Death Note: Os Sucessores - 2 Temporada escrita por Nael


Capítulo 23
Cap. 22: Neste Jogo Sempre Cabe Mais Um


Notas iniciais do capítulo

"Proclame vitória eterna
Vamos, e mude o curso da história
E salve-nos
E salve-nos"
Música: Apocalypse Please - Muse

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Ryuk saiu as presas então não teve tempo de calcular e planejar exatamente onde queria sair. Desceu um poucos os prédios e constatou que estava na Inglaterra. Um tanto longe. Ele se ergueu no ar novamente e atingindo uma enorme velocidade se encaminhou para o Japão levando a lápide consigo. Sim. Eu posso sentir. O caderno ainda está lá.

Chegou até a região de Tokai. Estava convicto de que L ainda estaria com o caderno, mas teve o maior susto de toda sua existência, atrás apenas do fato de se deparar com uma pessoa sem nome e filha de Light. Não acreditando pegou o jornal ignorando o fato de que aquilo poderia parecer estranho para as pessoas que passavam na rua.

– Não. C-Como? Quanto tempo fiquei fora? – ele checou a data do jornal e se sobressaltou. – I-Isso é... Maravilhoso. – ele começou a gargalhar enquanto as imensas televisões espalhadas pelo centro da cidade transmitiam a mesma noticia: A morte de L e a vitória de Kira.

O maior Detetive da historia está morto... – dizia uma reportagem.

L declarou publicamente que foi derrotado por Kira. – ouvia-se a voz séria de um jornalista na tevê.

Segundo a policia o Caso Kira foi definitivamente encerrado... – as imagens e notícias iam passando aos olhos de Ryuk

Eu acho difícil acreditar que aquela garotinha seja o verdadeiro L? Mas então quem será?

Kira parou de ser caçado. E já estava mais do que na hora. É um fato incontestável que a criminalidade diminuiu significativamente. L se dizia um detetive e estava tentando prender a pessoa que nos trás segurança?

L falhou com seu dever. Eu acho que havia uma rivalidade pessoal nessa luta contra Kira. Não queria saber de justiça, estava lutando pelo seu orgulho.

O mundo está seguro? Kira está acabando com a criminalidade? Ele está é nos fazendo de reféns, está aterrorizando todo o mundo. Isso não é justiça.

Com certeza estava ameaçando L de alguma maneira. Se aquela garota era mesmo o maior detetive do mundo e se esse cargo passa de mãos em mão será que teremos um Novo L de novo?

As especulações e divergências de opiniões vinham de todas as partes.

– Conseguiu. Ah! Light, ela conseguiu. – ele ria flutuando enquanto o jornal voava para longe e as notícias passavam. – Maisy venceu! Kira é a justiça! E eu estou salvo! Hehe.

De repente ele caiu no chão sentindo uma enorme dor em seu abdômen.

– Droga. – ele gemeu e enlaçou os braços na região. – Preciso ir logo para a torre.

Ele voou com dificuldade até uma alta torre de transmissão onde se sentou. Era ali que recebia as almas e agora também ajudaria a manter o controle delas para que não o destruíssem. Ele se levantou respirando fundo e olhou para a cidade iluminada e alvoroçada.

É. Parece que L tinha mais fãs do que o esperado. Está para começar um grande caos. Será que você previu isso Maisy?

Ele abriu as assas e voou para localização do caderno. Ironicamente se viu metros do quarto de Maisy. Entrou como de costume pela janela. No quarto um rapaz com cara de entediado e braços cruzados estava sentado na escrivaninha olhando a tela do computador. Maisy se encontrava relaxada deitada na sua cama com o Death Note aberto. A sombra do Deus da Morte desviou a atenção do rapaz.

– Está atrasado Ryuk. – Maisy disse sem mexer um músculo. Abaixou então o caderno da frente dos olhos e se sentou encarando ele. – Perdeu o maior entretenimento que se tem notícia até hoje.

Ele olhou para o rapaz. Era Scott.

– Você... Você é...

– Meu mais fiel aliado, uma vez que você próprio me abandonou. – ela se levantou ficando na parte mais elevada dos degraus ao redor da cama. Ryuk se aproximou.

Assim ela ficava quase que na mesma altura que ele e seus olhos pareciam penetrar fundo como se lessem sua mente. Ele deve uma sensação de dejavú do dia em que a conheceu.

