Death Note: Os Sucessores - 2 Temporada escrita por Nael


Capítulo 19
Cap. 18: The Tales Of Ryuk III


Notas iniciais do capítulo

"Pode acabar comigo
Mas você é quem terá mais para sofrer
Cidade fantasma, amor mal-assombrado
Erga a voz, paus e pedras podem me quebrar os ossos
Estou falando alto, mas não estou dizendo muita coisa"

Música: Titanium - Sia



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Enquanto isso no Mundo dos Shinigamis...

– Muito bem, continue e mantenha a mente focada. – Ryuk estava sentado no chão com as penas cruzadas, as mãos sobre os joelhos e olhos fechado, parecia um monge meditando enquanto ouvia a voz de Light. – Agora escolha uma alma fraca assim poderá controlá-la facilmente. – ele fez uma pausa. – Projete-a para este plano.

Uma sombra azulada o envolveu para logo em seguida sair de seu corpo e se concentrar à sua frente tomando a forma pálida de uma moça. Ela abriu os olhos e Light constatou que estavam vermelhos como o de Ryuk.

– Ótimo. Agora faça ela atravessar a porta e ficar invisível aos outros Shinigamis. – a moça deu três passos quando seus olhos voltaram ao normal e ela começou a se debater e voltar a parecer uma fumaça azulada. – Ryuk! Concentre-se! – ela se transformou em uma concentração azulada que voltou para Ryuk atingindo-lhe o peito e fazendo-o cair para trás.

– Ai! – ele resmungou. – L-Light eu acho que isso não está dando certo. – sua voz era fraca.

– Você acha? Pois eu vejo isso claramente. – ele encostou na parede irritado. – Francamente Ryuk, estamos fazendo isso há... Sei lá quanto tempo. Já deve ser a vigésima alma que você conjura e é esse fiasco.

– Ah! Mil perdões. – ele se sentou e encarou o rapaz. – Me desculpe se estou atrapalhando a sua fuga para criar o seu mundinho. – ele debochou e Light lhe lançou um olhar fatal.

Poderia responder, poderia tirar os argumentos dele, poderia ameaçá-lo. Quando se tratava de palavras ele era insuperável, ainda mais para um shinigami que não tinha nem boas tiradas. Se fosse só por sua lábia teria dominado o mundo há muito tempo. É poderia fazer tudo isso, mas naquele momento precisava ser cuidadoso e usar a cabeça.

– Que seja. Não podemos nos desviar de nossos objetivos. – ele escorregou até se sentar no chão da sela também. – O Rei também vai usar essa tática. Você tem que aprender logo para termos uma chance contra eles.

– Tem razão. Assim que me recuperar vou tentar de novo. – eles se olharam. – Me diz uma coisa Light, onde aprendeu sobre tudo isso?

– Biblioteca. – ele respondeu indiferente. – O Rei tem uma espécie de biblioteca particular onde escreve e guarda tudo sobre os Death Note e o Mundos dos Shinigamis.

– E você simplesmente entrou lá?

– Claro que não. Eu me disfarcei e consegui acesso. Depois foi fácil aprender e memorizar tudo o que li.

– Hum... Que estranho. – ele levou o indicador ao queixo. – Pensei que tudo aqui fosse escrito na língua dos Shinigamis.

– Não. Na verdade estava tudo em latim.

– Deixe-me adivinhar. Você é fluente. – Light sorriu. – Mas você costuma pensar tanto nas suas ações, tem sempre planos tão bons como deixou eles te descobrirem e te jogarem aqui?

– Não estou preso por isso, Ryuk. Estou preso porque te ajudei. – ele cerrou as sobrancelhas e o Deus da Morte de sobressaltou. – Eu montei todo o caminho para você chegar até as lápides e colocar o Death Note no seu nome. Eu estava lá naquele dia, posicionei a lápide estrategicamente para você encontrá-la porque ouvi falar que você havia voltado ao mundo dos humanos com outro caderno e assim eu ajudaria o portador do Death Note que para ter esse plano devia ser digno dele.

– Então era você. Realmente foi fácil demais.

