– Ei, meu albino! – Mello chama Near.

Near estava no chão em sua posição favorita enquanto montava um castelo de cartas.

– Mello, tenha cuidado – avisa o albino calmamente.

– Oh, sim... A enfermeira disse que o Matt pode sair hoje. Vamos lá buscar ele!

– Claro – Near larga as cartas e levanta cuidadosamente.

Mello estende sua mão para o pequeno e vão em direção da enfermaria com os dedos entrelaçados.

– Ei ruivo! – Mello chama ao chegar à enfermaria.

– Louro! Branquelo! – Matt abraça os dois. – Como vão os meus bichas? Sentiram saudades?

– Estamos bem – responde Near calmamente, uma mão entrelaçada na de Mello e a outra enrolando uma mecha de cabelo branco.

– Mesmo que seja você, acho que posso afirmar o quesito da saudade.

– Então – começa Matt enquanto conduz os amigos para fora da enfermaria -, o que querem fazer? Será que dá tempo para aquele ménage-à-trois? – Matt dá um beijo em Mello, que fica perplexo.

Os olhos de Near se arregalam, Mello sente a mão que Near segura ser apertada e então o albino chuta as partes baixas de Matt.

– Ai... Meu pau... – Geme o ruivo enquanto cai de joelhos, as mãos em frente ao membro.

– N-não faça isso com Mello! – Berra Near.

– M-mas o Mello... Se goza todinho...

– Puto, você mal consegue falar de tanta dor.

– Porra, o moleque acertou bem nas bolas, que mira!

– Vamos pra enfermaria de novo, ruivo.

– AH E EU VOU DIZER O QUÊ?! Que o namorado de 10 anos do meu melhor amigo de 14 chutou minhas genitálias?! Porra Mello, não vou mais poder reproduzir com você...

– Que por... – Antes que Mello pudesse terminar, Near soca o nariz de Matt.

– Que isso albino, está com ciúmes? Caralho, que dor... – Matt se levanta e bruscamente dá um soco no olho esquerdo de Near. – ISSO É PELO MEU NARIZ E PELO MEU ORGULHO! E por orgulho estou falando do meu pau.

– Venham vocês dois, vamos para a... – Near interrompe Mello com um soco no estômago. – Caralho, que eu fiz? – A voz do louro estava aguda.

Com um Mello caído de bruços no chão, Near e Matt brigavam. Tanto verbalmente quanto fisicamente.

– Acho que você aprendeu algo conosco, hein branquelo!

– Fique quieto!

Mello ia se recuperando de pouco a pouco, até que se mete entre os dois.

– Parem! Que porre vocês dois! Venham! – Mello segura os dois garotos pela camisa e os encaminha à enfermaria.

– Acho que quebrei meu nariz de novo – diz Matt.

– Espero que sim – provoca Near.

– Mello, saia do meio para eu poder dar uma surra nesse pirralho! – Mello então dá um soco nas partes baixas de Matt. – Ai... Coitado do meu pau... Você machuca mas está louco para pegar, né? – Matt se encolhe na cadeira. – Você sabe a dor que é ser acertado no saco?

O ruivo se prepara para fazer o mesmo em Mello, porém Near o detém.

– Só eu posso tocar aí – diz o pequeno com um sorriso malicioso no rosto.

Matt se prepara para dizer algo, mas a enfermeira os chama.

– Mail, você mal sai daqui e já volta? O que houve?

– Matt levou duas porradas no saco, primeiro de Near depois de mim e mais uma de Near no nariz. Eu levei uma no estômago do branquelo aqui que levou uma do ruivo no olho esquerdo. É isso.

– Mihael, você pode sair. Mail sente-se na maca que já vou examinar você e Nate, venha cá que eu vou olhar seu olho agora.

Mello sai da enfermaria e vai para seu quarto esperar por Near.

Near aparece 45 minutos depois com um tapa-olho.

– Escuta branquelo, isso é realmente necessário? – Mello faz referência ao tapa-olho.

– Eu que preferi.

– Ah. Olha, não fique assim por causa de Matt...

– Assim como?

– Ahn... Sei lá. V-você entendeu.

– Eu não estou “assim” com Matt. Estou apenas cansado.

– Vem cá.

Mello estende os braços para Near com a ideia de o pequeno dormir junto dele. O louro sente o pequeno em seus braços, a fragilidade, a maciez, o cheiro. Near de pouco a pouco ia caindo em um sono profundo, sabendo que Mello jamais irá abandoná-lo.