Meu Querido Professor escrita por Nekoyama


Capítulo 1
Meu Professor, Meu Tudo.


Notas iniciais do capítulo

Yo minna! Eis aqui mais um One-Shot meu

Enjoy!



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• Quarto:

— Ah, mas ter um professor particular é tão legal! Além da maioria deles serem bonitos, eles te ajudam a melhorar as notas! E também-

— Ok... Ok... Está bem Yui, você já me convenceu... Satisfeita?

— Sério!? Ah, muito satisfeita! Você não perde por esperar Lyra! Agora eu vou desligar porque eu vou ter aula agora do meu amado professor... Tchau.

— Tchau. — Desligo o celular.

Pois é... Essa foi a minha amiga, Tsukumo Yui, insistindo que eu tenha um “maravilhoso” professor particular. E como você viu agora a pouco, ela acabou me convencendo.

–♦... ♦... ♦-

— Alô? Sr. Kouta?

— Sim, ele mesmo.

— Bom... Eu fiquei sabendo que você é professor particular através de uma amiga minha.

— Correto, e inclusive tenho vaga apenas para mais um aluno.

— Ótimo! Eu queria poder preencher esta vaga. Quando vou poder ter aulas com o sensei?

— Vejamos... Só vaga para o período noturno, então... Que tal amanhã às 20hrs?

— Perfeito. Amanhã acertamos o resto então?

— Tudo bem.

— Até amanhã então.

— Até.

–♦... ♦... ♦-

• Sala de aula:

— [...] E foi isso.

— Mesmo? Ai, que tudo! Agora você vai ver como é incrível ter um professor só pra você.

— É... Estou super ansiosa...

— Ah Lyra... Deixa disso! Eu aposto que você vai gostar.

— Que seja. Mas me conta aí... Como é o seu professor?

— Bom... Ele é jovem, tem 17 anos — Apenas dois anos mais velho do que eu, nossa... —, tem cabelos negros e um pouco grandes, usa óculos, tem olhos dourados, é carinhoso... * suspira * Ai ai... Ele é perfeito...

— Ok... Ok. Espero que o meu pelo menos seja igual ao seu, só pra variar...

— É... Já imaginou? Seria o máximo!

–♦... ♦... ♦-

• 20 hrs, meu apartamento:

* Ding – Dong! *

— Já estou indo! — Saio do meu quarto e vou para a sala abrir a porta. Era ele.

— Ham... Madouka-san?

— Sim?

— Sou seu professor de agora em diante, pode me chamar de Kouta-sensei.

— S-sim! Claro! Por favor, entra.

— Com licença. — Ele entrou.

• Quarto:

Maldita boca grande... Agora vou sofrer as consequências de uma doença chamada “Não consigo prestar atenção na aula porque o meu professor é um gato”. Ele é igualzinho ao que a Yui disse... Tirando apenas o fato dele ser carinhoso. De carinho, só se for por cada livro que ele tem, e o amor por Matemática, que é justamente a matéria em que eu estou tendo reforço. Como alguém consegue gostar de Matemática!? Argh!

— Abra seu caderno para começarmos a praticar Trigonometria.

— Sim sensei... — Trigo o quê!?

–♦... ♦... ♦-

• Sala de aula, duas semanas depois:

— E então, como estão indo suas aulas particulares? Afinal, já fazem duas semanas.

— Um desespero... — Falei com uma voz trêmula.

— Como!? Por quê!?

— Ele é um monstro...

— E-ei... Calma Ly-chan... Pelo menos ele é bonito?

— Sim, e como... Mas mesmo assim, ele é um monstro...! Eu quero morrer... — Eu me debrucei na carteira onde eu estava sentada.

— Bom, pelo menos o meu professor é gentil comigo.

— Yui, já é a 20ª vez que você fala isso... Eu quero é alguma novidade!

— Então nesse caso, bom, eu estava planejando contar mais tarde, mas... Eu vou me confessar pra ele hoje à tarde! — Ela ficou em pé, pulando e pulando...

