Fazendo Meu Filme 5 - O Casamento Da Fani escrita por Gabriela


Capítulo 6
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Capítulo reescrito



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"Eu acho que meu amor por você fingiu morrer só para nunca deixar de viver, para nunca deixar de ser amor, esse amor pleno, eterno e perfeito. E, principalmente, para nunca ver o fim do teu amor por mim."

Desconhecido

Gabi

— Ele está muito nervoso! – falei, rindo

— Eu sei! – a Pri respondeu, também rindo – E o Victor, onde está? Estou louca para conhecê-lo!

— Ah, ele teve um parto de emergência, mas acho que consegue chegar a tempo! – continuei - Mas e aí, conta pra mim como que estava lá em SP? E seu irmão e a esposa? E a faculdade?

— Lá em SP estava tudo bem, o Arthur e a Sam estão ótimos, casaram há dois anos e estão esperando uma menininha, a Lara. E a faculdade já está no último semestre, estamos em recesso. - ela respondeu ao interrogatório, rindo.

— E seu pai?

— Ah, ele está bem... – ela respondeu

— E você, como está?

— Eu estou bem, um pouco cansada por conta da faculdade, mas bem... – falou, contida.

— Pri... – eu disse, arqueando uma sobrancelha

— Ai, Gabi... Eu não sei... Ele faz falta... Nunca pensei que terminar um namoro fosse assim tão doloroso...

— Oh, amiga! Não fica assim não, vai dar tudo certo. – falei. Até hoje não entendia direito o porquê desse término, mas isso é assunto da Pri, e ela não gosta de conversar sobre isso, então eu respeito.

— Eu sei, é só que... – e então a Pri foi interrompida por uma crise de risos. Apontou para o Leo, que estava andando de um lado para o outro, passando a mão no cabelo, em claro estado de nervosismo.

Comecei a rir também.

— Coitado! – eu disse

— Imagina quando a cerimônia começar e a Fani atrasar, como todas as noivas fazem?!

— Aí ele enfarta de vez! – disse o Rodrigo, acabando de chegar.

A Pri parecia ter visto um fantasma, seu rosto havia perdido toda a cor. Ela virou lentamente, dizendo:

— Olá, Rodrigo. Com licença. – e saiu, indo em direção ao banheiro.

— O que houve com ela? – o Rô perguntou, parecendo preocupado. Ah, esses dois!

— Eu não faço a mínima ideia. – menti – Acho melhor deixar ela sozinha um pouco, pra espairecer...

— Ah, claro...

— Mas e você, - perguntei – como está?

— Ah, estou indo...

— Hm... E a Clara? Está bem? – perguntei, ansiosa pela resposta. Não é como se eu não gostasse da Clara, que é uma amiga de faculdade minha, mas é que eu só vejo o Rô com a Pri, e mais ninguém... E essa resposta pode mudar tudo essa noite.

— Ah, a gente não está mais junto. – ele respondeu, meio encabulado. Não é muito legal falar sobre sua namorada na frente com a amiga da sua ex, eu acho.

— Ah, não? Por quê? – perguntei, curiosa

— Não estava dando certo, sabe?

— Ah tá... Olha, eu tenho que ir ver como a Pri está, depois a gente se fala!

— Ok! Mas antes de ir, poderia me dizer uma coisa? – ele disse

— Claro! O quê?

— Onde é que eu tenho que ficar? – ele perguntou, meio envergonhado

Rolei os olhos.

— Ai meu Deus, o que é que eu faço com esses homens? A gente passa meses organizando tudo e quando chega aqui nem onde ficar vocês sabem!– disse, de brincadeira – Você fica ali, um degrau abaixo do Leo, atrás dele.

— Ahn... Obrigada! – ele agradeceu.

— Por nada – disse, abraçando-o – Tenho que checar como a Pri está, tchau!

— Tchau, até mais!

— X –

Priscila

A decoração estava lindíssima. Havia um tecido marfim ligando os bancos pelo lado do tapete, só permitindo a entrada pela lateral. Em cada banco, um buquê de rosas amarelas. Pétalas de rosas em todo o comprimento do tapete.

No altar, um tablado para o padre. Dois degraus abaixo, o espaço para os noivos, ocupado, no momento, pelo Leo e os pais, que conversavam.

Eu e a Gabi conversávamos sobre algumas coisas, até que a minha vida amorosa virou o assunto. Desviei de algumas perguntas e usei o Leo como meu instrumento de escape do assunto. E aí ele chegou.

Eu perdi o ar. Não conseguia lembrar meu nome, nem porque estava ali. Só conseguia encarar os olhos daquele por quem eu sou completamente apaixonada desde os meus 13 anos. Ele estava perfeito naquele terno, com aquela gravata e com o cabelo penteado para o lado.

E tudo passou como um flash em minha cabeça: nosso primeiro beijo, os anos que se passaram, nossas brigas, meu acidente, mais anos de namoro e o terrível término. Sem querer, meus olhos marejaram.

Não, eu não iria chorar na frente dele.

Tentei falar, ignorando o nó em minha garganta, mas a voz não saía. Quando finalmente consegui falar, surpreendi a mim mesma com minhas palavras:

— Olá, Rodrigo! Com licença – foi o que eu disse, que era totalmente o contrário de o “eu te amo, sempre te amarei” que eu pensei que diria.

Corri em direção ao banheiro, ainda segurando o choro. O nosso término tinha sido extremamente difícil e doloroso para mim.

— X -

Quando a Pri entrou no banheiro, não reparou nas pias de porcelana, no balcão de mármore, no piso de azulejo marfim, nem mesmo no espelho que ia do chão ao teto.

A única coisa que realmente viu foi um banco de três lugares acolchoado que se encontrava encostado em uma das paredes, onde sentou-se e relembrou segundo por segundo daquele dia, aos prantos.


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Notas finais do capítulo

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