back to the past escrita por mareana


Capítulo 16
Bad


Notas iniciais do capítulo

Olha quem resolveu cuspir ~eike nojo~ o chá de sumiço e aparecer de novo! :v (essa carinha fica muito mais legal no fb, então imaginem ela aqui)
Não vou ficar pedindo desculpas e tudo o mais, porque vocês já devem estar cansados disso. Saibam que eu sou uma pessoa super desorganizada, então isso já justifica tudo.
~~~~~~~ MAS ENTÃO ~~~~~~~
Já tenho os próximos capítulos "resumidos", então é provável que eles não demorem (não vou prometer, porque se não se ferra com tudo)
Obrigada aos mais de 140 leitores! Vocês são demais!
E já estamos com mais de MIL VISUALIZAÇÕES!!!!1onze
FIQUEM COM O CAPÍTULOOOO



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Annabeth POV

Apesar de estarmos no fim de novembro, em pleno outono, a brisa daquela tarde de segunda-feira estava fria e acolhedora. Mesmo de moletom, jeans e touca, eu estava um pouco arrepiada.

Depois de enfrentar uma prova ridiculamente fácil de química, e me esconder de Percy, no banheiro feminino, até o fim da aula, minha mãe passou na escola para me buscar e agora estamos na entrada do cemitério, para fazer uma visita ao meu pai.

Nem parece que faz um mês que eu estava voltando da livraria e fui cercada pelos vizinhos murmurando coisas como: "Coitadinha!" ou "Será que ela já sabe?".

Aquele foi o pior dia da minha vida e tenho pesadelos regularmente por causa disso. É terrível.

Hoje é a primeira vez, depois do enterro, que mamãe e eu fomos lá.

Lógico que o ar de um cemitério não é dos melhores. Enquanto minha mãe falava com a "recepcionista", vi uma mulher, - em uma das capelas - chorando e abraçada ao caixão, que haviam acabado de fechar. Ela me lembrou minha mãe no dia do enterro de meu pai, e tenho certeza, que eu não fiz diferente.

Aquela cena me deixou triste e resolvi voltar a encarar o chão.

– O coveiro vai acompanhá-las - escutei a recepcionista dizer, enquanto minha mãe passava o braço em volta do meu.

* * *

Chegamos até um gramado, onde haviam diversas pedras de granito com vários nomes e frases gravados, com flores em cima - a maioria, murchas -.

Bem no meio, estava a do meu pai:

Frederick T. Chase

1976 - 2012

O amor e a loucura andam sempre juntos.*

Ver aquilo me deu vontade de chorar, e vi que minha mãe não estava muito diferente. Ela não parava de fechar os olhos e suspirar, então me mantive forte. Por ela.

– Ele não gostaria de vê-la assim, mamãe - falei, sorrindo - Lembra de quando ele chegava do trabalho e sempre me contava uma história? - dei uma risada - Ou daquela vez que ele inventou uma desculpa esfarrapada, porque não queria que a senhora soubesse que ele estava inventando outra coisa?

Ela deu um sorriso tímido e balançou a cabeça, assentido. Só de vê-la sorrindo, já me senti bem melhor. Aproveitei o momento, e apoiei a cabeça em seu colo. Já que estávamos juntos - os três -, resolvi contar tudo que havia acontecido nas últimas semanas. Quando terminei, minha mãe deu uma risada.

– Isso parece uma novela! - ela sorriu - Se estivesse passando na TV, eu não perderia nenhum capítulo!

– Mãe! - resmunguei e ri.

Ela parou de rir e me encarou.

– E você acreditou no Max? - ela perguntou.

– Claro - respondi - Por que eu não acreditaria?

Ela ficou pensativa por um momento e depois disse:

– Eu encontrei Tereza no shopping ontem - ela colocou uma mecha atrás da orelha - Nós conversamos e ela acabou me contando que ia voltar a morar na Espanha - ela passou a mão pelos meus cabelos e olhou para a sepultura do meu pai - Você acha que ela resolveria ir pra lá se tivesse voltado com o Peter?

Peter é o nome do pai de Max. Um cara alto, de cabelos lisos e um sorriso bastante sedutor. Tereza, mãe de Max, é uma mulher baixa, com os cabelos muito cacheados e é a pessoa mais simpática que existe. Ela nasceu na espanha e fala seis línguas diferentes, o que eu acho incrível. Já o Max, é uma mistura dos dois.

Há uns seis meses, Tereza descobriu que Peter a traía e pediu divórcio. Max, como já estava no último ano, ganhou um apartamento para morar sozinho e ficou por aqui mesmo. Tereza se mudou para a Califórnia, e depois voltou. Peter também ficou por aqui.

– A senhora acha que... - não consegui terminar de falar.

– Eu tenho certeza que os seus amigos pensam o mesmo que eu - ela disse - Acho o Max uma pessoa maravilhosa, mas você não acha essa história estranha demais?

– Mas... - murmurei e pisquei algumas vezes.

– Que tal você ligar pras meninas e chamá-las lá em casa? - minha mãe disse, mudando de assunto - Elas com certeza terão uma resposta melhor que a minha.

– Ah, tudo bem... - murmurei novamente.

– E não me chame de senhora de novo - ela resmungou.

* * *

Percy POV

– Eu tenho mesmo que fazer isso? - perguntei pela milésima vez.

– Tem - Apolo respondeu.

Eu estava vestindo um colete e preso em uma tirolesa que ia do palco até a outra ponta do estádio, onde eu iria me apresentar esta noite.

