Basilisk Poetry escrita por Maya Amamiya, Nil Leonhart
Basilisk Poetry__ Maya Amamiya e Nil Leonhart
Rio sangrento que carrega os mortos.
Uma guerra entre ninjas. Um pacto desfeito.
A irmandade e o amor andam juntos.
Agora, separados pela guerra.
Ódio crescente e vinganças implacáveis.
***
Se não houvesse guerra, a paz reinaria.
Dois clãs de ninjas, unidos num só.
Dois jovens. Ligados por um sentimento. Pelo destino.
Eles farão a diferença. A Unificação de Igas e Kougas.
Oboro Iga
Por mais que eu desejasse, foi inevitável.
Maldito pacto quebrado! Se não fosse isso,
Todos seriam poupados da morte.
E uma aliança garantida.
Até mesmo ele não lutaria.
Gennosuke-sama...
Posso sentir seu sofrimento,
Posso ouvir sua alma gritar de desespero,
Posso ouvir seus lamentos.
Tínhamos uma promessa primaveril,
Que infelizmente não será cumprido.
Na sua presença, o mundo estava parado.
Só havia eu e você. Sua voz é tão confortante.
Quando tocavas sua flauta, a doce melodia
Saída do instrumento me levava nas nuvens.
Não tenho dúvidas do meu amor.
Por trás da força ninja de um Kouga,
Possui sentimentos nobres e ideais para um futuro bom.
Gennosuke-sama...
Aishiteru...
Maya Amamiya- Oboro Iga
Gennosuke Kouga
Como eu gostaria de poder te ver apenas mais uma vez
Nem que fosse talvez a última da presente eternidade
Acariciar-te o tenro e róseo semblante
E ao teu lado as ondas e espumas do mar eu poder contemplar
De mim tão distante hoje tu estás
Talvez um idílio hoje impossível
Uma ferida profunda neste meu infeliz ser
Quisera eu a morte se não mais posso contigo estar
Por que o trágico destino assim tudo quisera?
Privado estou de sorrir todos os dias
A dor como fel escarlate a consumir-me a cada momento
E nessas horas lembro-me dos momentos junto a ti
Aquela tarde especial de primavera
As flores de cerejeira a cair suavemente
Os lábios nossos desenhando a poesia do amor
Certa vez prometemos um ao outro
Que por mais tenebroso que tudo pudesse talvez ser
Estaríamos juntos a sorrir frente a um novo amanhecer
Mas o que será que ele trará?
É sempre um sujeito misterioso e desconhecido
Talvez eu realmente não mais possa te ver
A pior dor que já um dia pudera sentir
Porém há algo que tenho em meu ser
Uma simples quimera o seria?
Se tiveres de morrer, morrerei ao lado teu
Pois para mim de nada mais adianta a vida
Se não puder ter você
A flor meiga e terna, a razão maior do viver meu.
Nil Leonhart – Gennosuke Kouga
Oboro Iga
Se ao menos fosse possível um retorno no tempo
A única coisa que impediria era essa guerra de clãs.
Se não houvesse tanta morte, a felicidade permaneceria.
Uma união pacificadora onde não há hostilidades.
Por que o destino foi tão cruel conosco?
Que pecados foram cometidos para receberem a morte?
Perguntas como essas são impossíveis de encontrar.
Não posso mais ficar lamentando por tudo e por todos.
Amado Gennosuke, meu coração ainda dói por tudo que passamos.
Lágrimas minhas são derramadas por sofrimento.
Com o fim da guerra, não sinto mais vontade de viver.
A angústia é tão dolorida quanto uma faca de dois gumes.
Nunca mais contemplarei seus olhos que antes me mostraram
Um mundo de alegrias e de muitos sonhos.
A nossa promessa de primavera, não irá se realizar.
Os nossos sonhos evaporaram.
Agora segurando a espada e pronta para um combate,
As recordações de nossos momentos aparecem como um rápido filme.
Sua nobreza ainda me cativa. Seu romantismo conforta minha alma.
Minha decisão era largar essa arma e correr em sua direção,
Esquecendo do meu dever de matá-lo para vencer o desafio.
Queria poder abraçá-lo e dar-lhe todo meu amor guardado.
Contudo, sofrimento e remorso são maiores.
Não tenho escolha a não ser... A não ser...
Ceifar minha própria vida.
Que esta espada encerre minha existência neste mundo,
Onde uma sangrenta batalha impediu tudo que queríamos fosse realizado.
Mas meu amor por ti será por toda eternidade.
Aishiteru, Gennosuke-sama.
Maya Amamiya- Oboro Iga
Gennosuke Kouga
Todavia o que posso eu agora fazer?
Tuas belas feições outrora tão vivas
Fecharam-se ao mundo que tanto ódio a nós implicava
Oboro, meu anjo dócil e primaveril
Ao fitar esta espada transpassada em teu puro ser
A escuridão percorre cada minúscula partícula de meu infeliz interior
Permita-me agora encontrar-me contigo onde quer que estiveres
Como cumprimento de nossa antiga promessa
Meu impuro corpo coberto de sangue não é digno de estar ao teu lado
Porém o meu amor é mais forte que cada sussurro do vento de inverno
Desejando estar com você por toda a eternidade
Durante toda a minha vida tu foste minha maior alegria
A flauta que eu tocava exalava os acordes poéticos de nosso amor
Mesmo agora, quando morta tu estás
Ainda permaneces tenra e bela
O que é a vida afinal?
Não sei o que expressar, não sei nem mesmo o que sentir
Será que é assim para todos?
Ou o é somente para os jovens apaixonados
Aos quais o cruel destino não permitira a concretização do amor e felicidade
Por que o ódio de Kougas e Igas é imenso ao ponto de a todos cegar?
Deixa-me agora retirar esta maléfica espada que perfura teu ser
Indigna e impura de estar tão próxima de ti, minha doce Oboro
Permita-me morrer ao lado teu nesse momento
Da mesma forma que morreste, agora despeço-me de minha vida fugaz
E de agora em diante seremos eternamente um
Amantes por toda a eternidade
Nil Leonhart – Gennosuke Kouga
Fim
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