– Está acabado Ryuk. Eu claro, venci. E L está morta. – ela sorriu.

– Então o que vem agora? – ele rebateu. – Não me diga que a diversão acaba aqui.

– Claro que não Ryuk. A diversão está apenas começando. Observe agora a criação de um Novo Mundo. O Mundo Ideal. O sonho do nosso pai acaba de se realizar. – ela se virou de costas para ele encarando o irmão. – Agora nós somos os Deuses.

Scott voltou a cruzar os braços e apoiar uma perna no joelho.

– De fato somos, onee-cham. – ele sorriu... Tão parecido com Light, mais até do que Maisy.

– Mas... Eu estive fora por tanto tempo assim?

– Não. Apenas 10 dias, Ryuk. – ela respondeu.

– Então... O que exatamente eu perdi? O que aconteceu? Como venceu L? – ele cruzou as penas e flutuou esperando a história.

– Certo Ryuk. Vamos lhe contar exatamente o que aconteceu.

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Winchester, Inglaterra.

Três garotas e quatro rapazes estavam sentados na mesa retangular do refeitório. O lugar estava vazio durante a noite e nem toda as luzes ligadas. Tinham diferentes aparências e idades.

O rapaz de olhos verdes e cabelos loiros de 14 anos que utilizava o codinome de Auguste falava aos demais.

– Ainda sim acho deveríamos ir contra essa vontade. – ele tinha a voz calma, tranquila e determinada.

– Não. – disse Marple uma garota de 15 anos e cabelos azulados e espetados. – A vontade, melhor dizendo a ordem de L era essa. Não nos envolveríamos no Caso Kira. Até porque ele faria a mesma coisa. Ameaçaria as pessoas próximas à nós e acabaríamos mortos também.

– Eu concordo em parte com o que você diz. – doi a vez de Lisbeth se manifestar, usava uma franja emo caindo nos olhos. – Entretanto como aqueles que deveriam suceder o L não podemos ficar parados enquanto Kira controla o mundo.

– Que tal uma votação. – sugeriu Grissom animado. - É óbvio que L não escolheu nenhum de nós como seu sucessor e sempre esteve nos obrigando a trabalhar juntos e dividir nossas ideias. Eu acredito que ele, ou melhor, ela fez isso para que no futuro, numa situação como esta nós nos uníssemos. Então vamos votar para violar a ordem de L e assumir a luta contra Kira ou não.

– Que coisa mais idiota. – disse Blaise passando a mão nos longos cabelos loiros. – Por que simplesmente não paramos de bancar o grupinho de amigos e cada um segue o caminho que melhor lhe convir.

– Não daria certo. – Langdon que usava óculos quadrados e tinha a expressão muito seria se pronunciou. – L nos fez um time, seja lá qual foi a decisão que tomarmos só terá resultado se todos nos comprometermos a seguir o combinado.

– Tem razão. – Maple concordou. – Vamos então votar.

– Certo. – Auguste assumiu o comando. – Quem for a favor de ignorar o pedido e a ordem direta de L e continuar a luta contra Kira se manifestem como eu dizendo “eu sou a favor”.

– Eu sou a favor. – Lisbeth levantou o braço apoiando o cotovelo na mesa.

– Eu também. – disse Grissom.

O restante, Langdon, Maple e Blaise balançaram a cabeça negativamente.

– Somos contra. – disse Langdon. – Parece que empatamos. O que significa...

Ele se voltaram para um rapaz mais afastado sentado na cabeceira da mesa enquanto mexia com cartas da baralho. Não se sabia nem se entendia que jogo ele estava constantemente jogando, mas nunca andava sem suas cartas.

– Parece que ficamos a sua mercê. – Maple não parecia contente com isso. – E então?

Ele continuou com a cabeça baixa jogando seu jogo.

– Ei. Leve isso a sério. – Langdon se irritou.

– Para de brincadeiras e decida logo, Holmes. – Grissom alterou a voz e o rapaz olhou para eles se interrompendo.

Tinha as sobrancelhas cerradas, mas não parecia bravo. Seus cabelos eram espetados com cor de mel e iam quase até os ombros. Sorriu para todos e começou a juntar suas cartas. Ele ficaram sem entender, Grissom franziu o cenho.

– Sem sentido. – disse Holmes se levantando fazendo o barulho da cadeira arrastada ecoar pelo lugar.

– Hã? O que quer dizer? – perguntou Auguste. – Não vai votar?

