Fazendo Meu Filme 5 - O Casamento Da Fani escrita por Gabriela


Capítulo 27
Capítulo 26


Notas iniciais do capítulo

Olá meus amores! Prometi a mim mesma um capítulo novo para vocês antes do fim de Janeiro, mas não deu. Aqui na Bahia já tem vinte minutos de Fevereiro!
De qualquer forma, espero que gostem, está grandinho e foi feito com muito carinho! (a rima não foi proposital)
Preciso falar com vocês sobre algo, nos vemos lá embaixo!
Mil beijos!



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Leo

— Cara, para de andar de um lado para o outro! Vai fazer um buraco no chão. – reclamei com o Rodrigo, que estava me deixando tonto de tanto vê-lo andar para lá e para cá.

— Não dá, eu estou nervoso! Já era para elas estarem aqui! - ele exclamou, passando as mãos nervosamente pelo cabelo.

Ri.

— Noivas se atrasam, Rodrigo. Isso é perfeitamente normal.

— Mas já fazem vinte minutos, Leo!

— Cara, eu desisto. – resmunguei, revirando os olhos.

 

Cinco horas antes

Olhei em meu relógio, calculando quanto tempo mais o Rodrigo iria demorar para aparecer. Eu já estava na frente de seu prédio há pelo menos quinze minutos.

— Oi, amor! – ouvi a voz da Fani me chamar.

— Ah, oi, linda! – falei, me aproximando e depositando um selinho em seus lábios, antes de me abaixar para beijar a sua barriga, que já começava a apontar – Como estão as duas mulheres da minha vida?

— Nós estamos muito bem, obrigada. – ela respondeu, passando os braços pelo meu pescoço – E você sabe que pode ser um menino...

— Sem chance, aqui dentro está a princesinha do papai. – ela sorriu, me abraçando.

Já havíamos entrado para o quarto mês de gravidez, mas o nosso bebê estava dificultando um pouco as coisas para nós, já que estava sempre com as perninhas fechadas.

— Ela só está com vergonha, tenho certeza que na próxima consulta teremos a confirmação. – continuei.

— Se você diz...

— O que você está fazendo aqui embaixo, de qualquer forma?

— A Pri e o Rô estão... se despedindo. Então eu resolvi vir aqui matar a saudade. – ela explicou – Falando nisso, acho que a essa hora eles já devem ter terminado, então eu vou subir, tudo bem?

— Tudo bem, vai lá. Amo vocês duas. – eu disse, acariciando sua barriga e dando um beijo casto em seus lábios.

— E nós te amamos também. – ela disse, sorrindo, antes de entrar no prédio e acenar, subindo as escadas da portaria.

Quando o meu amigo resolveu aparecer, estava com a camisa toda amassada e um sorriso ridículo no rosto. Revirei os olhos, vendo a marca que a Pri deixou em seu pescoço. Mulheres...

— Até que enfim, florzinha. – reclamei, abrindo a porta do carro e entrando enquanto ele fazia o mesmo.

— Você costumava ser mais legal, Leo.

— E você costumava chegar cedo. – retruquei. Nós estávamos indo para um hotel fazenda nas redondezas da cidade, onde seria realizado o casamento.

— Cara, essas duas últimas semanas simplesmente voaram! Eu mal acredito que finalmente vou me casar com a Pri. Parece que foi ontem que eu a pedi em casamento!

— Passa rápido, não é? – falei, estacionando o carro em uma das vagas e descendo do veículo – A propósito, enquanto você e a sua noiva comemoravam a lua de mel adiantada, ela mencionou que horas vem para cá?

— Ela disse que vem logo após o almoço. E, bem, já são 11:30h. – ele respondeu, olhando o relógio.

Caminhávamos lado a lado em direção à piscina, onde alguns dos convidados (a maioria da família) estavam reunidos, uns aproveitando o calor para dar um mergulho, outros só conversando.

