Depois de uma longa explicação para a enfermeira sobre o que tinha acontecido e como eu já estava bom de uma hora para outra, ela nos liberou, me despedi de Alvo enquanto ele ainda continuava surpreso pelo o que aconteceu. Voltei para a torre de corvinal e tentei me desconcentrar um pouco lendo alguns livros, depois de algumas páginas lidas, decidi ir dormir.

Fui acordado no meio da noite por um sentimento estranho na minha espinha, quando abri os olhos eu vi uma fantasma perto da minha cama olhando para mim diretamente.

– Não pode ser… - Ela comentou para si mesmo.

– Hein? - Perguntei.

– Você não pode… Ou pode? - Ela se perguntou de novo.

– Quem é você? - Perguntei confuso.

– Hã? Ah, meu nome, não te interessa! - E ela sumiu.

Tentei voltar a dormir, mas estava muito confuso sobre o que tinha acontecido.

O dia amanheceu e não tinha conseguido dormir.

Me encontrei com Alvo, Emillia e Scorpius perto do grande salão. De lá fomos para as aulas, nem prestei muita atenção, tanto que dormi em todas as aulas e não consegui anotar nada. No almoço eu já até estava mais descansado, então percebi quando Rosa se aproximou de nós na hora do jantar, que nem tinha tanta gente assim, ela me cumprimentou normalmente, como se nada tivesse acontecido.

– Ei, porque você está assim? - Perguntou ela.

– Não consegui dormir - Respondi sonolento.

– Ele disse que uma fantasma estava espiando ele no meio da noite e depois foi embora sem explicar nada, então ele ficou acordado a noite toda - Scorpio completou.

– Acho que você está falando da Dama Cinzenta - Ela disse.

– Hãn? - Perguntei.

– A Dama Cinzenta era a filha de Rowena Ravenclaw, ela morreu por causa do Barão Sangrento que a matou por causa de sua raiva, depois ele se matou, logo, ela virou o fantasma da Corvinal, mas não sei o que ela estava espiando… - Ela disse.

– Bom, ouvi ela dizendo coisa para ela mesmo, tipo “Você não pode ser… Ou pode?” e coisas assim - Falei.

– Ah, tive uma ideia, me encontrem na biblioteca hoje às dez horas - Rosa falou se levantando.

– Mas não podemos sair das torres depois das nove! - Alvo disse.

– Arrumem um jeito! - Rosa disse voltando por onde ela tinha vindo.

Depois as aulas passaram sem nenhuma complicação, e logo já eram 10 da noite, ninguém estava no salão comunal quando eu sai dos dormitórios, já estava saindo para a porta quando eu ouvi algo atrás de mim.

– Vai à algum lugar? - Ouvi uma voz familiar atrás de mim.

Quando me virei eu vi a tal garota que transformou minha mão num vegetal, a tal Nightgale.

– E te importa? - Perguntei cético.

– Se estou perguntando, claro - Ela respondeu.

– Bem, vou a biblioteca, está feliz agora? - Perguntei.

– Você sabe que é contra as normas da escola, não? - Perguntou ela.

– E dai? - Perguntei.

Ela ficou calada, aproveitei a situação para ir embora.