Gintama! escrita por Kasu251


Capítulo 16
Garotas apaixonadas podem ser mais perigosas que uma bomba-rélogio


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal. O capítulo de hoje é um especial de São Valentim, eu sei que ainda não estamos na época, mas como tenho postado mais rápido de que planeado e no próximo capítulo irá começar o 2º arco da minha fic, tive que postar o capítulo hoje.
É tudo.



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Na noite de dia 13 de Fevereiro, em Yoshiwara, Seita estava a ir em direção à cozinha, pois tinha ouvido bastantes barulhos vindos da dita divisão, quando apanhou Hinowa a espreitar pela fresta da porta da cozinha.

“Mãe… O que estás a fazer?” Perguntou Seita ensonado.

“Não fales alto, Seita.” Pediu Hinowa gentilmente. “Parece que a Tsukki, finalmente, decidiu tomar a iniciativa.”

Seita não percebeu o que a sua mãe queria dizer, então olhou para dentro da cozinha e viu algo completamente inesperado. Tsukuyo estava fazendo chocolate e parecia estar bastante concentrada e determinada enquanto o fazia.

“Ela… Ela está a fazer chocolate do dia dos namorados, não é?” Presumiu Seita. “Para quem ela vai oferecer?”

“Acho que nós já sabemos a resposta.”

“Sim, só pode ser para ele.”

“Estou tão orgulhosa da Tsukki.” Falou Hinowa animada. “Não deve faltar muito para ela se tornar uma mãe com um casamento feliz.”

“Não estás a ir um pouco depressa demais, mãe?” Perguntou Seita com uma gota de suor atrás da cabeça.

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No dia seguinte, em algum lugar do Universo, na nave da Kaientai, Mutsu estava a organizar alguma papelada, quando o seu capitão a surpreendeu.

“Bom dia Mutsu! Apesar de estarmos no espaço! HAHAHAHA!” Cumprimentou Sakamoto que de repente começou a ficar azul. “Acho que vou vomitar outra vez.”

“O que queres? “Perguntou Mutsu. “Estou ocupada.”

“Tão fria como sempre. HAHAHAHA!” Falou Sakamoto recuperando-se. “Sabes que dia é hoje, não é? Queria saber se tinhas algo para mim.”

“Não.” Respondeu Mutsu friamente.

“É uma pena. HAHAHAHA!” Falou o capitão da Kaientai com o seu típico otimismo. “Bem… Vou-me embora.”

“Espera.” Falou Mutsu com a aba do seu chapéu tapando-lhe os olhos e levantando-se com uma pequena caixa vermelha na mão. “Eu comprei estes chocolates, mas afinal já não me apetecem. Se quiseres podes ficar com eles.”

“Nossa, obrigado Mutsu. Continua o bom trabalho e não te esqueças do relatório que me devias entregar hoje. HAHAHAHA!” Lembro Sakamoto pegando no chocolate e indo embora.

Então Mutsu voltou para a papelada e murmurou, um pouco corada. “Idiota.”

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“Gintoki.” Falou Tsukuyo bastante corada, aproximando-se do albino e estendendo-lhe uma caixa rosa. “Eu… Eu… Eu queria te oferecer estes chocolates que eu mesma preparei, para agradecer o facto de teres salvado Yoshiwara tantas vezes!”

Depois de lhe entregar o chocolate, deu meia-volta para se ir embora mas sentiu Gintoki agarrando-lhe no braço, o que a fez corar ainda mais.

“Espera, eu também te queria oferecer algo doce.” Falou o samurai aproximando-se lentamente em direção à face da loira, ficando a poucos centímetros de distância.

Tsukuyo estava a ficar cada vez mais confusa, no entanto decidiu tentar o seu tão esperado beijo com o albino, mas de repente o despertador tocou, tirando a cortesã da morte do seu belo e apaixonado sonho.

“No que eu estou a pensar? Coisas destas não fazem o meu género.” Murmurou Tsukuyo levantando-se. “É melhor apressar-me, hoje vou conseguir entregar-lhe.”

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No parque de Edo, que estava completamente arrasado com se por ele tivesse passado um tornado, mas não, tinha apenas sido um casal composto por uma jovem Yato gulosa e um policial sádico no meio de uma das suas típicas brigas, o dito casal descansava na sombra de uma enorme árvore do parque.

“Faz calor hoje.” Reclamou Kagura.

“Sim, espero que o chocolate que tu tens para mim não derreta.” Falou Sougo enquanto observava o céu.

