Everything For A Bet escrita por Lisa, Therese R Tsuki


Capítulo 11
Descobertas e Descasos


Notas iniciais do capítulo

Bem, é isso ai! Esse cap vai ser bem focado no Law , aquele fofo, fora isso...espero q gostem! Pois eu fiquei fora pq fui mandada pelo Kuma para o país dos escritores durante 1 ano para treinar!!
As partes q vcs acharem ruins, fui eu q escrevi, as partes mais legais foi a Tsu q escreveu!
Fora isso , amo vcs



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Law's Pov

Tateando o pen-drive no bolso esquerdo do Jeans, sai de casa o mais rápido possível em rumo a delegacia da cidade com o objetivo de enquadrar Doflamingo. Preferi ir á pé, pois gasolina no momento está muito cara para ser usada sem moderação mas também não faria muita diferença, já que o posto da polícia fica a poucas quadras da minha mansão.

Eu tomava bastante cuidado no caminho até o local, pois já tinha anoitecido e sabia que nesse exato momento havia alguém, em algum lugar me espiando. Não era a primeira vez nesse mês que tenho esse súbito arrepio na base do pescoço. Isso tudo com toda a certeza é obra de Doflamingo. Eu corro perigo ajudando Luffy, mas o velho rosado não sabe o que o espera caso ele levantar um dedo contra mim. Eu também tenho os meus contatos e meus meios. Acariciei o contorno do revolver que estava no bolso do meu casaco.

Chegando em frente a delegacia, o terrível arrepio se dissipou, anunciando que não havia mais ninguém seguindo os meu passos.Preocupei-me, pois eu esperava que tal pessoa que me observava a meses iria finalmente se revelar quando notasse que meu objetivo é chegar a delegacia, mas parece que minha hipótese estava equivocada. "Não gosto disso! O inimigo me parece muito confiante, aquele velho sádico deve ter uma carta na manga". Pensou, enquanto adentrava na delegacia pouco hesitante. Antes de adentrar ao local, mandei uma mensagem para Eustass a fim de contatar novamente seus serviços. Estou com leves suspeitas deste local.

Não demorou muito para que eu pudesse ir ao encontro do delegado de polícia. Porém, antes desse encontro os funcionários da delegacia fizeram um check up, usando aparelhos eletrônicos com o propósito de identificar a presença de algum equipamento metálico pelo meu corpo. Quando o scanner passou na região onde estava a minha arma, o mesmo apitou loucamente, fazendo com que a guarda a qual me inspecionava me olhasse com um olhar levemente suspeito.

– Tem algo metálico no bolso, senhor? - Indagou a mulher, mesmo sabendo a resposta, pois o scanner nunca errava. Dei um sorriso torto e enfiei a mão em meu bolso.

– Claro que tenho senhorita - Falei, puxando o objeto metálico no meu bolso...o qual não se passava por um simples celular - Aqui está! Um simples celular - Balancei levemente o aparelho próximo ao rosto da funcionária, para que não houvesse suspeita alguma

– Ok, pode se encontrar com o Delegado Vergo, se quiser eu lhe mostro o caminho e...

– Não há a necessidade, agradeço - Interrompi levemente impaciente e feliz por uma estratégia tão simples e improvisada tenha dado certo. Antes de adentrar na delegacia, eu havia colocado meu celular no mesmo bolso do revolver, pois eu saberia que iriam me inspecionar, e que quando o detector de metais passasse por aquela área ele identificaria a presença de algum metal, que no caso seria meu celular e minha arma. E quando o funcionário pedisse para eu esvaziar o bolso, eu retiraria somente meu celular, dando a entender que não havia mais nada dentro do mesmo. Era algo bastante arriscado, pois a policial poderia passar novamente o aparelho ou apalpar o meu bolso caso não confiasse em minha palavra, porém, por sorte isso não ocorreu - Venho para cá com uma certa frequência, então já sei o caminho...E, eu nunca a vi por aqui, você é nova certo?

– Err...Sim sim, me chamo Conis, comecei hoje mesmo senhor - Afirmou a jovem fazendo uma reverência levemente exagerada.

– Bom, seja bem-vinda Conis-ya, meu nome é Trafalgar Law, espero que esteja gostando daqui -A jovem enrubesceu levemente enquanto eu tocava em seu ombro liso e arredondado, passando meus dedos levemente sobre o tecido novo da roupa.

...

