O Cara Que Mora Na Minha Casa escrita por HacKyon


Capítulo 1
Relater 1 - Konoha City


Notas iniciais do capítulo

Yo, peoples! Primeira fic que eu faço! Então, desde já, obrigada por disponibilizar parte do seu tempo lendo isso.

A ideia eu tirei de uma coisa engraçada que aconteceu com minha prima (não posso entrar em detalhes ou ela me mata) e eu acho que é uma boa ideia. Então, leiam e se divirtam (ou não ;P)

PS: Eu tenho dois capítulos adiantados, então quando eu tiver mais eu posto.



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 Porque as pessoas não se contentam em viver em uma só cidade? Nãooo, elas tem de se mudar pelo menos uma vez na vida! Que coisa, vêem que eu não quero? Eu adoro aqui, não quero mudar para um lugar sabe-se lá onde fica.

 - Ei, Sakura. Se não acordar agora, vai perder o avião.

 Avião? Eu odeio voar! Me deixa enjoada e eu acabo uma vez ou outra com a cabeça estatelando. Sim, eu durmo com a cabeça "pregada" no vidro.

 - Ela não acordou?

 - Não querido. Acho que deveriamos deixá-la aqui ou talvez fosse bom irmos co-

 - Não! Eu já estou acordada! - disparei jogando as cobertas para o lado e impedindo-os de terminar a frase e dizer o que eu mais temia. - Já estou indo, não preciso de resguarda. Obrigada, mãe, pai.

 - Eu disse que daria certo. - ouvi a senhora Haruno gabar-se de sua excelente idéia.

 Mas o que posso fazer? Ela está certa. Só aceitei viajar para Konoha porque iria sozinha, ponto, sem pais e sem ninguém, quero dizer, Komo também vai, em sua caixa de aeroporto, mas vai. Entrei no banheiro depois de me despir, eu geralmente tranco a porta, e porque não trancaria? Há muitos vizinhos chatos que me visitam e acabam chegando ao meu quarto misteriosamente... Tenho minhas dúvidas de como.

 Sou Haruno Sakura, uma estudante do primeiro grau que vai ingressar no segundo assim que se mudar. Eu tenho uma faixa etária normal, meus hobbies são assistir aos jogos de olimpíadas e escrever no meu diário, sim, eu tenho um diário. Tenho um estatura mediana, um metro e pouco, nada que me faça ser chamada de girafa. Oh, e tenho cabelos róseos, que eu tenho certas dúvidas se são realmente reais, quero dizer, quantas pessoas perambulam por aí com uma cabeleira rosa sem ser pintada? Poucas, claro ou nenhuma.

 - Sakura! Porque está demorando tanto? Temos hora para ir, sabe? - reclamou minha mãe.

 - Já estou me arrumando. - disse apenas para ela não gritar tanto.

 Bem, dizer que sou ranzinza não é verdade, apenas não gostei de mudar de escola, perder amigos, ficar longe da minha paixão secreta e tudo isso, é exclusivamente culpa minha. Se eu não tivesse tocado no assunto durante o jantar, talvez meus pais não tivessem tomado essa decisão. Melhor não protestar, pelo menos eu vou morar sozinha, um ponto a favor deles... Ah sim, Komo é o cachorro da família, mandaram que eu o levasse para impedir o pior. Sinceramente, o que meus pais acham que eu sou?

 - Bem, então, fique longe de problemas.

 - Não fale com estranhos.

 - Não aceite doce deles.

 - E o mais importante...

 - Não se meta com garotos pervertidos! - essa regra inútil eles disseram juntos.

 - Tá. Eu vou seguir estas regras, claro. - murmurei com pouca importância.

 - Estou falando sério, Sakura. - alertou mamãe depois de ver a minha indiferença. - Dizem que os garotos de Konoha são exclusivamente meio pervertidos, ainda mais na sua idade...

 - Boatos... - murmurei inconcientemente, não precisava de mais atrasos para seguir ao aeroporto.

 - Bem, divirta-se em Konoha. - essa quem disse foi papai, dando um de seus lendários votos de confiança.

 - A propósito, onde eu vou morar?

 - Não já discutimos isso antes, querida? - ela suspirou quando eu neguei sem querer. - Temos uma casa de veraneio por lá. É só procurar que você vai achar fácil, além de que eu lhe dei o endereço, está com ele aí?

 Eu fiquei procurando desesperadamente este pedaço de papel que acabei esquecendo que estava no meu bolso esquerdo.

 - N-Não no momento. - sorri e os dois suspiraram, provavelmente achando a filha um caso perdido.

 - O táxi já está pago, siga dali até o aeroporto, não vai ser difícil achar. - explicou papai, apontando para o taxista impaciente.

