Coraline E O Mundo Secreto escrita por Autêntica


Capítulo 1
Capítulo 1 - Nova casa


Notas iniciais do capítulo

Só leiam e espero que gostem :)



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Casa: velha, rosa, nojenta, enorme e localizava no meio do nada. Ótima primeira impressão sobre o local. 

Um mês atrás meus pais haviam me dito que iríamos nos mudar porque a vida na cidade estava muito difícil e que, já que trabalhavam com jardinagem, precisavam de um amplo jardim para plantações. De início achei que era brincadeira. Sei lá. Morava em Boston desde que me conhecia por gente e agora, do nada, meus pais queriam ir morar no fim do mundo, onde não havia TV, telefone, sinal de celular, internet... Moraríamos numa caverna, praticamente!

Passaram-se duas semanas e a ideia da mudança ainda estava de pé, ou melhor, estava até parecendo que ia rolar. E eu cada vez ia ficando mais deprimida. Poxa, como eu ia falar com os meus amigos? Como iria saber sobre o que estava acontecendo no mundo enquanto eu vivia? Como eu ia entrar no Instagramou no Facebook?

Enfim faltavam-se quatro dias para a mudança, tudo já estava preparado.

Me mudei sexta-feira à tarde, depois da aula. Me despedi dos amigos e pedi a transferência para o colégio que ficava mais próximo da minha nova casa. Droga, estava acontecendo mesmo.

Cheguei no meu novo lar depois de várias horas. Tive uma péssima primeira impressão sobre ele. Saí do carro e explorei com olhos o local. Tinha um jardim enorme, bem como meus pais precisavam. A casa era dividida ao meio, pois era muito grande para minha família. Haviam duas senhoras que moravam abaixo da casa e um homem, em cima.

- Coraline, pode, por favor, andar mais depressa com essas malas? Daqui a pouco vai chover e eu não quero que você pegue uma gripe! - gritou minha mãe.

- Tudo bem, Sra. Jones, já estou indo. - respondi.

Cheguei perto da casa. Vi uma placa, onde estava escrito: Palácio Cor De Rosa. Uau, como aquilo, um dia, pôde ter sido chamado de palácio? Subi os degraus e entrei. A casa era tão velha por fora quanto por dentro. Tudo estava empoeirado e dava pra ver uns insetos mortos ao longo do corredor. "Que nojo!", pensei.

Fui ao cômodo cujo eu consideraria meu quarto por um bom tempo. Estava vazio. Pelo menos um lugar da casa eu poderia decorar como quisesse. Coloquei minhas malas no chão e fui à sala, onde estavam meus pais.

- Coraline, pare de me olhar com essa cara de desgosto. Vá lá fora explorar o local, mas se começar a chover volte correndo, entendido? - disse minha mãe.

- Ah, tudo bem... - respondi, totalmente desanimada.

- Querida, logo você irá se acostumar com o lugar, é só esperar um pouco, aposto que você irá se divertir muito aqui. - disse meu pai, completamente enganado.

- Duvido. - respondi, indo em direção à porta.

O dia estava nublado e frio, com certeza logo ia chover. Fui andando em direção às árvores. Andei, andei, andei... Logo, avistei uma tampa no chão. Corri, o que seria aquilo? Quando me aproximei vi que era um poço. Estava tampado com uma tampa de madeira, provavelmente para impedir que algo ou alguém caísse nele. De repente, ouvi um barulho. Olhei para trás. Avistei um menino, devia ter a mesma idade que eu, tinha cabelos bem encaracolados. Não consegui ver seu rosto pois estava com uma máscara. Ele estava numa moto, vindo na minha direção. Quando chegou bem próximo de mim, freiou bruscamente e o gato que estava dentro de sua camisa (sim, dentro da camisa) colocou a cabeça para fora, como quem diz: Caraca, para com isso!

- Meu nome é Will - apresentou-se o menino, já sem a máscara - Desculpe se te assustei, ainda não sei andar muito bem com ela... - apontou para a moto - Mas enfim, você é a nova moradora do Palácio Cor de Rosa?

- S-sou.. - respondi - Meu nome é Coraline. COraline. Me mudei hoje. Você é um dos outros moradores da casa?

- Não, moro aqui perto, eu nunca moraria naquele lugar... - respondeu o menino, que agora eu sabia que se chamava Will e que era considerado aceitável na escala de beleza. Peraí, o que ele tinha dito?!

- Ué, por que não? - perguntei, confusa.

- Bom, eu moro com a minha vó e ela sempre diz que eu não posso chegar nem perto de lá porque.. Ah... Ela acha perigoso, sei lá.

- WILLLLLLL!!!!!!!! - gritou alguém.

- Bom, é a minha vó, tenho que ir. - montou-se na moto, colocou seu gato dentro de sua camisa e saiu, antes que eu pudesse impedir.

Decidi voltar para casa, afinal, o que eu ia ficar fazendo ali?

Quando cheguei em casa, deitei na minha cama improvisada e pensei no que Will havia me dito: "como assim o palácio é perigoso? Deve ser só uma invenção da vó dele..." No meio dos pensamentos, peguei no sono.


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Notas finais do capítulo

Por que será que a vó de Will acha o Palácio perigoso????
Até o próximo capítulo, espero que tenham gostado beijosss



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