A Força De Uma Paixão. escrita por Kah


Capítulo 42
Festa...




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Recebemos os convidados na mansão, onde uma festa de recepção nos aguardava no imenso jardim, ali teríamos mais tempo com os convidados e amigos.

Eu estava tão feliz que era impossível não notar, a todo o momento alguém vinha nos parabenizar e elogiar pela cerimônia. Carlos Daniel mantinha os braços um tanto possessivo em minha cintura, só se afastando quando precisava receber os cumprimentos de alguém.

Tivemos bastante tempo para conversamos com quase todos os convidados, partimos o bolo e oferecemos o primeiro pedaço um ao outro. Tudo estava perfeito.

Quando a musica soou pelo jardim, Carlos Daniel me tomou para a primeira dança, dançamos com suavidade sobre as luzes que cintilavam sobre nós os olhares de todos ali presente.

— Não vejo a hora de sairmos daqui e poder te ter em meus braços. – Carlos Daniel sussurrou em meu ouvido.

— Carlos Daniel! – o repreendi sentindo meu rosto corar.

— Apenas digo a verdade senhora Bracho. – ele sorriu me fazendo sorrir também e se inclinou para me beijar.

Senti os flashes das câmeras sobre nós.

— Também não vejo a hora de estar com você – admite o beijando mais uma vez.

A música mudou e Rodrigo se aproximou de nós.

— Posso dançar com a noiva? – perguntou sorrindo olhando para Carlos Daniel – Você esta monopolizando muito a Paulina.

—Hmmm... – Carlos Daniel sorriu olhando para o irmão - deixo você dançar com ela, mas ficarei de olho. – ele disse em tom divertido.

— Tudo bem Carlos Daniel, - Rodrigo sorriu – irei me comportar.

Começamos a dançar e alguns convidados também começaram a bailar a nossa volta, procurei Carlos Daniel com os olhos e sorri ao vê-lo dançar com Lizete nos braços.

— Obrigado Paulina. – Rodrigo disse atraindo minha atenção a ele.

— Obrigado? – perguntei confusa.

— Por estar fazendo meu irmão tão feliz. – ele sorriu.

— Bom, Carlos Daniel também me faz muito feliz. – sorri.

— Eu sei, alias todos perceberam a alegria estampada em seus rostos.

— Amo Carlos Daniel com todas as minhas forças.

— E pode ter certeza que ele te ama da mesma maneira. – Rodrigo sorriu – Comigo e Patrícia não é diferente.

— Eu sei... – sorri.

— Ah, e só pra constar, vou querer logo ter um sobrinho.

— Rodrigo! – disse sorrindo envergonhada.

— Mas agora é serio, - disse ele – desejo que vocês sejam muito felizes.

— Obrigada Rodrigo, - agradeci – e eu já estou sendo.

Depois de dançar com Rodrigo ainda tive que “conceder uma dança” com mais alguns convidados, vi Carlos Daniel dançar com vovó Piedade antes de ir ate minha direção.

— Pensei que não voltaria a dançar com você. – ele disse envolvendo os braços ao meu redor.

— Aconteceu alguma coisa? – perguntei recostando minha cabeça em seu peito e senti seus braços me apertarem.

— Apenas os homens dessa festa que queriam dançar com você a qualquer custo. – disse divertido enquanto movíamos suavemente no ritmo da musica.

— Não seja exagerado Carlos Daniel, foram uns três ou quatro, e todos nossos amigos.

— Para mim foi muito mais que isso. – ele se inclinou para me beijar, um beijo lento e crescente.

— Eu estou tão feliz. – disse olhando em seus olhos quando nos separamos.

— Não mais que eu Paulina. – Carlos Daniel sorriu deslizando a mão por meu rosto.

Estávamos tão envolvidos naquela atmosfera tão particular que me assustei quando ouvi a voz de Marco em minhas costas.

— Parabéns ao casal... Obrigado por ter me convidado Paulina.

Virei-me para olhá-lo e o vi com as mãos nos bolsos da calça nos olhando sem graça. Carlos Daniel envolveu os braços em minha cintura e me puxou para ele.

— Não tens o que agradecer. Afinal quem deve gratidão aqui sou eu. Sempre serei grata a ti Marco por ter me apoiado no momento em que eu mais precisei. – disse com sinceridade.