— Suas aulas são de tarde? As minhas são de noite... Que chato.

— Isso mesmo Yui... Você consegue! — Ela estava tentando se encorajar sozinha.

— Boa sorte pra você.

–♦... ♦... ♦-

• Hoje à noite, meu apartamento. Meu sensei tinha acabado de chegar.

— S-sensei? — Ele não estava com uma cara muito boa... — Você está bem?

— Sim... Não é nada demais, apenas um imprevisto... Mas agora está tudo bem. Vamos começar a aula. — Ele entrou.

— C-como quiser...

Enquanto eu estava fazendo alguns cálculos, sentada na minha escrivaninha, eu olhava um pouco para o Kouta-sensei. Até que ele não é tão mau, vendo de longe assim...

— Já terminou as equações?

— S-sim!

— Deixe-me dar uma olhada.

Ele se aproximou por trás da cadeira de onde eu estava sentada, e se projetou para frente, apoiando suas mãos na mesma. Nessa hora eu olhei para o seu rosto de perfil... Nunca tinha reparado tanto assim nele. Eu até notei que ele tinha um cheiro próprio, um cheiro bom de sentir, como se fosse perfume... Só que bem melhor.

— O que você está fazendo? — Ele olhou pra mim, em meus olhos.

— E-eh? N-nada...

— Então por que está tão desligada hoje?

— Estou?

— Sim.

— Desculpe-me.

— Tudo bem... Mas preste mais atenção no que você faz, principalmente quando faz as atividades.

— Ok...

–♦... ♦... ♦-

• Ainda na aula:

Não adianta... Eu não sei o que está acontecendo comigo hoje. Estou aérea, perdida em meus pensamentos. Por que eu estou assim? E pior, eu não estou com vontade nenhuma de estudar...

— Entendeu?

— E-eh? S-sim!

— Francamente... Se você não está prestando atenção nem na aula, eu vou embora. — Ele pegou suas coisas e abriu a porta do quarto.

— Não! — Eu imediatamente me levantei da cadeira, saí em direção a ele e segurei o seu pulso. — Por favor... Não vá embora. E-eu vou prestar mais atenção na aula. — Eu abaixei a cabeça.

Ele olhou para mim, espantado. Não, espantado não seria a palavra correta. A palavra correta seria... Encantado. Acho que foi porque ele nunca tinha visto esse meu lado tão... Emotivo. Sempre fui rude com ele, sempre o odiei. Mas agora, acredito que esses sentimentos estão sumindo aos poucos... E dando lugar a novas emoções.

— Então abra o caderno.

— S-sim... Kouta-sensei.

Acho que ele não percebeu, mas eu pude ver ele dando um sorriso quando eu falei o nome dele.

• 20 min. depois:

— T-terminei!

— Deixe-me ver. — Ele pegou o caderno da minha mão e começou a examiná-lo.

— E então...?

— É... Tenho que admitir que você foi bem nesses exercícios. Viu que com um pouco de dedicação você consegue? Parabéns, nada mal. — Ele sorriu e botou sua mão em minha cabeça, dando leves batidas nela. Eu corei automaticamente.

— O-obrigada, sensei...

— Muito bem... Já deu o meu horário, devo ir embora.

— Tudo bem.

— Até amanhã... Lyra. — Ele abriu a porta, e foi embora. Levando consigo um sorriso lindo.

Foi a primeira vez que eu o vi me chamar pelo meu primeiro nome... Aquilo me deixou paralisada.

–♦... ♦... ♦-

• Já no colégio:

Chego à sala e encontro a Yui chorando em sua carteira.

— Yui! O- o que aconteceu?

— E- eu não acredito que ele fez isso comigo...

— Ele quem? Espera um pouco... Não vai me dizer que...

— Meu professor me deu um fora! Me rejeitou! E eu pensando que ele também gostava de mim... Mas ele disse que ele só gostava de mim como aluna, e que ele não era de misturar amor com o trabalho... — Ela ficou deprimida.