“Por… Por que razão eu teria chocolates para um sádico idiota como tu?” Perguntou Kagura corada.

“Achaste mesmo que me poderias enganar?” Falou Sougo com um ar convencido. “Ou será que não conseguiste controlar o teu apetite e o devoraste sem deixar nada?”

“Não digas coisas idiotas!” Reclamou a ruiva ficando ainda mais corada e entregando-lhe uma caixa amarela em forma de coração. “Eu não ia fazer isso com um presente teu. Já agora, vê se me retribuis bem no White Day (n/a: no Japão, no dia de São Valentim, normalmente as garotas oferecem chocolates aos garotos que gostam e no dia 14 de Marcho, no White Day, os garotos agradecem, oferecendo presentes ou até mesmo chocolates às garotas que lhes ofereceram).

“Não te preocupes.” Respondeu Sougo com uma expressão sádica. “Tenho a certeza de que vais adorar o que tenho pensado para ti.”

“Estás tendo ideias pervertidas, não é?” Percebeu Kagura. “Por acaso estás tentando arruinar a minha reputação de heroína pura?”

“Heroína pura? Não me faças rir.”

“Parece que estás pronto para brigar outra vez.” Falou Kagura com uma enorme veia a palpitar na testa, levantando-se e estalando os dedos.

“A qualquer hora.” Respondeu o sádico levantando-se e pegando na sua espada.

E assim os dois começaram mais uma das suas brigas.

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“Maldição! Odeio este dia!” Murmurava Gintoki enquanto andava pelas ruas do Distrito Kabuki. “É assim tão difícil oferecer um chocolatinho aqui ao Gin-san? Por favor! Alguém? Eu ofereço 300 yens. Por que é eu não sou popular com as garotas? Se ao menos o meu cabelo fosse liso.”

No meio das suas lamurias, Gintoki não percebeu que estava a ser seguido, mas não pela sua típica stalker e sim pela própria cortesã da morte, que o observava atrás de um beco.

“O que eu estou a fazer?” Pensou Tsukuyo corada e segurando a mesma caixa do seu sonho. “Não acredito que o estou a seguir! Será que estou a passar demasiado tempo com a Sarutobi? Isso não importa agora. Tenho de ganhar coragem e entregar-lhe estes chocolates.”

Um pouco mais atrás, uma certa kunoichi/stalker observava a situação atual, emergida numa aura de raiva e apertando um poste telefónico com tanta força que o rachava, enquanto murmurava. “Tsukki… sua maldita!”

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Nesse momento, no Hokutoshinken, Katsura e Elizabeth tinham acabado de ajudar Ikumatsu a limpar o estabelecimento.

“Zura? O que é essa coisa?” Perguntou a dona do restaurante de ramen apontando para algo que estava coberto por um enorme pano azul e se encontrava ao lado do terrorista.

“Zura ja nai, Katsura da! Isto aqui é algo que eu fiz para a Ikumatsu-dono, para retribuir as vezes que me ajudou a fugir do Shinsengumi.” Respondeu Katsura destapando uma escultura em tamanho real da Elizabeth, feita de chocolate e que segurava uma placa, também de chocolate, que dizia “Muito obrigado” em chocolate branco.

“Obrigada, acho eu?” Agradeceu Ikumatsu com uma gota de suor detrás da cabeça.

“Estive acordado a noite toda para o fazer, mas valeu apena.” Falou Katsura enquanto admirava a sua obra. “Espero que o aprecies.”

“Sim…” Respondeu Ikumatsu enquanto pensava. “Mas como é que eu vou comer isto tudo?” Por alguma razão, ela não conseguia desiludir o seu ajudante que teve tanto trabalho para a agradecer, portanto teve uma ideia. “Porque não comemos juntos? Tenho a certeza de que tu deves ter bastante fome, depois de me teres ajudado a limpar o restaurante.”

“Mas Ikumatsu-dono, o presente é seu.”

“Isso não importa, vamos comer juntos.”

E assim fizeram.

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“É agora, o momento de agir.” Pensou Tsukuyo preparando-se para entregar o seu chocolate ao chefe do Yorozuya, mas de repente viu-se atada e imobilizada.

“Técnica Ninja Secreta, Bondege Espontâneo!” Falou Sa-chan revelando o nome da sua técnica.

“Sarutobi! O que pensas que estás a fazer?” Perguntou Tsukuyo tentando livrar-se da corda que a prendia.

“Peço desculpa, mas eu é que serei a primeira a oferecer chocolate ao Gin-san.” Respondeu a kunoichi. “Como a Kagura-chan finalmente encontrou um namorado, vou poder ser a primeira e então o Gin-san vai me amar para sempre!”