— É uma imensa felicidade saber que tive o prazer de te ter em minha vida, mesmo que essa passagem tenha sido tão breve... – Marco disse com o olhar sobre o meu.

Senti Carlos Daniel me estreitar ainda mais a ele, apertando a minha cintura e o olhei apreensiva.

Entendi através de seu olhar que ele não estava gostando do que via e ouvia.

— Obrigado pelas felicitações calorosas Marco! – Carlos Daniel disse ríspido, olhando seriamente para Marco.

— Acredito que se esta aqui é por que de fato as merece... – Marco olhou rapidamente para Carlos Daniel e voltou o olhar para mim - Paulina poderia me dar à honra dessa dança?

— Acredito que não seja a melhor hora, já estamos quase nos despedindo de todos. – Carlos Daniel me apertou ainda mais contra seu corpo.

Olhei novamente para Carlos Daniel, porém agora minha expressão era de total incredulidade, entendia que ele sentisse ciúmes de Marco, mas naquele momento sua atitude era completamente infantil e desnecessária.

Marco percebendo o que estava acontecendo desviou o olhar, e eu aproveitando repreendi Carlos Daniel com o olhar e com sutis palavras sussurradas em seu ouvido

— Que atitude grosseira Carlos Daniel!

— Paulina eu, eu.. não quero que dan... – ele dizia baixinho, mas o interrompi lançando um olhar furioso a ele e voltei a me dirigir a Marco.

— Claro que aceito Marco. – sorri tentando quebrar a tensão que se instalou entre nós - Ainda temos bastante tempo para uma dança.

Marco me estendeu a mão e eu a segurei, Carlos Daniel soltou de minha cintura relutante e se afastou, enquanto se passaram os minutos em que dançávamos pude notar seu olhar desconte sobre nós.

— Seu marido terá um ataque do coração se essa musica não acabar nos próximos segundos. – Marco disse sorrindo sem graça.

—Não é pra tanto Marco. – sorri.

— Vistes a fera com quem se casou? – disse em um tom desaprovador.

— Ele apenas esta cuidando do que é dele. – respondi sentindo meu rosto corar.

— O entendo, faria o mesmo se estivesse no lugar dele. – disse ele me olhando intensamente.

— Marco... eu... eu... – eu dizia completamente vermelha quando ele me interrompeu.

— Espero que seja feliz Paulina, apesar de tudo quero sua felicidade. – ele sorriu tristemente e acariciou minha bochecha – Seja com quem for.

— Eu sei... – disse o olhando – e quero que saibas que te tenho como um grande amigo, e jamais vou me esquecer do que fez por mim.

— Vou aprender a me contentar com sua amizade Paulina. – ele disse e me olhou com os olhos marejados.

Logo depois a música acabou e Marco me conduziu até Carlos Daniel que imediatamente envolveu seus braços em minha cintura novamente.

— Cuide bem dela... – Marco disse seriamente para Carlos Daniel.

— Não se preocupe, vou cuidar da melhor maneira possível de Paulina.

— Espero realmente que sim, porque não vou admitir se você fizer Paulina sofrer outra vez.

— Isso não vai acontecer. – Carlos Daniel respondeu áspero.

— Bom, vou encontrar Célia, - Marco me olhou mais uma vez - seja feliz Paulina.

Acenei positivamente com a cabeça e Marco se afastou de nós, me virei para Carlos Daniel, ele me encarou sério, irritado, enciumado.

— Melhor nem dizer nada Carlos Daniel, não quero discutir com você uma cena de ciúmes justamente no nosso casamento. – eu disse deixando que aquela cena não representasse nada.

— Tem razão meu amor, - ele respirou fundo e me olhou mais calmo – quero que esse dia seja perfeito e que fique gravado pra sempre.

— Eu te amo. – sorri me aproximando e envolvendo meus braços em seu pescoço – Te amarei para sempre.

Carlos Daniel me olhou por um momento e sorriu se inclinando para me beijar.

Nossos convidados estavam empolgados com a festa. As horas passavam e enquanto todos bebiam e se divertiam, eu desfrutava da presença do meu amor, o meu agora marido, que acabara de me dar seu nome. Não podia crer que tudo havia dado certo, e que sim, estávamos casados... um para o outro, e para sempre.

