Quando A Esperança Tem Um Nome... escrita por Poeta Morta


Capítulo 2
Capítulo II.


Notas iniciais do capítulo

oooi, espero que gostem ;3



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/409701/chapter/2

Capítulo II.

Meus atuais amigos me esperam lá, entramos e eu aproveito o show. Bebo mais do que os meus amigos e depois que acaba o show vamos todos para casa de Will onde a coisa fica um pouco mais pesada. Para os outros, eu tenho uma regra sobre quando bebo não aceito nada que possa me deixar mais fora do ar.

            -Dani – escuto Will sussurrar no meu ouvido uma hora em que todo mundo já está dormindo no chão e nos sofás, eu me viro para ele que me beija. Eu o beijo também, seus lábios são doces e seu beijo e quente. Eu me separo quando sei que as coisas vão passar dos limites e Will me abraça – A gente precisa parar de fazer isso – ele sussurra, já estamos mais sãos, mas ele não está falando das bebidas ou das drogas.

            -Sim – sussurro.

            Estamos falando sobre o fato de que sempre que estamos carentes vamos nos afundar um no braço do outro. Sempre que Will e Hanna brigam ou terminam ele vem ficar comigo e normalmente isso acontece quando já está insuportável aguentar as pontas sem o Max e preciso de alguém que me faça esquecer dele.

            -Acho que dessa vez foi para valer – Will sussurra acendendo um cigarro, ele está sem camisa, os cabelos louros caem nos olhos, seus olhos são azuis como os meus e parecem tristes – Por mais que eu tente sempre a decepciono...

            -Talvez se você parasse de fumar, deixasse de beber e parasse de se drogar ela finalmente parasse de brigar com você – falo sinceramente. Hanna é a menina mais certinha que existe na terra, é uma das únicas meninas que eu confio e é minha melhor amiga atualmente. Está sempre me dando bronca por eu estar sempre fazendo merda, e sabe de todas as vezes que eu e o Will ficamos. Ela não liga, porque sabe por que fazemos isso. Ela ama Will de verdade e por isso sempre que termina fica pior que o Will, mas não posso a culpar ela acredita que assim ela vai fazer com que ele mude.

            Acontece que Hanna não entende que o desejo de fazer todas essas coisas de Will vem de tirar toda a dor que ele tem e fugir de todos os problemas. Ele sempre fala que quando está com ela à dor some, acontece que ela não está com ele o tempo inteiro. Eu o compreendo.

            -Você sabe que não é tão fácil – ele responde – Você sabe melhor do que ninguém.

            -É, mas eu não me drogo – sussurro para ele, abraçando minhas pernas e mordendo meu lábio. Will passa os braços em volta de mim.

            -Não com tanta frequência, você quis dizer, não é?

            -É – respondo dando de ombros e encostando minha cabeça em seu ombro.

            -Dani, você é assim por culpa dele não estar aqui, ou você era assim, mas ele aliviava sua dor?

            -Eu não quero falar sobre isso Will, mas é a segunda opção.

            Will suspira e me abraça mais forte, os braços dele são seguros, eu e Hanna concordamos completamente sobre isso. Então eu sinto o sono vir, creio que Will também, porque deitamos no colchão que está jogado ali e pegamos no sono, abraçados.

            Acordo com o meu celular berrando “Higway to hell”, era o toque de quando meu irmão me ligava. Estava quase amanhecendo. Will acordou imediatamente e me olhou confuso.

            -Daniela – meu irmão fala exaltado no telefone, é eu atendi, não deveria, mas atendi – Onde que você tá?

            -Na casa do Will – resmungo. Antes de tudo preciso deixar claro que meu pai e minha mãe são novos e meio doidinhos, então eles não ligam onde eu durmo ou até com quem eu durmo, desde que eu não faça nada que me faça ir presa, engravide ou qualquer escândalo com o nome deles. Ter essa liberdade é algo legal, e ter a confiança deles é algo maravilhoso.

            -Você precisa vir para casa, agora.

