Fallen World escrita por Artur


Capítulo 29
Capítulo 29: Tudo Acaba Part. II - Terminus


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo pessoas! Esse seria o penúltimo da história ou seja, já no próximo ela terminaria entretanto, tive muitas ideias interessante e resolvi fazer mais uma temporada, a 4° Temporada de Fallen World.

Espero que gostem! Beijos ?*



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Fallen World

Capítulo 29: Tudo Acaba Part. II - Terminus

Pov. Julie

Os grunhidos intimidantes dos zumbis que se aproximavam cada vez mais. Ao contrário de nós dois, os transformados não se cansam em hipótese alguma.

– Nick, estou cansada! É difícil correr com o Bernardo nos braços. – Retruquei parando de correr enquanto ajeitava o bebê em meu colo.

– Me dá ele aqui! – Respondeu rapidamente enquanto pegava Bernardo e se aprontava para correr mais uma vez.

– Não! – Interrompi – Você não vê? É impossível escapar dessa manada, o nosso fim é definitivo.

Ambos então, nos viramos olhando para os vermes que vinham sedentos por carne fresca. Enxuga minhas lágrimas enquanto abraço Nick e Bernardo. Tudo irá desmoronar em algum dia.

– Eu te amo ... - Sussurrou Nick fechando os olhos enquanto eu fazia o mesmo gesto com Bernardo em meu colo. O barulho dos passos rápidos dos transformados já se predominavam no local sendo ofuscado em seguida, por um barulho estranho, uma parada brusca de um carro que se posiciona entre nós e a horda gigantesca que vinha logo atrás.

– Ei seus frouxos! Vão entrar ou preferem morrer para aqueles vermes? - Berrou um homem que estava ao volante.

Me separo de Nick olhando para o mesmo, eu sabia quando ele estava inseguro e com medo, os seus olhos azuis sempre entregam tudo. Seguro sua mão com força, ela estava completamente gélida.

Nos entreolhamos durante alguns segundos e decidimos adentrar ao carro onde na parte de trás, tinha um homem com cabelos cumpridos e um pouco acima do peso. Após entrarmos no veiculo, o ruivo que dirigia olha para a companheira ao lado fazendo um sinal com a cabeça, a mulher então se eleva enquanto mirava para o lado, atirando nos errantes mais próximos .

– Segurem firme! - O ruivo berrou pisando no acelerador com força enquanto íamos em ziguezague distanciando-se um pouco da horda. Bernardo começa a choramingar esgotando com facilidade, a paciência do homem ao volante.

– Não podem faze-lo ficar um pouquinho calado? - Questionou centrado no caminho.

– Desculpe ... - Foi apenas o que consegui falar, tinha me esquecido como era a sensação de se sentir deslocado de um local, com pessoas que nunca vi.

– Bebês são mais sensíveis a incomodantes barulhos e contaste movimentação. - Indagou o rapaz que estava ao meu lado fazendo a mulher da frente bufar.

– Então ... vocês estavam praticamente cometendo suicídio? - Quis saber a mulher virando-se para nós.

– Não exatamente ... - Respondi enquanto respirava fundo pra relembrar tudo que aconteceu. - Vamos pro inicio de tudo ok? Tínhamos um lar, uma prisão, o nosso grupo era bem maior mas fomos atacados por dois maniacos e seus capangas que invadiram tudo com um tanque de guerra, muitas pessoas morreram e quem sobreviveu acabou se separando no fim.

– Ficamos só nós dois e a Cath, mas ela não aguentou e cometeu suicídio, quando vocês nos encontraram, tínhamos corrido bastante daquela horda e já estávamos desistindo ... - Continuei.

– Vocês sabiam que pessoas perturbadas mentalmente, tem mais chances de cometer suicídio? - Interrompeu novamente o homem que estava ao meu lado.

– Cala boca Eugene! Ninguém aqui quer saber dessas coisas seu imbecil! - Gritou a mulher, furiosa. - É por isso que não pega nenhuma mulher... - Continuou em sussurro arrancando tímidos sorrisos de mim.

– E você? - O ruivo questionou olhando pelo retrovisor para Nick. - Não sabe falar?

– Qual seu nome e porque nos salvou? - Foi logo questionando-os Nick.

– Sou Abraham Frod. Esses são meus companheiros, Rosita e Eugene. Salvamos vocês porque precisamos de mais ajuda na nossa missão, quanto mais gente .. melhor.

– E também por causa do bebê. - Completou Rosita sorridente.

– Que missão? - Nick questiona enquanto eu apenas o observo.

– Teremos tempo o suficiente para explicar. - Disse por fim Abraham.

A noite já surgia quando enfim paramos o carro e tudo foi explicado, para onde eles iriam e o motivo de tal missão. Nick se sente inseguro de partirmos em viagem com eles afinal, ainda temos amigos que sobreviveram do ataque da prisão e eu tenho certeza disso! Mas acontece, que não temos a minima ideia de onde eles estão agora ...

– Sério isso? Você realmente sabe o motivo de todo esse caos?- Duvidou em tom de deboche Nick.

– Sim, e ainda posso achar um solução. - Respondeu Eugene se gabando de tal feito.

– O papo está ótimo mas será que poderíamos dormir agora? - Interrompeu Rosita abaixando a aba do seu boné até encobrir seus olhos. Tentamos fazer o mesmo, Bernardo adormecia no meu colo enquanto Nick nos acariciava.