Com a orientação de placas e setas dentro do posto policial, não demorei muito para encontrar meu objetivo.

"Delegado Vergo" Era o que estava escrito na porta do local.

Antes de entrar, meu celular vibrou, o que fez desviar completamente minha atenção para o mesmo. Retirei-o do local onde estava guardado e vi o que eu esperava. Uma mensagem de Eustass com o relatório do meu pedido que eu havia feito pouco antes de adentrar ao estabelecimento.

Após ler tudo, sorri, porém fiquei um pouco intrigado e ao mesmo tempo decepcionado. Com essas informações enviadas por SMS mais a pista que eu encontrei no ombro da nova funcionária faz tudo levar a crer que essa delegacia está cheia de policiais e funcionários corruptos, os quais trabalham para Doflamingo.

Respirei fundo antes de bater na porta, eu estava a me preparar para quaisquer situações que poderiam vir a acontecer dentro daquela sala. Ouvi uma resposta baixa, mandando-me entrar. Quando pisei na sala, percebi que era bem iluminada, mas as paredes escuras davam a ideia de que estava escuro lá dentro.

Havia prateleiras lotadas de pastas, provavelmente arquivos policiais. Ao entrar, percebi que o computador comumente usado para registro de boletins de ocorrência estava desligado e achei esse fato curioso, pois ali era uma sala dedicada aos registros de ocorrências e acabei concluindo que o aparelho estava quebrado. A sala era dividida por uma mesa, onde estava o computador que antes mencionei. Em cima dela havia um fino bloco de papéis, que pareciam feitos para escrever as ocorrências e, portanto cheguei à conclusão de que as coisas seriam mais fáceis que eu imaginara.

Vergo estava sentado do outro lado da mesa, concentrado em alguns papeis que lia. Usava óculos escuros – na minha opinião, algo ridículo, porque estávamos num ambiente interno –, a farda de delegado. Sua barba tomava um formato singular e seus cabelos eram rentes à cabeça. Ele levantou seu olhar em minha direção lentamente.

–Olá, posso ajudá-lo? – Perguntou, baixando os papeis. Respirei novamente para me preparar para o que eu estava prestes a fazer. Era muito arriscado, chequei novamente se minha arma ainda estava comigo com um movimento discreto de minha mão. Ao senti-la, fiquei um pouco aliviado, mas não tanto quanto gostaria. Tomei a liberdade de me sentar em uma das cadeiras.

–Sim, senhor. – Respondi, forçando uma voz irritada. Não de nervosismo, mas como se eu estivesse realmente bravo com algo. – Eu gostaria de-

Um barulho alto vindo de fora me interrompeu. E Vergo levantou-se.

–Desculpe, senhor. Apenas um momento.

Ele saiu de trás da mesa e foi até a porta ver o que havia acontecido. “Parece que alguém quer que as coisas deem certo” Pensei. Sabia que apenas com aquilo, não teria tempo para checar a sala, mas daria tempo de fazer algo que me veio em mente do momento que entrei naquela sala: tirar Vergo dela para buscar mais papeis. Num movimento rápido peguei os papeis para registro de boletins de ocorrência. Eles não eram os únicos papeis na mesa, portanto a sua falta não seria percebida imediatamente por Vergo.

Pode chamar todas essas circunstâncias de sorte, mas se eu não soubesse usar minha sorte, não conseguiria nada disso.

Procurei não deixar os papeis fazerem qualquer barulho. Eu levara minha pasta comigo porque sabia que poderia ter a necessidade de usá-la e isso se provou verdade, coloquei os papeis nela antes que Vergo voltasse. Quando ele voltou a sentar-se em seu lugar, propositalmente movi-me para frente, sentando na beirada da cadeira. Eu sabia que isso é uma espécie de linguagem corporal que expressa impaciência, isso focaria Vergo em me atender rapidamente.

–Desculpe-me, senhor. A moça por quem você foi atendido vive causando problemas... Então, como poderia ajudá-lo? – Repetiu sua pergunta. Cruzei os braços para demonstrar minha irritação.

–Eu fui assaltado depois de sair do trabalho. – Menti novamente com o tom irritado. – Gostaria de registrar um boletim de ocorrência.

