Everything escrita por Érica


Capítulo 13
Uma quase virose


Notas iniciais do capítulo

Oieeeeeeeeeeeeeeeee! Gente, desculpa, mil desculpas pela demora, mas graças a mondié, eu to aqui com um capítulo fofinho para vocês! ;D Desde já agradecendo a compreensão de todos os que leem, comentam, me mandam energias positivas. Beijão! Dedico esse cap a Ana Lú. Um abraço, sua linda! Vamos lá!



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– Hey, não mudou de ideia sobre sair com a gente?

– Não, Hebe. Valeu, mas eu ainda to de castigo, lembra? Além do que, eu to um pouco mal... Acho que vou ficar gripada ou algo do tipo.

– É só isso mesmo? Seu irmão me contou sobre o que aconteceu... Sei que não é da minha conta, mas você sabe o quanto eu gosto de você, então...

– Então o quê? Sério... Você tá viajando. Eu só não to afim de sair, só isso. – Alice riu, um pouco desconcertada, evitando o olhar da cunhada. Hebe sabia ler a amiga muito bem e por isso continuou a tocar no assunto.

– Ou talvez você queira evitar encontrar alguém... O Marcelo estava estranho com o Gui, e eu posso ate supor o porquê. Agora você... Eu não acredito que vocês dois ainda não tenham resolvido essa história de vocês.

– Que história? Não existe história nenhuma... Somos apenas amigos ou nem isso. Ultimamente tudo o que temos feito é brigar.

– E por que essa carinha triste?

Alice desviou o olhar. Hebe se aproximou e sentou-se na cama.

– Eu não to triste... Só que não gosto de tensão com ninguém, mas parece que ele me pegou para ‘Cristo’ e isso tá acabando comi... Com a nossa amizade.

– HUM... Complicado... Nunca falei e aposto que seu irmão também não, mas nós dois nunca fomos fáceis. Eu e ele, bem, a gente brigou desde o primeiro instante que nos conhecemos.

– E ainda brigam! – Enfatizou Alice. Hebe riu.

– Verdade... Mas o ponto que eu quero chegar é que não devia se abater por isso. Você pode ate não admitir, acho que nem faz isso para você, mas eu sei que o Gui é o motivo numero um para toda essa sua tristeza.

– Até parece! Por que eu ia ficar mal por alguém que só bate de frente comigo?

– Porque a gente só briga com quem ama.

Alice corou pela afirmação da cunhada.

– Agora sei com quem meu irmão aprendeu essa mania chata de analisar as pessoas.

– Pode parecer intromissão, mas se você soubesse o tempo que eu perdi evitando Marcelo e o que eu sentia por receio de ser machucada. Só não quero que passe pelo mesmo, não é justo com você nem com ele.

– Se tudo fosse uma simples questão de justiça... – Confessou Alice, já desarmada. Ela não tinha com quem conversar sobre Gui já que tinham muitos amigos em comum, mas sabia que Hebe guardaria para ela tudo o que lhe dissesse – O Marcelo ama você, mas quando isso não acontece? Quando tem mais alguém envolvido?

Hebe pensou sobre o que dizer. Ela não queria falar nada errado e complicar ainda mais as duvidas de Alice, por isso resolveu ser o mais sincera possível.

– A vida é feita de riscos... Se o que você sente vale a pena, por que não lutar? Claro, que às vezes nos machucamos, mas o que são algumas cicatrizes diante de uma futura felicidade. Digo apenas que você tem que viver tudo o que é seu por direito, todo sentimento. Beijar, brigar, amar, chorar... Não importa, só não se esconda e deixe a oportunidade passar.

– Amor, a gente vai se atrasar! – Marcelo surgiu na porta do quarto de Alice. Hebe caminhou ate ele e depositou um selinho em seus lábios.

– Tchau, Alice!

– Boa noite e juízo, hein? Não façam nada do que eu não faria. – Brincou ela ainda muito envolvida pelas palavras da outra. Será que ela teria coragem de lutar por Gui? Será que ela tinha tanta força para enfrentar os próprios sentimentos?

– X –

– De que vale um nome, se o que chamamos de rosa, sob outra designação teria o mesmo perfume? – Indagou Julieta a Romeu.

