Bairro Das Camélias escrita por kohanneechan


Capítulo 1
Capitulo único.


Notas iniciais do capítulo

Gente que nervosoooo!
é minha primeira fanfic aqui no Nyah e quero muitos reviews me incentivando a postar outras fics, ok?
se gostarem por favor me avisem!
aproveitem!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/409227/chapter/1

Bairro das camélias oneshot de minha autoria

O anoitecer gelado daquele dia fazia Nina andar mais depressa pelas ruas daquele bairro abandonado. Sua vontade era de chegar logo em seu apartamento de temperatura controlada na divisa do jardim das camélias, bairro em que estava agora, com o novo centro comercial. Queria ver se sua mãe estava bem e alimentar Nikki, seu pequeno gato siamês e Tomar uma xícara quente de chá de boldo enrolada em seu cobertor felpudo.

Ouviu o barulho de rosnados baixos próximo de onde estava e apressou seus passos, olhou novamente para o relógio branco em seu pulso delicado, já passava das oito horas e a temperatura parecera cair mais três graus nos últimos minutos, com as mãos, fechou mais seu casaco azul marinho da escola e firmou seu braço esquerdo por cima da alça de sua mochila, passou na frente de uma velha confeitaria e se assustou com seu reflexo. Os curtos cabelos louros platinados estavam bagunçados, sua franja jogada de qualquer jeito cobria os grandes olhos castanho-avermelhados marcados pelas olheiras profundas e escuras, sua pele pálida naturalmente parecia ainda mais branca e suas bochechas e o pequeno nariz estavam rosados.

Os barulhos voltaram mais uma vez, Nina deixou seus olhos vagarem em busca de algo que se mexe se, mas não havia nada ali.

Sentiu-se sendo observado, um arrepio subiu por sua espinha e o pânico tomou conta de seu corpo, ainda assustada, pois a andar devagar contando até dez em voz alta, quem passasse por ali iria achar que ela era louca, mas, quem em sã consciência passaria por ali aquela hora? Nem ela passaria! Justo naquela tarde havia perdido o ônibus que parava perto de sua casa, tudo por causa de uma brincadeira sem graça de alguns colegas de sua classe. Esconderam sua mochila a qual achou bem mais tarde em uma sala que aparentemente não era usada a muito tempo, os mesmos a trancaram lá e só pode sair quase duas horas depois quando o faxineiro ouviu seus pedidos de ajuda.

Brincadeira sem graça não, bullying!

Decidiu que no dia seguinte iria relatar tal acontecimento ao diretor. Seus pensamentos foram cortados por um grito abafados seguido de um baque surdo. Do beco a sua frente escorreu um viscoso liquido de cor escura e o cheiro férreo de sangue se espalhou, seu coração acelerou, batia tão rápido como o de um rato, e então, ele parou.

Esquelético, seco como a morte, eram alto quase dois metros de altura estavam de quatro sobre o cadáver gélido de uma mulher, à medida que a mão cinzenta e leprosa do ser passava pelo rosto dela pareciam envelhecer, os antes sedosos cachos negros jaziam esbranquecidos como a pele que envelhecia gradativamente, rugas apareciam aqui e ali enquanto se esticava sobre os ossos do corpo todo, a carne que restara apodrecia rapidamente e logo só havia ossos que com uma brisa suave viraram pó e se espalharam pelo ar.


A criatura que antes olhava para as roupas que ficaram levantou sua cabeça em direção a Nina, seu crânio era no mínimo duas vezes maior do que a de um humano e muito mais fino, não mais largo do que a palma de uma mão adulta, seus olhos eram vermelhos, sem pupilas ou brancos, ele sorriu, sua boca era a parte mais aterrorizante, tomava conta de toda a parte inferior de seu rosto repugnante, não havia lábios e seu sorriso era animalesco, dentes grandes e pontudos tingidos de vermelho. De sua garganta uma voz cavernosa saiu, pedia sangue, queria sangue.


Não demorou muito para a razão voltar a seu corpo, suas pernas ainda tremulas puseram a correr em direção contrária ao monstro, lágrimas escorriam pelas suas bochechas, sentiu ânsia, o gosto em sua boca ficou amargo. Correu o quanto pode, uma quadra, duas, um quarteirão inteiro. Já podia ver a pequena placa azul que marcava a divisa dos bairros, faltavam poucos quarteirões, estava ofegante, a lateral externa de sua perna direita ardia, um grande esfolado podia ser visto de longe, a pouco atrás tropeçara em uma pedra e caíra no asfalto.

Parou respirando pesadamente, já não ouvia os passos pesados nem os grunhidos enraivecidos da criatura, se acalmou

Talvez a coisa tivesse a perdida de vista, pensou esperançosa, andou calmamente mais duas quadras, o coração voltara a seu ritmo compassado. Pensou que aquilo poderia não ter passado de uma alucinação ocasionada pela fome. Ouviu um sussurro baixo perto do ouvido e tudo escureceu.

No dia seguinte os pertences foram achados, sem rastros do corpo o caso foi dado como encerrado, na cena do crime apenas sangue e roupas. Ninguém sentiu sua falta, a investigação não foi parar na mídia, e os poucos que trabalharam nela já não ligavam para o que teria acontecido com a garota.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

então, como me saí?
por favor sem leitores fantasmas, foi só um capitulo, não deve ser difícil comentar né?