Me Encontre Na Biblioteca escrita por Nayh


Capítulo 22
Capítulo 22


Notas iniciais do capítulo

BUENAS MEUS LIENDOS! Eu sei que nós demoramos e muito, mas eu estava sem meu net e a Nayh acabou de ficar sem internet :v Mas para alegria de vocês eu estou aqui e com um capítulo gigante, cheio de surpresas O / Tenho certeza que ninguém contava com elas HAHA! Nos vemos nas notas finais :v

ENJOY!

— Pichu -



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''A filha do rei.''

Capítulo 22.

P.O.V. Percy Jackson

Eu estou com uma puta dor de cabeça e minha prima ainda fica falando o quanto eu sou irresponsável e que meus pais saberão disso. O que eu mais quero no momento é algo pra essa droga de dor de cabeça, um bom calmante e uma ótima noite de sono, na minha cama de preferência. Blue havia me deixado sozinho, com a desculpa de que nós tínhamos que conversar a sós. Aquela trairá! Coloca-me nessa furada e agora me deixa ouvir o sermão da Thalia sozinho... Se duvidar minha prima é pior que meus pais. Estava tentando me concentrar em como as paredes brancas daquele quarto são bonitas, mas sinto uma leve ardência na minha bochecha esquerda.

Thalia. Havia. Me. Dado. Um. Tapa.

Virei lentamente à cabeça em sua direção e analisei-a atentamente. Era visível que minha prima estava com raiva, pois lagrimas estavam brotando em seus olhos, seus punhos estavam fechados e ela estava vermelha. Thalia nervosa não era algo bom de presenciar, mas eu ainda estava com a mente longe, mais precisamente no tapa que acabei de levar. Eu só não levanto agora dessa cama e revido a agressão, porque estou preso a vários aparelhos e um dele está apitando loucamente, só intensificando minha dor de cabeça.

Um médico entrou no quarto e nos olhou, viu a situação de Thalia, a provável marca de uma mão no meu rosto e logo entendeu o que estava acontecendo. Pediu que Thalia se retirasse, para o bem da humanidade e veio até mim, verificando o aparelho que estava apitando, que no caso era o que media a frequência dos meus batimentos cardíacos. Ele deu me deu algo para tomar, provavelmente um calmante, que aceitei de bom grado, pois o que mais queria era apagar de vez agora.

–/-

Acordei novamente, mas dessa vez eu sabia perfeitamente onde estava. Minha dor de cabeça havia diminuído um pouco e minha bochecha não estava mais ardendo. Olhei para cadeira, onde antes estivera Blue, e Thalia estava esparramada na mesma, com a cabeça tombada para o lado. Eu até teria ficado com pena dela, se a mesma não tivesse me dado um tapa. Fiquei um tempo encarando o teto, na expectativa de que alguma idéia sobre o que contar para meus pais surgisse em minha mente, mas nada. Absolutamente nada. Se eu não bolasse algo, e rápido, meus pais ficariam sabendo de toda a verdade. Eu realmente não quero decepcionar meus pais, apesar de que quando estava me drogando eu não pensei neles, nos meus primos, nos meus amigos ou até mesmo em Annabeth.

Sai de meus devaneios ao mesmo tempo em que a porta era aberta e por ela passava Blue. Ela estava com a mesma roupa da noite passada... Ou seria da noite retrasada? Eu estava totalmente sem noção de tempo e isso estava me deixando agoniado, já que não tinha mais um celular para ver as horas e o dia. Ela se aproximou da minha cama, ainda em silencio e jogou algo em cima de mim.

— Aproveitei que você estava dormindo e fui a uma loja, comprar um novo celular para você.

— Blue, eu não posso aceitar. Eu devo ter algum celular velho em casa e posso me virar com ele até comprar um novo.

— Não Percy. Eu insisto que você fique com ele, afinal eu que te levei até lá e apresentei-o ao meu mundo. Não pesou nada no meu bolso.

Discutir com Blue não resolveria nada e no final eu acabaria por ficar com o celular, então apenas dei de ombros e o aceitei como um presente. Era um Galaxy S4 e... WOW! Eu realmente não esperava por isso. Como Blue conseguiu comprar um celular desses? E o que ela quis dizer com “meu mundo”? Eu realmente tenho que me lembrar de perguntar isso a ela depois. Ficamos mais um tempo em silencio, Blue em pé ao meu lado e eu na cama do hospital. Ouvimos um barulho vindo de onde Thalia estava, pois a mesma estava acordando.

Ficamos apenas observando-a, esperando por uma reação um tanto escandalosa, como a que ele teve antes do medico entrar no quarto. Ela ficou nos encarando por longos e intermináveis minutos, até se levantar e sair do quarto, sem dizer uma palavra. Sem expressar uma reação além da indiferença.

