Meu Amado Jake escrita por AAJ, Curin


Capítulo 1
A Aula de Português.




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É incrível como algumas pessoas conseguem passar despercebidas pelas outras, é difícil acreditar que tenham amizades como a minha e de Miriam hoje em dia por causa disso. Miriam é a garota mais incrível que conheço, muitos a julgam e falam mal dela, mas, se quer saber, são um bando de invejosos. Sentem inveja dela pois ela como ninguém consegue ficar na dela e ser apenas ela, Miriam, o que é bem difícil de se fazer hoje em dia, principalmente na minha escola e na minha classe. Eu e Miriam nos conhecemos há... O que? Dois anos? Por aí... Mesmo nos conhecendo a pouco tempo parece que podemos confiar tudo uma a outra. Ela é meu porto seguro nesse mundo de falsos e nojentos.

Bom, voltando ao presente: Estou indo encontrar Miriam para irmos juntas a aula de português. Eu particularmente amo a matéria e a professora. O jeito que ela explica é incrível! Fiquei tão distraída pensando sobre a aula que, como sempre, andando pelos corredores esbarrei em alguém. Levanto o rosto e vejo Jake Calingan me observando curioso.

– Você está bem? - Fito aqueles olhos tão negros e tão profundos - Me desculpe - E a voz? Roucamente grossa, mas suave, música para os meus ouvidos.

Pisquei os olhos meio desconcertada e finalmente encontrei a minha voz, que havia se perdido quando meus olhos se encontraram com os dele.

– Estou... Hã, bom, é, vou indo! - Falei gaguejando e tropeçando nas palavras.

Não sei como agir perto dele, minhas pernas parecem que vão me derrubar a qualquer momento e minhas mãos parecem que vão cair de tão frias que ficam e meu cérebro parece que para de funcionar, fico totalmente boba. É ridículo!

Eu estava me sufocando em meus pensamentos sobre ele até que ouço uma voz conhecida. Uma voz que, tenho certeza, me encontraria mesmo se eu estivesse a sete metros abaixo da terra.

– Ei! Rose, aqui! - Era Miriam acenando para mim freneticamente. - Vem aqui! Anda depressa! Não queremos nos atrasar! - Não sei por que ela estava tão ... Afobada e ansiosa, era só a aula de português.

Andamos pelos corredores do colégio e passamos na frente da sala dele, onde o mesmo estava parado com um pé no chão e o outro na parede, com os braços cruzados e cercado por garotas. Olhei disfarçadamente e vi que ele me olhava. "Não Rose, não se iluda, ele não está olhando para você" dizia uma maldita vozinha dentro de minha cabeça que parecia ter plena certeza no que dizia e enfim concordei. Virei o rosto e entrei na sala de aula com Miriam ao meu lado.

– Rose, quando vai assumir que gosta dele? - Começou!

Um grande defeito de Miriam era que ela sempre implicava comigo, dizendo que eu era apaixonada por ele.

– Eu não gosto dele Miriam, já te disse! - Tentei, inutilmente, tirar isso da cabeça dela.

– Você é ridícula Rose. Você acha que eu não noto o jeito que olha para ele, como seus olhos brilham quando fala dele ou quando suas pernas ficam bambas só de o ver. Acha que eu não noto o nome dele escrito no seu pulso e no seu caderno. Folhas e folhas cheias de J... - Ela percebeu a tempo que estava falando meio alto, então diminuiu o volume da voz e concertou - Do nome dele! Rose, assume logo que ama ele. - Curiosa!

– Está bem - Suspirei - Eu estou afinzinho dele sim! - Falei um tom mais baixo do que o normal - Miriam? Miriam? Aonde você vai? MIRIAM! - Por esse motivo eu não conto nada para ela!

– Calma Rose, eu não falei nada, só troquei uma ideia - ela disse caminhando até mim zombando da minha cara.

– As vezes tenho vontade de acabar com você - Não é mentira.

– Eu também te amo.

Toca o sinal do início de aula. Pulamos para dentro da sala, sentamos e esperamos a professora dizer o que teria hoje.

– Bom alunos, hoje vamos fazer algo um pouco diferente. Quero que escrevam cartas para outras pessoas, de outras salas, podem escrever desde o 9º ano até o 3º do EM!

Façam a pergunta, façam!

– Professora! Pode ser em anônimo? - Fizeram a pergunta que eu queria!

– Acho melhor que coloque o nome, mas se sentir que para você será mais confortável em anônimo, sem problemas. - E essa era a resposta que eu queria ouvir.

– Sua chance Rose, escreva para ele! - Falou Miriam baixinho ao meu ouvido, o que me assustou pois ela não sentava perto de mim!

– Você sabe o quanto eu odeio quando você se materializa perto de mim?

– Sei - Como sempre, no incrível tom de sarcasmo.

– E por que ainda faz isso?

– Porque é legal te dar sustos e mais sustos, sua cara é hilária - Ela falou aquilo como se estivesse contando sobre seu seriado de TV favorito - Mas, afinal, vai ou não escrever a carta para ele?

– Deixa de ser curiosa!

– Fala logo Rose - Ela ajeitou os óculos e por um momento parecia até uma mãe mandona.

– Sim eu vou, vou escrever uma carta para ele.


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