Without Stopping escrita por Autumn


Capítulo 2
Chapter Two!


Notas iniciais do capítulo

Oi. Como vocês estão hoje? :3 Eu caprichei do capítulo! Será que ficou legal?



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Charlie Thorne, um garoto comum que reside na Flórida — Eu; antes do que estava para acontecer. Aquilo, para ficar provado aqui que eu disse, não precisava ter acontecido.


Assim que a cabeleira ruiva da minha tia surgiu no corredor, eu senti uma pontada no peito. Os saltos agulha dela batiam consecutivas vezes sobre o chão do hospital e aquele lugar branco já estava começando a me dar náuseas. Apenas as cadeiras duras e desconfortáveis de couro azul marinho fazia contraste com aquele lugar tão claro.


Tudo bem, a minha tia necessitava em me dar informações. Ela só havia dito: vá para o hospital correndo e não me pergunte nada garoto! Perguntas mais tarde, ação! O.k? Acompanhe sua mãe! Antes que ela morra!

— Como ela está tia? — eu exigi, ficando de pé. A minha tia estava mais baixa, é?

Rosangela. Ela vestia um jaleco branco — comum para médicos —, e tinha um cartão pregado sobre seu jaleco, onde estava negritado o seu nome. Sério que o nome da minha tia era Rosangela? Eu tinha chegado ao cumulo de não saber o nome da minha tia.

— Não, não... Eu não sou sua tia. Sou até mais nova para ser tia. Mas — Sutilmente, ela inclinou a cabeça em direção à plaqueta que segurava. —, Charlie... Eu sou a médica que está encarregada de cuidar da sua mãe. Talvez você tenha me confundido com alguém.

— Mas, onde está a minha tia então?

— Tia? Só o senhor está informado como acompanhante. — Ela começou a folhear várias folhas sobre a plaqueta. — Sim, só há você.

Ah é... A minha tia não tinha ido junto comigo na ambulância que veio pegar minha mãe. Era só eu.

— Certo... — Assenti com a cabeça depois de ter chegado às minhas conclusões.

— Bem, eu sou Rosangela. Muito prazer, Charlie. Você poderia me acompanhar até o meu consultório? Precisamos conversar.

De novo, assentido. Eu só iria assentir e ouvir atentamente o que aquele clone da minha tia tinha a dizer. O pior que podia acontecer é de que a minha mãe tivesse morrido. Por que eu não estava abalado com isso? A minha mãe podia estar morta.

Não. Aquela médica estava muito calma, não iria ser possível ter acontecido algo horrível de mais com a minha mãe. Ela podia estar vivinha.


Durante os dez minutos enquanto nós andávamos pelos corredores estressantes do hospital público, tentava reorganizar meus pensamentos e decidir se eu aceitava que minha mãe tinha morrido ou se acreditava na crença de que ela estava viva.


Certo... Vamos pensar no que ele havia nos tido na última vez, Charlie. “É melhor ter pensamentos negativos, assim vamos nos surpreender... Mas... Se algo de ruim acontecer... Não vamos...” Droga, Charlie! Você não vai chorar, vai?

Enquanto meus pensamentos tentavam me irritar mais do que aquele corredores, eu queria estar morto. Eu não deveria ficar lembrando as coisas que aquele homem me dizia! Mantenha a calma. Não ouse perder a postura. Você já é adulto.


— Eu posso ser direta? — Senta atrás da mesa cinzenta do consultório, a doutora Rosangela cruzou os braços e direcionou um olhar tristonho para mim. — Você ou algum familiar sabiam do uso inconsciente de heroína que sua mais estava ingerindo?


— Heroína? Minha mãe não era uma drogada!

— Sua mãe é uma drogada — ela respondeu rispidamente. —, e... não, ela ainda não morreu.

Tudo bem, aquela mulher mudava de comportamento muito rápido.

— Certo... — Suspirando, eu assenti. — Mas, minha mãe nunca indicou indícios de que era viciada.