            -O que aconteceu? – pergunto sentindo meu coração bater forte.

            -Max aconteceu – ele respondeu e então desligou o telefone. Eu senti meu estômago revirar e fui correndo para o banheiro mais próximo. Will segurou meu cabelo enquanto eu vomitava tudo o que eu não tinha no estômago.

            -Merda – sussurro sentindo minha garganta arder, Will me deu um copo de água e uma bala para tirar o gosto da boca, mas isso não diminuía em nada a queimação da garganta e nem a dor no meu peito.

            Will não perguntou nada, ele havia escutado a conversa. E acho que ele se ligou quem era Max. Eu não sabia o que Johnny queria dizer com “Max aconteceu”, mas não devia ser algo bom. Ele devia ter voltado... E... Ah... A dor no coração ficou mais forte.

            -Quer que eu te leve pra casa? – Will se ofereceu e eu assenti. Eu deixei minha mente ficar aflita e viajar, enquanto ele acordava um dos garotos da banda e falava para ir ajeitando as coisas e acordando todo mundo.

            Will praticamente me conduziu para o carro, abriu a porta do carro e me fez entrar, eu estava em estado de choque e passando mal. Como um bom amigo, ele não perguntou nada, apenas deixou uma banda de rock berrando para nós.

            -Dani – ele sussurrou, abaixando a música assim que entramos na rua da minha casa – Qualquer coisa, você sabe que pode contar comigo.

            -Tudo bem, Will. Obrigada – eu sussurro – Obrigada por não perguntar nada e...

            -Não agradeça, eu estou fazendo isso porque eu sei que você quer vir, e que apesar de estar em choque agora você é uma guerreira e que precisa lutar contra isso. Mas, se esse cara fizer você ficar pior Dani, se ele tirar tua esperança de ficar bem eu quebro a cara dele – Will disse parando o carro na frente de casa, onde Jason, Johnny, Dave e mais um bolinho de gente estavam – Você merece ser feliz Dani.

            -Você merece mais – eu sussurro – Will, compre orquídeas roxas para Hanna, são as preferidas dela. Pega teu violão e canta aquela música que você fez pra ela e então entregue as flores, ela vai te entender.

            -Mas...

            -Não diga nada – eu dou de ombros e dou um selinho em Will – Obrigada pela carona – assim que eu desço ele arranca o carro e eu me aproximo de casa, onde aparentemente tá todo mundo berrando e falando ao mesmo tempo. No meio do bolinho que se formou, um garoto alto de cabelos arrepiados e negros, com os olhos mais azuis que eu conhecia, estava parado com as mãos no bolso e parecia desconfortável. Eu sabia quem era o garoto, só não queria acreditar.

            -QUE MERDA TÁ ACONTECENDO AQUI? – eu dou o maior berro que consigo e que minha garganta ardida me deixa dar, todo mundo fica quieta e se afasta para que eu passe. Johnny segura meu braço.

            -Ah... – Dave falou, passando a mão nos cabelos ruivos como os meus – Daniela...

            -Você tá fedendo maconha – foi o brilhante comentário do meu irmão.

            -Foda-se – respondi para ele – Que confusão é essa aqui? E por que diabos você me ligou?

            -É que...

            -Eu voltei e queria te ver – o garoto falou vindo até nós, ele deu um sorriso. Max  vestia calça jeans rasgadas, um all star tão velho quanto o meu, uma camisa de gola V preta e uma jaqueta de couro por cima.

            -Bem, eu não quero te ver – falo, encarando Max com todas as minhas forças – Acho que já devia saber disso – então eu o empurro da minha frente e entro em casa empurrando todo mundo que poderia tentar me segurar ou que não saia da minha frente.

            Assim que chegou vou correndo para o meu quarto, tranco a porta, ignorando Johnny batendo nela. Vou direto para o chuveiro, preciso tira o cheiro de bebida, cigarro e maconha, mas principalmente clarear meus pensamentos.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Mereço reviews?
beijooos ;3