O casamento estava marcado para as 16h, mas foram ordens da Fani e da Pri que a gente passasse o dia aqui, para que não ocorresse nenhum imprevisto. A maioria dos convidados (os mais íntimos, pelo menos) resolveu fazer o mesmo, para que ninguém ficasse preso no trânsito, ou algo parecido.

Cumprimentamos a todos e estávamos indo para o restaurante quando esbarramos no Alan, que estava acompanhado de uma ruiva, a qual ele mantinha sempre perto, com a mão em sua cintura.

— Hey, Alan? Tudo tranquilo? – o cumprimentei e o Rodrigo fez o mesmo.

— E aí, caras? Essa é a Fernanda. Fernanda, esses são Leo e Rodrigo, o padrinho e o noivo, respectivamente. – ele nos apresentou, apontando cada um.

— Olá, Fernanda. Prazer em te conhecer. – o Rodrigo disse, e eu repeti o gesto.

Nós conversamos rapidamente e fomos almoçar. Adivinha o que foi, ou melhor, quem foi o assunto principal? Isso mesmo, Fernanda.

— Então, o que você achou dela?

— Tem que achar algo? Pode ser só mais um dos casinhos dele... – o Rodrigo disse

— Não acho que é o caso dessa vez. – falei.

— Por que?

— Sei lá, ele estava diferente. Nunca vi ele fazer tanta questão de apresentar alguém. E o jeito que ele falava dela, não sei não... Acho que o Alan foi fisgado, finalmente.

— Bem, isso é verdade. – concordou, dando a última garfada no espaguete.

— Mas ela parece ser uma garota legal. Bem melhor do que as que ele costumava sair antigamente, não acha?

— Sim, com certeza. Isso não dá nem para contestar!

— Ela parece ser o tipo de mulher que coloca qualquer um aos seus pés. – comentei.

— Se for isso mesmo, o Alan está ferrado!

— Sinceramente, eu vou adorar ver isto! – confessei, rindo.

— Nem me fale!

Terminado o almoço, pagamos a conta e cada um seguiu para o seu quarto, para descansar um pouco antes da cerimônia.

Pri

— Que horas vocês vão para lá? – o Rô perguntou, terminando de amarrar os cadarços do sapatênis.

— Depois do almoço. – respondi, terminando de abotoar a minha blusa.

Dei uma olhada no quarto: a cama estava uma bagunça, ainda tinha peças de roupa pelo chão, junto com as coisas da escrivaninha. Em resumo, parecia que um furacão havia passado aqui.

É, a gente resolveu começar a lua de mel mais cedo este ano...

— Estão todos vestidos? – disse a Fani, colocando a cabeça através da fresta da porta, mas com as mãos nos olhos.

— Sim, Fani, pode olhar. – o Rô respondeu, enquanto eu ria.

— Olha lá, hein! Não vão traumatizar meu filho, pelo amor de Deus!

— Estamos vestidos, amiga! – falei, ainda rindo.

— Ai, que ótimo! – ela disse, finalmente tirando as mãos dos olhos – Rodrigo, eu não quero te apressar, mas o meu marido já está há quinze minutos te esperando lá embaixo!

— Caramba, jura? Nossa, foi mal mesmo! Nós acabamos nos distraindo... – ele tentou explicar a situação, ficando adoravelmente sem graça.

— É, eu percebi. – a Fani disse, segurando a risada.

— Vai lá amor, a gente se vê mais tarde. – eu falei, dando um selinho – Te amo.

— Te amo mais. – ele respondeu, beijando minha testa e saindo do quarto.

Mal ouvimos o barulho da porta do apartamento e caímos na gargalhada.

— Ele fica tão bonitinho quando está envergonhado! – minha amiga disse, secando as lágrimas que teimavam em escapar, resultado da nossa crise de riso.

— Não acredito que vou me casar hoje, parece mais um sonho! – confessei, indo em direção à sala.

