A Força De Uma Paixão. escrita por Kah


Capítulo 21
Apenas Uma Noite




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Conseguir as passagens, o hotel em Cancun, e arrumar tudo de ultima hora para a viagem foi a tarefa mais fácil, difícil foi ter que explicar a Lizete que iríamos viajar e ela não poderia ir, confesso que quase desisti de tudo quando ela ameaçou a chorar, mas Carlos Daniel a convenceu prometendo levar milhões de bonecas e fantasias. Paula ficou um pouco desconfiada, mesmo lhe dizendo que aquela viagem era apenas para esvaziar a mente e tentar esquecer aqueles sonhos, era possível ver em seus olhos uma mescla de preocupação e medo.

A viagem não era longa e poucas horas depois chegamos a nosso destino. Fiquei deslumbrada com a cidade, mesmo com a escuridão da noite pude perceber que era um lugar lindo e com certeza paradisíaco, entramos no táxi e partimos para o hotel, as luzes deixavam tudo mais lindo.

Depois de deixar as malas no quarto, que era imenso, descemos para o restaurante onde ainda conseguimos jantar, apesar de querer sair pela cidade e explorar cada pedaço dela, o cansaço físico falou mais alto, o dia havia sido bem agitado, e planejar uma viagem assim de ultima hora nos deixou completamente exaustos.

Subimos para a suíte, Carlos Daniel tomava banho enquanto eu desfazia as malas, e quando o vi sair do banheiro apenas com uma toalha branca em volta da cintura esqueci completamente do que estava fazendo, fiquei hipnotizada pela beleza de seu corpo, seu peitoral forte e bem definido, pequenas gotículas de água escorriam pelo seu corpo, meu coração já batia em um compasso diferente, e sai daquele transe apenas quando Carlos Daniel chamou meu nome.

— Paulina... – olhei diretamente em seus olhos, minha boca estava entreaberta, minhas mãos suavam e quando meus olhos se encontraram nos deles senti minha face esquentar.

— Hã, me desculpe Carlos Daniel, - disse desviando meus olhos dos deles, estava completamente envergonhada por ter o olhado daquele jeito - quer alguma coisa?

— Tudo bem meu amor, - ele aproximou de mim fazendo meu coração bater ainda mais rápido, suas mãos envolveram minha cintura e me puxaram para seu corpo, prendi a respiração quando nossos corpos se encontraram, ele estava quente – eu só estava dizendo que havia me esquecido de levar minha roupa.Seus olhos queimavam nos meus.

— Estão em cima da cama, - disse com a respiração acelerada, meu corpo parecia ter perdido a sustentação e minhas mãos seguravam firmemente nos seus braços fortes – eu vou tomar banho.

— Ainda não, - ele disse puxando ainda mais meu corpo para o seu, pude sentir cada centímetro dele colado em mim, minhas pernas bambearam e por um minuto pensei que iria cair desfalecida no chão – antes quero meu beijo.

Ele sequer me deu tempo de responder, quando percebi sua boca já buscava a minha, seus lábios se moveram nos meus, minhas mãos subiram pelo seu braço ate chegarem em seu pescoço, e sucessivamente bagunçaram seus cabelos molhados, ele subiu com uma das mãos pelas minhas costas e com a outra apertou minha cintura, com muita dificuldade cessei o beijo e me afastei de seus braços.

— Preciso tomar um banho. - disse ofegante, fui em direção a cama onde havia deixado minha roupa de dormir separada e entrei para o banheiro, antes olhei para Carlos Daniel que continuava parado e tinha um sorriso intenso nos lábios.

Ao sair do banheiro Carlos Daniel me esperava deitado na cama, ele já havia desfeito toda a mala, me senti um pouco nervosa de dormir com ele, logo agora que estava tão segura de meus sentimentos.

— Vem meu amor, deita aqui comigo. – ele disse me estendendo a mão e abrindo um enorme sorriso.

Caminhei ate a cama e me deitei ao seu lado, procurei seus lábios e o beijei com ternura, ele me puxou para seu peito onde repousei minha cabeça.

— Vamos dormir agarradinhos, - ele disse me envolvendo em seus braços fortes – quero ficar a noite toda assim com você.

Meu coração acelerou e assenti com a cabeça, o abracei mais forte.

— Eu te amo Carlos Daniel, - disse fechando os olhos – mais que tudo.

— Eu também te amo Paulina, te amo como jamais um homem amou uma mulher. – depois de ouvir isso adormeci com um sorriso nos lábios.

