Sabe quando você acorda cedo aos berros de sua mãe? Então é exatamente assim que eu me defino no momento.

-Claryssa venha tomar café da manha logo.

-Já vou

-Agora!

-Ta, ta.

A já ia quase me esquecendo, meu nome é Claryssa, mas todos me chamam de Clary. Tenho 16 anos, cabelos pretos na altura da cintura e olhos castanhos. Não vou falar que sou a pessoa mais linda do universo, mas até que sou apresentável. Bom eu moro com a minha mãe Jennifer, meu pai Roberto e meus irmãos gêmeos (capetas) Ryan e Lindsay de 6 anos. Não tenho muitos amigos e nem melhores amigos como a maioria das meninas da minha idade. Mas tenho o Bryan que ainda não tenho uma definição para nós, ele chego a pouco tempo na minha escola e venho conversando com ele, apenas isso.

-Claryssa eu não vou falar de novo. - berrou minha mãe.

-Eu já to indo caramba.

-Respeito menina.

Levantei no custo da minha cama, afinal o frio de NY é rigoroso demais. Fiz minha higiene matinal, me arrumei pra escola do mesmo jeito de sempre. Blusa do uniforme, calça jeans, uma blusa de lã, casaco feito especialmente pra dias em que neva luvas e por fim um cachecol. A é claro, não podia esquecer o meu vans vermelho. Desci para tomar café e minha mãe estava dando bolacha para meus irmãos.

-Bom dia Filha.

-Bom dia mãe, bom dia pestinhas. – ela me olho feio e eu ri baixinho – Cadê o papai?

-Ele já foi trabalhar, esta cheio de casos para resolver. – Não sei se mencionei, mas meu pai é advogado, e vive pro trabalho.

-A sim – falei baixo. Me sentei na mesa, tomei chocolate quente ( quase pelando) e fui em direção a porta.

-Tchau mãe, tchau pequenos demônios.

-Clary – resmungou minha mãe. – Tchau filha, se cuida.

Minha escola era a 3 quarteirões da minha casa, coisa de 10 minutos no Maximo. Coloquei meus fones, ao som de heart by heart e caminhei para escola. Cheguei no horário como previsto e fui direto pra sala. Coloquei os livros em cima da mesa e me deitei sobre eles para esperar o sinal e a professora. Mas como eu não tenho paz nessa escola e em lugar nenhum senti um leve cutucão na costela.

-Ei, clary – falou Bryan.

-Olá – eu disse.

-Posso me sentar ao seu lado nesta aula?

-A, claro. Mas se eu dormi não se incomode a primeira aula de hoje é muito chata.

-Tudo bem. – ele se sentou – a propósito estou sem os horários das aulas, a primeira é de que matéria?

-Sociologia

-Puts, acho que vou te acompanhar em dormir. – eu ri.

-Fique a vontade. – me apoiei nos livros mais uma vez e depois disso só me lembro do sinal batendo e a aula terminando. Levantei a cabeça e Bryan dormia do meu lado, com a cabeça enfiada nos livros.

-Bryan, Bryan acorda – cutuquei ele.

-Hã? Que?

-Ai menino, deixa de ser mongo. A aula acabou, agora temos 2 aulas de matemática e acho melhor ficar bem acordado.

-Eu estava ate sonhando – ele riu – acho que ninguém merece acorda de um sonho bom e logo ter 2 aulas de matemática – agora eu ri também.

-Digo o mesmo. – O professor entrou na sala, e todos, inclusive nós nos viramos e começamos a prestar atenção na aula. O assunto não era difícil, mas sim complicado. Era algo relacionado à matriz. As outras aulas passaram rápido, e finalmente o horário de ir embora chegou.

-Vou indo Bryan, até amanha. – Me levantei e fui indo em direção à porta. Mas alguém me impediu segurando meu braço.

-Se quiser eu te acompanho até em casa – disse Bryan.

-A que isso, não precisa. Eu moro aqui pertinho.

-Eu faço questão. Vamos?

-Se insiste, vamos então.