One Hell Of A Butler escrita por Otome kirei


Capítulo 1
Capítulo 1: Contrato parte I


Notas iniciais do capítulo

Olá, leitores queridos! Essa é minha primeira fanfic #emo.cionada rsrsrs
Pois bem, sintam-se a vontade pra ler, comentar, compartilhar (por que não, né? XD)
Sem mais delongas tá aqui o primeiro capítulo novinho, cheirando a leite (?)
Boa leitura!



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Depois de tantas tentativas parece que dessa vez está dando certo. A morte não é deveras ruim. Mas também não imaginava que fosse assim. Parece que estou flutuando. Fico pensando se será sempre assim ou se este é só o corredor por qual todos passam antes de ir pro céu ou pro inferno. É uma sensação tranquilizadora, mas não é como se a dor tivesse passado. Então meu objetivo principal não se cumpriu. Ainda tenho que carregar as memórias que latejam e tanto me torturam. Então já devo estar no inferno, pois a ideia de paraíso seria pra mim um lugar onde minhas lembranças se perdessem e não que fossem minha única companhia.

—Kate, por quanto tempo vai ficar aí de olhos fechados fazendo careta igual uma retardada? — tá bom isso aí já é até real demais pra minha mente inventar.

         De repente, um homem alto, magro, com cabelos negros emoldurando um rosto elegante e impecável, com olhos vermelhos que pareciam querer queimar minha alma, porém muito bonito, preencheu minha visão.

         Na situação em que eu estava não podia deixar de pensar em outra coisa.

—Ai meu Deus, estou no inferno. É o capeta! —gritei, surpresa e com medo do que eu desconhecia. Tinha que ser ele. Até sabia meu nome.

—Ai, ai— balançou a cabeça, enquanto levava sua mão esquerda à testa.—Se não fosse eu a te salvar diria que bateu a cabeça com muita força...ou apenas é uma mulher de dezoito com a mentalidade de uma criancinha de oito anos.

         Eu estava de pé e percebi que nem tinha reparado que havia chão embaixo dos meus pés, mas aquela sensação de estar flutuando parecia tão verdadeira. Aquele homem zombeteiro a minha frente era a prova de que eu tinha falhado novamente. Eu queria esbofeteá-lo agora.

— Seu desgraçado, por que arruinou meu plano de morte?! Pra quem você trabalha? Alguém que controla minha vida te contratou? Quem é seu chefe afinal? E por que insiste em se divertir as minhas custas me fazendo de marionete?

—Bem, a pouco você me confundiu com ele, não é difícil adivinhar, mas com seu cérebro de mosca, tenho admitir que não deve ser uma tarefa fácil.

—Maldito! Você é servo de Satanás! Será que ele não tem outra alma pra infernizar? Por que eu?

—Olha, não sei ao certo e não consigo imaginar por que você desperta tanto interesse nele. Com tantos malucos perturbados no mundo e ele escolhe você, que ao que me parece não tem nada de especial— disse, com desdém, porém com expressão de sincera dúvida.

         Cara, sei não, mas senti um ciúme acentuado vindo da parte dele pro chefinho. Ui. Então, como toda pessoa sensata faria e completamente segura de mim e de que todas as minhas faculdades mentais estavam em plena ordem, disse:

— HÁ, HÁ, HÁ, HÁ, HÁ, HÁ, HÁ. TÁ COM CIÚMES É PUT@#&% DO DEMO?! RECALCADA?!  HÁ, HÁ, HÁ...—mostrei a língua e me debati no chão feito uma lacraia com ataque epilético.

         Arrependo-me completamente de ter dito aquilo.

         De uma hora pra outra tudo escureceu e quando finalmente eu pensei que aquela bicha tinha me matado, eis que o pior aconteceu.

—SOCORRO! SOCORRO! AQUELA ABELHA VAI ME DEIXAR CEGA DE VEZ! SOCORRO! ALGUÉM ME AJUDE!

