Odi Et Amo. escrita por Bee


Capítulo 1
Odi et Amo. - Único.


Notas iniciais do capítulo

Bom, essa é mais uma one, eu criei muitas nesses últimos tempos, e tem mais pela frente. Bom, a fic é básica e não tem músiquinha, mas poema. Espero que aproveitem a fic.



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Existem coisas que não se pode controlar, por exemplo o ódio, o amor, a amizade, você não escolhe realmente quem odeia, nem quem vai amar, ou quem é digno para ser seu amigo. Rose, a garota cabeça de Hogwarts, descobriu o ódio e o amor em apenas uma pessoa. Não que isso seja de todo interessante, mas o motivo de ela estar admitindo para si mesmo que o amava, enquanto o odiava, era porque este era o último dia de aula. A morena estava partindo para a Toca, e depois para a casa de seus pais, e ele para a mansão de sua família.

E se eles nunca mais se vessem? Seria fácil, talvez tudo que ela sentia morresse lá, mas talvez não. E foi por isso que ela tomou aquela decisão. Lembrou-se das inúmeras vezes que ela o encontrou lendo algum livro velho da língua morta Latim, e lembrou-se de que essa era uma das muitas coisas que ela tinha em comum com Scorpius Malfoy.

Aqui vai um esclarecimento, Rose não odiava Malfoy por ele ser um Malfoy, nem por eles serem opostos, na verdade, ela o odiava por ele ser muito mais parecido com ela do que seria saudável. Ambos amavam estudar, ele chegava a ser mais inteligente que a própria garota quando queria, os dois gostavam de latim, o que é raro de se encontrar em qualquer lugar, ambos tinham uma opinião formada sobre tudo e todos, uma opinião que não se transformaria rapidamente. Mas principalmente, a principal semelhança era o fato de que os dois possuíam o orgulho maior que o castelo de Hogwarts.

Rose não era exatamente como todos imaginavam que seria, ela era uma Weasley de orgulho, mas era morena como sua mãe, na verdade de seu pai havia herdado apenas o talento para o quadribol, e para o voo, além do orgulho intocável. Rose até se orgulhava de seus talentos e qualidades, e de seus defeitos também. Mas ela queria quebrar com isso, não queria sair daquele trem sem realmente dizer o que sentia para o loiro.

Scorpius por sua vez era a copia cuspida de seu pai, exceto pelo comportamento que era uma copia de Astória. Os Malfoys haviam, ao longo dos anos, se aproximado dos Potter e em consequência dos Weasleys, Albus havia se tornado grande amigo e próximo de Scorpius, para desgosto de Rose, que acabou por se afastar lentamente do moreno.

Agora na última viagem de volta para Londres de Rose, Albus e Scorpius, ela encarava o amado. Estavam os três, junto com Hugo e Lily, que estavam entrando em um relacionamento complicado ao lado da morena. Albus e Scorpius conversavam animadamente, enquanto Rose com um livro de poemas latinos em seu colo apenas os encarava. Aquela podia ser a última vez que estaria tão próxima do loiro.

Ela não poderia deixar passar em branco, Rose precisava que ele soubesse o que a morena sentia, e precisava saber se o loiro também se sentia assim quanto a ela. Mas e se ela amasse sozinha? E se ele apenas a odiasse?

Rose pensou durante todas as horas de viagem, não se atrevia a falar, pois sempre que estava perto dele, sentia seu coração acelerar e sua voz embolar, se falasse sairia um som glotal (que se forma na glote) parecido com um urro de desespero. O loiro era um deus grego de beleza irreal, era como Apolo, mesmo que ele fosse um idiota presunçoso, um babaca sabe-tudo, ele era lindo, e incrivelmente sexy. Até mesmo a risada debochada que ele dava enquanto gozava do moreno que havia contado algum caso que havia se passado, era tão incrivelmente perfeita.

Mas se Rose pensasse logicamente, só achava que ele era bonito, ou que sua risada era perfeita, porque estava apaixonada por ele. Porém, ela não sabia dizer por que de estar apaixonada por ele, Scorpius não era excepcional, e era isso que a morena merecia – palavras de seus pais -  mas ela sempre se crucificou, e o crucificou por fazê-la sentir-se assim.

- Rose? – Scorpius a chamou, e aquela voz comparada com um devaneio de tão distante a tirou de seus pensamentos.

- Fale. – Rose respondeu simplesmente –

- Chegamos. Parada final. E eu te entenderei se quiser ficar aqui para voltar para Hogwarts, nem acredito que era o nosso último ano lá. – ele explicou sorrindo enquanto pegava sua mala.

- Eu sei. – Rose disse ao pegar suas coisas e se preparar para sair do trem.

- Rose? – Scorpius a chamou novamente em voz hesitante.

- Fale?