— O tempo passou rápido mesmo! – ela concordou – Mas agora temos que ir, ainda vamos parar para almoçar antes de ir para o hotel.

Economizamos tempo no almoço e chegamos no hotel fazenda às 13h, dando de cara com a minha mãe e toda a equipe que ela fez questão de contratar para me deixar ainda mais linda para o meu grande dia.

Eles, porém, não pareciam tão contentes assim em nos ver.

— Isso são horas, vocês duas? – minha mãe reclamou.

— Relaxa mãe, temos bastante tempo até o casamento.

— Três horas não são nada, minha filha! Temos que correr! – ela disse, praticamente me arrastando para o nosso quarto.

As próximas duas horas foram preenchidas com puxões de cabeço e várias pinceladas no rosto, até que surgisse uma verdadeira princesa no espelho.

Respirei fundo, absorvendo a imagem. Podia ouvir os quase imperceptíveis barulhinhos da câmera registrando o momento, mas eu simplesmente não podia me mexer. Era isso, estava acontecendo. O dia que eu tanto esperei finalmente havia chegado.

Fui desviada dos meus pensamentos pela porta abrindo e logo o meu quarto foi invadido pela minha mãe, que trouxe consigo as minhas amigas e a Fani, que tinha ido trocar de roupa.

As meninas foram logo me abraçando e dizendo o quão linda eu estava. Minha mãe mal conseguia conter as lágrimas de tanta alegria.

— Pri, eu chamei as meninas aqui porque está na hora de entregarmos nossos presentes a você.

— Presentes? – perguntei, confusa.

— Sim, presentes. Nós resolvemos pesquisar um pouquinho sobre as tradições de um casamento e acabamos escolhendo esta, por ser a mais especial. – a Fani explicou.

— Quem quer começar? – perguntou a Gabi.

— Acho que seria legal que eu começasse, afinal, eu sou a mãe da noiva! – a minha mãe fez graça. As meninas não se opuseram, então ela se virou para mim, olhando no fundo dos meus olhos.

— Priscila, minha filha, eu vou te dar algo velho. Este objeto representa o seu elo com a sua família, representa o passado. Esses aqui foram os brincos que eu usei quando me casei com o seu pai. Espero que o seu casamento seja tão feliz quanto o meu foi com o seu pai. Às vezes dificuldades podem surgir, meu amor, mas nunca desista do amor, sempre corra trás da sua felicidade. Eu te amarei para todo o sempre.

Eu lutava contra as lágrimas teimosas que caiam dos meus olhos. Quando consegui me acalmar, coloquei os brincos, abraçando minha mãe.

— Muito obrigada, mãe! Eu te amo!

— Pri, amiga... – a Nat disse, me fazendo virar para encará-la – Eu vou te dar algo novo, que representa a sorte, o sucesso e a esperança dessa nova fase da sua vida que eu sei que será maravilhosa. Como representação de algo novo, eu gostaria que você olhasse para os seus pés. Os sapatos que você calça foram um presente meu a você, minha amiga, para que eu contribuísse de alguma forma para fazer esse dia um dos mais importantes da sua vida inteira. Eu te amo amiga, e te desejo toda a felicidade do mundo.

A essa altura eu nem tentava mais conter as lágrimas, apenas abracei a Nat com força, agradecendo.

— Agora é a minha vez! – disse a Fani, se aproximando e segurando as minhas duas mãos – Pri, minha amiga, hoje eu te darei algo emprestado. Foi bem difícil escolher o que seria, mas quando eu bati os olhos, sabia que era aquilo mesmo. – ela falou, desfazendo o laço da fita que estava amarrada em seu braço – Caso você não se lembre, essa fita estava amarrada no buquê de casamento da Nat, o mesmo buquê que tinha escondido a minha aliança e o começo do que seria algo maravilhoso, o meu casamento. Eu estou te emprestando essa fita porque quero que você tenha a mesma sorte que eu.

