Fazendo Meu Filme 5 - O Casamento Da Fani escrita por Gabriela


Capítulo 24
Capítulo 23


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoas! Demorei muito?
Esse capítulo é especial para mim, pois marca o início de uma nova era e da reta final da história.
Sim, isso mesmo. Estamos nos aproximando do fim! Mas ainda falta muito para acontecer, então não se preocupem!
Espero que gostem, escrevi com carinho!



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Fani

Me olhei no espelho, admirando o lindo vestido coral que eu usava. Ele vinha até os joelhos e era levemente rodado, justo na cintura e no busto, de um ombro só. Na alça – que partia da cintura -, várias flores de tecido enfeitavam todo o espaço até o ombro.

Foi incrível a fora como o tempo passou rápido. Hoje era dia quinze de Setembro, o casamento da Tracy e do Christian. Seria uma cerimônia simples e pequena, ao ar livre, no lindo jardim da casa dos pais do Chris, aqui mesmo em L.A.

– Ah, eu também queria usar esse vestido! Você está tão linda! – a Aninha disse, entrando no quarto.

– Mas o seu vestido é igual ao meu!

E era mesmo! A única diferença era o fato de que o vestido da Ana era longo, já que ela não podia usar salto alto por conta da gravidez avançada e também porque o modelo original ficaria mais curto por causa do barrigão de oito meses dos gêmeos Harry e Oliver (sim, eram dois meninos!).

Ela riu, concordando.

– Já está pronta? Temos que checar a Tracy e ter certeza que ela não vai fugir ou matar alguém.

– Já sim, só me deixe passar o batom. – pedi, rindo do seu exagero.

A Tracy era uma noiva difícil. Como madrinhas, era nosso trabalho lidar com ela, mas quanto mais nos aproximávamos da data, mais ela surtava. Tentamos relevar, afinal, tudo era nervosismo por causa do casamento.

– Toc toc – falei, pondo a cabeça para dentro do quarto – Podemos entrar?

Tracy sorriu, respondendo que sim. A maquiadora dava os últimos retoques antes da cerimônia e eu podia ver a ansiedade da minha amiga, que torcia as mãos nervosamente.

– Hey, se acalma! Vai dar tudo certo. – Aninha a tranquilizou, segurando suas mãos entre as suas.

– Você está linda, amiga! – contribuí, desviando do assunto “Tracy-está-nervosa”

– Muito obrigada! Eu estou muito feliz. – ela disse, sorrindo largamente.

– Dá para ver isso no seu olhar, Tracy! – a Ana disse, sorrindo docemente.

Embarcamos numa conversa leve e despreocupada até dar a hora da cerimônia.

– Pronta? – perguntei à minha amiga, parando em frente a ela.

– Sim. – ela respondeu, confiante.

– Então vamos lá! - a Ana Elisa disse, animada.

Nos posicionamos e, ao ouvirmos a marcha nupcial, começamos nossa breve caminhada até o altar. Durante todo o evento, a felicidade dos dois era visível, eles eram todos sorrisos e carinhos um para o outro. Se eu, que sou romântica, chorei horrores, imagine a Aninha, que está com os hormônios aflorados! O jardim quase virou uma piscina!

O Leo ficou a festa inteira me chamando de chorona, mas fora isso curtimos bastante. Como era algo íntimo, não havia muita gente e isso contribuiu para que ficássemos mais à vontade, eu sem meus saltos e o Leo sem a gravata e o blazer.

– É hora de jogar o buquê! – Tracy exclamou, me arrastando pelo braço.

– Mas eu já sou casada! – tentei me livrar.

– Não importa, quero todas as mulheres lá!

– Tudo bem, então. – ri, caminhando para o amontoado de mulheres que ali se encontravam.

Depois de muita enrolação, minha amiga finalmente jogou o buquê, e ele foi parar bem no colo da Ana, que estava sentada e apoiava os pés inchados em outra cadeira. A cara de surpresa dela foi impagável!

A festa começou mesmo ali, rimos, dançamos e nos divertimos até o cansaço nos vencer.

–X-

Algumas horas depois...

– Oh, que fofinho! – exclamei, vendo a foto que a Nat mandou do meu afilhado Lucas, que já estava com dois meses. Já deviam ser oito da manhã no Brasil, mas aqui na Califórnia ainda eram quatro.

– É o bebê da Nat? Eu quero ver! – Tracy disse, estendendo a mão para pegar o telefone.

A festa havia acabado há quase uma hora, mas ainda estávamos aqui, conversando e lembrando situações engraçadas do nosso passado não tão distante.

O Leo estava ao meu lado e mantinha a cabeça encostada à minha, enquanto eu brincava dos os fios do seu cabelo. A Aninha estava sentada numa cadeira, mas mantinha as costas apoiadas no Dan, enquanto suas pernas estavam estendidas em outra cadeira. A Tracy, por sua vez, apoiava os pés cansados no colo do recém marido.

