Dezesseis Luas escrita por Bruna Lemos


Capítulo 8
Segredos Revelados


Notas iniciais do capítulo

Oie!! Vindo aki pra postar mais um capítulo. Bem lena, eu tentei fazer ficar fofo, mas acho que não sou muito boa nisso kkkk. Espero que gostem. Boa leitura.



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Ao acordar, me recordo do dia anterior. Tento não pensar no que aconteceu com Ridley e sim com o Ethan. Lembrei-me que iríamos sair à noite. Estou um pouco nervosa. Digamos que nunca tive um encontro assim. Mas tudo bem. Me troquei e desci.

Ao chegar ao andar de baixo, Macon estava tomando café.

– Onde estão todos?

– Bom dia para você também minha querida. Estão dormindo. Preferi tomar café antecipadamente.

– Tudo bem... - disse me sentando em uma cadeira.

Ao terminar o café, resolvi sair e tomar ar fresco. Pulei os muros da mansão e fui me sentar debaixo da árvore onde eu conversei normalmente com Ethan.


Flashback on

– Não consegue evitar- ele ria para mim

– O que?

– Se encaixa em qualquer lugar, transborda charme. - dizia sorrido para ele

– Eu nunca sei quando tá me ofendendo ou não.

– Desculpa.

– Não, eu gosto. Sabia? E se faz alguma diferença, eu gosto de você- me surpreendeu.

– Não vai pensar assim depois- disse olhando para o chão, meio sem graça.

– Ta é. Você não pode ficar reclamando que não tem amigos e depois fazer um cara dá esse duro danado pra ser seu amigo. A não ser que você me ache mesmo um idiota. Nesse caso eu vou embora.

– Vai falar pros seus amigos sobre a aberração.

– Você jura que acha que eu sou assim? – eu parei por um momento o olhando fixamente e refletindo sobre o que ele acabou e dizer.

Flashback off


Me deito sobre a grama e fico apenas olhando para o céu e sentindo a brisa. Como Ethan me encantava. Confesso que nunca senti isso antes. Eu realmente o amo. Fiquei deitada por um tempo. Depois resolvi voltar para a mansão.

Ao entrar, todos estavam tomando café. Cumprimentei a todos e subi novamente para meu quarto. Li meus livros, escutei música, e sempre me lembrava dos sonhos com Ethan. Fiquei em meu quarto até a hora de me arrumar para encontrar Ethan. Quando estava pronta, resolvi espera-lo no portão.

– Oi. Tá linda – disse com um sorriso e me dando um beijo.

– Obrigada.

– Vamos?

– Claro.

Ele abriu a porta do carro para que eu entrasse, ao chegar no cinema, fomos até a bilheteria.

– 2, por favor, obrigado. Essa é Lena. Ah, eu tenho que dar o dinheiro- nós rimos.

Enquanto ele pagava, resolvi observar o céu e a rua. Estava conhecendo o lugar. Pessoas passaram por mim, como por exemplo, Emily. Ela ficou me encarando.

– Oi, - eu disse tentando não ser mal educada. Ela se aproximou de mim e riu.

– Você pode ter enganado ao Ethan, mas a mim não.

– Que chata- disse a encarando. Sem eu perceber, provoquei um raio.

Ethan se aproximou de mim e me abraçou, percebendo o que eu havia feito.

– Relaxa... - Ethan me disse enquanto encarávamos Emily.

Entramos no cinema. Ao chegar à sala, escolhemos um lugar. Sem perceber havíamos escolhido um lugar próximo ao de Emily, que estava com sua amiga. Elas riam e falavam de mim. Aquilo me incomodava muito.

– Não deixa eles te chatearem tá?- Ethan disse, percebendo que eu estava incomodada. Ele me abraçou, me dando um beijo. Eu deitei minha cabeça em seu ombro.

Ficamos ali, vendo o filme. Eu acariciava suas mãos, e pensava em quanto eu estava feliz. Ele fazia o mesmo. Seu toque me deixava calma, me fazia bem. Ele me dava pipoca na boca. Eu achava engraçado.

– Quer caramelo? –disse abrindo o bolso de sua jaqueta

– Pra que colocou eles em seu bolso?

– Preciso esconder um pouco pra mim.

Ao colocar a mão em seu bolso, não retiro um caramelo e sim o amuleto que ele disse que me daria. O mesmo que me trouxe aquela visão estranha. Eu fiquei observando

– Ah, desculpe, não me lembrei que estava com ele. Ah...

– Tá tudo bem, eu quero ver. – eu o interrompi.

Ele ficou com receio de juntar sua mão a minha. Mas assim fez. Ao colocarmos nossas mãos juntas com o amuleto, parte da sala do cinema ganhou outro aspecto. As paredes se adequavam ao resto da visão. Era como se estivéssemos dentro do que estava acontecendo.

De repente, começamos a ouvir gritos. Ethan me abraçava mais forte. Começamos a ver uma casa enorme pegando fogo. Uma mulher gritava e um homem a seguia. Era um cenário de guerra. De repente, um tiro. O homem que corria atrás da mulher, agora estava caído no chão atingido por um disparo.

– Ethan!- foi o que a mulher gritou. Ela voltou correndo de encontro ao homem que levara o tiro. – Não! Ethan, você não pode morrer, não. Por favor, não morra Ethan Card Wate. Não morra. Acorde. Ethan. – o homem estava imóvel. Ela se abaixou e deu um beijo no homem. Então começou a pronunciar, o que me parece ser um feitiço. – Corpo do meu corpo, essência e mente, alma da minha alma, uma nossos espíritos. – aquilo era assustador. - sangue do meu coração, minhas mares, minhas luas, e do coração, minha perdição, minha salvação.

