Anjo Negro - 2° Temporada escrita por docin1


Capítulo 14
Fogo


Notas iniciais do capítulo

THIS GIRL IS ON FIREEEEEEE -QQ
Mentira, a Lis não vai pegar fogo... Hoje MUAHAHAHAHAHAHA -QQ
Enfim! Espero que gostem!



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Pov. Lis



Saí da sala de reuniões ao lado de Clint, direto para a nossa "cafeteria" da SHIELD. A cafeteria, ainda era um projeto. Só havia duas cafeteiras, algumas bandejas com comida industrializada “saudável” e sofás.

– Já soube que a garotinha dos Morris foi devolvida?

Quase engasguei com o café.

– O quê? - Perguntei tossindo

– Ei, garota. Calma! - Ele riu da minha cara

– Foi durante essa madrugada. A garotinha foi simplesmente foi colocada no berço. Sem rastros, sem motivo, sem lógica. Definitivamente, essa eu não entendi.

– O que esse psicopata quer? - Bufei para mim mesma

– O que você disse?

– Nada, não foi nada.



Voltei para casa meia hora depois. Eu já imaginava o que ia encontrar quando passei pela porta, mesmo assim, entrei naturalmente. Acendi a luz, e lá estava ele.

– Eu devo mandar você sair ou pedir que tire os pés da minha mesa? - Perguntei

Ele sorriu e se levantou do sofá – delicadamente, tirando os pés da mesa.

– Não ganho nem um agradecimento pela minha boa ação? - Perguntou jogando o seu sorriso para cima de mim

– Boa ação? Você quer dizer: sequestrar uma garotinha inocente e devolvê-la semanas depois para os pais desesperados sem motivo algum? Ah, realmente. Você merece um nobel da paz, Jhonny.

Ele riu do meu sarcasmo. Dei as costas a ele, indo em direção à cozinha.

– Na verdade, eu estou falando de não ter matado o seu namoradinho.

Congelei. Parei no caminho sentindo sua voz áspera e satisfeita percorrer a minha espinha. Mantenha a calma, Alícia.

– Eu já sei que sua intenção não era apenas machucá-lo ou assustá-lo - continuei parada, no meio do caminho - você queria realmente matá-lo. Mas seu agente asiático incompetente não deu conta e se desesperou atirando-o pela janela. Pois saiba que Dick está ótimo como nunca. - Dei meia volta e voltei para o meu lugar inicial. Em frente à porta semiaberta.

Ele riu. Frio e vitorioso, como se tudo tivesse dado certo. E eu senti medo. E não era por mim.

– A queda do playboy não é nada comparado ao que eu tenho para você, Alícia.

– Vá para o inferno. - Falei e saí de casa, batendo a porta.

Obrigada a sair da minha própria casa. Ótimo.



Para a minha sorte, quando voltei - dez minutos depois - Jhonny não estava lá.

Durante o resto da semana, tudo parecia funcionar. A família Morris estava feliz e completa, Jhonny não apareceu mais e Dick não sofreu nenhum tipo de atentado. Eu ainda tinha duas preocupações, a ameaça invisível e o almoço na casa dos Lane, que seria no dia seguinte.

Dick e eu entramos na minha casa, depois de um jantar interessante com alguns dos seus amigos. Mas Dick continuava calado.

– Dick? - Perguntei ao tirar a jaqueta

– Sim?

– Qual o problema?

– Você já perguntou isso.

– E você não respondeu. - Me aproximei dele, fazendo-o me encarar nos olhos.

– Não há nenhum problema.

– Engraçado. É fácil saber quando você está mentindo. - Eu o encarei com um meio sorriso - Mas tudo bem. - Revirei os olhos - Se você não quer contar, tudo bem.

– Não é isso. É que...

Shhh...– Levantei os pés para beijá-lo

Com facilidade, ele agarrou minha cintura enquanto eu tentava tirar a sua jaqueta.



Quando acordei, Dick estava parado, em frente a janela aberta do meu quarto. Ele tinha uma caneca de café e a brisa gelada balançava seu cabelo bagunçado.

– Dick – Minha voz falhou por causa do sono, mas ele se virou para mim.

– Bom dia.

Boa madrugada, você quer dizer. Que horas são? - Perguntei enfiando a cara no travesseiro

– São quase nove horas – Ele riu – Não culpe as horas se você não dormiu durante a noite.

– Não parou para pensar que o fato de eu não ter dormido foi culpa sua? - Me sentei na cama e Dick ergueu uma sobrancelha

– Não fale como se não tivesse gostado. - Ele levou sua caneca de café até mim e eu ri mordendo a ponta da língua

– O que você tem?

– Do que você tá falando?

– Você ficou a semana inteira assim... estranho.

– Nós não conversamos sobre isso ontem?

– Não, exatamente. Mas pelo menos eu sei que eu não estou louca e que realmente existe algum problema. - Falei me levantando da cama, enrolada nos lençóis.

Eu o vi suspirar e sentar na beirada da cama antes de fechar a porta do banheiro. Eu sabia que algo estava errado com ele, mas não queria pressioná-lo. Talvez fosse algo com a vida de herói – uma das únicas coisas que não conversávamos.



Quando desci do carro, eu podia ouvir as risadas e dava para ver Théo em frente a grelha e a fumaça que vinha do churrasco. Dick e eu fomos entrando, indo direto para os fundos e aos poucos eu pude ver. Dave ajudava Théo enquanto Lucy discutia com Suzi e Martha levava os pratos para a mesa de piquenique.

– Lis! Dick! - Martha gritou e os olhares foram atraídos para nós enquanto caminhávamos pela grama até o lugar onde todos se reuniam

– Oi.

– Que bom que chegou, Lis. Quer dizer à Lucy que eu ganhei o CD do System naquela aposta que fizemos no natal? - Pediu Suzi me separando de Dick e me puxando

– Espera. Aquela aposta de... o quê, quatro anos atrás?

– Sim, aquela que você ganhou um DVD do Guns, mas depois devolveu porque Lucy não a deixava em paz...

– Eu me lembro, mas vocês ainda estão discutindo por isso? Sabe, faz quatro anos.

– Mas eu tenho razão! - Exclamou Suzi, decidida.

Resolvi me sentar no banco enquanto elas discutiam à minha frente me pedindo que concordasse. Dick conversava com Dave enquanto Martha entrava e saía de casa pela porta dos fundos trazendo pratos, copos e etc.

– Mãe! Pai! - Mike entrou como um furacão, gritando por Martha e Theodore.

– Mike, o que há? - Perguntou Martha

Ele começou a falar, rápido de mais para que alguém entendesse realmente. Ele parou, respirou e focou os olhos cheios de terror em mim.

Fogo.


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Notas finais do capítulo

Ainda não posso colocar gif sabe Deus o motivo D:
Bom, eu, Sonhadora que vos fala, gostaria de agradecer por continuarem comentando! Obrigada!
PS. NUNCA parem de comentar ♥♥♥