–Claro. Nossa rede caiu, portando hoje estamos usando esses papeis... – Ele percebeu que já não havia mais papeis sobre sua mesa. – Hm. Eles acabaram. Será que tem algum bloco por aqui...? – Ele passou a olhar ao seu redor, me desesperei e voltei a usar a linguagem corporal para enganá-lo. Passei a bater meus dedos em meus braços. Fiz isso de forma clara para que ele visse, mas sem muito barulho ou atenção para que parecesse sem intenção. – Vou buscar um pouco mais na sala de impressão, um momento, senhor.

Ele disse se retirando. Tive de me segurar para não sorrir. Vergo deixou a sala e fechou a porta atrás de si. Assim que senti que ele não voltaria, me levantei e fui procurar por algo. O quê? Não estou certo do que eu esperava encontrar, mas sabia que encontraria alguma coisa. Eu levara luvas comigo, porque desde o começo eu tinha esse propósito e não queria deixar minhas digitais por todo o escritório de Vergo.

Sabia porque já tivera pistas que Doflamingo estivera naquele local mais cedo. Na mensagem que Eustass me mandara, ele me revelara que naquele dia, mais cedo, Vergo recebera e atendera três ligações de Doflamingo. Não foram ligações curtas, portanto não poderia ser apenas uma conversa comum levada por alguém que ligou para a polícia e foi atendido. Além disso, no ombro de Conis, eu encontrara uma pena rosa.

Doflamingo era uma pessoa extravagante, Luffy me contara. E o que ele mais mencionava era sua peça de roupa favorita: um casaco de penas de flamingo. Mas Luffy me dissera que aquelas penas viviam caindo, em várias ocasiões eu encontrei algumas no garoto. E encontrei uma em Conis, unindo as duas informações, pude ter certeza de que Doflamingo havia passado ali antes.

Procurei em várias gavetas dos arquivos, mas só achei papeis com registros. Estaria gastando meu precioso tempo se fosse ler todos os documentos lá arquivados, portanto não tive essa oportunidade. Estava procurando por meu pote de ouro no final do arco-íris, mas meu tempo estava acabando e o duende voltando.

Mas consegui encontrá-lo. Abri a porta de um pequeno armário e dentro dele, atrás de algumas pilhas de papeis, colocados estrategicamente para esconder o meu pote de ouro, achei um saco de aparência estranha. Abri o saco com cuidado para me lembrar a exata posição que estava antes.

Ele estava fechado por uma corda e nela havia uma pena rosa presa. Sentir meus olhos se arregalarem. “Achei!” Pensei, meu coração bateu forte. Procurei ouvir se os passos de Vergo se aproximavam.

Nada.

Ao abrir o saco vi dinheiro. Muito dinheiro. Apenas notas altas, agrupadas em vários grupos por elásticos. Fazendo um cálculo rápido, concluí que lá existiam milhões de euros. Muitos milhões. Peguei meu celular e tentei tirar uma foto daquilo, procurando enquadrar a pena e o dinheiro. Doflamingo comprara a polícia?!

Mas a câmera não focava. Nesse momento ouvi passos vindos de fora da sala. “Merda, merda, merda... Foca, foca, foca... Vamos, foco!” Pensei desesperado e a câmera focou. Tirei ao menos três fotos daquilo e o mais rápido que pude coloquei tudo no lugar e fui me sentar. Retirei as luvas e guardei nos bolsos de meu casaco.

No momento que me coloquei na mesma posição em que estava quando o delegado saiu, Vergo passou pela porta com um bloco de papeis em mãos. Voltou a se sentar e pegou uma caneta.

–Pronto, senhor. Agora, vou precisar que responda algumas perguntas... – Seu tom de voz mudara. Será que Doflamingo me vira aqui com seus poderes da onisciência, que apenas Deus sabe de onde tirou e o avisara? Não era mais tempo de continuar com a mentira. Já conseguira as informações que eu queria.

–Claro, mas primeiro, eu tenho uma dúvida... – Comecei, já levando minha mão para perto de minha arma.

–Pois não?

–Mais cedo, um homem chamado Doflamingo passou por aqui? – Assim que fiz a pergunta, Vergo começou seu movimento para buscar sua arma, mas eu fui mais rápido, quando ele finalmente tocou a própria arma, eu já estava apontando a minha em sua direção.

Levantei-me lentamente e engatilhei a arma.

–Responda minha pergunta, delegado-ya. – Pedi, usando o máximo de desprezo que pude ao dizer sua posição.

–Sim. – Ele disse engolindo em seco.

Vergo, ainda que naquela posição, tentou puxar sua arma. Mas eu coloquei meu dedo mais firme contra o gatilho.