Ao terminar suas palavras, algo aconteceu. Ela instantaneamente se transformou. Seu olhar agora era de trevas, que pareciam dominá-la. O homem acorda.

– Jenevieve. O que houve com seus olhos?

Ela somente se inclinou, pondo sua mão em seu queixo, deixando o homem em poucos segundos, imóvel. Ela havia o matado. O que era aquilo? O que estava acontecendo? O que isso queria dizer?

Ela se levantou e andou em direção aos homens que estavam batalhando. Parou em frente a eles, que deram ordem de fogo. Nada aconteceu a ela. Somente a eles. Todos caíram.

– Oh minha peq uena Lena, percebe agora como deve ser invocada?- a mulher se virou em minha direção, falando comigo. Meu Deus! O que era tudo isso? – Somos as descendentes de Jenevieve. Temos o poder das trevas em nosso sangue. Ah senti sua falta, minha filha. Sua mãe, Sarafine, voltou para casa por você. – minha mãe? Não era possível. Eu precisava sair dali!!

–Ah!! Foi o que eu soube fazer. Gritar e sair daquela sala o mais rápido possível.

Ethan me acolheu e fomos para a casa de Amma, uma mulher que ajuda a Ethan. Eu estava completamente assustada. Tomei um copo d’água e me sentei em um sofá. Ethan se sentou ao meu lado, e me abraçou. Eu tremia muito. Em pouco tempo, Macon chegou.

– Acabou, não precisa mais disso- Amma disse segurando o amuleto.- Serviu ao seu propósito.

– Lena!- Macon havia chegado.

Ele começou a me explicar tudo.

– A maldição começou com sua tata tataravó. Jenevieve Ketlen Duchannes. Ela teve a temeridade de se apaixonar por um mortal.- disse pegando o retrato de Jenevieve e do homem.- Seu ancestral Ethan Card Wate. Em 1864 ele desertou. Voltou para casa, para sua Jenevieve. Mas foi morto diante de seus olhos pelos soldados da união que estavam saqueando Gream Bryan durante a batalha conhecida por todos de Gatlin. Na sua loucura, em sua dor, ela usou um encanto que era proibido pra nós. Para trazê-lo de volta a vida.

– Encanto que trouxe maldição?- perguntei.

– Nenhum conjurador pode reverter a morte. Então ela perdeu sua alma, consumida pelas trevas para sempre.

– Mas o encanto funcionou. Se Jenevieve a amava porque o matou? – Ethan perguntou.

– Naquele tipo de trevas não há lembranças do amor, só poder- disse Amma.

– Tudo tem seu preço.

Eu apenas me levantei do sofá, tentando digerir tudo.

– Você me disse que minha mãe estava morta. Você mentiu pra mim. Por quê?

– Lena, nossas palavras, nossa língua, não podem explicar tudo o que existe. Tem outras maneiras de alguém morrer para nós. - disse Amma.

– Não eu vou contar. Sua mãe, Sarafine, é a mais poderosa conjuradora das trevas que existe. Ela vive na escuridão- Macon dizia enquanto chegava perto de mim. Ethan me abraçou. – Nas sombras. Se ela aparece é no corpo de outra pessoa. Ela não sente nenhum amor por você. Ela disso que estava tentando lhe proteger.

– Não tem saída. Eu vou ser invocada pelas trevas.

– Não, não. Não necessariamente. Conheço sua verdadeira natureza. É forte. Sarafine também reconhece isso. Ela sabe que sem a maldição, sua verdadeira natureza vai te invocar para a luz. Não, eu acredito que a maldição pode ser quebrada. Mas precisa ter uma determinação tão forte, que possa controlar sua natureza.

– Foi o que eu falei pra ela. - Ethan disse

– A primeira coisa a se fazer é se livra dele. - disse apontando para Ethan. O que ele estava querendo?

– Peraí como é que é?- disse Ethan.

– Sarafine está te usando. - disse Amma.

– Isso não é verdade.

– Lena escuta, escuta. - o que eles querem? O que eu faço? Não quero me separa de Ethan. Me solto de Ethan, saindo de seus braços.

– Você tem que me escutar Lena!- Ethan gritou.

– Macon está certo- disse Amma para Ethan, o segurando para não vir em minha direção.

– Para quebrar a maldição tem que controlar suas emoções. E amar esse garoto te coloca em grande perigo. - eu apenas escutava suas palavras.

– Como pode saber? Você nunca amou ninguém. Você despreza os mortais. Você nunca teve um amigo nem no nosso mundo. Como você sabe?- disse furiosa. Macon não havia gostado do que eu disse.

– Eu sei que... Nada de bom acontece quando amamos um mortal. – eu apenas olhava em seus olhos, que pareciam tristes.

– Lena, me escuta. Tem que ter um jeito algum outro jeito de quebrar a maldição. - Ethan disse. Macon o jogou contra a parede.

– Nem pense nisso rapaz- disse Macon furioso indo em direção a Ethan.

– Não! – eu disse agarrando Macon.

– Vão fazer com que os dois sejam mortos. Você tem que sair da vida dela. Está ouvindo?

Eu apenas aceitei aquelas palavras como uma facada. Ethan não podia morrer, ainda mais por minha causa. Eu sabia o certo a fazer. Estava destruída.

– Lena, se despeça dele.

Eu não me despedi. Fiquei perdida em meus pensamentos, enquanto ia embora da casa de Amma com Macon.

– Você sabe o que tem que fazer. É tudo para seu bem.

– Não enche. –disse entrando na mansão, subindo direto para meu quarto.

Estava atordoada com tudo. O que eu faria? Não queria deixar Ethan, mas não quero que ele se machuque. Eu preciso esquecê-lo. Vai ser melhor assim.


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Notas finais do capítulo

E então o que acharam? Esperando reviews. Até =)