Ela amarrou a fita em meu buquê, enquanto eu tentava adivinhar quem chorava mais: eu ou ela.

— Muito obrigada, Fani. Eu admiro muito sua relação com o Leo, vocês já passaram por bastante coisa e continuam firmes e fortes!

— Bem, vamos logo com isso antes que o quarto acabe alagado! – a Gabi disse – Temos duas grávidas, uma mãe e uma noiva. Não sei mais por quanto tempo conseguiremos respirar aqui dentro!

Todas nós rimos, antes que ela continuasse.

— Pri, minha amiga querida, eu fiquei na dúvida do que raios te dar que fosse azul, simbolizando o amor. Resolvi dar essa liga, como forma de simbolizar a paixão de vocês dois. Espero do fundo do meu coração que o seu casamento seja maravilhoso, repleto de felicidade e amor.

— Muito obrigada Gabi, muito obrigada a todas vocês pelos presentes. Eu me sinto muito feliz por ter vocês aqui comigo nesse momento tão importante da minha vida.

Eu e as meninas nos juntamos num abraço em grupo, permanecendo assim até mamãe me alertar da hora. Nós engolimos o choro, retocamos a maquiagem e saímos do quarto.

— O Rodrigo deve estar louco me esperando! – falei

— Está mesmo, foi bem difícil convencê-lo de que você já está a caminho. – a Fani disse, se aproximando. Ela tinha ido avisar à banda que já estava na hora.

— Pronta para se casar? – minha mãe perguntou, com um sorriso.

— Com toda a certeza, nunca estive tão pronta.

— Bom, te vejo lá então! – minha mãe se despediu, depositando um beijo em minha testa e indo ocupar o seu lugar no altar.

Meu pai veio se aproximando devagar, com um sorriso em seu rosto.

— Minha menina, você está tão linda! – ele disse, enquanto Fani se afastava para nos dar um pouco de privacidade.

— Obrigada, papai.

— Não importa quanto tempo passe, você vai ser sempre a minha princesa. Nunca se esqueça disso!

— Não vou. – respondi, segurando as lágrimas – Te amo, pai.

— Eu te amo muito mais, minha filha. – ele respondeu, me abraçando.

— Me desculpa interromper, Pri, mas o Rodrigo está louco lá dentro e eu estou começando a ficar com pena dele... – a Fani disse

— Ok, nós já estamos indo. – meu pai respondeu por mim – Pronta, minha querida?

— Mais que nunca.

— Então vamos lá! – Fani disse, se posicionando e mandando um sinal à banda, que começou a tocar os primeiros acordes da música que eu tinha escolhido, Because You Loved Me, da Celine Dion.

Começamos a andar devagar, e mesmo confiante, eu podia sentir meu corpo temer um pouco. Meu pai deve ter percebido, pois apertou mais forte a minha mão.

— Está tudo bem? – sussurrou

— Sim, eu só estou nervosa. – eu disse, finalmente entrando.

Todo o nervosismo, entretanto, passou assim que pus meus olhos no Rô, que abriu um sorriso lindo na minha direção. Sorri de volta, sentindo o meu coração bater acelerando no meu peito.

Caminhamos em direção ao altar, eu podia ouvir os suspiros, os sussurros, mas meus olhos só enxergavam o Rodrigo, que me olhava com tanto amor que eu mal conseguia conter as lágrimas.

Quando finalmente chegamos ao altar, meu pai entregou a mão que segurava ao Rodrigo, dizendo:

— Tome conta da minha filha.

— Com a minha vida, senhor.

Satisfeito, meu pai depositou um beijo na minha testa e ocupou o seu lugar. Sorri ainda mais ao me ver nos braços do Rô, que sussurrou no meu ouvido:

— Você está incrivelmente linda! Acho que eu me apaixonei por você mais uma vez.

Não pude conter a lágrima que escapou.

