totalmente o momento, Ian me jogou na cama e deitou em cima de mim, fazendo uma trilha de beijos do meu colo até a meu umbigo, depois voltando e dando chupões por todo meu corpo.

Ele arrancou meu sutiã e acariciou meus seios, apertando e girando até que eles ficassem vermelhos. Quando soltei um gemido um pouco mais alto, Ian calou minha boca com um beijo maravilhoso e calmo, em comparação com todo o resto daquela cena.

Aquilo estava um pouco injusto, então virei nossos corpos e fiquei por cima, me deitando em cima dele. Continuei nosso beijo enquanto tirava sua boxer preta, que logo sumiu igual sua calça. Me levantei para respirar enquanto ele tirava o que restava de roupa no meu corpo e me deitei de volta em cima dele.

Ele me olhou como se pedindo permissão e eu fiz que sim. Eu podia sentir suas mãos apertando minhas coxas enquanto ele deslizava seu membro para dentro de mim, primeiro calmamente e depois com força.

Sentia ele dentro de mim, e agora tudo parecia certo, tudo parecia completo. Ele começou a se mexer e eu rebolei, falando para ele ir com mais força. Era difícil calar os gemidos, mas não podiam nos ouvir lá em baixo por que...

Bem, agora que eu me lembro, esquecemos de trancar a porta.

Senti que estava perto do meu ápice e Ian começou a ir mais rápido, beijando, chupando e apertando qualquer pedaço de pele que conseguisse encontrar descoberto. Senti espasmos por todo meu corpo e finalmente gozei, junto com Ian.

Deixei meu corpo cair em cima do dele, e finalmente estávamos juntos em todos os níveis possíveis. Acho que cochilei um pouco, porque quando acordei estava coberta com um lençol e minhas roupas estavam dobradas ao meu lado. Ian dormia com minha cabeça em seu colo, então tive muito trabalho em levantar seu acordá-lo.

Coloquei a roupa com que tinha chegado àquela casa na noite anterior. Sim, já eram umas cinco da manhã. Prendi o meu cabelo e comecei a catar as roupas jogadas pelo quarto, e um sorriso veio em meu rosto quando lembrei da noite passada.

Dobrei tudo e pus na penteadeira, menos o vestido que pendurei do lado de dentro da porta. Desci para ver se as pessoas estavam lá, e encontrei todo mundo desmaiado nos pufes.

Acordei Natalie, que estava meio atordoada de como tinha chegado aos pufes e dormido entre os braços de Dan sem ao menos se lembrar de nada. Minha cabeça ainda doía por causa do álcool, mas eu sabia do que precisava.

–Nat, vem comigo ao Starbucks. Vem, por favor! Eu realmente preciso de cafeína. E você precisa também pelo visto – fui até a sua bolsa que estava pendurada no outro canto do salão e puxei – Você tem dinheiro, né?

–Tenho sim, mas é meu então tira as patas, por favor? Nossa, e você e o meu irmão?! Meu deus, que desagradável, dormir ao som de gemidos.

–Isso não foi culpa minha... Mas não me venha com esse olhar de conservadora, eu sei que você já dormiu com o Dan.

–Ai Amy, você me cansa.

–Ficou sem jeito, né? Eu sabia que isso ia acontecer, mais cedo ou mais tarde. Mais pra mais cedo, se tratando do Dan.

–Você não queria café, então vamos lá, vamos.

Nat me arrastou para o meu carro e fez questão de dirigir, o que eu nem me importei muito. Eu fui controlando as rádios procurando as musicas que mais irritavam a cunhadinha até estacionarmos em frente ao Starbucks perto da escola. Descemos e entremos, dando de cara com uma fila enorme.

–É Amy, boa ideia vir no Starbucks e esperar até a hora do almoço nessa fila.

Revirei os olhos e achei uma posição confortável para esperar aquele monte de pedidos. Mas, para minha surpresa até que a fila foi bem rapidinha e logo chegamos ao caixa. Pedimos os nossos dois e mais alguns pra viagem, já que todos acordariam com uma ressaca daquelas.

Sentamos em uma mesinha aguardando e resto dos pedidos e de repente me ocorreu. Foi um pensamento tão rápido que não refletia nem de longe o problema que causaria. Cuspi o último gole de café de tão assustada.

–Ai meu deus Amy, me sujou toda! O que foi isso tudo? Ai, eca que nojo...

–AI meu deus digo eu, Natalie. Se realmente eu não tiver sorte...

–Amy do que você está falando? Eu não leio mentes, sabe?

Meu pulso acelerou e eu quase não conseguia respirar com só o pensamento da possibilidade daquela falta de sorte.

–Fala Amy!

–Eu e o Ian, a gente transou sem camisinha ontem.

***

Está com suspeita de gravidez? Não conte para a Natalie.

Principalmente se for ela que vá virar tia. Logo depois que eu falei, ela ficou calada. Começou a ficar vermelha e de repente explodiu. Foi uma confusão de “você nunca teve aulas sobre isso?” e “ai, eu sou muito nova!” entre gritos e lágrimas e tapas. Ai.

–Natalie, se acalma, a gente nem sabe se eu to realmente grávida, é só uma suspeita... Uma suspeita em provável, mas não tem nada confirmado ainda. Você acha que eu quero mesmo engravidar? Eu acabei de fazer vinte anos, tenho toda uma vida pela frente! E o casamento? Ai, se eu casar de barriga...

Depois de várias reclamações de minha cunhadinha sobre não querer nem ver o fim disso, eu a arrastei até uma farmácia para comprar um teste de gravidez. Comecei a me sentir enjoada na mesma hora.

Compramos um teste que parecia razoavelmente confiável e fomos para o banheiro do Starbucks, porque eu não confiava naquele atendente da farmácia. Consegui fazer xixi e esperamos. Três longos minutos de espera até que, quando íamos ver o resultado meu telefone começou a tocar.

–Ah, oi Ian. Ahn... Onde eu estou? Ah, bem, por ai. É eu sai com a Nat e fomos fazer umas compras. É, e depois vamos passar no Starbucks. Sim, sim eu compro café pra você. Ok, beijo te amo também.

–Ok, vamos ver esse resultado.

E olhamos a varetinha molhada de xixi.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, vou tentar postar o novo até domingo.
Contagem regressiva para o final da fic!!
Já foram 22 de 25 capítulos

You will go to the paper towns and you will never come back.



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