 - Boa sorte! - disseram juntos novamente depois que embarquei no táxi.

 Ótimo. Estou indo para Konoha morar em uma casa perto da praia, que conveniente! Quero dizer, o quão longe isso pode ser da escola? Eu vou frequentar uma escola, não é? Duvido que ela seja em uma praia...

 - Moça! - gritou me fazendo acordar de meus pensamentos. - Já chegamos.

 Ele apontou para o colossal prédio do aeroporto, exclusivamente da cor azul e branca, que original... Saí do carro amarelo e enfrentei a grande quantidade de pessoas, ainda bem que eu já tinha a passagem, agora era só olhar para a placa gigante no centro.

 - Última chamada para voo 45 que vai para Konoha! A porta se fechará em 5 minutos!

 - Ei! Não feche essa porta! - berrei com Komo à mão, indo diretamente para o local de carga, despedindo-me rapidamente do meu cãozinho e correndo para aquela porta.

 - Eh... Como você é rápida Ojou-sama. - elogiaram algumas das aeromoças enquanto eu me levantava do chão, finalmente eu estava a 

caminho de Konoha.

 O voo? Foi bem, fiquei sobrevoando por muito tempo, tive aqueles enjoos outra vez, acabando com um saco de vômito depois que o pássaro metálico pousou no chão. Komo foi devolvido com segurança, aquele cão tinha uma estranha cara de contentamento, maldito...! Ah, também vale contar que eu estava totalmente perdida. Depois do endereço na minha mão, eu não conhecia nenhum lugar, nenhum estudante da escola ou sequer onde esta rua e bairro ficavam.

 - Perdida? - virei-me para uma das mulheres do aeroporto. - Você é a que chegou de Hiroshi?

 - Sim... - murmurei tentando identificar se ela era realmente alguém confiável. - Sabe onde é a Akihane High School?

 - Acho que você deveria pegar um táxi.

Eu também acho! Então porque droga eu estou conversando com você?

 - O-Obrigada. - agradeci em falso indo direto para um táxi.

 - Pra onde moça? - perguntou com um sorriso terno.

 - Para esse lugar. - dei-lhe o papel onde estava o endereço.

 - Nossa! - exclamou me olhando surpreso. - Você realmente mora nesse bairro residencial?

 - Eu acho. - comentei e ele riu de mim.

 - Aposto então que estuda na Akihane.

Ele acertou! O que há de tão errado nesse endereço?

 - Haha... Você acertou... - murmurei desconfortável.

 - Então vamos.

 Eu segui com o taxista interessante. Devo dizer que ele me parecia bem novo para ter uma carteira de motorista, mas ele tinha e ela estava exposta na frente do carro. Indicando o nome, Akira Mashi; a idade, 26; e a data que ele havia tirado a carteira de motorista, 12 de dezembro, mês passado a quase dois anos. Então observei o bairro chique a minha frente. Achei que a casa iria ser em uma praia, que nada! Lá estava, Mashi já havia parado e retirado minhas malas no momento em que vi aquele casarão, era uma mansão?

 - Bem, entregue em sua casa. - chamou minha atenção colocando a minhas malas no sobrado na frente.

 Realmente, papai e mamãe não morariam em uma mansão, eu estava totalmente enganada.

 - Obrigada Mashi-san.

 - Meu cartão. - disse dando-me um cartão da franquia de seu táxi depois de eu pagá-lo. - Se precisar... - deixou no ar e retornou para o outro lado.

 Suspirei guardando o cartão, talvez eu fosse precisar usar uma outra vez. Abri a porta me deparando com uma situação muito nojenta: papéis, latas, caixas e muitos alimentos estavam espalhados pelo chão, deixando o lugar uma verdadeira porqueira. Levantei as malas e me arrisquei a não me sujar pelo chão imundo, como é que aquilo tinha ficado assim? Levantei as mangas pegando alguns produtos da despensa ao lado da cozinha e iniciei a limpeza. Joguei quase cinco sacos de lixo cheios na lata mais a frente e quando voltei para dentro, uma figura bebendo refrigerante me apareceu descendo a escada, sem blusa ou sapatos, apenas de um samba-canção cinza.

 - Que diabos...? - ele reclamou finalmente se tocando que eu estava ali e se cobrindo com as mãos, não que isso fosse de muita ajuda. - Quem te deu permissão para invadir minha casa?

 - Invadir? - questionei irônica. - Quem é você para invadir a MINHA casa?

 - Nem vem! - berrou deixando a lata de coca no balcão da cozinha onde eu tinha deixado minhas malas. - O que veio fazer aqui? Esta é minha casa!

 - Sua? - ironizei rindo pra valer. - Quem você acha que é, seu idiota?

 - O dono desta casa!