– Bom, depois disso quando apareci no Palácio o Rei em pessoa me capturou e me trancou aqui. Disse que de agora em diante cumpriria a eternidade confinado. – ele apertou o punho. – E por essa ofensa ele ainda vai me pagar. Por isso quero te ajudar, quero que ocupe o lugar dele e então poderei jogá-lo aqui e rir na sua cara.

– É, tem gente que nunca muda. E se eu me tornar Rei o que você fará Light?

– Eu espero que você saiba ser grato e me ajude também. – ele ficou serio. – Mesmo que como espírito, fantasma ou seja lá o que for eu vou voltar para a Terra e ajudar Maisy a criar o Novo Mundo.

– Nós dois saímos ganhando e realizados. – ele ficou um tanto pensativo. – Parece um bom plano, mas ainda sinto que você vai tentar me passar para trás em algum momento.

– Ryuk... – ele disse simpático. – Estamos completamente a mercê um do outro, seu fracasso será minha destruição então não farei isso. Confie em mim.

– No dia que os humanos criarem assas e voarem quem sabe. – ele riu, mas em seguida ficou serio. – Veio para cá desde do dia da sua morte?

– Não sei ao certo. Me lembro apenas da escuridão e de gritos quando de repente um shinigami tropeçou em mim e eu acordei no chão como se tivesse desmaiado. Levei um tempo até conseguir lembrar de quem era. – ele encarou o vazio. – De tudo é só isso que eu temo. Esquecer. Minha mente sempre foi e será minha melhor arma já que ninguém pode tirá-la de mim.

– Se o Rei libera tudo o que não aguenta no mundo e considerando que você é uma alma fora da média, quais as chances dele ter acidentalmente te liberado para cá? – Light não pareceu ficar surpreso com a dedução e Ryuk notou isso.

– É. Cogitei isso e realmente não sei o que pensar. Mas o fato de você conseguir deduzir isso me preocupa.

– O que quer dizer?

– Se até mesmo você chegou a essa conclusão quanto tempo levará até que Lawliet faça o mesmo? E aí gastará apenas um minuto para me fazer desaparecer.

– Mas ele não sabe sobre nomear os Death Notes, o Rei, seu trono e nada disso.

– Assim espero. Do contrário estarei perdido e com isso você também. – ele se levantou. – Arg! Odeio contar com a sorte.

Ryuk se arrastou até o meio da cela e ficou na sua posição de meditação.

– Então vamos fazer com que ela seja insignificante para nós. – ele fechou os olhos e projetou mais uma alma. Dessa vez era um menino que aparentava ter uns doze anos.

– Uma criança? Por que ela matou uma criança? – Light se aproximou.

A figura abriu os olhos que ficaram vermelhos e falou com uma voz ambígua. Não era possível saber se era masculina ou feminina.

– Ela estava junto com traficantes de drogas e ajudava nos negócios.

– Ryuk?

– Consegui. – o menino caminhou para frente e parecia se dissipar, ficar cada vez mais pálido até se tornar invisível. – Diga-me Kira você teme o que não pode ver?

– Quem deve decidir isso é Lawliet. – ele sorriu.

Dentro de minutos Ryuk se levantou e quando abriu os olhos eles pareciam refletir uma névoa.

– O que foi? – Light perguntou.

– Nada. – ele respondeu e um rangido baixo se fez ouvir. – Consegui. – o menininho puxou a porta para os dois se tornando visível de novo.

– Muito bem Ryuk. – Light se apressou. – Vamos então.

Ele absorveu a alma de volta e disparou com Light pelo corredor mal iluminado.

– Como vamos achar a saída? – O shinigami abriu as assas.

– Eu memorizei a planta. – ele se voltou para trás olhando o shinigami.

– Mas é imensa? Como memorizou tudo?

– Não precisei memorizar tudo, apenas o suficiente para chegar até uma das saídas. – ele voltou a correr e Ryuk foi planando um pouco atrás dele.

– Então sabe exatamente que caminhou seguir?

– Claro.

– Ótimo. – ele agarrou Light pelos ombros e o ergueu no ar.

– O que está fazendo? – ele exclamou.

– Tenho presa em sair daqui Kira. – o deus da morte parou num corredor que dava acesso tanto para direita quanto para a esquerda. – Me guie.