— Não mistura o amor com o trabalho... — Aquilo ficou em minha cabeça, me infernizando. Será que o Kouta-sensei também é assim?

— Eu não quero mais ver a cara dele Lyra...! — Ela me abraçou forte. — Eu vou pedir pra minha mãe o demitir assim que eu chegar em casa.

— Mas por quê?

— Você não entende!? Dói.

— Dói o quê!?

— Ver a pessoa que você ama todos os dias, e saber que ela não sente o mesmo por você... — Parei por um segundo.

Isso... É ruim...?

Fiquei pensando nisso a manhã inteira infelizmente... Yui ficara triste a manhã inteira também, afinal, ela amava aquele professor. Creio que seja normal ela estar desse jeito, mas eu só não entendo... O porquê de eu também estar assim...

–♦... ♦... ♦-

• Saída do colégio:

— Quer ir pra minha casa hoje à noite Lyra? Minha mãe vai fazer aquele curry delicioso...

— Desculpe Yui, mas vai ter que ficar para outro dia...

— Por quê?

— Esqueceu que eu tenho aulas à noite?

— Ah... É mesmo... — Ela coçou a cabeça, sem graça — Quem sabe outro dia...

— É...

Depois de um tempo andando, sem nem ao menos olhar para frente, percebo que a Yui tinha parado de andar... Eu olhei pra trás.

— Yui? — Ela não respondia, apenas olhava para frente com espanto. Resolvi olhar para frente também.

— Eh~!? — Tinha um garoto parado na nossa frente, e não era um garoto qualquer... Era o-

— K- Kouta...? — Yui falou, gaguejando muito.

— O- o quê? Yui...! Você conhece o Kouta!?

— Lembra do sensei que eu te falei...

— Eh~? E- então o Kouta... — Antes que eu pudesse terminar minha frase, ela saiu correndo e chorando. O Kouta não parecia tão preocupado com isso.

— Francamente... — Ele continuou a seguir o seu caminho, passando por mim. Novamente... Fiquei paralisada, ali mesmo...

–♦... ♦... ♦-

• Quarto, 20hrs. Kouta-sensei acabara de chegar.

— Kouta-sensei... — Sentei-me na minha cama.

— Sim?

— Por que rejeitou a Yui? — Apertei minhas mãos em meu colo.

— Por que me fez uma pergunta dessas? — Ele mexeu nos óculos e olhou pra mim.

— Por quê!? — E gritei, com a cabeça baixa. Ele ficou surpreso, depois ele pegou uma cadeira, e sentou-se na minha frente.

— Minha relação com ela era apenas uma relação entre professor e aluno. Mas ela achou que, só por que eu a tratava bem, eu gostava dela, e acabou se apaixonando por conta disso.

— Mas por que você a rejeitou?

— Eu não misturo amor com o meu trabalho.

— Idiota... — Falei baixo, ainda com a cabeça baixa.

— Eu não sou um idiota.

— É sim! Um idiota! — Eu atirei meu travesseiro nela, e ele o pegou e o jogou no chão. Depois ele botou a mão em meu rosto, e levantou meu queixo.

— Por que você está assim?

— Assim como... — Falei emburrada.

— Assim. — Ele virou meu rosto para um lado e para o outro.

— Não é da sua conta. — Eu tirei sua mão — Você ainda não me disse completamente por que você a rejeitou. Por acaso você já está gostando de alguém?

— Sim. — Meu coração disparou, mas ao mesmo tempo, estava em agonia. Por que estou com tanto medo?

— E- e eu posso saber quem é? — A julgar pela aparência do Kouta-sensei, ela deve ser bem bonita, no mínimo... E não como eu, um “mini-trapo”, que nem ao menos tem corpo.

— É um pouco difícil de dizer...

— Ela ao menos é bonita?

— Nem tanto... Mas a personalidade dela é tão forte, que eu me encantei por ela.

— E quando você começou a ficar “encantado” por ela?

— Tem pouco tempo, creio eu...