Eu não contei pra vocês, mas uma abelha, quando eu tinha 15 anos, me cegou! Por isso eu uso um tapa-olho e perdi a visão do lado esquerdo que ela acertou com o ferrão. Desde então eu tenho fobia de abelha.

—Quem é a put@#&% do demo, agora, hein? — exclamou aquele veado, filho duma mãe.

—SOU EU! COM CERTEZA SOU EU! AGORA PÁRA!

         E no mesmo instante, a visão parou e eu voltei para o lugar onde estava anteriormente. Aquele verme estava com um sorrisinho diabólico e irritantemente zombeteiro no rosto.

—Bom, agora vou te explicar o porquê de eu ter te salvado e trazido até aqui.

—Já não era sem tempo.

—Poderia ter feito isso antes, se você tivesse ficado quietinha e CALADA— a olhada que ele deu ao enfatizar aquela palavra me deu um arrepio.

—Pois bem. Estou aqui para lhe fazer uma proposta. Por esse motivo te salvei. Posso lhe conceder um desejo. O que você mais desejar, bem lá no fundo. Que poderá fazer desse lixo que é a sua vida, um verdadeiro jardim florido. Tudo o que você mais almeja por uma bagatela. Algo que você nem precisa.

Já sabia o que estava por vir. Ele queria minha alma e blá, blá, blá. O que mais poderia querer, não é? Tinha nascido em berço cristão, minha avó sempre me contava histórias da Bíblia, do bem e do mal, etc.

—Nossa, que interessante— murmurei com sarcasmo— Como eu sou privilegiada. O capeta é meu fã. Seu subordinado pode me oferecer o que eu quiser e, não obstante, só vejo um problema nessa coisa toda... Não há nada que eu queira. Nada que me faça querer ficar um minuto a mais sequer nessa terra. Nenhum lugar onde possa voltar e me sentir em casa. Nenhuma bússola que me aponte um destino feliz. Então porque eu aceitaria vender minha alma, que eu creio ser a única coisa que resta?

—Porque existe algo que você nunca conseguiu nem experimentou. Desistiu antes de sequer tentar. Algo que pode te trazer um prazer e satisfação indescritíveis. Um dos anseios mais primitivos, porém não por isso fácil de recusar, um desejo que você reprimiu dentro de si e que agora pode libertar. Garanto-lhe que posso te ajudar a realiza-lo. Seria um pacto com sangue, como todos que são verdadeiros acontecem.

         Corei instantaneamente, só de pensar na hipótese que eu já havia descartado tempos atrás. Realmente era tentador o que ele oferecia. Mas no mesmo momento lembrei-me de Daniel, meu namorado. Se estivesse vivo jamais me perdoaria.

—Isso é um tanto tentador, admito, mas não vou aceitar. Prefiro morrer virgem!—exclamei, orgulhosa de minha decisão. No século XIX era uma virtude se manter pura.

—NÃO É DISSO QUE EU TÔ FALANDO, SUA PERVERTIDA! É SOBRE VINGANÇA! VOCÊ NÃO QUER VINGAR SEUS PAIS, SEU NAMORADO? —gritou, mas ao mesmo tempo percebi que virou a cara pra rir.

—Mas o que quer que eu pense quando você expõe as coisas dessa maneira— me senti ofendida e envergonhada, mas tinha que me defender.

         Foi então que a ideia me assaltou. De fato, ainda poderia me agarrar a um motivo pra viver. Um motivo que antes eu consideraria mal, porém agora parece tão nobre e justo. Ah, o velho Código de Hamurabi que me perdoasse, mas eu queria fazer melhor, se possível. Com um demônio ao meu lado isso parecia próximo, possível e claro. Quanto a minha alma? Bem, eu já não acreditava que ia para o céu mesmo.

—Espere. Onde é que eu assino?

Continua.


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam? Amaram? Odiaram? Críticas construtivas e elogios são muito bem aceitos e fazem a tia aqui feliz. Dependendo da aceitação trarei logo logo o próximo capítulo.



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