- Hm... – ele pensou, e então pigarreou como se estivesse achando as palavras – Você está esquecendo seu livro. – ele disse, sentindo o desânimo de seu temor lhe tomando.

- Ah, obrigada. – ela se voltou para o livro, pegando e notando o poema sublinhado na página a qual ela observou toda a viagem.

- Vamos? – Scorpius disse em fim, com um sorriso galante em seus lábios grossos, e um olhar doce nos olhos metálicos.

- Claro. – Rose sorriu, e percebeu que aquela foi uma conversa civilizada, ele era civilizado.

Os dois saíram do trem, e com aceno de cabeça, cada qual foi para seu lado. Mas Rose sentiu um empuxo a sugando para o lado do garoto a cada passo que ela dava em direção aos seus pais. A morena abraçou sua mãe, e seu pai, respondendo a todas as perguntas que ambos faziam sobre o ano letivo, mas seu pensamento estava no loiro. Assim como seu olhar. Ela notou quando o loiro colocou sua mala sobre o carrinho de bagagens, e se preparou para partir.

Ele se dirigia para a saída da plataforma. E Rose não teve outra opção, a não ser correr atrás dele, gritando seu nome. Quando ele finalmente parou e a encarou, engolido pela multidão, e pelo barulho, ele a procurou, até que ele finalmente viu uma Rose se aproximando a toda velocidade. E na ponta dos pés, se aproximou da orelha de Scorpius.

- Odi et amo. Quare id faciam, fortasse requiris. Nescio, sed fieri sientio et excrucios.* – ela citou o poema de Catulo (Catelo) ao ouvido dele, e então o encarou firmemente – Se é tão bom em latim como diz, sabe o que significa. Se souber, me encontre no estúdio atrás da minha casa, daqui a uma semana. – ela piscou, e então o deixou ali com o olhar petrificado a encara-la.

* “Odeio e amo. Talvez queira saber como. Não sei, só sei que sinto e crucifico-me.” – Catelo. Poema latino, que eu estudei na minha aula de Latim.

[...]

Rose andava de um lado para o outro no velho estúdio onde se encontrava com seus primos para se divertir desde a infância. Uma semana havia se passado, e na próxima semana ela ia começar a correr com seu curso de curandeira, havia recebido logo no primeiro dia após Hogwarts, suas notas foram perfeitas para o curso, o que era perfeito.

Scorpius não ia aparecer, ele não gostava dela. Como ela pode ser tão idiota? Ter se declarado daquela forma, como ela poderia acreditar que ele gostava dela? Como ela foi tão burra?

- Weasley? – ela ouviu aquela voz, suave e rouca, de estranho poder sobre ela, e se virou assustada.

Era ele, o seu loiro estava lá, mas poderia ser só para mostrar que ele entendia mais de latim que ela. Ou sei lá, ele poderia ser bem drástico quando queria. Rose se ajeitou, arrumou o vestido de verão que usava, e passou a mão no cabelo. O encarando, e esperando ele falar algo. Nada.

- Malfoy? Você veio! – Rose soou mais surpresa do que precisava, o orgulho em sua voz havia se tornado algo rarefeito na frase.

- Não era para vir? – ele arqueou a sobrancelha esquerda, deixando a garota corada, e então ele sorriu de lado.

- Claro, ou não, não sei, depende de você. – ela estava perdida.

- Eu queria vir, e queria te falar algo, não é de agora que estou sentindo isso, e acho que não vai acabar tão cedo.

- Hm?

- Eu também te odeio do fundo da minha alma, não suporto sua pose de sabe tudo, e não suporto seu olhar de diamantes brilhantes, e sobretudo, eu odeio porque eu te amo, e nada vai mudar isso, entende? – Scorpius lançou-a o seu melhor sorriso canalha de canto.

- Então? – ela perguntou por não saber o que falar.

- Então? – ele repetiu, e encarou aquele olhos dela.

- Você me beijaria?

- Agora mesmo. – ele respondeu com aquele sorriso.

- Então beije. – Rose ordenou, e ele se aproximou lentamente.

O loiro passou seus braços ao redor da fina cintura da morena, e com os olhos focados nos olhos castanhos, ele a beijou. Não com desejo, mas com sentimento, ternura e paixão. Rose ficou nas pontas de seus pés para ficar mais próxima da altura do grande garoto.

O beijo durou dez segundos, ou talvez um minuto, quem sabe foram dois minutos. A percepção de tempo, espaço e tudo mais os envolveu. Scorpius se sentiu confiante para perguntar. – E agora?

- E agora você é meu, e eu sou sua. – Rose respondeu em fim. – No amor, e no ódio. 


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Notas finais do capítulo

Quem gosta de Scorpius e Rose? Eu gosto. E quem gostou da fic? Ninguém. Deem uma passada nas minhas outras fics, ones ou não. E deixem um review sexy.



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