Tudo estava escuro, eu escutava passos vindo em minha direção, sentia minha respiração pesada, cansada. Um forte estrondo fez meu coração palpitar mais rápido, tentei com todas as forças gritar, pedir socorro, mas parecia que havia perdido a voz, por mais que tentasse nem um som saia da minha boca.

— Paulina! – uma voz ao longe me chamava, tentava encontrá-la no meio da escuridão, mas não conseguia, corri na escuridão, estava desesperada, fui empurrada e jogada no chão, mãos fortes me chacoalharam no escuro, um tremor percorreu todo meu corpo e senti grossas lagrimas escorrerem pelo meu rosto, a voz se aproximava e ficava mais tensa, mais alta, mais preocupada.

— Paulina! Paulina, acorde... – eu continuava presa na escuridão enquanto sentia aquelas mãos firmes sacudirem meu corpo, um grito abafado saiu de minha garganta, e logo depois consegui gritar mais alto.

— ME SOLTA, ME SOLTA... – me debati contra a pessoa que me segurava no escuro, mas quanto mais me debatia mais forte a pessoa me segurava, um choro intenso começou a me invadir, e senti aquelas mãos firmes me puxar para seu corpo, me abraçando.

— Shhh, calma Paulina, sou eu Carlos Daniel... – parei de lutar e meus olhos finalmente se abriram, Carlos Daniel me abraçava com força, minhas lagrimas escorriam pelo meu rosto e caiam em seu peito – Calma meu amor, esta tudo bem, eu estou aqui com você.

Por um longo tempo não consegui dizer nada, apenas soluçava sobre o peito de Carlos Daniel, enquanto ele me abraçava mais forte a cada lagrima que eu derramava, uma de suas mãos afagava meus cabelos, e depois de alguns minutos meu choro cessou, e ele continuava abraçado a mim.

— Esta tudo bem? – perguntou puxando meu rosto para me olhar, ele limpou os vestígios de lagrimas de minha face e em seu olhar pude ver a preocupação em que ele estava.

Apenas confirmei com a cabeça, e o abracei mais forte.

— Tem certeza Paulina? – sua voz saiu preocupada – Você estava tendo algum pesadelo, não quer me contar?

— Estava escuro, - disse ainda abraçada a ele – alguém me seguia, eu tentava pedir socorro, mas não conseguia, e ele me alcançou, me jogou contra o chão e me segurava com força.

— Calma, esta tudo bem agora, - ele disse quando as lagrimas voltou ao meus olhos – vou estar sempre com você, e te livrar desses pesadelos.

— Promete? – perguntei com os olhos marejados.

— Prometo vida minha. - um pequeno sorriso surgiu em seus lábios, e logo depois ele me beijou, senti naquele beijo que ele jamais me abandonaria, que sempre estaria comigo – Agora tente voltar a dormir, não são nem três horas, e eu vou estar aqui com você.

O beijei mais uma vez, com calma e carinho, depois me deitei novamente sobre seu peito, e embora fosse o melhor lugar do mundo estar deitada ali e ouvindo o ritmo do seu coração, não consegui dormir, e por vários minutos fiquei me virando na cama, procurando alguma posição e algum meio de voltar a dormir, sempre que tinha esses pesadelos me sentia angustiada, e ao me virar de costas para Carlos Daniel, fui surpreendida quando ele me puxou para seu corpo, aconchegando-se a curva de minhas costas.

— Você esta agitada meu amor, assim não vai conseguir dormir. – disse ele, deslizando os dedos sobre meu rosto, com todo o cuidado levantou minha cabeça e colocou seu braço sob ela, fazendo um travesseiro muito mais confortável do que o que eu usava, e com a outra mão ele envolveu minha cintura.

Meu coração já estava acelerado, sentir Carlos Daniel colado a mim me deixava completamente fascinada, repousei minhas mãos sobre a dele em minha cintura e meu corpo se arrepiou completamente com o ar quente de seus pulmões encontrando minha nuca.

— Esta mais confortável assim? – perguntou depositando um beijo logo em seguida em meu pescoço.

— Está sim. – foi tudo o que consegui dizer, e mesmo passados muitos minutos eu continuava acordada, mas não por estar sendo atormentada pelo sonho, mas por não conseguir relaxar completamente o tendo tão junto a mim, Carlos Daniel logo voltou a dormir, soube quando sua respiração se tornou tranqüila, e meu coração batia forte só de pensar no que poderia acontecer naquela viagem, àquela era a primeira de quatro noites que passaríamos ali, e eu só imaginava que não conseguiria resistir a ele por muito mais tempo.

Meus cansados pensamentos se contorceram, e finalmente voltei à inconsciência do sono.


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