–Se eu fosse você, soltaria a arma. Acho que você não teria tempo nem de apontá-la para mim. – Ameacei. Minha voz parecia calma, mas devo admitir que eu estava extremamente nervoso.

Vergo lentamente afastou a mão do revolver, que, com minha outra mão, eu tirei dele e joguei longe de nós.

–Bom garoto. Agora, tenho algumas perguntas e gostaria que você tivesse a gentileza de respondê-las... – Ele juntou as sobrancelhas. Vergo estava extremamente irritado, se eu desse uma brecha, ele me mataria ali mesmo. O que me fez questionar o porquê de eu estar ali, mas apenas pensar em Luffy, que sempre está a pedir que eu cure suas feridas, quaisquer dúvidas desapareceram de minha mente. – Para começar, Doflamingo... Saiu da cidade mesmo para negócios? Onde ele está?

–Não tenho obrigação alguma de responder suas perguntas. – Vergo respondeu, mas o suor que começava a brotar em sua testa mostrava que ele estava prestes a ceder.

–Ah, não...? – Fiquei feliz de ter ido preparado para fazer ameaças, puxei do bolso de meu moletom um bisturi e apontei para ele, bem próximo ao seu rosto. – Vamos ver se você ainda dirá a mesma coisa quando não estiver enxergando tão bem... – Insinuei, empurrando seu óculos para cima com o bisturi.

–V-você não...

–Tem tanta certeza disso? – Perguntei aproximando a ponta do instrumento de sua pupila, sem nunca tirar a ameaça da arma de questão.

–Na cidade. – Ele respondeu! Eu consegui uma resposta! Ele falou baixo e rápido, mal pude entender, para ser honesto. Mas ele respondeu. E confirmei a mentira de Doflamingo.

–Ótimo... Mais uma pergunta para você: o que ele pretende fazer com o Luffy?

–Luffy? Quem é esse? – Perguntou e parecia honesto.

–Como “quem é esse”? Luffy, o garoto que o Doflamingo ganhou por dívidas e usa. – Respondi irritado de verdade.

–Ah... O fantoche... – Quando ele se referiu a Luffy daquela maneira eu tive que me segurar para não puxar o gatilho. – Ele... – Vergo sorriu de maneira sombria – Você é amigo desse garoto? Por isso faz tudo isso? – Ele riu baixo, mas parou quando eu apertei mais a arma em sua testa. – Uma pena. O garoto está com os dias contados... Dois meses. É o tempo que ele tem, mas nem precisa se preocupar. Será um acidente. Ao menos para os outros. Além disso, você também não viverá muito para lamentar a morte dele.

Aquilo me irritou tanto que eu tinha certeza de que, se em um mundo com menos leis, eu estaria usando aquele bisturi para abrir Vergo. Para me acalmar um pouco, voltei a me sentar, sem cortar nenhuma de minhas ameaças.

–Seu filho da... Como policial não te dá remorso algum?! – Indaguei, sentindo o sangue subir a cabeça, ele não me respondeu. O desgraçado apenas sorriu. Mas apenas da atitude prepotente, ele estava irritado pela situação geral. Ali, naquele momento, eu estava por cima. Por isso me acalmei para continuar, pouco me importava os planos do Doflamingo, uma vez que eu o impediria. – Quanto tempo Doflamingo observa Luffy? Quantas horas ele gasta com essa obcessão?

–Como eu saberia de uma coisa dessas? – Ele retrucou, mas ao olhar para minha expressão, ele pareceu repensar se era aquele o rumo que queria tomar. – Sempre. Quase vinte e quatro horas por dia. Foi o que ele me disse...

–Parece que você mudou de ideia facilmente sobre sua resposta... – Comentei, ainda processando a informação. Vinte e quatro horas...? Fiquei furioso com aquilo, e enojado também. – Como?! – Indaguei sem qualquer tentativa de disfarçar meus sentimentos.

–Ele mandou que alguém o observasse sempre. Assim como você, Trafalgar.

–E as câmeras da minha casa?! – Perguntei, sabendo que provavelmente a resposta me seria desagradável.

–Claro, elas também tiveram seu sistema invadido em troca de uma boa quantidade em dinheiro. Ele sabe de tudo que você faz... Inclusive daquele pen drive que você carrega e a gravação que está nele. Ah! Claro, como pude esquecer, também aquela cena romântica entre você o fantoche.