Gui olhou disfarçadamente para a plateia atenta a encenação... Viu os amigos, Raul, Júlia, Marcelo e a namorada, menos ela. Alice não tinha ido ver a estreia da sua peça, nem ao menos se deu ao trabalho de inventar uma desculpa. Mas ele não podia pensar nisso agora, ele tinha que se concentrar no que fazia. Era um momento crucial para ele já que depois da saída de Madness, ele voltava a encarar uma personagem e queria dar o seu melhor. A repentina exclusão do seriado o tinha deixado receoso sobre sua carreira e sua profissão de ator... Chegou a se questionar se era aquilo mesmo que desejava fazer, se ele tinha mesmo talento. Mas agora ali, em cima do palco, ele sabia que sim: Ele estava no caminho certo.

– X –

– Adorei a peça Gui! Foi ótima, e olha que eu não sou muito chegada a tragédias românticas.

– Que bom que gostou, Hebe. Obrigado por vir. – Gui abraçou a amiga. Após a peça, ele recebia algumas das pessoas da plateia no camarim.

– Oi... – Cumprimentou Marcelo um pouco contrariado. Ele ainda não tinha engolido a história do outro ter mentido e levado à irmã para o apartamento dele. E embora soubesse que não nada tinha acontecido, não gostou da atitude de Gui.

– Êeee... Animação! Será que vocês dois podem parar com isso já?

– Parar com o quê? Amor, as pessoas estão olhando! – Sussurrou para a namorada.

– Não me chama de amor, não! O Gui é nosso amigo, então para de agir que nem criança birrenta e cumprimenta ele direito, Marcelo.

– Não precisa disso, Hebe. – Interviu Guilherme sorridente.

– Precisa sim, poxa! Não é possível que esse cabeça dura coloque a amizade de vocês dois em risco por causa de um mal entendido. Se não fosse você, Gui, eu e ele não estaríamos juntos... E a não ser que ele queira que isso mude, terá que pedir desculpas.

– PEDIR DESCULPAS? Por que eu tenho que pedir desculpas se foi ele que traiu minha confiança? E como assim “queira que isso mude”?

– Foi o que você ouviu! Você escolhe, querido.

Gui assistia a cena, extasiado, não devia ser fácil namorar aquela garota. Por sentir-se penalizado pelo amigo, ele decidiu ajudá-lo.

– Vem cá, Marcelo – Ele abraçou o amigo calorosamente.

– Satisfeita? – Perguntou o loiro com cara de poucos amigos.

– Muito! Ah... Eu ainda sou sua namorada, Marquito.

– Hahahaha... Marquito!

– CALA A BOCA GUILHERME! – Disparou ríspido contra o amigo que ria sem parar.

– Não liga, amor... Deixa só ele arranjar uma namorada pra ‘Cê’ vê! Por falar nisso... A ‘Lice’ pediu mil desculpas por não poder vir.

– Pediu? – Perguntou Marcelo confuso.

– Pediu! – Hebe deu uma cotovelada no namorado por sua falta de noção. Se Alice não ia fazer nada, ela bem que iria dar um empurrãozinho na história desses dois. – Ela ficou muito chateada, sabe? A ‘Lice’ pegou uma dessas viroses que te derrubam por um, dois dias e não pôde vir. Mas ela prometeu que assim que ficar melhor vem ver você.

– Eu, eu... – Ele sorriu meio a contragosto – Espero que ela fique bem.

– Vai sim... E vai ser bem rápido se você der uma ligadinha para ela. Agora nós temos que ir. Beijos, Gui.

– X –

“Mia vai ao cemitério e chora por Fábio. Theo aparece e a consola, mas ela o repele. Mia sonha com Fábio acordada.”

– Mia, parece que as coisas não estão dando muito certo para você também.

– Alice, telefone para você!

– Eu atendo aqui no quarto, mãe. Valeu! – Gritou pegando o aparelho. Não fazia ideia de quem era, mas suspeitou que fosse Amanda ou Júlia para falar sobre os novos capítulos.

– Alô?

– Alice?

Ela quase deixou o telefone cair ao reconhecer a voz do outro lado. Ficou muda por alguns segundos, mas logo voltou ao controle da situação.

– Oi... Por que tá me ligando?

– Errr... Queria saber como você tá. A Hebe me falou que você está doente... Fiquei preocupado.

– Doente? Ficou preocupado? – Alice ficou confusa, mas logo concluiu que a cunhada havia aprontado para ela.