“Esse plano não faz sentido nenhum!” Reclamou a loira. “E eu pensei que fossemos amigas!”

“O amor vem antes da amizade. Portanto adeus.” Despediu-se Sa-chan indo-se embora a correr.

“Onde pensas que vais? Volta aqui, Sarutobi!” Gritou Tsukuyo, mas foi em vão. Tentou-se libertar, até que de repente sentiu a corda ser desapertada, olhou para trás e encontrou alguém inesperado. “Seita? O que fazes aqui?”

“Vim te ajudar, Tsukuyo-nee.” Respondeu o garoto enquanto terminava de libertar a líder da Hyakka.

“Obrigada, tenho de a conseguir apanhar.” Agradeceu Tsukuyo levantando-se e preparando-se para seguir caminho, só que umas kunais bloquearam a sua passagem.

“Tu não irás a lado algum.” Falou Aki, o atirador das kunais, aparecendo de repente. “Não irei permitir que interfiram na felicidade da minha Onee-san.”

Então Seita pegou uma das kunais que estavam no chão e disse. “Podes ir, Tsukuyo-nee. Eu irei enfrenta-lo.”

“Seita, tens a certeza?” Perguntou Tsukuyo.

“Não te preocupes, eu estou aqui para te ajudar a entregares o teu chocolate ao Gin-san, portanto vai!” Respondeu ele com um olhar determinado.

Então Tsukuyo decidiu confiar nele e seguiu o mesmo caminho que a sua rival no amor tinha seguido.

“Achas mesmo que me podes derrotar?” Perguntou Aki confiante.

“Sim, pois conheço a tua fraqueza.” Respondeu Seita. “Aki-san? Quantas vezes derrotou o Okita-san?”

“Nenhuma.” Respondeu Aki começando a ficar com um olhar distante.

“A Kagura-chan já te deu alguma hipótese?”

“Não.”

“Sabes uma coisa? Ouvi dizer que a Kagura-chan se ia oferecer a si mesma ao Okita-san, como presente de São Valentim.”

Então o plano de Seita começou a fazer efeito, pois Aki começava a ser consumido novamente por uma aura de depressão e caiu de joelhos.

“Estás bem?” Perguntou Seita.

“Sim, vou conseguir recuperar-me dentro de alguns minutos.” Respondeu Aki deitado no chão, completamente derrotado pela sua depressão.

“Pelo menos consegui ganhar algum tempo.” Pensou Seita enquanto via o estado do seu adversário.

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À frente da porta do QG do Shinsengumi, Mizuki estava completamente imóvel enquanto observava o dito edifício.

“Vamos, Mizuki! Ganha coragem e entra!” Pensou Mizuki. “Tenho de entregar os chocolates que preparei para o Toshi-kun, mas o meu corpo não se move. Nunca estive numa situação destas. Os únicos garotos com quem interagi na minha infância foram apenas o Onii-chan e alguns idiotas. O que faço? O que faço?”

“Estás perdida outra vez?” Perguntou Hijikata acendendo um cigarro com o seu isqueiro especial.

“To-Toshi-kun?!” Exclamou Mizuki espantada. “Há quanto tempo estás aí?”

“Há um bom bocado. Mas durante esse tempo não te mexeste nem um milímetro.” Explicou o vice-comandante demoníaco. “Então, o que fazes aqui?”

“Bem… Eu queria entregar-te isto!” Gritou Mizuki corada e entregando a caixa com o chocolate, com tanta força, que fez Hijikata cair e bater com a cabeça no chão. “Estás bem?”

“Sim, acho que estou.” Respondeu Hijikata levantando-se e pegando na caixa. “O que é isto?”

“São uns chocolates que eu mesmo fiz.” Respondeu Mizuki corada. “Eu queria agradecer-te por me teres mostrado a cidade, quando eu estava perdida.”

Então Hijikata abriu a caixa e tirou um chocolate. Depois de o comer, disse completamente espantado. “Isto… Isto é…”

“Sim, são chocolates com receio de maionese.” Completou Mizuki sorrindo. “Demorei bastante tempo, mas finalmente consegui faze-los.”

“É a melhor coisa que eu comi.” Falou Hijikata em lágrimas.

“Sério? Fico tão feliz.” Disse Mizuki bastante alegre, até que se lembrou de algo. “Já me esquecia! Tenho de ir. Se quiseres mais, é só pedir.” Falou ela indo-se embora.

