The Last Hope escrita por Aninha


Capítulo 7
Capítulo 7




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Acordo e vejo que Tobias está sentado do meu lado, me sento.

– Você está bem? - ele pergunta

– Estou.

Nos levantamos e ele pega minha mão, vamos para o nosso esconderijo.

– Não acha que estamos indo rápido de mais? - digo

– Não. Por que?

– Acho que a gente devia se conhecer um pouco mais.

Ele da um sorriso.

– Meu nome é Tobias Wayland. Tenho 18 anos, meu aniversário é dia dezessete de agosto. - ele sorri - Sua vez.

Sorrio pra ele.

– Meu nome é Isabelle Fray. Tenho 16 anos, meu aniversário é dia quatro de julho.

– Está satisfeita? - ele pergunta

– Sim.

Ele me puxa pra perto e me beija, nunca achei que se apaixonar fosse assim, uma sensação boa. Sempre achei que era ruim.

– Acho que vamos poder ficar aqui por bastante tempo. Já tinha ido dormir antes então não estou com sono, deve ser 4 da manhã - diz Tobias.

– Que bom. Fiquei desmaiada por tanto tempo assim?

– Sim, fiquei preocupado.

– Isso sempre acontece no meu aniversário.

– Sério? Estranho...

– Muito.

Ficamos abraçados vendo o sol se por.

– Tive sonhos estranhos esses dias. Neles sempre tinha Mary, ela dizia que ainda estava aqui, que era pra mim encontrá-la.

– E se ela estiver viva?

– Isso é impossível!

– Nada é impossível, Izzy.

Isso me da uma pontinha de esperança. Sinto que Mary está viva, mas eu a vi morta.

– precisamos ir. Eles podem acordar - diz Tobias.

– Tudo bem.

Ele me beija e depois voltamos. Ficamos esperando Alec e Anne acordarem e vamos para a cidade.

– Vou na casa de Jocelyn, vocês podem comprar as coisas - fala Tobias ao chegarmos.

– Certo - diz Alec.

– Andamos pela praça e sinto algo bater contra mim. Me viro e vejo um garoto caído no chão. Várias maçãs saem de sua sacola.

– Opa. Deixa que eu te ajudo.

Pego as maçãs no chão e coloco na bolsa dele. Ele não deve ter mais que 12 anos.

– Obrigado - ele diz

Vários guardas vem vindo na minha direção, ele pegam o pulso do menino.

– Você estava ajudando ele a roubar. - um guarda me acusa.

– O que? Ele estava roubando?

– Não se faça de boba. Você incentivou o menino a roubar essas coisas.

– Eu não fiz nada! Eu estava com...

Me viro, Alec e Anne já foram, eles não perceberam que fiquei.

– Tentando se fingir de inocente é?

Olho para o garoto. A boca dele está coberta com um pano.

– Teremos que resolver isso no chicote. Roubo é um dos piores crimes.

Chicote?! Eu não acredito nisso, choraria agora mas não quero parecer fraca.

– Você está cometendo um grande engano! Pelo que sei chicote é só para assassinato!

– As regras mudaram. Se você não for o garoto vai.

O garoto. Os olhos dele me dizem para que eu o deixe. Não posso. Estendo as mãos e o homem as prende.

– Vinte nas mãos - ele diz.

Olho para minhas mãos, daqui a alguns minutos elas estarão em carne viva.

– Acabe com isso de uma vez - digo.

– Pode deixar.

O menino é deixado com outro guarda, ele esperneia, mas o guarda é muito mais forte.

Sou amarrada e minhas mãos passam por dentro de um buraco. A praça cheia. Meu coração está batendo rápido de mais, como se fosse sair pela boca. O guada começa um discurso, não ouço nada. Ele termina e estende o chicote. É agora. Tenho que me manter firme.

O chicote bate nas minhas mãos, mordo o lábio para não gritar, sinto gosto de sangue, não consigo parar de olhar para minhas mãos. A Segunda vem, dessa vez eu grito, na terceira grito muito mais alto. Vai acabar logo. A quarta pega nas minhas mãos, mas não sinto dor. Estranho. Vem a quinta e também não sinto nada, continuo com uma expressão de dor, levo um susto. Meu sangue. Meu sangue está saindo num tom dourado.

– Pare! - alguém grita. Tobias.

Ele da um soco no homem, os guardas vem e o prendem, o guarda com um chicote vai na frente dele e estende o chicote.

– Vai se arrepender! - o guarda grita.

Ele levanta ainda mais. Não posso deixar. Faço força e a corda se rompe. Não foi eu que consegui. O sangue dourando que saia de mim rompeu a corda. Paço as mãos pelo buraco e corro, pulo em cima do guarda e o chicote atinge o braço de outro guarda que segura Tobias. Estou em cima do guarda e me levanto, ele olha para o braço dele que está manchado com o sangue, ele arregala os olhos e começa a gritar.

– Não! Não! Eu toquei! Eu não podia tocar!

O braço dele meio que começa a queimar, está mudando de forma. Ele sai correndo e gritando em direção a um beco, corro atrás dele sem perceber, entramos em um lugar escuro com uma pequena abertura.

– Sangue de... - ele grita novamente - de...

Ele some. Olho para minhas mãos. Elas estão cicatrizando rapidamente. O que está acontecendo?


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