– Claro! Foi esse o motivo por não ter vindo me ver, não foi? Quer dizer... Hoje foi a estreia da minha peça. Pensei que viria, mas se você não se sente bem não tem problema.

– Eu, eu – Alice sentiu-se um monstro por não ter pensado nele e em como se sentiria por não ter ido ver sua peça. Eles ainda eram amigos, mas ela ignorou esse fato e agiu como uma perfeita egoísta. Em contra partida, ele preocupou-se por ela estar ‘doente’ – Não é nada grave... Só uma virose, acho. Cof, cof, cof! – Improvisou uma tosse fajuta para dar mais credibilidade a mentira.

– Você deveria ver isso... Não dê sorte ao azar e deixe que isso se complique, está me ouvindo?

– ‘Pelamorde’ Gui! É bobagem... Pelo jeito que fala ate parece que eu to com um pé na cova. Pior, parece minha mãe me pedindo para usar um casaco no calor de 40°.

– Eu não quis ser chato. Acho melhor eu desligar e deixar você descansar.

– Não, por favor, espera! – Pediu antes que ele desligasse e ela perdesse mais uma chance de apenas falar – Não deixa meu humor te irritar... Eu quando to doente sou um pé no saco.

Ele riu do outro lado da linha e Alice sorriu junto.

– Você fala isso porque nunca me viu doente. Ninguém consegue ficar perto de mim por mais de cinco minutos... Eu esbravejo, brigo, irrito. Sou um doce de pessoa.

– Você não tá falando sério!

– É verdade! Da ultima vez que fiquei gripado, a Camila saiu de casa e só voltou quando teve certeza de que eu estava curado.

– E como você se virou sem ajuda?

– Não sei, só me lembro de me jogar em qualquer lugar e dormir horas a fio.

– AH... Coitado de você! Nunca que eu te abandonaria a própria sorte. Eu ficaria e cuidaria de você.

– Por que faria isso?

– Porque eu gosto de você e me importo.

Um silêncio estranho caiu sobre os dois. Alice se repreendeu internamente por ter falado mais do que devia... Mas era o que ela sentia. Gui por sua vez ficou feliz por saber que se precisasse, Alice estaria lá para ele. Apesar de tudo sempre dar errado, eles achavam uma forma de recuperar a ligação que tinham um com o outro.

– Eu tenho que desligar.

– É... Eu também. Obrigado por ligar.

– Não tem porque agradecer... E Alice.

– Sim?

– Fica bem.

– Prometo que vou... Boa noite, Gui.

– Boa noite, ‘Tampinha’.

– Olha aqui, tampinha é a sua vó!

Mas ele já havia desligado e apesar do quase ‘insulto’, Alice não poderia estar mais feliz. Esse era o poder que Gui tinha sobre ela... Ate um simples telefonema dele lhe tirava do chão.

POV Alice

Eu nunca vou entender ele nem o que ele quer de mim. Quando penso que ele sente algo por mim, as atitudes dele se mostram o oposto do que eu imaginava e eu sempre acabo me lamentando. Mas é só ele aparecer, muitas vezes nem isso, só de escutar a voz dele é como se meu corpo ganhasse vida nova, vida essa que eu tenho que represar de alguma forma. Não sei como posso viver assim, com ele tão perto e tão longe... Com meu coração pedindo por ele quando eu sei que é só um sonho louco. AH, Gui... Por que você não podia ser mais... Idiota? Por que você tem que mandar tanto no meu coração? Acho que John já sabia sobre nós e a musica dele nunca se encaixou tão perfeitamente em nós... Porque tudo o que sabemos dizer é adeus.

POV Guilherme

Por que você Alice? Por que de todas, justamente, você? Seria tudo tão mais simples se não existisse você na minha vida. Mas a verdade é que não posso imaginar viver mais um segundo sem você... Mas você não quer o mesmo e eu tenho que te respeitar.


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Notas finais do capítulo

Até que enfim novembro! Awn... Depois de tantas emoções dos caps passados, esse quase entendimento dos dois foi muito fofo. E como apenas uma cunhada... digo, palavra para bom entendedor basta, eu dando uma de cupida nessa Fic. Marcelo, seu lindo, eu te amo! Beijos e até semana que vem com o retorno da nossa rotina de postagem! Beijos e beijocas coloridas! XD



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