“Ela é realmente uma garota apreçada.” Comentou Hijikata entrando no QG enquanto comia os chocolates.

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Nesse momento, Sa-chan, que corria pelos telhados do Distrito Kabuki, estava quase alcançando Gintoki, quando de repente alguém puxou a sua perna, fazendo-a cair e perder os óculos.

“Peço desculpa, Sarutobi. Mas foste tu que começaste.” Falou Tsukuyo que finalmente tinha alcançado a kunoichi.

“Tsukki? Onde estás? Revela-te!” Gritou Sa-chan que não conseguia ver nada. “O que é isto? Uma ilusão?”

“Não, tu apenas deixas-te cair os óculos.” Explicou Tsukuyo.

“As tuas ilusões não me irão deter!” Falou Sa-chan pegando nas suas kunais.

“Ei! Também perdes a tua audição, quando não estás a usar óculos?” Reclamou Tsukuyo. “Já te disse que isto não é nenhuma ilusão!”

Então Sa-chan começou a atirar kunais aleatoriamente em todas as direções, alguma acertaram num velho painel publicitário, danificando a sua estrutura.

“Estás a tentar matar-me?” Perguntou a loira irritada.

“Um pouco.” Respondeu a assassina de aluguel, encontrando finalmente os seus óculos.

As duas estavam quase começando uma briga violenta, quando ouviram uma voz familiar gritar. “Onii-chan!” Olharam para baixo e viram que Mizuki se aproximava de Gintoki.

“O que foi?” Perguntou o samurai entediado.

“Vim entregar-te isto.” Respondeu ela dando-lhe uma caixa de chocolates normais. “Sei que costumas ficar solitário nestas alturas, portanto aqui tens um pouco de chocolate.”

“Mizuki, tu é a bondade em pessoa.” Falou Gintoki emocionado. “Muito obrigado, mesmo.”

“Foi um prazer, então adeus.” Despediu-se Mizuki indo-se embora.

“Parece que a minha sorte finalmente começa a mudar.” Murmurou Gintoki seguindo o seu caminho.

Tsukuyo e Sa-chan observavam a cena em silêncio, depois olharam uma para a outra e ficaram mais alguns momentos em silêncio.

“Acho que exageramos.” Falou Sa-chan.

“Sim.” Concordou Tsukuyo.

“Amigas novamente?” Perguntou Sa-chan estendendo a mão para a sua amiga.

“Claro.” Respondeu Tsukuyo apertando-lhe a mão. Depois encostou-se ao painel publicitário, só que este caiu, aterrando precisamente encima de Gintoki, enquanto as duas kunoichi ficaram completamente petrificadas.

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Mais tarde, no Hospital O-Edo, Gintoki estava completamente ligado e deitado numa cama de hospital.

“Sakata-kun, você realmente teve sorte.” Falou o médico enquanto via a ficha médica. “Um humano normal morreria.”

“Isso é porque ingiro bastante cálcio.” Respondeu Gintoki com um ar entediado.

“Bem, agora você precisa de algum repouso. Mais tarde virei ver como está.” Disse o médico antes de sair.

“Gintoki, vim ver como estás.” Falou Tsukuyo entrando pela porta.

“Gin-san! Vim cuidar de ti!” Gritou Sa-chan entrando pela janela, com um fato de enfermeira.

“Por alguma razão, tenho um mau pressentimento.” Pensou Gintoki enquanto observava as suas visitas se encararem.

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No fim desse dia, ao pôr-do-sol, no cemitério, Tokegawa observava um túmulo onde estava escrito o nome “Yuki”.

“Olá, tens estado bem?” Cumprimentou Tokegawa. “Eu sei que o teu corpo não está neste planeta, mas fiz este túmulo para poder falar contigo.” Então retirou do seu kimono uma caixa com chocolate e colocou-a à frente do túmulo, com se fosse uma oferenda. “Deves estar-te a perguntar por que razão eu fiz isto. Eu ouvi dizer que aqui, na Terra, neste dia, se oferecem chocolates às pessoas que são especiais para nós, portanto espero que gostes e continues a descansar em paz. E também quero que saibas que ainda lamento imenso o facto de não ter conseguido proteger-te, naquela altura.” Explicou ele, com um sorriso amargo no rosto.

Então Tokegawa permaneceu sentado a olhar para o túmulo, até que o Sol se pôs.


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Notas finais do capítulo

Espero tenham gostado.
Tentei colocar o máximo de casais que pude, espero que não tenha ficado muito confuso.
Então até à próxima.