— Eu te amo. – eu disse, e o reverendo começou a falar.

A cerimônia correu rapidamente, ou eu que estava distraída. Para ser sincera, eu só passei a prestar atenção em algo que não fosse o meu futuro marido quando o reverendo disse que estava na hora dos votos.

Respirei fundo, me virando para o meu noivo. Ele sorriu e eu retribuí o gesto.

— Pri, meu amor, há tanta coisa que eu poderia te dizer neste momento. Poderia te dizer, por exemplo, o quanto ver você assim, linda e feliz, faz o meu coração bater mil vezes mais rápido. Poderia te dizer também o quanto você me faz feliz, apenas por ter a sorte de ver o seu sorriso todos os dias. Mas eu não quero te dizer isso, pelo menos não agora. Eu quero aproveitar este momento e te dizer que eu prometo que vou dar o melhor de mim para que você nunca derrame uma lágrima de tristeza por minha causa, e caso isso aconteça, darei o melhor de mim para consertar o que quer que eu tenha feito. A sua alegria é a minha alegria e a sua tristeza, consequentemente, é a minha tristeza também. Eu prometo que irei te amar até o fim dos meus dias.

Respirei fundo, tentando controlar a minha emoção. As lágrimas desciam livremente pelo meu rosto.

— Rô, tem tanta coisa que eu queria te falar, mas eu não sei se consigo sem inundar todo este lugar... – ele riu, enxugando minhas lágrimas com os polegares – Eu te amo, o infinito indo e voltando. Houve algumas vezes que duvidei que um dia chegaríamos a este momento, mas no fundo sempre soube que nosso amor era para sempre. Eu prometo te apoiar e te sustentar, te dar carinho e te acalentar, te fazer rir e estar lá para secar suas lágrimas. Você é o meus ‘felizes para sempre’.

Terminei de falar, sorrindo. O Rô encurtou a distância entre nós, selando nossos lábios em um beijo apaixonado. Ouvimos o reverendo pigarrear, antes de reclamar:

— Ainda não é o momento disso, meu rapaz...

Nos separamos, rindo.

— Desculpa, mas eu não pude resistir. – ele respondeu, dando de ombros.

O reverendo fez o discurso final e nos abençoou. Trocamos alianças e logo estávamos nos beijando de novo, desta vez no momento certo.

Partimos logo para a festa, que seria realizada num espaço próximo.

— Amiga, o casamento foi lindo! – a Nat disse, carregando o Lucas, que já estava com oito meses e era uma fofura, além de muito esperto.

— Eu sei, estou emocionada até agora! - falei

— Se você está emocionada, imagina a gente! – falou a Gabi, se aproximando com a Fani.

— Sabe, os hormônios podem ser cruéis! – Fani disse, nos fazendo rir, enquanto a Gabi concordava. Essas duas grávidas ao mesmo tempo é uma verdadeira comédia!

O Rodrigo voltou de onde estava, conversando com os nossos amigos, e me abraçou por trás, beijando a minha têmpora.

— Posso saber o que tanto as moças conversam?

— Só comentando sobre o casamento...

— Vocês ainda precisam dançar... – a Fani disse, fazendo com que o Rô soltasse um suspiro.

— Isso é mesmo necessário?!

— Claro que sim! – respondi.

— Então vamos logo com isso... – ele resmungou.

Seguimos para a pista de dança, e o DJ pôs para tocar a música que havíamos escolhido para esse momento, Lucky, de Jason Mraz e Colbie Caillat.

— Eu acho que vou explodir de tanta felicidade... – confessei em seu ouvido.

— Eu prometo que junto todos os seus pedacinhos.

Sorri, encostando a cabeça em seu ombro. Dançamos mais duas músicas antes de a Fani me chamar para jogar o buquê e acabar logo com as “tarefas”.

Subi no palco com o meu lindo buquê em mãos, observando todas as mulheres, mas sem marcar um alvo. Preferi deixar na mão do destino.