– Não. Porque não é necessário. – ele passou por trás da cadeira de três deles calmamente arrastando os pés e passando o baralho de uma mão para a outra como fazem os mágicos.

– Holmes você não está fazendo sentido. Tem que tomar partido querendo ou não. – disse Maple esperançosa que ele também fosse contra aquela ideia.

– Vocês é que não entenderam. – ele se virou já perto da porta. – Não há necessidade disso. Nós somos aqueles que devem substituir e continuar o legado do Detetive L. Meras reservas, cópias que tem a chance de entrar no jogo. – ele puxou um um Rei de Copas do baralho. – Agora parece que chegou nosso tão glorioso momento, aquilo que tanto queríamos e lutamos, mas o fato de L não ter escolhido nenhum de nós especificamente mostra que não é nossa vez de jogar ainda. Kira não venceu está guerra. – ele puxou outro Rei dessa vez de Espadas. – L ainda está no páreo. Ainda pode vencer.

– L está morta. – Grissom se levantou e o encarou. – Vimos a transmissão ao vivo. Ela nos avisou com antecedência, mas não tínhamos entendido completamente aquela mensagem estranha e por isso não pudemos fazer nada a respeito. – ele apertava o punho. – Ela... E-Ela está morta!

– De fato. Entretanto, mesmo morta, eu acredito que ela tem uma última carta na manga. – ele puxou a maçaneta da porta. – Por isso não tomarei partido nenhum. Este jogo ainda não acabou. E eu esperarei pacientemente até ser minha vez de descartar. Até lá seguirei os movimentos de xadrez da L.

Ele saiu pelo corredor escuro fechando a porta atrás de si.

– Esse idiota irritante... Dando a última palavra. Tsc! – Grissom bateu o punho na mesa.

– Talvez haja sentido no que ele diz. – Maple sorriu de canto. – Vamos esperar mais um pouco. De qualquer forma terminou em empate mesmo.

Eles se despediram e se levantaram indo cada um para seu quarto em seus devidos dormitórios. O dia logo chegaria para os órfãos da Wammy’s House.


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Notas finais do capítulo

"Holmes: L nos contatou alguns dias atrás. Como de costume nos reunimos na biblioteca durante a noite e esperamos seu contato.

Entretanto daquela vez foi diferente. Não se tratava de nenhum caso. L apareceu pessoalmente para nós, não usou uma letra nem distorceu a voz. Foi simplesmente sincera e conversou casualmente com a gente respondendo todas as nossas perguntas... À sua maneira enigmática é claro. E no final disse algo que ainda tento entender se foi uma ordem direta ou um pedido desesperado.

Isso pode ser um pouco estranho então permita-me explicar: Devido ao Caso Kira e para ter certeza de que podemos substitui-lo L sempre nos dá casos para resolver em conjunto com alguns investigadores de sua confiança. Assim ela não se sobrecarrega e nós temos o que fazer.

No começo quando tínhamos reuniões virtuais todos juntos utilizávamos nomes falsos e imagens e vozes distorcidas. Um dia porém acabamos nos metendo em um grande problema que colocou nossas vidas em perigo. L agiu rápido, mas precisaríamos trabalhar todos juntos e assim nos conhecemos.

De fato trabalhamos melhor em equipe ou em duplas. Nunca resolvemos tantos casos e aprimoramos nossas habilidades. E sinto que alguns se aproximaram e se tornaram realmente amigos. Por isso foi um grande choque quando L simplesmente apareceu na tela para conversar e algumas horas depois vimos sua morte ao vivo. Era a mesma pessoa, não havia truque. L estava morta.

Naquela conversa eu senti algo errado e quando a vi morrer senti que não era o fim. Eu sei, tenho total convicção que ela planejou algo, que isso não era o fim. Que não devemos nos precipitar, que não devemos nos mover ainda e principalmente.... Que não podemos nos dividir.

L... Eu não a conheço realmente, ver o rosto de alguém não quer dizer que você saiba algo sobre ela. Mas ainda sim eu acredito em você. Eu sei que isso ainda não acabou. Falta uma carta nesse baralho, o Rei desse xadrez ainda está de pé e a última peça desse dominó ainda não tombou.

Que surpresas você ainda guarda para nós, Sophie?"



*Entrem no grupo do facebook para participarem dos eventos da Season Finale. Estamos perto do fim.
https://www.facebook.com/groups/311621575645572/



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