– E se eu cair ali no meio? - perguntei - Você sabe que vai ter cinco mil meninas ai no meio e se eu cair, não volto mais. Sabe disso, né?

– Você não vai cair, pelo amor de Deus! - Apolo resmungou - Cada dia que passa, você fica mais neurótico que a Ártemis.

– Mas você ainda não respondeu o que acontece se eu cair - retruquei.

– Ali no meio, não vai estar vazio - ele respondeu, apontando - O chão vai estar acolchoado, e os seguranças vão estar formando uma barreira...

– Mas e se eu cair antes de chegar lá? - interrompi.

– Caralho, menino! - ele berrou - Sobe nessa merda logo e desce essa porra antes que eu mesmo te derrube daí.

– Estressadinho - murmurei.

Subi o último degrau que faltava e encarei a vista. Era bem bonito, e ficaria mais ainda durante o show.

– Certo, soltem a música... - Apolo disse, no microfone.

Minha voz começou a ecoar pelo estádio e eu tenho que admitir, eu sou muito bom. Eu ainda acho estranho me ouvir no rádio ou entrar em um site qualquer e ter fotos minhas, ou passar por uma banca de revistas, e me ver na capa de várias delas.

– Quando começar o solo da guitarra, você vai - Apolo avisou.

Assenti e fiquei dançando, enquanto esperava. Toda a equipe estava rindo de mim, e mesmo assim, eu me senti um pouquinho melhor.

As últimas semanas foram um pouco tensas, tanto para mim, quanto para os meus amigos. Passei a manhã inteira procurando Annabeth pela escola, mas Thalia, Clarisse e Silena se recusavam a me dizer onde ela estava. O que, obviamente, não me ajudou nem um pouco.

Desde que nos beijamos, não consigo parar de pensar nela um segundo. E não falei com ela desde que isso aconteceu, o que está me dando nos nervos.

Estava tão distraído com isso, que nem percebi que o solo da guitarra havia começado, e que Apolo estava berrando para eu descer na tirolesa.

Desci alguns segundos atrasados, mas tudo bem.

A sensação do vento batendo no meu rosto era ótima. Me permiti virar e descer de costas, o que foi uma ótima ideia, já que eu poderia chegar do outro lado em pé. Na outra ponta do estádio - onde eu iria descer -, haviam colocado uma plataforma, onde eu ficaria até terminar a música. Achei aquilo incrível, e este foi o primeiro show que inventamos de fazer isso.

Quando cheguei ao outro lado, desci em pé - o que eu torci para que acontecesse - e tirei o colete de segurança, ficando só com a minha camisa e a bermuda. O microfone estava preso ao pedestal, e esperei a música terminar.

– Isso foi incrível! - eu disse no microfone - Vocês são demais, galera.

* * *

No fim do show, toda a equipe estava satisfeita. O negócio da tirolesa deu certo - e eu não atrasei de novo -, o público estava muito animado e eu nunca havia me divertido tanto em um show.

Antes de ir embora, eu teria que atender um grupo de fãs que haviam conseguido passes para ir até o camarim. Não é sempre que tem isso nos meus shows, é só quando deixam. Mas dessa vez, eu disse que não faria show nenhum, se não deixassem um grupo entrar no camarim.

É sempre divertido fazer isso, com exceção das vezes, em que rasgam a minha camisa ou tentam cortar fios do meu cabelo. Fora isso, é sempre divertido.

Quando saí do palco, troquei de camisa e bebi um pouco d'água. Fiquei sentado em uma cadeira, enquanto esperava o grupo entrar.

– Percy, já podemos mandá-los entrar? - Patrick, meu segurança, perguntou.

– Claro - respondi.

Patrick abriu a porta, e um grupo de dez pessoas entrou. Eram todas meninas, e usavam uma camisa branca com a minha marca.**

Assim que elas me viram, ficaram histéricas. Cinco seguranças estavam em volta delas, pedindo que ficassem calmas, e formassem uma fila. Foram necessários vinte minutos para que elas se acalmasse, e eu pudesse recebê-las. E mesmo estando todas na fila, e eu tendo que tirar fotos com cada uma e dar autógrafos, elas não paravam de fazer perguntas:

– Percy, é verdade que você terminou com a Calypso? - uma loira perguntou.

– Percy, você casaria comigo? - uma menina baixinha perguntou.

– Percy, em que escola você está estudando?

– Percy, tira foto comigo, sem camisa?

– Percy, me engravida?

Era uma pergunta mais louca que a outra.

Em menos de uma hora, eu já havia conversado e tirado fotos com quase todas elas, mas elas insistiram em ficar mais um pouco e fiquei conversando com elas. Era até estranho vê-las tão calmas, já que, há uma hora atrás, estavam berrando.

Assim que a última menina saiu, fui até o frigobar para pegar uma garrafinha de água.

Escutei a porta sendo aberta, e depois trancada. Me virei e vi a pessoa que eu menos queria ver agora.

– Oi, Percy - Calypso disse, com um sorriso travesso no rosto.


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Notas finais do capítulo

* Encontrei uma frase parecida com essa num artigo sobre o Einstein e gostei dela. Achei que combina bastante com o Frederick.
** No lugar do preto, imaginem tudo azul. Peguei deste tumblr: heroesofolympussy.tumblr.com
Gostaram do capitulo? Eu espero que sim!
Me contem como foram as férias de vocês?
Beijossssssss



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