Tudo que eu conseguia pensar era nos amigos que deixei, nos que se foram e aqueles que vagam por ai sem rumo algum como nós vagamos por muito tempo. Amanheceu, e a nossa decisão final deveria ser tomada com urgência, Abraham e os outros não poderiam perder tempo.

– Nós vimos uma placa antes de encontrarmos com vocês. Avisava sobre a existência de um santuário para todos, o Terminus. Pensamos em ir para lá, talvez os nossos amigos sobre viventes também a vejam e partam para lá. - Nick inicia a conversa bastante tenso.

– Isso é uma armadilha, não vale a penar gastar seu tempo indo para lá. - Rosita nos surpreende.

– O que você quer dizer com uma armadilha? - Perguntei estranhando.

– Nosso grupo era maior, e antes de seguirmos a longa viagem, passamos por lá. Acabamos sendo presos em um contêiner sombrio, e todo santo dia, os sobreviventes de lá vinham fazer uma visitinha para a gente. - Continuou Rosita.

– Visitinha? - Nick questiona e Abraham interrompe ríspido.

– Eles vinham e escolhiam quem iria ser o banquete do dia!

– Credo ... como alguém pode fazer isso? - Indaguei enojada.

– Pois é, e era o que eles faziam. Nós três conseguimos escapar com um carro que encontramos e logo depois, nos deparamos com vocês. - Rosita termina a explicação cabisbaixa.

– É por isso que precisamos de vocês, nosso grupo foi dizimado e não tem como levar o Eugene com segurança só com a Rosita. - Abraham diz por fim.

– Tudo bem, nós iremos com vocês. - Nick decretou por fim, olho nos seus olhos e percebo que dessa vez ele estava decidido no que era o melhor para nós, seguro sua mão e a mesma não está mais gélida. Agora podemos continuar com o nosso caminho, juntos.

Pov. Francis

Depois de tantos acontecimentos bons e ruins, finalmente pude perceber algo que esse apocalipse jamais poderá apagar, o vinculo que temos com aqueles em realmente amamos, mesmo que tudo venha a desmoronar. Daryl estava ao meu lado, mais calado do que de costume, sempre com sua besta erguida e seu olhar determinado.

Mari ia mais a frente, e desde que a prisão foi invadida, ela prefere ficar mais afastada e quieta, é duro para ela ter que encarar toda aquela destruição e presenciar as pessoas morrendo na sua frente, a morte da Lindsay deixou ela abalada, principalmente quando teve que usar o corpo da própria amiga como escudo. Alguém da idade dela não consegue suportar tanta dor e sofrimento.

– Você acha que ela vai ficar bem? - Perguntei enquanto andávamos, Daryl não responde, apenas fica calado dando corda para o silencio se prevalecer.

– Escuta aqui, Mari é como se fosse uma filha para mim e eu me importo com ela, então se você for ficar calado sem dá a miníma para ela é o mesmo que me ignorar. - Falei com um tom de voz um pouco mais elevado. E o Daryl continua calado mas erguendo sua besta enquanto mirava para algo ao horizonte.

– Daryl!! - Gritei já irritada, foi então que percebi do que se tratava, um errante ia se aproximando de Mari pelas costas prestes a abocanha-la, foi então que uma flecha foi disparada atingindo rapidamente o crânio do errante.

– Você devia cuidar mais da sua filha. - Foi só o que indagou, seco como sempre enquanto retornava a caminhar.

Fico parada simplesmente observando-os caminharem profundamente abalados por todas as nossas perdas, no dia anterior ficamos a noite inteira dentro de um porta-malas enquanto os errantes esbarravam no carro, e agora tínhamos que seguir viagem, aquele lugar era a nossa única esperança.

As horas se passam e consigo perceber isso devido ao sol estar menos escaldante como hoje mais cedo, paramos em uma sombra de uma árvore para descansar. Mari se joga no chão arfando de cansaço, sua pele está toda suja assim como sua roupa, idêntica ao primeiro dia em que a vi, semelhante a um errante.

– Aqui, não é muito mas engana um pouco a sede. - Entrego-lhe uma garrafa de água pela metade. Ela agradece bebendo tudo com rapidez.

– Você acha que o Carl sobreviveu? - Perguntei sentando-me ao lado dela.

– Eu não acho .. eu tenho certeza! Ele é um garoto forte e sabe se defender, e eu sei que nos encontraremos de novo, mesmo que isso demore para acontecer. - Respondeu retornando a beber o último gole de água. Daryl havia saído para procurar alguma comida na pequena floresta ao lado de onde estávamos e assim que eu escuto o barulho de galhos se quebrando fico alerta.

– Daryl ... Daryl é você? - Tudo que menos queríamos eram mais transformados.

– Somos nós. - Uma voz familiar se ecoa pelo local, logo surgem Rick, Michonne e Carl seguido por Daryl que estava mais atras.

– Carl? Carl?? - Mari repete intensamente enquanto se levanta correndo para abraça-lo, o garoto faz o mesmo. O abraço dos jovens dura alguns minutos, pareciam não acreditar que ambos estavam vivos, logo depois dos seus corpos se separarem, Mari avança com ferocidade no rosto do garoto dando-lhe um beijo envolvente.

Cumprimento Rick e Michonne, fico feliz em vê-los vivos mesmo que ainda estejam abalados.

– Como você está suja! Sua porca!! - Ouço a voz de Carl brincando com o estado higiênico da Mari.

– Vamos, temos um logo caminho. - Daryl indaga pegando minha mochila no chão.

– E para onde vamos? - Perguntei curiosa.

– Para Terminus. - Rick indaga por fim.


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