Parecia uma cena de final de filme, onde estávamos todos reunidos relembrando nossas brincadeiras e confusões.

Ficamos nessa por mais alguns minutos, até a Ana começar a reclamar de desconforto nas costas.

– Vamos para casa, amor. Eu não me sinto bem. – disse, se levantando. Alguns milésimos de segundos depois, uma grande quantidade de líquido escorre por suas pernas. Ai. Meu. Deus.

Ana Elisa

Eu não estava me sentindo bem, sentia minha barriga rígida e dores que iam e vinham. Só me toquei do que estava acontecendo no momento que levantei e senti água escorrer pelas minhas pernas. Os bebês iam nascer!

– Isso é o que eu penso que é? – ouvi o Dan perguntar, mas antes que eu pudesse responder, uma nova onda de dor passou por mim, bem mais forte que as outras, me fazendo gritar e sentar novamente na cadeira.

– Acho que isso responde sua pergunta. Vamos! – Fani disse, levantando e pegando a chave do carro.

Eu assistia aos meus amigos se calçarem em tempo recorde e seguirem para o carro, mas não conseguia falar, a dor ainda estava forte. O Chris e o Leo ajudaram o Dan a me colocar de pé assim que a dor se amenizou e eu comuniquei isso a eles.

Assim que me colocaram no banco de trás do carro, a Fani disse:

– Dan, me dá as chaves da sua casa, vou lá pegar a bolsa dos bebês com o Leo. O Chris leva vocês ao hospital e nos encontramos lá.

– Tudo bem. – ele disse, entregando as chaves.

– Aguenta firme, amiga! – Fani sussurrou, beijando minha testa, que já começava a suar.

Balancei a cabeça afirmativamente, sentindo outra contração. Isso dói muito!

– As contrações estão vindo mais rápido. – comunicou Tracy, do banco da frente, ao ver que eu estava tendo mais uma – Temos que ir agora!

Olhei para o Dan, desesperada. Ele estendeu a mão, para que eu a segurasse quando uma nova contração viesse.

– Vai ficar tudo bem, estaremos com você até o fim.

– Obrigada – sussurrei, sorrindo fracamente.

Logo outra contração veio e apertei a mão do meu noivo, tentando de alguma forma amenizar a tremenda dor que me arrebatava.

– Com essa, o tempo diminui para sete minutos entre uma contração e outra. – Tracy informou, olhando o relógio do celular.

Dez minutos e duas contrações depois (elas diminuíram para cinco em cinco), chegamos ao hospital, onde fui colocada numa cadeira de rodas e levada para um quarto enquanto o Dan preenchia minha ficha o mais rápido que conseguia.

Já no quarto, minhas contrações estavam sendo monitoradas, elas vinham a cada três minutos agora, me deixando completamente louca. Estávamos aguardando minha obstetra chegar para que iniciássemos parto. Já havia passado pelo pré-operatório, então quando a Dra. Aubrey chegou eu já estava pronta para o parto.

Nem preciso dizer que o Dan ficou comigo o tempo todo, me apoiando e me ajudando como ele podia. Eles me prepararam e também deram para meu noivo uma roupa esterilizada.

O parto em si deve ter durando por volta de uma hora, entre o nascimento e os testes que fazem nos bebês. Mesmo um pouco antes da hora, os gêmeos nasceram saudáveis, então não houve necessidade de coloca-los na UTI nem na incubadora.

Eu pensava que sabia o que me esperava, mas quando colocaram um dos meus bebês em meus braços, senti uma alegria e um amor tão forte dentro de mim que parecia que eu iria explodir de tanta felicidade.

Enquanto eu segurava o Harry, que era o mais agitado, o Dan segurava o Oliver, bem mais calmo que o irmão mais novo (três minutos e meio, apenas). Olhei para seu rosto, manchado pelas lágrimas que transbordavam de seus olhos.

– Feliz? – perguntei

– Mais do que eu jamais imaginei que pudesse ser. – respondeu – Obrigado por me dar o maior presente que alguém poderia ter. Eu te amo Ana, agora e para sempre.

–X-

Danilo

– E então, como ela está? E os bebês? – perguntou a Fani assim que saí pela porta.

Olhei para meus amigos, todos de pé aguardando por notícias da minha noiva. A preocupação havia sido tanta que a Tracy ainda vestia seu vestido de noiva. Nós com certeza tínhamos os melhores amigos do mundo.

– Ela está bem – respondi -, está descansando agora, então não podem vê-la até o horário de visita. Mas os bebês já podem receber visitas, mesmo que seja por trás do vidro.

– Que bom! – Tracy disse.

– Parabéns, cara! – o Leo falou, me abraçando. Todos os outros me parabenizaram também e eu os convidei para verem os meus filhos.

As garotas praticamente babaram no vidro quando viram os meus pequenos, que dormiam tranquilamente sem se dar conta do tamanho do amor já os cercava, mesmo com tão poucas horas de vida.


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Notas finais do capítulo

E então? O que me dizem? Espero reviews! Beijos de luz!