Finalmente lar doce lar. Depois de um dia cansativo de trabalho não tem nada melhor que estar em casa.

Me joguei no grande e fofo sofá da minha sala e senti algo pular em cima de mim e começar a lamber todo meu rosto. Ó sim, Connor.

– Meu bebê. - Agarrei-o e comecei a lhe fazer carinho. - Que saudade. - Recebi latidos em resposta.

Algumas horas mais tarde eu estava deitada em minha cama lendo em livro qualquer, meus olhos estavam quase se fechando quando meu telefone tocou. Quem estaria ligando a uma hora dessa? Já era quase uma da manhã. Segui até a cozinha onde ficava o telefone.

– Alô? - Ninguém respondeu. - Alô? - Nada. - Mas que droga! Quem é? - E tudo que escutei foi o "tu,tu,tu". A pessoa havia desligado.

Em meio ao silêncio da casa Connor começou a latir muito. Larguei o telefone em cima do balcão e fui atrás do meu cão.

Ele estava parado, latindo e olhando pra janela. Estranho. Fui até lá e abri as cortinas e consegui ver que tinha alguém parado no alto do prédio que ficava ao lado do meu. Como hoje era lua cheia, e ela estava com um brilho incrível, consegui ver mais ou menos como a pessoa era. Era um homem alto, forte, sua roupa era normal, ele usava calça jeans e um casaco de moletom com um capuz que deixava apenas sua boca e maxilar a mostra. Ele olhava toda a cidade iluminada lá de cima, não sei por que e nem como mas ele me lembrava o homem de hoje cedo lá da cafeteria, pode ser coincidência, mas sua roupa pelo menos era igual, pena que não conseguia ver seu rosto por completo. Droga, ele me viu. Então rapidamente fechei as cortinas e corri para meu quarto, me deitei na cama e me cobri com meu cobertor e mesmo estando assustada logo adormeci.