— Entendo... — Querendo ou não, fiquei deprimida.

— Eu queria falar sobre isso com ela, mas ela é muito cabeça-dura, e só faz as coisas do jeito que ela quer...

— Espera um pouco... Mas quem é assim sou-

— Exatamente, é você. — Palavras não podem descrever o que eu estou sentindo nesse momento.

— E- esper-

— Eu te amo, Lyra. — Ele me empurrou na cama, e ficou em cima de mim, me olhando — Pra mim você é tudo... Tudo.

— E- espera aí! — Eu o empurrei e levantei — Kouta, é você mesmo!? C- como assim você me ama? Você sempre pegou no meu pé, e tinha vezes que parecia até um monstro! Como você pode dizer que me ama!? — Ele se sentou e riu um pouco.

— Se eu implicava tanto com você e pegava tanto no seu pé, era porque eu queria o seu bem, e queria que você melhorasse nos estudos também.

— Então aquilo que você fazia era por que...

— Porque eu queria o seu melhor. — Ele se levantou e me abraçou — Entendeu agora?

Ele era tão alto... Minha cabeça chegava a bater em meu peito. Consigo ouvir seu coração, batendo cada vez mais forte. Estava tão bom ali...

— Que tal nós nos “divertirmos” um pouco agora? — Ele falou.

— E- eh? — Eu olhei pra ele, cuja face estava fora do comum.

— Assim... — Ele me empurrou contra a parede, segurou no meu rosto com uma das mãos, enquanto a outra estava na parede, acima da minha cabeça, e me beijou. O beijo dele era doce, quente, e com uma pitada de malícia. Mesmo assim, eu não me importava... Até que...

— Venha aqui. — Ele se jogou na cama, comigo em seus braços.

— K- Kouta-sensei...! Quando foi que você se tornou tão pervertido!?

— É a paixão... Ela que me fez ficar desse jeito... — Como se eu fosse cair nessa... — Agora deixe-me...

— Kyaaaaaaah!! Onde você pensa que está tocando!?

— Ah... Vamos lá... Você também me ama... Qual o problema então? Espere, não me diga que você é...

— Kyaaaaaaaaaaah!! Idiota! Idiota! Seu alien pervertido*!

— Minha Misaki*... — Ele me abraçou mais forte ainda. Eu me segurei em seus braços, e fiquei quieta — Sabe... Lyra... Você é uma completa Tsundere.

— E- eu não sou uma Tsundere... — Falei emburrada.

— Você é sim... — Ele imitou o meu tom de voz.

— Idiota.

Ele me deitou e ficou em cima de mim.

— Eu posso até ser um idiota, mas eu sou o SEU idiota, e de mais ninguém. — Ele me beijou. — Agora, onde foi que nós paramos mesmo...? Ah, lembrei. Foi aqui...

— Kyaaaaaaah!! — Olhe onde você bota essa sua mão!!

— Ah... Mas nem aqui...?

— Kyaaaaaaaaaaah!!

— Eu só vou lhe dizer uma coisa: Se você continuar gritando desse jeito, os vizinhos vão acabar ouvindo, e acabar pensando que nós estamos...

— KYAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH!! Seu pervertido! Pervertido! Pervertido! — Fiquei batendo nele com outro travesseiro — Por que — Bate — Eu — Bate — Não — Bate — Percebi — Bate — Esse — Bate — Seu — Bate — Lado — Bate — ANTES!?!? — BATEEE!!

— Um dia você se acostuma! — Falou, rindo como nunca.

–♦... ♦... ♦-

Professores particulares... Podem ser bons, ou não. Quer um conselho aqui da Ly-chan? Não tenha um, principalmente se forem adolescentes. Eles podem ser aliens pervertidos que vieram do planeta Feromônio*.

FIM.


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Notas finais do capítulo

* Ok... Eu fiz algumas referências a Kaichou wa Maid-sama (anime shoujo), não pude evitar e.e...Se gostaram por favor comentem ok?Beijooooosss ;*