Virei-me para trás, sentindo a expectativa preencher o salão. Um, dois, três.

O buquê saiu girando, as mulheres se empurraram, os braços esticados esperando que a sorte estivesse a favor de cada uma delas. Mas as flores acabaram nas mãos da última pessoa que eu (e todo mundo) esperava: Fernanda, namorada do Alan.

Não sei quem parecia mais surpreso com o fato: o Alan, ou a própria moça, que olhava o lindo arranjo de lírios como se fossem um bicho peçonhento. Ri, me lembrando de que essa foi mais ou menos a minha reação quando peguei o buquê no casamento da Fani.

Me aproximei da garota, sorrindo. Ela olhou para mim, como se não soubesse o que fazer.

— Não se preocupe, eu também já passei por isso.

— O que eu faço? – ela perguntou, rindo nervosamente.

— Bom, primeiro, nós temos que tirar uma foto. – expliquei, apontando para o fotógrafo que aguardava. Após o clique, continuei. – Agora, nós bebemos uma taça de champanhe enquanto conversamos e damos risada da expressão de puro pavor do Alan. – sugeri, arrancando uma risada dela.

— Eu acho uma boa ideia.

A nossa conversa acabou sendo curta, mas consegui conhecer melhor a garota que havia fisgado o meu amigo mulherengo. Ela tem vinte e sete anos e é advogada criminalista. Quase não contenho minha excitação quando descobri, afinal também sou formada em Direito, embora atuante em outra área.

Nos poucos minutos de conversa, deu para perceber o que tinha encantando o Alan. Além de seus longos cabelos loiros e seus expressivos olhos verdes, a Fernanda tinha uma determinação e uma confiança indescritíveis, além de um carisma e um sorriso de matar.

Fiquei um pouco chateada por não conseguir continuar com a nossa conversa, já que o Rô estava ansioso para finalmente sairmos em lua de mel (não que eu não estivesse), mas a deixei com as meninas, para que elas se conhecessem melhor.

Tenho de admitir, fiquei bem surpresa quando o Alan ligou para mim e pediu para conversar, falando sobre uma tal mulher que “mexeu com ele”. Eu o ajudei com algumas dicas e fico grata por isso, pois a Fernanda é realmente uma boa pessoa e com certeza o par ideal para o Alan.

— Sobre o que está pensando? – perguntou o meu (agora) marido. Já havíamos nos despedido de todos e trocado de roupa, agora estávamos dentro do carro, indo em direção ao aeroporto. Nossa lua de mel seria no Caribe. Muito sol, praia e paisagens de tirar o fôlego.

— Estava pensando como o Alan está diferente, agora que finalmente se arriscou a ter um relacionamento sério.

— Ah, aquele ali foi agarrado pelas bolas! – ele fez graça – Mas eu prefiro fazer outras coisas mais interessantes do que falar sobre isso.

— Tipo o que? – perguntei, me aproximando.

— Isso – ele respondeu, simplesmente, antes de me dar um beijo de tirar o fôlego.

O resto do caminho foi feito assim, com carícias e beijos apaixonados. Assim como os oito dias que se seguiram, nos quais curtimos um ao outro e aproveitamos o belo mar do Caribe.


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Notas finais do capítulo

E aí o que acharam? São meia noite e vinte, então perdoem quaisquer erros que possam ter passado por minha revisão e avisem que eu corrijo depois.

Queria saber se alguém de vocês tem experiências em criar capas, seria legal FMF 5 com uma capa feita só para a história, não acham? Quem quiser tentar, me manda uma mensagem que eu passo o meu email para vocês mandarem as capas.

Pelas minhas contas, estamos perto do fim, mas ainda faltam uns bons capítulos.
Para quem perguntou, eu não dei detalhes da gravidez da Fani porque planejei um capítulo lindo para ela!

Enfim, deixem reviews! Mil beijos e até o próximo!



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