— Comportamentos? — Em dois segundo ela já roubava uma caneta do bolso da minha jaqueta. Como ela sabia que lá tinha uma caneta no bolso da jaqueta? Uma folha... Debruçada na mesa de ferro cinza, ela começou a anotar coisas com uma letra facilmente legível na folha. Ela era uma médica mesmo? Muitos indícios indicavam que não.

— Ei! Não roube as coisas dos outros.

— Certo. Certo!... Responda-me apenas! — Sem tirar os olhos do papel, Rosangela, a médica de levantar indícios sobre uma farsa, anotava tudo, sem tirar os olhos da folha.

— Eu nunca notei comportamentos estranhos dela. Era estranha por natureza — eu respondi finalmente. Iria seguir as regras daquela mulher para poder terminar aquilo mais rápido, assim eu poderia ver como a minha mãe estava. Não que eu estivesse aceitando a derrota para ela.

— O.k. — Largando a folha e a caneta, endireitando-se, ela direcionou os olhos acinzentados em minha direção. — Resumindo; a sua mãe sofreu de uma crise por ingerir uma quantidade altamente perigosa de heroína. Não se sabe quais outros tipos de drogas ela utilizou, estamos fazendo outro exame de sangue.

— Heroína? Crise? Doutora, a minha mãe não deveria ter morrido? Não use adjetivos fúteis comigo. Ela sofreu de uma crise, certo? Uma crise de overdose, sim?

— Não exatamente... Mas estamos progredindo! Gostei de conversar com você. — Batendo palmas, aquela louca me fez concluir que ela tinha problemas.

— Certo, certo. — Revirei os olhos.

— Existem muitos fatores que podem levar a uma overdose...

— Sim. Eu sei disso.

— A droga ingerida, quantidade, via de administração, procedências... Como andava o psicológico da sua mãe? — Debruçando-se novamente, seu olhar certeiro e profissional acabou dando lugar a dois curiosos e redondos olhos. Existia até um brilho naquele olhar. — Sua mãe sofreu de uma crise e sobreviveu por pouco. Ela está internada na U.T.I do hospital. Provavelmente ela terá que ir para uma clínica de reabilitação. Na maioria dos casos isso acontece.

— Mas, quando ela vai poder voltar para casa? — perguntei.

— Perdeu dois pontos na perfeição na sua escala. Sua mãe vai ter que ficar no hospital até receber alta, que não será minha necessariamente, eu estou em intercambio e vou voltar amanhã para casa, então eu não estarei aqui para poder libera-la. — Ela suspirou após falar. — Eu gosto daqui, mas tenho um marido e uma filha em casa.

Ela era uma louca, em intercambio... casada?! Como assim?

— Não, eu não sou formada em medicina.

Como, raios, ela estava quase que lendo a minha mente?

— Charlie? — ela me chamou, me tirando dos meus devaneios consecutivos. — Eu me esqueci de dizer... Tome aqui meu telefone e... Ligue para mim algum dia desses, nós podemos conversar um pouquinho. Ah! Pediram para que eu lhe avisasse sobre uma garota... Anne, Jane, Lyliane. Não sei! Ela está te esperando na recepção para conversar com você.

— Mas e minha mãe?! Eu não posso visita-la? — perguntei, indignado e confuso com aquilo. Quem era Anne? A minha tia tinha se referido dela mais cedo, não?

— Me desculpe Charlie... Ela esta sobre supervisão médica. Você não poderá visita-la. Isso foram ordens diretas dadas a mim. — Ela suspirou enquanto brincava com os dedos, tristonha. Eu não entendia aquela mulher. — Pediram que eu apenas o avisasse sobre a garota da recepção. Por favor, eu tenho um último caso a cuidar antes de começar a embalar minhas coisas. Peço para que saia.

Eu apenas obedeci.

O que eu estava fazendo? Aceitando aquilo de uma forma tão fácil assim? Aquela mulher tinha me deixado confuso. Ela era totalmente bipolar. Bipolar mesmo! Algum truque que ela havia feito fazia com que eu apenas obedecesse. Eu sai. Sai pela porta, girando a maçaneta de aço prata e vendo novamente a imagem branca daqueles corredores do hospital publico da minha cidadezinha na Flórida.

— Recepção, vamos lá.


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Notas finais do capítulo

Aprovado?



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