Juntei as sobrancelhas, irritado. Aquele desgraçado... Eu nunca quis matar uma pessoa antes, mas naquele momento, era o que eu mais desejava.

–E então? Você pode me ajudar ou não? – Perguntei, mas não obtive resposta alguma.

Decidi que já estava na hora de sair. Guardei o bisturi em meu bolso novamente.

Narrador’s POV

Era complicado explicar o que se passava pela cabeça do delegado a partir da expressão que o mesmo lançava para o cirurgião. Angustia? Raiva? Rancor? Melancolia? Ou todos de uma só vez?. Com os dentes cerrados , olhar fixo no revolver e no gatilho ,o responsável pela delegacia finalmente resolveu abrir a boca.

– Ta, ta! Eu ajudo você contra o Doffy, mas antes, por favor, abaixe essa arma, não é legal conversar seriamente quando um revolver está apontado para minha cabeça - Law sorriu desdém. Não era tão fácil enganar o médico,pois o mesmo era muito esperto para tal.

Trafalgar ajeitou-se na cadeira da delegacia, esticando seu corpo e seu braço direito, com a finalidade de fazer com que o cano da arma quase encoste na testa do maior.

– Mas por que eu abaixaria a arma Vergo-ya? Aposto que no meu primeiro momento de distração o senhor delegado não hesitaria em atirar em mim! Estou certo?

Não houve resposta. O que confirmou a suspeita do cirurgião. Vergo não tinha intenção nenhuma de trair Doflamingo, provavelmente esteja falando da boca para fora que ajudaria o médico contra o mesmo, porém, nada que estivesse fora de seus planos. Para ser franco, Trafalgar já esperava por isso. Então resolveu encenar a fim de convencer o delegado que havia caído em seus planos.

– Bem - Começou - Então nós temos um acordo! Pegue uma caneta e um bloco de notas, anote o número que eu irei lhe passar. Cada passo que Doflamingo fizer, qualquer um que seja, o qual você tome conhecimento, ligue para esse número e avise tudo que sabe, entendido?

Vergo acenou positivamente enquanto revirava o seu balcão em busca de uma caneta.

Após passar todos os dados, Law despediu-se do delegado com uma saudação fria, ainda com a arma levantada. Foi em direção a porta andando de marcha ré, tentando fazer com que o mais velho não saísse de sua vista. Ele ainda poderia aprontar alguma gracinha. Law só relaxou quando saiu completamente do cômodo e fechou a porta.

"Pronto, agora preciso fazer uma ligação" Pensou enquanto saía o mais rápido possível da casa de polícia, pois por mais estranho que possa parecer, ele estava mais seguro no lado de fora e o mais distante possível.

Correu por diversas ruas desertas, prestando pouca atenção no caminho a sua frente, pois era difícil fazer tal coisa quando os olhos estavam fixos na tela de seu IPhone. Discou o número da última chamada e colocou o aparelho em sua orelha.

Enquanto o telefone fazia a chamada, Law aproveitou para olhar a sua volta. Estava em uma rua deserta onde ele conhecia bem. Não estava longe de casa, muito pelo contrário, estava bem perto. Andou cautelosamente em direção ao seu domicílio, olhando com atenção a sua volta, a fim de tentar notar se alguém estava o vigiando no momento. E de acordo com os sentidos de gato do médico, não havia ninguém ali. Pelo menos por enquanto.

Finalmente do outro lado da linha atenderam a chamada.

– Hoje você ta chato eim! O que você quer dessa vez? - A voz de Eustass não estava com nenhum pingo de satisfação. Na verdade ele parecia mais aborrecido que o normal.

– Desculpe-me pelo abuso contínuo que estou lhe causando Eustass-ya, mas prometo que você será compensado generosamente ainda hoje!

– Como irei saber que você não está mentindo? - Indagou impacientemente o maior do outro lado da linha

– Não sabe, para ser franco, a única garantia que poderei dar a você é a minha palavra, nada mais. Mas ainda vou precisar de mais alguns favores seus, Hacker-ya

Do outro lado da chamada, Law pode escutar uma bufada levemente descontente. Kid não parecia estar muito satisfeito em ser explorado daquela forma pelo cirurgião, todavia, resolveu ceder.

– Pode mandar, pois se estiver ao meu alcance, eu farei

Trafalgar não pôde deixar de dar um leve risinho de canto. Sabia que Eustass iria render-se a qualquer momento.