–/-

P.O.V. Blue Ivy

Já fazia alguns dias desde que Percy teve alta do hospital. Quando ele ainda estava sobre os cuidados médicos, Thalia veio falar comigo no primeiro dia, antes de ter um ataque de fúria com o mesmo. Se eu já não me dava bem com ela antes, depois dessa briga, lavei minha alma. Falei tudo o que estava entalado na minha garganta e creio que ela também. Agora nós nos tratávamos com indiferença, mas se existe algo abaixo disso, pode ter certeza que usufruíamos dela. Ser cordial com Thalia não estava no meu vocabulário.

Fiquei sabendo por meio de fontes seguras que os pais de Percy o internaram em uma clinica de reabilitação. Depois de ficarem sabendo de toda verdade, surtarem e quase entrarem em pânico, resolveram que seria o melhor para o filho deles. Eu não deveria tê-lo levado para o meu mundo, o mundo onde eu nasci, cresci e vou morrer. Está na hora de vocês descobrirem meu passado, meu presente... Como eu nasci? Quem são meus pais? Minhas origens e memórias vocês vão descobrir.

Vamos começar pelo principal: meu nome é Blue Ivy Carter. Para vocês pode parecer um simples nome de uma adolescente, mas no meu mundo, o mundo onde eu nasci e cresci, esse nome coloca medo, impõe respeito. Na verdade não é bem meu nome que causa esse efeito nos outros, mas sim meu sobrenome. Carter. Vocês já sabem minha verdadeira identidade, está na hora de saber como eu nasci: a história dos meus pais.

Minha mãe era jovem, inteligente, bonita e elegante. O tipo de mulher por qual todo cara ficaria de quatro. Minha mãe, Elisa Ivy, prestava seu terceiro ano na faculdade de direito, era feliz, vivia com seus pais e tinha tudo para ser uma garota normal. Até ela conhecer meu pai... Ah! Mas foi ai que tudo começou a dar errado. Minha mãe não sabia ao certo com quem estava lidando. Uma noite, ela e suas amigas resolveram sair, ir a alguma boate para descontrair, lá ela conheceu meu pai. Na época ela não sabia ao certo o que ele estava fazendo lá, somente veio descobrir a verdade um pouco mais tarde, quando não era possível mais terminar a relação que havia iniciado com meu pai.

Meus pais começaram a sair depois do dia da boate, viviam se encontrando e era visível que os dois estavam cada vez mais apaixonados um pelo outro. Eles então começaram a namorar sério. Minha mãe terminou a faculdade, conseguiu um ótimo emprego como advogada e depois de muitos protestos dos meus avós, foi morar meu pai. Elisa nunca soube qual era a profissão do meu pai, nunca veio a conhecer os sogros e a saber sobre a infância do seu amado. Mas elas continuava a amá-lo incondicionalmente. Ah! Doce ilusão...

Depois de alguns meses de namoro, minha mãe descobriu que estava grávida de mim, então meu pai resolveu que deveriam se casar. Pronto! Não tinha mais volta... Foram para lua de mel e mais alguns meses depois minha mãe teve que se ausentar do trabalho. Meu pai na questão em ajudar minha mãe sempre foi presente, acompanhava-a ao medico todos os meses, levava-a pra passear e estava sempre a presenteando. Em fim a gestação chegou ao fim e chegou à hora em que eu deveria nascer. Estava tudo programado, minha mãe entraria no hospital um dia antes de ser realizado o parto.

Meu pai teve que se ausentar nesse dia, mas estava presente no dia do nascimento de sua única filha. Eu finalmente nasci e pouco tempo depois minha mãe teve alta do hospital e fomos para casa, onde ela teve uma excelente recuperação do parto. Elisa estava comigo em seus braços, tentando me acalmar, pois estava chorando a manhã inteira, quando escutou batidas na porta. Para poder receber quem quer que fosse, deixou-me no berço e dirigiu-se a sala. Eu parei de chorar quando um barulho, diferente do normal, foi ouvido. Um tiro. Um único tiro e minha mãe estava morta. Agora eu só tinha ao meu pai. Eu não iria crescer com o amor de uma mãe, eu nunca saberia o que era ser amada por uma.

Então eu finalmente cresci, passei por todas as fases que uma criança passa, entrei na puberdade e foi então que eu fiquei sabendo. Que me contaram minha história de vida. Aos meus 14 anos eu já estava envolvida com o mundo das drogas, sabia com o que meu pai trabalhava e às vezes até o ajudava. Hoje estou com meus 17 anos, levei a pessoa mais próxima que eu considerava como amigo para o mesmo mundo que o meu. Se engana aqueles que acham que me arrependo de ter nascido nessa vida. Amo meu pai acima de tudo e é por ele que me mantenho viva. As pessoas me odeiam, mas o que eu sou hoje é apenas a sombra do meu passado.