 - Não é não! - reclamei acabando a discussão. - Eu vou ligar para a polícia, isso sim.

 - Quem deveria estar ligando sou eu! - gritou fechando os punhos.

 - Alo, policia? - chamei assim que atenderam. - Sou Haruno Sakura e um garoto estranho de cueca invadiu a minha casa.

 - Você está levando isso a sério? - murmurou olhando para mim.

 - Sim, ele está na minha frente. - respondi ao policial. - Claro, estarei esperando. - desliguei.

 - Como você pode provar que este prédio é seu?

 - Idiota... Nunca notou a placa de frente? - perguntei e ele abanou a cabeça. - Está escrito Haruno e eu sou Sakura Haruno. Agora, caía fora!

 - V-Você é a dona?

 - Vai embora daqui!

 - Não mesmo! Nunca li nenhum Haruno na porta. - emburrou cruzando os braços.

 - Claro, você jogou a placa fora. - apresentei a placa da casa bem na frente dele. - Agora, saía por bem ou por mal.

 - Isso é um truque! Eu não vou sair!

 - Então é por mal...?

 Pulei em cima dele e o destrocei com alguns tapas, jogando o que restou para fora. Não haveria sequer chance de um idiota como aquele me vencer. Subi a escada e achei dois quartos, o primeiro estava cheio de poeira enquanto ao segundo quarto... Eu gelei com a bagunça que aquele bastardo tinha feito! Latas de tinta, dinheiro pelo chão, rabiscos na parede, cartazes de mulheres nuas, e mais baboseiras. Mamãe 

tinha razão, os garotos de Konoha são pervertidos...

 - Sua garota magrela! - escutei ele berrando enquanto batia na porta. Ele queria outra surra?

 Ignorei ele e embolei todas as idiotices e roupas nojentas em uma bola, joguei tudo em um saco de lixo e deixei o segundo quarto novinho em folha. Excerto pelas paredes, iria pintar de branco pela manhã. Mas no quarto dois eu não pisaria tão cedo, por isso escolhi o empoeirado, além de eu não saber exatamente o que aquele idiota tinha feito naquela cama de lá...

 - É ele! - ouvi os gritos de dois homens. Ótimo, a polícia tinha chegado.

 - Me larga! Eu não fiz nada! Essa é minha casa!

 - Você não é bom em mentir, pirralho.

 A este ponto, eu tinha corrido para a janela de baixo, só para ver o que estava acontecendo.

 - Esta é a caso dos Haruno, você é apenas um intruso. Acho que podem levá-lo.

 Uma velhota com uma bengala tinha acusado o loiro exibicionista e ele tinha sido levado - de cueca mesmo - para a delegacia. Ela olhava para a janela e então eu percebi que me observava e que ela era muito horrenda! Mesmo assim, eu saí de casa para cumprimentá-la.

 - Olá. - tentei exibir um sorriso.

 - Você deve ser a filha dos Haruno. - acenti. - Como vão seus pais? Eles saíram daqui já faz um tempo.

 - Eles vão bem, senhora.

 - Aquele sujeito lhe incomodou? 

 - Talvez...

 - Ele é um delinquente da cidade, vive fazendo bagunça e roubando coisas. Parece que ele não tem pais e escolheu a primeira casa que viu vazia.

 - Ele é...?

 - Não sabemos o nome dele, só o chamam de Fox.

 - Fox, hun? - murmurei. De algum modo, eu me senti culpada por tê-lo feito ser preso. - Ele pode ficar na prisão?

 - No máximo só até amanhã.  - murmurou em um muxoxo. - Levando em conta que ele não tem idade suficiente.

 - Ah, assim eu acho que não me sinto culpada. - comentei e a velha de olhou com um sorriso.

 - Só não se esqueça de trancar bem a sua porta, não apenas com a fechadura como com alguns ferrolhos.

 - Obrigada! - sorri. - A senhora é?

 - Michiko, chame-me de Michiko.

 - Então, tchau senhora Michiko!

 Dear,

   Hoje foi um tanto interessante. Descobri que um maluco exibicionista que também é um delinquente, morava na minha mais nova casa. Tive de desinfetar tudo e ainda por cima ele tentou me acusar de falsa! Dei uma lição nele! Komo ficou de cara boba porque achou uma cadelinha no avião, resolvido o mistério! Enquanto ao Fox - apelido do garoto loiro que morava na minha casa, eu irei fazer as pazes com ele e mandá-lo de volta para o meio da rua, sem não antes perguntar o seu nome verdadeiro. Então, eu vou frequentar a Akihane High School. Espero pelo menos tentar fazer alguns amigos, mas primeiro, acho que vou comprar alguns ferrolhos como a senhora Michiko falou, não quero perder minha casa outra vez.

 Até!


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