– Você não vai falar nada? -Desmond me chacoalhava.

– Como você sabe disso?

– Como?

– Como você sabe que eu sou uma assassina? Quem te falou isso? - Pulei em cima dele o segurando pela gola do moletom.

– Você já sabia?

– Sempre soube cabeça. - O soltei e me sentei novamente.

– Sério?

– É meio obvio não?! Todos da minha família são assassinos.

– Não acredito que você já sabia.

– Pelo jeito você acabou fazendo seu dever de casa errado.

– Então você já matou alguém?

– Claro que não, decidi que viveria uma vida normal, não quero que me aconteça o mesmo que aconteceu com minha família.

– Você também sabe que eles foram mortos por serem assassinos?

– Sei, eu sei de tudo.

– Mas agora você precisa “soltar” a assassina que existe em você.

– Não, minha vida está muito boa assim.

– Você não está entendendo boneca.

– Já mandei não me chamar de boneca!

– A coisa é grave, você precisa me ajudar.

– Bela assassina.

– Isso não foi uma decisão que eu pude tomar, já nasci em uma família de assassinos.

– Mas nós dois juntos podemos destruir Vietch.

– Vie... O que?

– Vietch. Neto de Hitler, ele quer ter o controle do mundo.

– Como se ele pudesse.

– Poder não pode, mas ele vai dar um jeito, nem que ele tenha que matar meio mundo que não o apoiar.

– Desgraçado!

– Então, aceita me ajudar?

– Tenho que pensar.

– Que? Não, não tem.

– Tenho sim, não é tão fácil.

– Olha eu sou um dos melhores assassinos, irei te ensinar tudo.

– Uma semana.

– Para que?

– Me deixa pensar por uma semana, resolver as coisas, depois te dou uma resposta.

– Fazer o que. - Se levantou e dirigiu-se até a porta. - Mas pense, é o futuro de um planeta em suas mãos. - E simplesmente abriu a porta e sumiu de meu campo de visão, me deixando atordoada.