Para você que está tão curioso em saber quem é meu pai ou com que ele trabalha, já lhe digo. Meu pai é Brutus Carter, o maior traficante dessa cidade. E como eu sou conhecida no mundo dele, no nosso mundo? Princesa Blue Carter, filha do chefe. É por isso que os empregados do meu pai me respeitam, mas se enganam aqueles que acham que eu não sei o que falam pelas nossas costas. Então finalmente todos sabem sobre meu passado. Sobre como cresceu a misteriosa Blue. Resumindo minha história de vida: eu nasci, pouco depois minha mãe morreu; meu pai é traficante e nós vivemos nesse mundo.

No momento tem um carro, com um cara ao volante, muito suspeito que parece estar me perseguindo. Já tentei de todos os modos o despistar, mas parece que ele sempre sabe para onde estou indo. Está na hora de tomar medidas drásticas. Tiro uma das mãos do volante e pego uma pistola que estava escondida debaixo do meu banco. Apenas mais uma tentava... Se esse cara continuar me seguindo, tenho certeza que ele pretende me matar. Estamos no centro da cidade, então atirar em um carro agora seria muito arriscado, podendo ferir pessoas inocentes. Viro para esquerda e acabo por entrar em uma rua sem saída.

Paro o carro bruscamente e desço do mesmo. Tentar fugir agora de nada adiantará, tenho que enfrentar a morte de frente, se ele realmente for me matar. O cara que estava me perseguindo desce do carro, revelando sua face. WOW! Eu o conheço... É mais um dos “inimigos” do meu pai. Já deveria saber que é ele, afinal o mesmo estava em um rolo muito grande com Brutus até alguns dias atrás, quando meu pai resolveu matar a mulher do cara. Parece que o cara é vingativo...

O mesmo, de qual não me recordo o nome, está sorrindo psicoticamente em minha direção, mas esses sorrisos não me assustam mais. Eu posso ter 17 anos, mas minha mentalidade é mais evoluída que a desse cara. Ele já havia levantado sua arma e eu a minha. Se eu morresse, ele iria junto comigo pro inferno.

P.O.V. Autora

Blue estava muito concentrada com o cara a sua frente para perceber que havia outro homem a suas costas. Atacar alguém por trás não é algo nobre, mas no mundo deles, tudo vale. Não há nobreza ou covardia. Se Blue morreria, seria a primeira a disparar o tiro, assim já estava puxando o gatilho, mas antes que pudesse concluir a ação um barulho foi ouvido. Um tiro. Um tiro e Blue estava morta. Morta assim como sua mãe. Mais uma jovem inteligente e bela morreu. Acabou. Todos os planos que ela tinha para o futuro foram esmagados e jogados no lixo assim que aquela cara puxou o gatilho de sua arma.

O cara que havia disparado entrou no carro de Blue e o outro voltou para seu automóvel. A jovem, recentemente morta, estava no chão, envolvida por uma poça de sangue. Do seu próprio sangue. Covardes. A palavra que melhor descreve o que aqueles caras são. Covardes por matar uma jovem pelas costas, por deixá-la morta no chão de um beco escuro. Mas como já foi dito, não existe covardia no mundo deles. Mais cedo ou mais tarde alguém acabaria morrendo e foi inevitável que Blue fosse a vitima.

Annabeth estava indo para casa de uma amiga, próximo ao local do assassinato, pois haviam marcado de fazer um trabalho, quando vê dois carros saindo em alta velocidade de um beco próximo onde estava. “Mas aquele carro não era de Blue? Deve ter acontecido algo realmente sério”, era o pensamento da jovem, que já estava correndo em direção ao lugar de onde pensava ter visto os carros saindo.

Ao entrar no beco escuro e ainda mais frio e sem vida do que antes, deparou-se com a cena mais chocante de sua vida. Poderia ter uma certa antipatia pela jovem, que jazia morta no chão, mas nunca deseja mal algum a ela. Correu até a mesma e a pegou em seus braços, colocando sua cabeça entre suas pernas. Ainda tinha esperanças de que Blue estivesse viva, mas no seu mais intimo sabia que já não havia mais chances. Blue estava morta. Não se sabia como, por quem ou porquê ela estava morta, mas ela estava. Fatos são fatos e eles não podem ser mudados.


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Notas finais do capítulo

Então? O que acharam? Vocês que odiavam a Blue, ficaram comovidos com a estória de vida dela? Tenho certeza que sim u.u Eu mesma fiquei comovida enquanto escrevia esse capítulo, que demorou mais de uma hora para ficar pronto u.u
Quero saber o que acharam nos comentários e prometo não demorar tanto nos próximo capítulo :v

PS. Eu falei com a Nayh e estava pensando de reescrever a fic, tirando alguns erros e algumas coisas para maiores de idade, convertendo ela para +13, já que só há uma cena de séqçu. O que acham?

Bjs bjs, txau!

— Pichu -