Carlos Daniel não tirava seus braços do entorno de mim, e vez que outra sussurrava pequenas palavras em meu ouvido, que me fazia arrepiar instantaneamente. Depois de um tempo, os convidados começaram a se dispersa,r e meu agora marido, aproximou-se de meu ouvido sussurrando simples palavras, mas que aguçaram todos os meus sentidos.

— Temos que ir, temos nossa lua de mel pela frente.

Acenei em concordância, e com carinho, ele tirou a taça de champanhe de minhas mãos, largando-a sobre uma das mesas vazias. A Banda que não cessava a melodia acabara de terminar uma das músicas, e Carlos Daniel arrastou-me para o pequeno palco. O olhar de todos voltou-se para nós, e eu realmente fiquei envergonhada. Bem... ele era meu marido, e todos ali eram conhecidos e sabiam bem o que faríamos mais tarde.

— Queridos Convidados! -Disse Carlos Daniel com aquela voz firme, segurando forte em minha mão. -Agradeço a todos vocês por estarem comemorando junto a mim e minha esposa essa grande data... mas... - ele sorriu, virando-se para mim. Oh Deus... Conheço esses olhos. - se me dão licença, eu gostaria de levá-la apenas para mim agora.

Meu rosto instantaneamente pegou fogo, e quando pensei em dizer algo, com todos aqueles olhares sobre mim, Ele puxou-me pela cintura aproximando nossos corpos, e senti toda minha pele clamar por seu toque.

—Você me paga... -murmurei entre um risinho, e ele passou os dedos sobre minha bochecha...

—Com certeza.

Carlos Daniel, sem dar tempo para mais nada, levantou-me em seus braços, e eu instantaneamente agarrei-me a ele. Ele segurou-me firme em seus braços, e parando frente ao microfone, disse:

—Nos dêem licença, preciso levar minha esposa para nossa lua de mel.

Do meio dos convidados, os gritinhos foram completos. Carlos Daniel desceu do palco comigo em seus braços, e sem nem dar tempo para que eu me despedisse de Lizete, ou até mesmo de vovó, ele levou-nos para a Garagem, onde o seu tão conhecido Mercedes nos esperava.

— Mas Carlos Daniel... - tentei argumentar com ele. Ele não podia me pegar assim, deixando-me corada desse jeito, e me levar para nossa lua de mel.

— Amor meu, teremos tempo para todos quando voltarmos da nossa lua de mel. Mas estou louco de saudades de você, e mal posso esperar para sairmos daqui.

As Palavras de Carlos Daniel ouriçaram minha pele, e parando frente ao carro, suavemente ele deslizou meu corpo pelo seu, colocando-me sobre minhas pernas bambas. Ele puxou-me contra si, e mesmo segurando-me firme contra seu corpo, tocou nossos lábios em um pequeno beijo, leves e delicados.

Confesso que tentei me manter firme, afinal, estávamos ainda em nossa festa de casamento. Mas nosso distanciamento até a festa deixou-me com uma necessidade dele que nem eu mesma imaginei sentir. Toquei meus lábios aos seus, e sem me controlar envolvi meus dedos em seus cabelos, e ele imediatamente me empurrou contra a porta do carro. Descontrolada, aprofundei o beijo, sentindo seu sabor que tanto me fez falta, e ele correspondeu-me com um mísero gemido, mergulhando sua língua em minha boca.

Ele afastou ofegante sua boca da minha, correndo seus lábios por meu pescoço, e foi sentindo meu ventre se deteriorar que me dei conta do que fazíamos.

—Carlos Daniel... não aqui... -resmunguei puxando seu cabelo, fazendo mirar-me.

Ele olhou-me fixo, sorrindo daquele jeito deslumbrante, e então depositou um beijo casto em minha boca.

—Perdão. Mas... essa distância que colocaram entre nós... Deus... Estou enlouquecendo... -murmurou ele beijando o redor de meus lábios.

—Eu sei meu amor, estou enlouquecendo tanto quanto você. -confessei fechando os olhos e deixando-me levar.

—Vamos Meu amor... Vamos sair daqui, antes que não me controle.

Carlos Daniel abriu a porta para que eu entrasse no carro, e me surpreendi quando vi a aglomeração na saída da mansão. Os convidados estavam todos ali, jogando pétalas de rosas brancas para o ar. Sorri para Carlos Daniel, que soltou uma das mãos do volante e segurou a minha.

—Está pronta? -perguntou-me enquanto os portões da casa se abriam.

—Você tem dúvidas? -questionei sorrindo.


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