– Esquerda. – wle avançou rápido. – Siga reto até o bloco H. – ele viu a placa enferrujada. – Direita. – continuou. – Suba três andares. – ele obedeceu e captou uma fraca claridade. – Direita. Bloco L. – Ryuk riu da irônica. – A porta fica no final. – ele avançaram ansiosos quando o shinigami parou brutalmente.

Em frente a eles, impedindo a porta estava um grupo de Deuses da Morte armados com as chamadas “Foices da Morte” que se pareciam com diversas armas mundanas. Espadas, martelos, adagas, facas e etc. Na frente, como se fosse o líder o homem de cabelos escuros estava parado com o polegar na boca. Ryuk pousou com Light.

– Pra falar a verdade eu achei que você conseguiria fugir mais rápido. – disse Lawliet.

– Então não estava aqui pela Misa no final das contas. – Light deu um passo em direção a eles tirando algo do bolso. – A propósito, permita-me lhe retribuir pelas inúmeras tortas. – ele jogou a maçã apodrecida no chão aos pés dele levantando uma grande quantidade de poeira.

Ryuk fechou os olhos por um instante e flutuou conjurando varias almas que apareceram já armadas e começaram a lutar com os shinigamis. É incrível a capacidade que um indivíduo desenvolve quando é levado ao limite. Lawliet e Light ficaram estáticos se encarando em meio a confusão.

De repente o caminhou parecia livre, Ryuk pegou Light e voou em direção a enorme porta que consistia em um arco feito de ossos. Quando estava preste a atravessá-la Lawliet deu um salto irreal atingindo uma altura extrema e chutou Light no peito que escapou das mãos de Ryuk.

– Não tão rápido Yagami. – ele caiu suavemente no chão de pedra com seus pés descalços.

Ryuk voou na direção dele que desviou com outro salto. Light aproveitou a oportunidade e lhe desferiu um soco fazendo ele cambalear, depois o pegou pela gola e o colocou contra a parede fazendo ela tremer e cair algumas pedras.

Ryuk ergueu suas mãos e as pedras ganharam vida prendendo os braços e as pernas de Lawliet. Light o soltou e foi erguido novamente pelo shinigami que atravessou a porta rumo ao céu negro.

Lawliet forçou as pedras, mas não conseguia rompê-las. Olhou para o lado onde os Deuses da Morte continuavam lutando com as almas porque por mais que deferissem golpes elas se esfumaçavam e se reconstituíam.

O homem fechou os olhos se concentrando e todo seu corpo pareceu ganhar uma luz branca que se concentrou em seus pulsos e tornozelos. Ele puxou novamente o braço fazendo as pedras se romperem até ficar totalmente livre. Pedras caíam, a poeira subia e a luz emanada por ele cintilava.

Ele mexeu os ombros e o pescoço e algo começou a emanar das suas costas. Ele endireitou a coluna e abriu os braços fazendo as assas brancas aparecerem. Depois voltou a sua antiga e incorreta postura colocando as mãos no bolso e passou a porta observando as silhuetas de Light e Ryuk atravessando o céu.

– Você quer voar, muito bem vamos voar. – ele flexionou os joelhos dando impulso e bateu as assas avançando rumo a eles numa velocidade impressionante.

De baixo, para os Shinigamis que não estavam a par da situação, a negra e eterna noite ganhou um brilho. Eles olharam para cima e viram um vulto negro de um Deus da Morte segurando alguém e avançando rumo ao Portal seguido por um brilhante e estranho raio de luz branca.

– O que diabos é aquilo? – disse um deles apontando para a estranha luz.

– Eu acho que... Parece com um... – começou outro. – Não... Não pode ser. E-Eles não atravessam pra cá. É contra as regras. Anjos não p-podem vim para o Mundo dos Shinigamis!


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Notas finais do capítulo

Pessoal, a energia no meu bairro tá caindo. Fiquei até as 16h sem luz. (por isso o atraso)
Eu ainda tenho que terminar o capítulo 19, então se ele não chegar no horário já sabem o que aconteceu.
Peço desculpas e tenham paciência.



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