– Bem, primeiro,eu gostaria que você entre no sistema de câmeras internas da minha casa e desative-os o mais rápido possível, e faça com que o sistema não seja capaz de reiniciar, não me importo de você destruir o sistema, mas não quero que você deixe uma brecha para o inimigo retornar a me observar dentro de casa, faça o mesmo dos circuitos externos, pois não quero que saibam que horas eu entro e saio de casa.

"Segundo, quero que você grampeie todos, eu disse TODOS, os aparelhos que estão no nome do Delegado Vergo e da delegacia, além de grampear também todos aqueles aparelhos que pertencem a Doflamingo. Também gostaria que você hackeasse todo o sistema de telefonia pública da cidade, se você for capaz"

"Terceiro, gostaria que você desenvolvesse um programa o qual eu possa saber a localização exata e em tempo real de Doflamingo, não sei como você fará isso, mas você pode usar a localização pelo celular ou qualquer dispositivo eletrônico que lance frequências de rádio ou infravermelho. Darei a você um mapa completo da planta da minha casa e do hospital, pois caso ele apareça em algum dos dois locais, eu poderei saber onde exatamente ele se encontrará"

Law não pôde acreditar na velocidade que havia dito aquilo, mas finalmente conseguiu arranjar uma pausa para poder respirar. No outro lado da linha não houve resposta durante um tempo, talvez Eustass esteja buscando um tempo para poder pensar.

– Bem...não terei muitos problemas para fazer a maioria das coisas, mas quando você disse "Hacker todo o sistema de telefonia pública" você quis dizer "Hackear todos os orelhões da cidade"? - Indagou incrédulo o maior

– Bem, acredito que eu pedi demais, acha que não está a seu alcance?

– Humm...acredito que eu conseguiria, mas demoraria mais de dois meses! Sabe, o governo ultimamente tem um sistema de proteção muito eficaz, a fim de defender qualquer invasor, então confesso que será uma tarefa muito difícil. De resto, os outros requisitos são moleza, apesar de eu estar me arriscando, pois tu sabes que grampear alguém sem um mandato judicial é crime, não é mesmo?

Trafalgar não prestou muita atenção na indagação do mais velho, pois estava muito perdido em seus pensamento. "Dois meses é muito tempo. Tempo o suficiente para Doflamingo virar o jogo. Preciso acelerar esse processo!"

– Eustass-ya, não há nada que eu possa fazer para acelerar o processo de "hackeamento" do sistema de telefonia pública - Perguntou ignorando a pergunta feita anteriormente, deixando a entender que Law sabia muito bem sobre o que pode-lhe acontecer caso a policia pegasse ele.

–Huumm, deixe-me pensar...Para ser franco, existe uma maneira sim, mas acho muito improvável que você consiga...

– Diga logo, pois estou sem tempo - Falou arduamente, interrompendo Kid, pois a sensação de estar sendo observado voltou feito um soco no estômago.

– Err... Tudo bem! - Respirou - Você vai precisar de um código de controle do governo composto por 25 dígitos, que só alguns membros do mesmo ou do exército tem acesso!

– Certo, e se eu conseguir esse código, quanto tempo levaria para você entrar no sistema? - Indagou esperançoso, enquanto na sua cabeça passava uma lista de amigos que trabalhavam para o governo e/ou para o exército.

– Acho que umas 12 horas. - Concluiu o maior

– E em quanto tempo demoraria para você produzir o programa, desligar o sistema de câmeras e grampear todos os telefones? - Indagou baixo, tentando abafar a palavra "grampear", com a finalidade de fazer com que seu perseguidor não escute

– Dois dias!

– Certo, daqui a dois dias eu te ligo para dar-lhe o código, e quando eu chegar em casa, eu lhe envio as plantas e deixo uma quantia generosa na sua conta bancária. Temos um trato?

– Claro!

– Ok, agora tenho que desligar, pois acho que estão me observando nesse momento!

"Luffy, perdoe-me, não vou poder cumprir minha promessa"


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Notas finais do capítulo

Pronto, é isso! Qualquer erro, culpem a Tsuki!! É tudo culpa dela! hahahha, brincadeira! Espero q tenham gostado! E n esqueçam de comentar!

Ah! Claro! Agradeço a todas que recomendaram a fic!! Muito obrigada mesmo! Quando eu tava fora, se eu n me engano, n havia nenhuma, e quando volto, há 5! fiquei tipo "Etaporra", mt obrigada ok??
Ciao Ciao



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