As Crônicas De Nárnia Novo Mundo escrita por Lewis


Capítulo 1
Chamado pela janela




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No décimo quinto andar de um prédio no centro da cidade de Londres, Thomas Pevensie lia um grande livro com capa de couro. Era pesado. Suas amareladas páginas faziam um alto barulho quando eram mudadas. O garoto arrumava os óculos que escorregavam lentamente de seu rosto. Os olhos azuis, devoravam as palavras. O silêncio era tanto que podia ouvir sua respiração.

Um livro sem título, apenas uma capa velha de couro, comum grande leão pintado. Ele achara o livro em um dos velhos baús de seu avó. Acabara de chegar em sua casa. As roupas ainda nas malas espalhadas pelo chão de seu quarto. Fazia uma hora que já lia o livro. Sem interrupções. Um barulho diferente fez com que ele levantasse os olhos para cima do livro. Olhou pelo quarto  procurando a fonte. Voltou a ler, ignorando-o. Novamente, o som de pedrinhas sendo jogadas em sua janela, voltou a distrair Thomas. E novamente ele olhou pelo quarto. Achando ser apenas chuva ou até o vento, não se preocupou. Insistentemente, o som voltou. O garoto largou o livro em sua cama. Caminhou lentamente até sua janela. O tempo fechara. Olhou assustado. Verificou se as janelas estavam realmente fechadas e virou-se para voltar à cama. Um tremor fez ele cair no chão. Tentou se levantar, mas  outro tremor o fez cair. Parecia que algo batia em seu prédio. Apoiando-se na parede para não cair novamente, olhou pela janela. O vento soprava forte. Ao longe, uma grande onda começou a carregar a cidade. Desesperado, o Thomas tentou correr, mas o chão começou a desabar. Ele caiu, mas segurou-se em uma barra de ferro. Tentou erguer-se mas cair. O prédio desabava. Cada andar que ele passava, o chão caia. Seu coração acelerou. olhou para o chão e viu a água entrando no prédio, derrubando as paredes. Foi carregado pelas  ruas, batendo nos carros e postes.

Gritando e tentando se segurar, Thomas era arrastado pela enorme correnteza que levava a cidade junto. Não havia mais Londres atrás dele. Lágrimas escorriam de seu rosto. Uma forte luz fez com que ele não enxergasse mas. Bateu em algo e desfaleceu.

Acordou com a água batendo em seu  rosto. Sentiu areia em suas mãos. Estava em uma praia. Abriu os olhos. Olhou em volta. Uma grande floresta verde e bonita. A água cristalina iluminou os olhos de Thomas que sentia dores no corpo. Levantou-se com dificuldade e caminhou até uma pedra. Percebeu que não havia vestígios de Londres. Apenas árvores e mais árvores. Sabia que era impossível ele ter parado em uma ilha pois com a força da correnteza, ele não teria sobrevivido à toda uma distância. Tentou procurar alguma embarcação mas nada.

- Não posso entrar floresta adentro pois preciso procurar ajuda - disse a si mesmo. Caminhou pela praia.

Ela se estendia em uma longa distância. Quase quatro horas caminhando, o sol brilhava forte no céu. A fome e a cede tomavam conta de seu corpo cansado e ferido. Seus pés doíam e ardiam sobre a areia quente. Sem rumo, procurava por alimento e abrigo. O que acontecera em Londres? Onde estava? Algo fez com que ele parasse. Seus olhos brilharam. Impossível! Um enorme castelo dourado, na encosta de uma montanha, brilhava com o forte sol. Uma enorme escadaria se estendia da praia até o alto do penhasco. Thomas tentou se aproximar, mas dois homens... Homens não! Aquilo eram...

- Minotauros?


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